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Eu, Tonya – Sarcasmo, Irreverência, ironia e más escolhas

Dominique - Eu, Tonya
Vencedor do Oscar® de Melhor Atriz Coadjuvante, o ótimo, Eu, Tonya, filme dirigido pelo australiano Craig Gillespie, é preciso ao contar a história de Tonya.

Tonya Harding (Margot Robbie), a mãe Lavona Golden (Allison Janney) e o ex-marido Jeff Gillooly (Sebastian Stan) relembram o caso que chocou a América: o ataque ao joelho de Nancy Kerrigan, às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994.

Desde os três anos exibindo talento para a patinação artística no gelo, Tonya cresce  destacando-se no esporte. Aguentando maus tratos e humilhações por parte da monstruosa mãe. Entre altos e baixos na carreira, idas e vindas num relacionamento abusivo, a atleta acaba envolvida num plano de eliminação da principal concorrente.

O filme consegue abordar o abuso e a agressão domiciliar, o rigor excessivo em competições esportivas e o fetiche doentio da mídia pelo sensacionalismo barato, sem perder o foco na trama principal.

Há um diálogo com temas contemporâneos sem a preocupação de defender essa ou aquela bandeira. É um filme que se propõe a contar uma história trágica, mas sem se deixar levar pelo drama. Mistura crime, investigação policial, suspense, drama e discute feminismo também.

Na infância problemática, quando Harding é interpretada pela ótima atriz mirim, Mickenna Grace, sua personalidade começou a ser moldada. A maior interferência nesta fase se deu pelos maus tratos da exigente e desequilibrada mãe. Performance bem chamativa da excelente Allison Janney que deixa aflorar sua veia sarcástica ao máximo. Retirando muito do humor negro da obra, fazendo jus à uma premiação.

Dominique - Eu, Tonya

Outro grande chamariz aqui é o desempenho de Margot Robbie (Tonya), jovem australiana de 27 anos, em sua melhor atuação, mostrando tudo que sabe, num show só seu. Margot soube lidar muito bem com o drama proposto, trazendo vida à personagem com muita dedicação e carisma.

Robbie vive diversas fases da narrativa, desde uma adolescente de 15 anos, até uma mulher com mais de quarenta anos, amargurada pela série de decisões equivocadas que construíram sua vida.

Robbie faz rir, transmite culpa, pena, sofrimento, tristeza, através de um verdadeiro esforço.

O longa embalado por uma trilha sonora que evoca as décadas de 80/90 se mostra uma das cinebiografias mais interessantes desta temporada.

Craig Gillespie apresenta uma fórmula não convencional para narrar uma história atípica, inusitada e polêmica cujos personagens não são exemplos a serem seguidos, é verdade; pelo contrário, são tipos problemáticos que estão sujeitos a todo e qualquer tipo de sentimento. O que os diferencia são as atitudes que tomam diante os acontecimentos de suas vidas.

Eu, Tonya é uma obra sobre escolhas e como elas nos afetarão em algum momento. Há uma beleza plástica nas cenas de patinação com resultados artisticamente belos.

Um filme biográfico com conquistas e superações em meio a problemas técnicos, familiares e amorosos.

Como na maioria das obras cinematográficas, aqui você apanha junto à protagonista em cada cena de injúria e sofre a cada má escolha.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=_YSP-ADogMA&feature=youtu.be[/fve]

Com direção consciente, roteiro sarcástico e atuações memoráveis, Eu, Tonya realmente vale a pena ser conferido!

Leia Mais:

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Todo Dinheiro do Mundo – Vigor e ótimas interpretações regem um grande sequestro

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A Forma da Água – Encantadora história de amor em belo conto de fadas

Dominique - A Forma da Água
Hoje comento A Forma da Água, filme vencedor do Oscar® 2018. Como esperado, acabou levando quatro estatuetas das treze a que foi indicado – Melhor Filme, Direção, Trilha Sonora e Direção de Arte.

