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Vou mudar de país e agora terei o mundo para chamar de meu

Dominique - Mundo
De repente, aquela inquietação e ansiedade, quase incontroláveis, estavam de volta mais fortes do que nunca. Uma necessidade maluca de buscar respostas como nos meus 16 anos.

Não, não foi um surto! Mas um processo.

Cheguei aos cinquenta e, finalmente, entendi que já passei da metade da vida. E, agora, ao invés de planejar um futuro colorido e distante como na adolescência, a questão passa a ser outra: O que fazer para tornar mais digna a vida que me resta?

Como para 100% da população do planeta, a vida foi me dando rasteiras. Uma, duas, várias. Uma após a outra. Quando dei por mim, percebi que na realidade, tinha dado início a um percurso sofrido para responder a uma só questão. O que a minha Alma quer de verdade?

Bem, diferenciar o que a Alma quer (sim, Alma com A maiúsculo) e não o que preenche o Ego, velho companheiro, tem sido uma das tarefas mais complexas da minha vida.

Passei a viver uma estranha bipolaridade. Enquanto parte de mim precisa desesperadamente de estabilidade e conforto, a outra, quer ir pra longe e correr o mundo buscando não sei o quê, não sei onde…. Ou será que sei?

O processo é mais ou menos assim: você lê tudo sobre dietas e tratamentos de beleza, mas consome seus dias comprando e colecionando incríveis livros de receita. Aqueles cujas fotos fazem a gente sentir o gosto e o cheiro das calorias.

Já exausta de tanto cair de bunda e levantar pra cair de novo, resolvi finalmente deixar a Alma falar. E ela gritou: desapega e vai para o mundo ver o que não viu!

O sonho adolescente voltou maduro e apoiado nas tecnologias, nas redes sociais, no desejo cada vez maior de aprender coisas novas, de buscar um jeito mais simples de viver. Ganhou roteiro, formato, cor e, principalmente, pressa, muita pressa.

Uma odisseia que ainda não terminou. Reorganizar a vida, fechar ciclos, deixar ir, pensar e repensar. Superar os piores pesadelos e os melhores sonhos, desapegar do cheiro dos livros, do jeito do colchão, dos 1355 enfeites e recordações, do álbum de fotos da família, do quadro que teima em ficar torto na mesma parede todo santo dia e, é claro, das pessoas. O maior de todos os bens dessa primeira metade da vida e que incluem mãe, filhos, marido e amigos preciosos. Um exercício contínuo e difícil de fazer.

Mas o fato é que o “BRAZIL ZIL ZIL” também deu seu empurrãozinho. Como quase todas as pessoas por aqui, tive meu tsunami profissional. Fruto das mazelas políticas e econômicas e de ter acreditado em mais um “vôo de galinha” que fez, a todos nós, cair de cara no chão. O meu país – sem perspectiva, perdido em seus valores e sua história – fez brotar a semente de coragem para que eu me transformasse oficialmente numa estrangeira.

Por duas vezes, precisei adiar a partida para o velho mundo por motivos diversos. Mas a cada adiamento em que a dificuldade aumenta, a vontade de partir dobra. Pensar, planejar, pensar de novo. Juntar dinheiro, desfazer de bens da vida inteira, ajustar contratos, preparar documentação, pesquisar, pesquisar e pesquisar.

Em meio a todo esse processo tive uma das maiores surpresas. Minha filha, cujo primeiro posto agora é ser a mãe do meu neto, simplesmente comunicou em tom solene:

– Mãe, a Família Adams vai para Portugal!

– O que? Como? Mas essa ideia é minha, respondi.

Um estranho frio na espinha. Uma mistura de alegria pela coragem dela fazer o caminho de volta com sua pequena família, e, ao mesmo tempo, de medo pelo que pode vir pela frente nas rotas que ela estabeleceu e é claro, não são as que tracei pra mim.

Como num piscar de olhos, enquanto eu continuo catando meus pedaços e me reconstruo aprendendo a desapegar e criar novos valores, ela já fez o que precisava e está pronta para partir bem antes que eu… E vai me esperar por lá.

É óbvio que pensar que ter por perto o sorriso do meu neto me conforta e estimula mais do que nunca a fazer tudo o que precisa ser feito, e o quanto antes.

Tudo ganhou mais cor e faz mais sentido. A cada dia vou percebendo o que realmente importa. Preciso de bem menos do que sempre tive para viver: menos bens, menos objetos, menos roupas, sapatos, perfumes, panelas, mimimis.

