Tag: Melhores amigas

Dois amigos no deserto – lenda árabe

Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto, quando em determinado ponto da viagem, bastante cansados, um agrediu o outro.
O ofendido, sem nada dizer, pegou o seu cajado e escreveu na areia: “hoje o meu melhor amigo me derrubou no chão”.

Passado algum tempo, seguiram viagem pelo deserto, até chegar a um oásis.
Lá, se banharam à vontade, até que o amigo que havia sido agredido, começou a se afogar.
O outro nadou até ele e o trouxe até a margem, são e salvo.
Foi quando o amigo resgatado pegou seu saibro e escreveu em uma pedra, cercada de vegetação:

“Hoje o meu melhor amigo salvou a minha vida”.

O primeiro perguntou:

“Por que quando você foi agredido, você escreveu seu sentimento na areia, e quando foi salvo escreveu na pedra”?

O outro respondeu, sorrindo:

“Quando um grande amigo nos ofende, devemos registrar esse dano na areia, para que o vento do esquecimento e do perdão se encarreguem de apagá-lo. Mas quando um amigo nos faz algo grandioso, devemos registrar esse momento na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo pode apagar!”

Genteeeeeee, não é lindo isso???

Eu digo sempre, que amigo que é amigo fica bravo mas passa. E se não passa, volta pra conversar,
É claro que existem situações que rupturas são necessárias. E outras, onde amizades deixam de fazer sentido. Nesses casos, não se sinta culpada. Apenas tenha certeza de qual o motivo está a levando a se desfazer daquele vínculo.

Mas uma amiga de verdade, daquelas que te liga por que sente que você está precisando, ou que vai pra sua casa ás 2h da manhã pra te levar um Engov pq vc acha que vai morrer por conta dos 4 Gins Tônica que bebeu para esquecer aquele cretino…Ahhh, essa amiga é patrimônio.
Alimente essa amizade, com carinho, amor e retribuição..
Claro, retribuição é super importante, pq gostar sozinho não é legal.O legal ê sua amiga se sentir gostada tb, né???
E se ela brigar com você, escreva na areia, e esqueça. Procure as pedras onde vocês gravaram as vezes que se salvaram.

Você conhece alguma lenda bacana? Manda pra mim??? Não precisa nem  ser uma lenda árabe.

Leia também:

Trocas – Uma história de amigas de infância

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

6 Comentários

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Algumas trocas são presentes que não tem preço, mas tem valor

Dominique - Trocas
Todo mundo já foi criança um dia. Até eu.  Acredite.

Sempre fui alta, na verdade, a mais alta de todas e de todos.

Não bastasse minha cabeçinha lááá em cima, solitária, no último lugar da fila, ainda tinha aquela coisa de ser gordinha.

ÔÔ primário infernal, viu?

Todas as minhas amigas magrinhas, eretas, bumbum arrebitado, com aquele cabelão lisoooo e cheio de fivelinhas coloridas. Um charme.

Já eu, com um cabelinho mais para o ondulado quase crespo, lembro direitinho do quanto minha mãe puxava para fazer um rabo de cavalo impecável e sem uma ondinha. Doía pacas, mas ficava quase que militar! Um orgulho para ela.

Enfim, eu era de uma timidez proporcional ao meu tamanho. Calma, calma… Tudo acabou bem. Essas coisinhas passaram e se transformaram em grandes vantagens competitivas em todos os aspectos:

– Ser alta é maravilhoso.
– Meu cabelo é superjeitoso e faço dele o que quero.
– Não me acho gordinha o tempo todo. Só às vezes. Sou é muito gostosa.

Mas voltando. Lá atrás, no meio de tantas inseguranças, brincadeiras, escola, maldades, vilanias infantis, inocência, beleza, pureza, amigas, família e medo vieram também os aprendizados e as descobertas. Fascinante!

Uma das poucas coisas de menina que fiz de verdade foi coleção de papel de carta. Muito mais pelo ato de colecionar do que pelo papel em si.

Na época, fazia sucesso um papel de carta chamado Betsey Clark. Eram umas bonequinhas com cabeça de cebola. Não sei nem se gostava tanto assim. Mas toooooooodas as minhas amigas amavam. E era no recreio quando praticávamos a “troca”.