Durante a década de 60, em meio aos grandes conflitos políticos (Guerra Fria) e as grandes transformações sociais ocorridas nos EUA. Elisa, zeladora em um laboratório experimental secreto, conhece e se afeiçoa a uma criatura fantástica, mantida presa no local.

A Forma da Água é inegavelmente uma encantadora história de amor. O longa segue a vida da faxineira muda Elisa (Sally Hawkins) e o seu encontro inesperado com uma criatura aquática (Doug Jones).

A Forma da Água pede ao público que veja o monstro anfíbio como muito mais que aquilo que os vilões do filme estão convencidos que ele seja. Especialmente através das interações com Elisa é possível conhecer e compreender as várias facetas da criatura. Ambos trazendo luz para a vida um do outro.

A interpretação de Doug Jones como a criatura anfíbia é o grande destaque do longa. O ator revela uma representação sutil aliada a um realismo surpreendente para um personagem bizarro.

A expressividade corporal de Jones encontra harmonia perfeita na interpretação de Sally Hawkins. A atriz está sensacional como Elisa, mostrando que dentro da sua aparente fragilidade e silêncio forçado, existe uma pessoa vibrante de emoções. Ela é doce, triste, intensa e apaixonada. Muda desde o nascimento, ela não se torna menos articulada por isso.

Del Toro tem a árdua missão de nos fazer apaixonar tanto por Elisa e pela criatura, quanto pelos dois juntos.

Dominique - A Forma da Água

O engenho do roteiro de A Forma da Água é misturar monstro, espionagem, ambientação “noir” e a luta contra preconceitos.

A relação entre uma mulher muda e um ser bizarro é uma quebra de paradigma. Principalmente para uma sociedade que lamentavelmente até hoje distingue pessoas por etnias, gênero etc. Na década de 60 a coisa era bem pior.

Se há algo irrepreensível em A Forma da Água é o cuidado e a atenção em cada detalhe. Do figurino ao design de produção, passando pela sonhadora, nostálgica e linda trilha sonora, que amei, sem falar ainda da bela fotografia, o filme é irretocável!

Empregando sua essência de fábula para enriquecer tematicamente a história, o longa é contemporâneo em sua discussão sobre o preconceito e a intolerância. Não é coincidência que o vilão, um homem branco heterossexual, seja contraposto a um homossexual e às duas mulheres (uma delas negra) em sua tentativa de destruir um ser que julga diferente do que consideraria “humano”.

A Forma da Água é provavelmente o filme mais doce de Guillermo Del Toro e que diz muito sobre a sensibilidade artística do cineasta.

[fve]https://youtu.be/-DTVuQTZr3E[/fve]

A Forma da Água e um filme que vale muito a pena ser visto. Aproveite, está no cinema!

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Todo Dinheiro do Mundo – Vigor e ótimas interpretações regem um grande sequestro

Dominique - Todo Dinheiro do Mundo
Dirigido por Ridley Scott, o thriller Todo Dinheiro do Mundo teve uma indicação ao Oscar® de Melhor Ator Coadjuvante pela interpretação de Christopher Plummer como o bilionário, frio e avarento, Jean Paul Getty, famoso por não querer pagar o resgate do sequestro de seu neto predileto, Jean Paul Getty III, herdeiro do seu império de petróleo.

Ridley Scott conduziu muito bem o caso de assédio de Kevin Spacey. Ao demiti-lo imediatamente de Todo Dinheiro do Mundo, agiu em favor da opinião pública. Conseguindo assim três indicações já no Globo de Ouro.

Acertou em cheio na sua substituição por Christopher Plummer. O fato é que essa situação inusitada mostrou o enorme valor e flexibilidade de Ridley Scott atrás das câmeras.

O longa é um produto que não mostra seus problemas de bastidores. O que acaba sendo um feito inacreditável quando lembramos o que foi alcançado em tão pouco tempo. Literalmente questão de semanas.

As sequências com Jean Paul Getty são várias e suas interações com seu braço direito Fletcher Chase (Mark Wahlberg) e sua nora Gail (Michelle Williams) não são poucas. Revelando um esforço, invisível, que Scott soube guiar com maestria e que o elenco entregou com grande competência.