Mas nunca, jamais, de menos afeto!

E quando perguntam o que vou fazer por lá é a Alma quem responde: vou reaprender a viver.

Meu personagem para os próximos anos? Talvez uma avó mochileira colecionadora de histórias e de gente, a buscar novas experiências para ser útil.

Ainda sinto pulsar forte em mim o sonho de lecionar e, principalmente, ser aluna em uma universidade europeia. Aos poucos, vou desenhando uma nova jornada cuja única bagagem que pretendo deixar crescer é a da espiritualidade e do conhecimento.

Hoje, só sei o que não sei. E me sinto liberta para o fim e o recomeço.

Agora, finalmente, terei o mundo pra chamar de meu. Namastê.

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25 Comentários
  1. Olá, me identifiquei muito com você. A diferença é que faço 60 e não tenho netos, mas vivo entre Brasil e Portugal. Porém está chegando o tempo que não viverei mais no Brasil e sim em Lisboa. Apesar de ter já vivido em Cascais por 5 anos de 91 a 96, hoje Portugal é outro país, bem diferente da época que vivi lá. Se tenho medo da mudança? Tenho e muito porque terei menos futuro e no Basil está todo o meu passado.
    Beijos!

  2. Me tocou muito seu texto, adorei!!!! Vá e viva tudo que puder!!!
    A nossa Alma fala conosco e a sua está falando contigo.
    Boa sorte, torcendo muito por você!!!

  3. Acabo de me aposentar e meu principal projeto é tornar a minha vida melhor e mais agradável. Aprendendo coisas novas, viajando e praticando muito o desapego. Alem disso procurando me cercar de coisas e pessoas agradáveis e principalmente buscando mais a minha espiritualidade e o amor ao próximo.

    1. Que legal Hilda. Acho que somos uma geração de mulheres realmente diferenciada!!! E quantas possibilidades temos hoje! A internet facilita tudo!Olha fiz curso até de brigadeiro gourmet, tarot, acupuntura energética, florais de bach, um monte de coisa que não tem a ver com minha área de trabalho, mas quem sabe posso utilizar no futuro…ou não ..tudo vale… aprender é uma delícia!
      beijos
      Cris

  4. Nem mesmo a liberdade, tão almejada, faz sentido se vc olhar em volta e não tiver com quem compartilhar! Vale filhos, amigos, companheiro.Felicidade é um estado de espírito completo onde quer que esteja!

    1. Concordo plenamente Vera .Mas o bom da maturidade é esse processo todo para entendermos o caminho, seja ele qual for. !beijão

  5. Adorei ! Sinto exatamente assim , que preciso de menos coisas materiais para ser feliz mas que preciso mais que nunca realizar todos meus sonhos , rápido sem perder um minuto
    Atuar fortemente em buscas de meus desejos como uma menina cheia de sonhos !!!!
    Estou curtindo muito 50 e poucos anos

    1. É isso aí…ainda somos meninas cheias de sonhos e isso é vitamina pra viver!

      50 e poucos anos é tudo de bom!!!Em alguns momentos damos algumas balançadas mas faz parte do processo.Bora viver!

  6. Meninas, a decisão não foi e nem tem sido fácil não. Vou escrever mais contando essa saga. Fico imensamente feliz com o incentivo e a identificação de todas vocês.Não tinha ideia que a minha história pudesse impactar dessa forma.Muita gratidão e um beijo a cada uma de vocês.

    Cris Bighetti

  7. Adoravel c sempre Dominique!!! Delicia acordar lendo suas histórias, q sempre cabemos em algum pedacinjo delas!!! Bom dia

  8. Nossa que texto forte…..essa é a nossa cara nao tem como fugir desse momento que chega querendo chegar finalmente……

    1. Neide, saiu do fundo do coração. Forte eu não sei, mas verdadeiro pode ter certeza.Nem eu esperava que impactasse tanta gente.Agora quero compartilhar tudo com vocês, cada passo!
      beijos

  9. Estou nesse dilema. O que é mais difícil deixar para trás não são coisas, mas as pessoas… n acha?

    1. Ana, não é fácil.Mas como dizia minha avó, pior que a morte é a agonia. O mais difícil é tomar a decisão e aos poucos, passo a passo ir tomando providências, atitudes e criando estrutura. Com cinquenenta e tantos anos temos o direito de decidir, voltar atrás, repensar, decidir de novo e mudar tudo. O que é bom pra uma mulher não quer dizer que seja o ideal pra outras.Penso que o autoconhecimento , esse sim, é nosso cúmplice.
      beijão
      Cris