Claro que o valor de um papel de carta era subjetivo, ainda mais para meninas de 10, 11 anos. Os da Betsey Cebola valiam mais.

Mas, na troca, outros quesitos eram postos em jogo.
O quanto você era ou não querida.
O quanto você era ou não bonita.
O quanto você era ou não inserida.

Eu tinha uma coleção mais ou menos e acho que, para mim, só valia pelo contexto social.
Nada de muito importante.

Mas aí, num remoto recreio, sentei na mureta e pedi para ver a pasta da Bia. Vi um cartão com selinho das tais cebolinhas. E comecei a negociar.
– Bia, vamos trocar este cartão? Troco por estes meus 3.
– Ahhh, Dominique, vale muito mais que isso.
– Hummm, ok… Então estes aqui.
– Não gosto de nenhum.
– Deixa eu ver Bia. Estes 7 por um cartão ainda não vale? 7?
– Não!

E continuei tentando desesperadamente que a Bia aceitasse aquela negociação mesmo que eu tivesse que entregar toda minha coleção.

Não sei o que se passava comigo naquele momento, mas parecia que isso era a coisa mais importante do mundo. E parecia que a Bia sabia disso. Ela exercia sua infantil vilania com requintes.

Claro que nesta hora uma rodinha de meninas já tinha se formado em volta de nós.
Risinhos…Cochichos…Cutucadinhas…Quando eu estava prestes a oferecer tooodooosss os meus pertences, num último lance de desespero, escutei…

– Bia, eu também quero este cartão. Vamos trocar? Troco por estes 4 da Betsey.

Olhei para o lado e era Valentina. Mas por que ela estava fazendo isso? Por que ela me tirou a chance de ter aquele bem tão precioso? E acredite, a Bia imediatamente aceitou a troca com a Valentina.

Saí chorando. Chorando muito. Valentina veio atrás de mim. Eu gritei com ela! Que ela tinha me roubado! Que aquele cartão era meu e que eu estava quase conseguindo. Por que ela tinha feito isso?

Ali, escutei as palavras mais generosas que uma menina daquela idade poderia dizer:

– Porque não aguentei te ver fazendo aquilo. A Bia nunca ia te dar aquele papel. Ela estava se divertindo. Toma… Pra você!

E me entregou o tal cartão. Devolveu minha autoestima junto. E me ensinou o significado da palavra cumplicidade. Ou seria isso solidariedade? Não… acho que é simplesmente carinho.

Do cartão, não tenho ideia que fim levou. Mas a Valentina, que já era minha amiga, naquele dia passou para o status de melhor amiga. E de lá nunca saiu.

Belo episódio, né?

Descobertas, valores, amizades. Uns tem, outros não…

E no final das contas temos as trocas. Tudo na vida são trocas. Acho que tenho feito boas escolhas até aqui.

Ahhhhhhh… sabe aquelas minhas amigas magricelas de bumbum arrebitado que eu falei la em cima? Era lordose!

Apesar da minha amizade com a Valentina começar com trocas eu não a trocaria por ninguém. Me diz se você tem alguma amiga que não troca por nada!

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A música que entrará na trilha sonora de minha vida em 2017. Sabe qual?

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

8 Comentários
  1. Que lindo!!!
    Fui uma jovenzinha muito alta, como vc a mais alta da turma, última da fila kkkk, cabelos tão lisos que minha mãe fazia papelotes, alguém sabe o que é? Não durava nada. Resumo da opera, vida é um repeteco de fatos, mudando só de endereço. Boa lembranças. Adorei!!!

  2. Linda passagem..realmente difícil uma criança da idade da Valentina agir com tanta generosidade, desapego e maturidade.Guarda essa no ❤️. Isso é caráter, vale ouro , é raro e para sempre.

  3. Emocionante!!!!Li hoje um texto sobre amizade madura e é bem assim, basta um olhar, um gesto e todo o resto fala por si só. Feliz aniversário!!!!!

  4. Adorei a história e me vi nela
    Tenho amigas que fiz ao longo da minha vida que não troco por nada.

  5. Esse tipo de atitude a gente leva no coração para toda eternidade. Linda história. Parabéns para as duas. Feliz aniversário Valentina!