Aliás, competência é a palavra que ecoa ao longo da produção que lida com uma notória história ocorrida em 1973. Trás a tona um dos sequestros com maior repercussão no mundo que fascina até hoje. Não pelos desdobramentos do crime, mas pela exposição da maneira de pensar e agir de Jean Paul Getty, o homem mais rico do mundo na época.

Dominique - Todo Dinheiro do Mundo

Apesar da fama da história e seu conhecido desfecho, o que importa, na verdade, não é o final e muito menos a fidelidade histórica, já que muita coisa foi alterada para fins dramáticos, mas sim as várias lições de vida que o roteiro de David Scarpa tenta passar.

O filme é inclemente sobre Getty e sua famosa reação. Elementos que só são suavizados pela magistral interpretação de Plummer que empresta uma camada de solidão a esse homem que tinha tudo, mas ao mesmo tempo não tinha nada!

Já Gail, a mãe desesperada para ter o filho de volta, surpreenderá com sua atuação. A atriz entrega um trabalho encantador como uma mãe lutadora e dedicada, mas que carrega um pouco de frieza.

O ex-espião da CIA, Fletcher Chase é o negociador-chefe de Getty encarregado de descobrir quem está por trás do crime e convence de forma eficiente.

Até mesmo o neto, com atuação contida, é natural e vai bem como sequestrado.

A fotografia exprime bem o calor do Marrocos, o calor humano do lar de Gail, o tom frio da cinzenta Londres e a austeridade e frieza de Getty.

Muito bem colocada é a reconstituição de época ilustrada pelos figurinos.

Ridley Scott entrega um filme que é muito mais que os escândalos que o marcaram. A história dos Getty ficará por muito tempo com o espectador. O que por si só já revela todo o mérito do longa!

[fve]https://youtu.be/zFA4Yrt8F0Q[/fve]

Todo Dinheiro do Mundo é um filme que vale a pena conferir.

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The Post – A Guerra Secreta: Drama histórico com majestosa produção

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Trama Fantasma – Drama psicológico retrata amor obsessivo, corte e costura

Dominique - Trama Fantasma
Finalmente chega ao circuito dos cinemas o último concorrente ao Oscar® de melhor filme deste ano. Trama Fantasma é sem dúvida o longa mais bem sucedido em reunir técnica e sensibilidade.

Com seis indicações ao Oscar® em 2018, o ótimo e elegante Trama Fantasma, aclamado pela crítica, concorre nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino.

O projeto dirigido e escrito pelo talentoso Paul Thomas Anderson. Ele ambienta sua história no glamour de Londres dos anos 50. Onde o renomado costureiro Reynolds Woodcok (o perfeccionista, Daniel Day-Lewis, inspirado no renomado estilista espanhol Balenciaga) e sua irmã Cyril (Lesley Manville) vestem a realeza, a aristocracia e as celebridades.

Woodcock é um mimado cheio de manias com complexo de Édipo mal resolvido e capaz de ser delicado e agressivo ao mesmo tempo.  Seu universo controlado rigorosamente sofre um abalo quando o estilista conhece a inocente e simplória garçonete Alma (Vicky Krieps).

O que parece ser mais uma trama sobre os abusos sofridos pelas mulheres se torna algo maior sobre uma relação de ciúmes, amor doentio e codependência.  Anderson surpreende mais uma vez ao fazer um filme sobre o universo feminino  a ponto de transformar Krieps na protagonista da narrativa.

Em sua possível última contribuição dramatúrgica ao cinema. Daniel Day-Lewis não é menos do que sublime no trabalho que construiu para o longa. São os pequenos gestos que o fazem diferente. Seja no olhar triste e atormentado pela falta de sua querida mãe, na irritação com os barulhos pela manhã ou ainda nos arroubos de sua criação.

Dominique - Trama Fantasma

Lesley Manville, o poderoso segundo vértice do triângulo, é quem faz com extrema competência a personagem complexa por oferecer distintas vertentes de compreensão ao espectador.