  10. No seu texto, apenas dois pontos temos diferente, já passei dos 50 (tenho 55) e não tenho um neto. Ler o que você escreveu (tão bem por sinal), foi como se eu estivesse escrevendo, cada ponto e cada vírgula, até o sonho de cursar uma faculdade na Europa, temos em comum.Tenho pensado nisto todos os dias, só me resta agora, “planejar, pensar de novo. Juntar dinheiro,preparar documentação, pesquisar, pesquisar e pesquisar” e ter coragem.

    Gostaria muito de agradecer por ter colocado neste texto, tudo que eu sinto e não tive a coragem de escrever e por me ajudar a fortalecer a minha decisão.
    Muito sucesso em novo caminho, que Deus te abençoe. Abs

    1. Josy, eu que agradeço seu carinho. Também passei dos 50. Mas esse foi um processo que começou quando cheguei lá e não parou mais…nem sei se pára algum dia, espero que não.
      Boa sorte pra você! coragem!
      Cris

  11. Cris, uma amigamada me marcou no seu depoimento: ela me viu ali. E eu me reconheci nas suas palavras, na sua inquietude, no seu encontro com sua Alma. Estou em processo – mas ainda me falta coragem. Ainda não me sinto liberta para o fim, apesar de ansiar o recomeço. Mas suas palavras alimentaram um pouco mais meu desejo. Que seu novo caminho seja lindo, seja leve, seja pleno.

    1. Oi Cida! Que bom que se identificou.O mais importante é a gente escutar o nosso interior pois nem sempre é preciso voar para tão longe, mas para dentro da gente. beijão

  12. Identifiquei-me em grande parte com vc. Não cheguei aos cinquenta, já passei; estou chegando aos setenta.
    Torno minha sua pergunta: o que fazer para tornar mais digna e gratificante a vida que me resta?
    Pensar, pensar, pensar.Muita inquietude. Começar a planejar, juntar dinheiro, desapegar.Pesquisar, pesquisar, pesquisar.
    E mais: CORAGEM.

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Conheça a emocionante história do Galo de Barcelos, um dos símbolos de Portugal.

Dominique - Galo
De uma maneira geral, o galo é considerado um animal sagrado em diversas culturas e suas religiões. Por ser uma ave que prenuncia a manhã, ela é um símbolo solar, isto é, da própria luz nascente. É também considerado um emblema da vigilância e da atividade, pois antes mesmo da aurora ele já está de pé, ou melhor, anunciando a própria chegada do sol e a manifestação da luz, além de representar também a altivez, em função da sua postura.

Seu aspecto e atitudes naturais, para os japoneses, representam cinco virtudes, a saber:

1) Virtudes civis devido à crista, associada ao coroamento e mando

2) Virtudes militares devido às esporas, com as quais se defende

3) A coragem pelo seu desempenho em combates

4) A bondade, pois divide seu alimento com as galinhas

5) A confiança, pela segurança com a qual anuncia a certeza de um novo dia.

O galo sempre esteve presente como representante de atributos positivos e benéficos na mitologia grega; nas tradições nórdicas; nas culturas de povos orientais, africanos e indígenas; no xintoísmo; na religião hindu, no budismo, na maçonaria e também nas três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.

É comum ver um galo de metal em torres de igrejas, cúpulas e campanários, normalmente voltado para o leste (onde nasce o sol) e até mesmo com a indicação dos pontos cardeais pois, por prenunciar a aurora, os altos das edificações recebem primeiro a chegada da luz do sol, anunciada pelo canto do animal, guardião que vela, vigia e manifesta o porvir da energia solar.

Para o catolicismo, o galo também pode ser um emblema do próprio Cristo (assim como a águia e o cordeiro), pois como símbolo solar representa a luz material e, devido ao seu reaparecimento diário, a ressurreição, a luz espiritual. Simboliza também no cristianismo a vigilância (atributo natural do animal), ou seja, a preocupação que o ser humano deveria ter com a eternidade pelo cuidado em priorizar as coisas espirituais.