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A grande e variada lista de amigas de uma Dominique

Dominique - Amigas
Amigas hoje em dia são um patrimônio em minha vida.
Tenho, sim, uma melhor amiga.
Isso não quer dizer que não tenha outras.
Melhor amiga ou melhores amigas são raras.
Mas cultivo amizades.
Para o hoje e para o amanhã.
Tenho amigas de várias tribos.
E adoro todas elas.
É claro que não vou contar um segredo para a fulana (amiga-tipo-venenosa). Mas adorarei sentar com ela num final de tarde preguiçoso para jogar conversa fora.
É só saber o que, com quem e onde.
A vida pode ficar sempre muito interessante e divertida.
Quer ver?

#1 Amiga esportista
vai te tirar da cama naquele sábado de sol pra você não se sentir culpada na hora da tomar caipirinhasss.

#2 Amiga que gosta de cinema
vai te contar antes o significado daquela cena, daquele filme dinamarquês, pra você não ficar por fora da conversa sem precisar assistir o filme.

#3 Amiga venenosa
sim, porque afinal de contas, quem é que não gosta de uma fofoquinha inocente, né? Desde que não seja a nosso respeito, claro!

#4 Amiga intelectual
Ela vai te explicar sobre o conflito em Nagorno-Karabakh sem fazer você se sentir uma idiota!

#5 Amiga de direita e de esquerda
porque gostamos de coxinha, de mortadela, de caviar e de quibe, né. Temos nossa opinião, sabemos no que acreditamos, mas gostamos de escutar outros lados da história.

#6 Amiga social
Ela conhece o amigo da amiga do amigo. Você precisa do que mesmo? Você quer ir onde mesmo? Ela conhece! Ela sabe! Ela tem o telefone!

#7 Amiga fashion
Tendências, longo ou curto? Bico largo ou bico fino? Caiu bem? Estou parecendo um colchão amarrado? Meu bumbum tá maior que o estádio do Maracanã nesta calça branca. Ainda bem que eu tenho a Suzi.

#8 Amiga casamenteira
Apps de relacionamentos são tudo de bom. Agora, nada substituí a velha, boa e constrangedora apresentação entre amigos.

#9 Amiga musical
Você realmente precisa de uma amiga assim se a música que você mais escuta ultimamente foi lançada em 1988!

#10 Amiga que gosta de viajar
Uma ótima companheira para aquelas aventuras de desbravar a cidade medieval a pé, sob o sol, o dia inteirinho.

#11 Amiga organizada
Observar como ela faz pode ser uma inspiração pra você fazer…. um terço do que ela faz.

#12 Amiga bagunceira
Dá aquela relaxada, afinal, tem alguém pior que você. Alívio…

#13 Amiga que gosta de beber
Nunca vai te recriminar por que vocês beberam uma – não duassss garrafas de vinho sozinhas.

#14 Amiga que gosta de comer
Sabe aquele olhar de “essa barra inteira de chocolate vai te engordar”? Pois é, ela não tem e até compra outra barra se precisar. E ainda diz, você merece. Você tá magra e linda!!

#15 Amiga espiritualizada
Nos momentos de desespero será ela que vai te impedir de cortar os pulsos. E ainda vai te manda mensagens com #gratidão ou #gentilezageragentileza.

#16 Amiga bem-casada
Tão fofo, né? A gente até acredita de novo naquele “felizes para sempre”.

No fim das contas, amigas são simplesmente amigas e isso já as fazem ser incríveis.

Leia mais:

Que roupa usar no primeiro encontro pós-separação
Será que você sabe quem são seus amigos do peito?

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

3 Comentários
  1. Quanto amigas de tribos diferentes , tivermos mais arejada sera nossa mente. Tenho vários departamentos

  2. Tenho várias tribos. Amizades novas, amizades desde sempre, amigas quase irmãs, primas mais que amigas… Cada uma com suas características, estilos, ritmos, predileções. O legal é perceber que eu sou um patchwork delas todas, com um toque muito pessoal.
    Beijos ao Café Cotoxico, Fono Puc 80, Gatuchas do Costa… Todas muito Dominique.

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