Cabe a Vicky Krieps fechar o trio ao lado de dois monstros da atuação e ela se dá muito bem. Existe credibilidade em seu trabalho, o que torna crível a virada de personagem no meio do segundo ato.

A trilha sonora embalada pelas belas e eruditas músicas de Jonny Greenwood, Debussy e Shubert é inebriante.

O figurino, um capítulo a parte: simplesmente deslumbrante.

O filme tem um ritmo lento, porém hipnótico. É sedutor e envolvente, instável e impecavelmente tecido.

Trama Fantasma é um filme para se ver no cinema. Com qualidade sonora e visual imbatíveis, Anderson coloca mais uma obra de arte em sua “estante” de filmes magníficos.

Trama Fantasma é o resultado final de um fio tóxico de beleza e delicadeza. Costurado a um homem orgulhoso, cheio de amor, ódio e carente de companheirismo. Mesmo que não queira ou se dê conta disso.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=iaVj12uSZIc[/fve]

Trama Fantasma é um filme que prende do começo ao fim, estou louca para assistir!

Leia Mais:

The Post – A Guerra Secreta: Drama histórico com majestosa produção
Me Chame Pelo Seu Nome – Um sensual despertar para a sexualidade

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The Post – A Guerra Secreta: Drama histórico com majestosa produção

Dominique - The Post – A Guerra SecretaCom duas indicações ao Oscar®: Melhor Filme e Melhor Atriz, Steven Spielberg apresenta sua nova produção, The Post – A Guerra Secreta, baseado em história real.

Em The Post – A Guerra Secreta vemos a relação de diretoria de um jornal com o governo ao receber documentos incriminatórios.

Ben Bradlee (Tom Hanks) e Katharine Graham (Meryl Streep) são editores do jornal The Washington Post.                                                                                                                     Recebem documentos secretos do governo estadunidense. Estes relatavam  o verdadeiro papel do país na Guerra do Vietnã.

Enfrentando o Pentágono e a concorrência do New York Times, a dupla corre para publicar a bombástica verdade por trás do conflito.

Meryl Streep vive o pilar da família. Ela é a herdeira e publisher do jornal durante o período mais crítico do Washington Post.
Foi neste período que deixou de ser um empreendimento familiar regional para se transformar em um gigante da imprensa americana.

Na dinâmica que ela estabelece com o editor do jornal, Ben, Katharine precisa defender os interesses econômicos do Post. Ben defende a autonomia da redação no dossiê, que expõe os documentos secretos do Pentágono sobre a Guerra do Vietnã,

O longa pode parecer confuso no começo, mas Spielberg logo desenvolve o roteiro que apesar de nada original, compensa na coesão.

Dominique - The Post – A Guerra Secreta

Até quem não se interessa pelo assunto tem chance de ter uma aula de história sobre o Vietnã, Watergate e outros momentos da história.

Após a eleição do atual presidente norte-americano, Donald Trump, o diretor teve que correr com a produção para que o filme fosse lançado ainda em 2017.
Foi a ojeriza da imprensa pelo atual presidente do EUA, que fez com que Spielberg realizasse esse projeto.

Com um elenco estrelar, as atuações são todas muito seguras.

Dando o devido destaque ao sempre ótimo Tom Hanks e à mitológica Meryl Streep, em boa forma, investindo na linguagem corporal.
Sem falar da química fenomenal com Tom Hanks.

The Post é um filme redondo, com toques de tensão e uma grande questão: até aonde vai a ética jornalística?

O filme mostra a complexidade que é ser jornalista.

Por fim, o filme nos deixa com uma reflexão citada por Meryl Streep:
“Assim como diz a Primeira Emenda da Constituição norte-americana, a imprensa deve servir aos governados, não aos governantes”.

The Post – A Guerra Secreta é um ótimo entretenimento para quem busca um drama histórico.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=EIx6T_WXOT0&feature=[/fve]

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Moderna e atual, lutas feministas inspiram a série – As Telefonistas

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