Mesmo com todas estas simbologias, o galo é também uma iguaria da culinária nas mesas de todo o mundo e, associado a tudo isto anteriormente citado, entra aí a lenda do “Galo de Barcelos”, um dos símbolos de Portugal, que tem sua identidade visual bem colorida e de crista alta a partir dos anos 1930, porém com a história de sua origem muito anterior.

Trata-se da cidade de Barcelos, no distrito de Braga, ao norte de Portugal.

A lenda medieval nos conta que um homem galego, peregrinando à Santiago de Compostela, ao passar por Barcelos na sua caminhada, foi considerado suspeito de um crime por não ser conhecido na cidade. As autoridades prenderam-no e levaram-no ao juiz local apesar da sua insistência na própria inocência, uma vez que passava por ali rumo à Santiago de Compostela para cumprir uma promessa.

Ao ser condenado à forca, solicitou que o levassem ao juiz que lhe condenara. Assim o foi. Lá chegando à casa do juiz, ele se banqueteava com amigos. O acusado continuava a afirmar sua inocência e ninguém lhe dava ouvidos, até que o peregrino apontou para um galo assado que estava na mesa para o banquete e disse:

“É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem!”Banner - Galo

O juiz pouco lhe deu importância e empurrou o prato para o lado e o sentenciou que fosse à forca. Quando o galego peregrino estava realmente sendo enforcado o galo levantou-se na mesa e cantou.

O juiz compreendeu, então, a inocência do acusado, correu à forca e percebeu que o homem havia se salvado graças a um nó mal elaborado na própria forca. O homem então foi liberto e pôde continuar a sua caminhada à Santiago de Compostela em paz.

Alguns anos mais tarde, o mesmo galego voltou à cidade de Barcelos para esculpir um monumento em louvor à Virgem Maria e ao Santiago Maior. É o famoso “Monumento do Senho do Galo” que hoje se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.

A história ficou famosa, correu chão e, daí em diante, o galo tornou-se o símbolo de todo o país e é encontrado em miniaturas como uma das imagens mais emblemáticas de Portugal.

E ai? Gostou de conhecer a história do galo de Barcelos?

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João Braga

Professor, historiador, pesquisador, escritor, palestrante e colunista. Membro da Academia Brasileira de Moda. Especialista em História da Arte pela FAAP/SP e em História da Indumentária e da Moda pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Autor de História da Moda – Uma Narrativa e Reflexões sobre Moda. Co-Autor de História da Moda no Brasil e Cultura e Elegância. Já acompanhou mais de 33 grupos (mais de 600 pessoas) em viagens para Paris, Portugal, Moscou, Marrocos, Saint-Petersburgo.

2 Comentários
    1. Muito interessante,meu pai nascido no Brasil,porém filho de português, contava essa história, recentemente conheci Portugal, passei por várias cidades, não tive tempo de conhecer Barcelos mas comprei o galo,e quero voltar um dia para curtir a cidade.

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Rever Portugal e abraçar minha gente

Dominique - Portugal
O oceano que nos separava (Portugal X Brasil) seria as mesmas águas que nos uniriam.

Como excelentes cartógrafos e navegadores, os portugueses singraram os mares e aqui chegaram. Pindorama (Terra das Palmeiras, como o nativo aqui chamava) passou a ser Terra de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra dos Papagaios, até se tornar Brasil.

Com colônias na Ásia, na África e nós aqui nas Américas, Portugal, ao tempo das Circunavegações tornou-se o país mais rico do mundo com todos os potenciais nativos explorados de cada local colonizado, principalmente do Brasil: madeira, ouro, pedras preciosas, cana-de-açúcar, entre outros produtos que enriqueceram a “terrinha”.
É exatamente assim que brasileiros carinhosamente se referem às terras lusitanas.

Recebemos, sim, da “terrinha” uma indiscutível e riquíssima herança cultural que até os dias de hoje nós nos reconhecemos, em diversas áreas, com o sangue d’além-mar circulando nas veias.

Arquitetura, formação cultural, música, dança, rendas e bordados, joias, culinária, religião, comportamento, arte, ourivesaria, azulejaria, literatura, tradição monárquica, entre inúmeras outras realidades, sem falar no “entrudo” que gerou o nosso carnaval, nos fazem um pouco lusitanos, e, especialmente, pela nossa língua mãe: o português. Não há a “língua brasileira”, mas sim o português do Brasil.

