Tag: Confraternização

Seja criativa! Prepare um churrasco moderno…

Dominique - Churrasco

ADORO UM CHURRASCO LÁ EM CASA!
Eu sou gaúcha e vivo em São Paulo há 17 anos. Sim, lógico, na minha casa tem churrasqueira, num recanto bem aconchegante, no jardim. Quando estava reformando a casa, comprada quando recém chegada em Sampa, chamei um gaúcho para fazer a churrasqueira. Não é lenda: churrasco é sagrado para qualquer gaúcho (e gaúcha). Em Porto Alegre, um apartamento que não tenha uma churrasqueira encalha, não é vendido.

Para gaúcho, um churrasco não precisa ser um evento. Coloca ali uma carninha no fogo… Põe o naco de carne assada numa tábua, vai cortando em tirinhas.. Ai é só passar na farinha de mandioca e isso já é um churrasco. Não pode faltar uma caipirinha (caipira em paulistanês) para acompanhar.

Ok, fazer churrasco é uma atividade eminentemente masculina. Raramente vemos uma mulher pilotando uma churrasqueira (lembro do meu espanto, ao ir no sítio de uma coleguinha, quando criança, e ver que era a mãe dela quem assava o churrasco). Mas gente, essa cena de churrasco só para homens está por demais estereotipada. Não precisa ser assim.

O churrasco é uma reunião muito informal ao ar livre, que dura horas. Uma ambientação simpática e aconchegante pode ajudar a tornar esse encontro muito mais agradável e amistoso para as mulheres também. Pequenos detalhes dão um toque mais civilizado para a confraternização e também incentivam a tornar o grupo reunido mais democrático, onde homens e mulheres participam das conversas e risadas.

Churrasco remete um ambiente mais rústico. Não imagino um churrasco animado em meio a mármores e lustres de cristal, mas claro que o local da churrasqueira determina o estilo a ser adotado. Se for no terraço gourmet de um apartamento contemporâneo e clean, a ambientação pode ser moderna e despojada, se for numa casa de praia ou de campo pode-se optar por uma decoração aconchegante, com elementos rústicos. De qualquer modo, são muitas as opções possíveis.

As imagens de hoje são de uma churrasqueira bem rústica, onde foram utilizados tijolos de demolição no piso e no corpo da churrasqueira, textura tipo estuque veneziano nas paredes, madeira para os móveis e muitos objetos que dão o toque de aconchego, tipo panelas de barro, luminárias de palha etc. Também pode fazer parte da ambientação pratos e copos coloridos, tábuas e gamelas de madeira para servir a carne, o queijo coalho, o pão assado com pasta de alho etc…

Agora é só preparar tudo e bom apetite!!!!

Turna Beck

Turna Beck é arquiteta da Sabendo Decor // Fones: 11-949921000/11-37585128 // [email protected]

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Com que turma eu vou?

O que diferencia uma pessoa saudosista da que vive o presente? Penso sobre isso enquanto recebo mais dois convites de comemorações de fim de ano e lembro que enviei um para o pessoal do meu antepenúltimo trabalho. Aceito ou não?

Confraternizações de fim de ano mexem com nossa nostalgia. Entre os encontros com conhecidos de trabalho surgem os convites de velhos amigos que andavam sumidos. Curiosidade e medo. Como foram afetados pelo tempo? Vou conseguir ser generosa e aceitá-los como estiverem? E eles comigo?

Lembranças apagadas voltam à tona – conversas intensas ou engraçadas que atravessavam a madrugada; amigas que vinham salvar a mãe de primeira viagem; a paciência e carinho de uns pra me ensinar os macetes da profissão; os galanteios elegantes que deixavam a gente inflada.

Vixi! Outras memórias também pipocaram – mau humor de um; a intransigência política de outra; o gosto pela vitimização daquele que já foi tão próximo; a interminável conversa egocêntrica e surda daquela que poderia ser tão querida. A nostalgia evaporou.

Pesquisadores não confirmaram. Mas parece que a diferença entre os saudosistas e os atualistas está ligada a uma maior ou menor adequação à fase que se vive. Adolescências douradas, juventudes transviadas e mocidades glamourosas estão mais sujeitas ao apego ao passado quando as décadas se passam.

Já quem ficava deslocada da turma, sobrava nos bailes (estou falando de quatro décadas atrás, viu!), ouvia de longe o som das festas mais descoladas para as quais não foi convidada, tende a não sentir falta dessas fases. Não há lembranças gloriosas.

A vida pode seguir num crescendo próprio, com um dia de cada vez parecendo melhor que o anterior. Com o tempo, todas as festas ficam boas. Até que não se precisa mais delas. A gente mesmo inventa um motivo e faz a festa. Bônus da maturidade.

Há uma certa sabedoria em não apressar os prazeres (embora isso pareça conversa de nerd, de quem se ressente de ter sido excluída; sorry). A possibilidade de frustrações com as festas também diminui.  Até um encontro de amigos em um botequim com mesa branca de plástico se tornava um evento memorável.

Tudo isso para dizer que quando se chega a determinada fase (digamos, as fronteiras dos 50), os encontros começam a ficar mais seletivos porque ganhamos olho clínico para quem realmente mexe com nosso coração.

As confraternizações de fim de ano, exageradas por natureza, entram na linha do funil. A Dominique tem toda a razão no desafio que faz aos amigos em Vamos comemorar o fim de ano.

Ela contou que já foi arroz de festa de HH de fim de ano, como eu, e agora coloca à prova quem quer se manter próximo.

Calculo que tenha umas 400 pessoas na minha lista de relações (facebook, não se meta) em três décadas de ralação e relações. Um número inalcançável para se rever todos. Com quais deles quero me encontrar em dezembro?  Ou no ano seguinte? Hoje, consigo aceitar que a maioria passou sem deixar resquício no meu espírito.

Penso que já tenho um sistema de seleção, embora seja intuitivo. Aqui vão meus critérios:

Quem conquistou minha gratidão por ter me ensinado.
Quem ganhou minha gratidão por ter me deixado ensinar.
Quem falou e ouviu sem limites, em conversas que podem durar muitas horas.
Quem leu o livro que li ou o filme que adorei e sacou em um minuto o que nos encantou.
Quem disse, com afeto na voz, “isso vai passar”.
Quem apareceu milagrosamente para resolver o aperto total – tipo levo meu filho na escola ou vou entregar a proposta para a concorrência?
Quem falou “é tão bom te rever”.
Quem já chega, cinco anos depois, com um assunto de ontem, com gosto de recém-falado.
Que nos olha com olhos iluminados, felizes por termos chegado.

Quantos sobraram? Não importa. Sei que estão no número exato para encerrar o meu dezembro. E passar 2017 inventando motivos para encontrá-los. Felizes reencontros para todas.

Inês Godinho

Jornalista, brasileira, ciente das imperfeições e das maravilhas da vida. Contradições? Nada causa mais sofrimento do que um texto por começar e não há maior alegria que terminá-lo.

1 Comentário
  1. Que texto maravilhoso, Ignes! Parabéns, por diversos motivos: por nos deixar mais claro qual lista devemos investir, por essa capacidade em nos envolver nessa leitura gostosa e pelo seu aniversário, né?
    Parabéns, querida, tudo de muito e mais, sempre!

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