Pequeno pedaço de terra da Península Ibérica, no extremo oeste da Europa, Portugal com seus 92.345 km2 é menor do que o estado de Santa Catarina com seus 95.346 km2, porém de uma riqueza tão grande e peculiar que é capaz de encantar a todos nós brasileiros que vivemos num país de dimensões geográficas continentais.

Se Cabral com suas naus tomou rumo oeste do planeta pela precisa cartografia da Escola de Sagres e aqui chegou em 1500; se a corte portuguesa também navegou pelo mesmo Atlântico e aqui aportou em 1808, não nos custa visitar a “terrinha” de maneira muito mais prática, confortável e rápida pegando uma outra nave, ou seja, uma aeronave e em poucas 10 horas – comparadas aos meses em caravelas – chegarmos em terras de Ulisses, isto é, à Lisboa.

Obviamente que em Portugal as experiências gastronômicas, culturais ou quaisquer outras que o país possa nos oferecer servem de alimento para o corpo e para a alma. Portugal é sensorial, aspiracional e tranquilizador, pois falar a mesma língua que nós no exterior é um benefício que nos convence mais facilmente em chegar à Europa.

Em tantas vindas e idas dos lusitanos, correspondamo-nos aos nossos colonizadores, em turismo agradável, acolhedor e saudosista pois, como diz a música é muito bom “rever Portugal e abraçar minha gente”.

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João Braga

Professor, historiador, pesquisador, escritor, palestrante e colunista. Membro da Academia Brasileira de Moda. Especialista em História da Arte pela FAAP/SP e em História da Indumentária e da Moda pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Autor de História da Moda – Uma Narrativa e Reflexões sobre Moda. Co-Autor de História da Moda no Brasil e Cultura e Elegância. Já acompanhou mais de 33 grupos (mais de 600 pessoas) em viagens para Paris, Portugal, Moscou, Marrocos, Saint-Petersburgo.

2 Comentários
  1. E cá estou em Portugal, bom conhecer a terra de uma amiga querida e a sensação que tenho é de que estou em casa, em algum canto do Brasil que deu certo.

    Me reconheço no idioma, na afetuosidade. Me identifico com as ruas limpas, com a gente educada, com a menina que lê debaixo da árvore nas férias. Estou amando o Portugal, como nunca imaginei.❤

  2. Meu querido PROFESSOR!
    Vamos à Portugal?
    Vc com seu conhecimento e Eu com minha cidadaninha!
    Terra amada , cada canto nos encanta!

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Dominique no WebSummit 2017 – o maior evento de tecnologia do mundo!

Dominique - WebSummit
Queridas, fui convidada a participar do WebSummit 2017!

É o maior evento de tecnologia da Europa. Serão mais de 60 mil pessoas circulando por aqui para assistir mais de mil oradores em diversas palestras falando de Internet, comunicação, inteligência artificial e empreendedorismo entre outras coisas. E aí você me pergunta: o que você está fazendo aí Dominique?

Ganhei o convite que custa uma fortuna! Ganhei! Nem eu entendi mas aí veio a explicação. Já somos um público considerável e que merece atenção. Vamos lembrar que somos independentes, empreendedoras, ligadas em tecnologia e novidades. Legal, né?

Fiquei feliz porque no Brasil ainda não somos vistas ou percebidas assim. E olha, já somos mais de 40.000 no Portal Dominique e crescendo. Eles disseram que somos de uma faixa etária interessante, com estilo, ambições diferentes e cheias de potencial.

Por aqui dizem que somos influencers dessa faixa etária diferenciada. Disseram que ainda somos poucas no mercado digital. Acreditam nisto? Quem é que consegue viver, hoje em dia, longe do seu celular e esse monte de aplicativos que ajudam a facilitar a vida?

Mas aqui no Parque das Nações, em Lisboa ou pelas cidades brasileiras o fato é que ainda somos um mistério para o mercado e uma parte da sociedade que não sabem o que precisamos ou queremos. Queridas, vamos fazer a diferença! Vamos? Não sei você, mas estou antenada!

Cheguei aqui me sentindo uma estranha no ninho e nem terminou o primeiro dia já estava à vontade me sentindo como se estivesse na minha praia. O que posso dizer? Essa coisa de se adaptar rapidamente é basicamente coisa de Dominique, né?

Durante os próximos dias vou circular por aqui. O que encontrar de novidade ou coisas relevantes que impactam na vida da gente, compartilho aqui.

Acompanhe comigo o que há de mais legal acontecendo no WebSummit 2017.

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