Família

Filhos Bumerangue: filhos adultos que retornam a casa dos pais

Dominique - Filhos Bumerangue
Dominique: Oi? Fala de novo pra ver se entendi direito. Filhos Bumerangue. E existe mais essa modalidade de filho agora? No meu tempo tinha filho levado, malcriado, bonzinho, peste, estudioso, generoso… Vai me dizer que existe filho “gourmet” também?

Paula: Hã? “gourmet” eu ainda não sei, deve ter né… tá tudo tão moderno, vai saber… Você sabe o que é um “Bumerangue”?

Dominique: Acho que sei, não tenho certeza.

Paula: Bumerangue, é uma peça de madeira chata e em forma de cotovelo, usada como arma pelos povos aborígenes da Austrália, e concebida para voltar para perto da pessoa que a lançou após fazer uma curva. Li isso no dicionário pra te explicar tá? Devido a essa característica de regressar ao arremessador, virou brinquedo em diversas partes do mundo. Aqui, no nosso caso específico, Bumerangue é uma metáfora para aquele filho que depois de independente retorna a casa dos pais.

Filhos “Bumerangue” ficam mais evidentes em tempos de crise ou em cenários econômicos conturbados. Segundo estudo feito pela Escola Nacional de Ciência Estatística, órgão do IBGE, só no Rio de Janeiro, 29% dos adultos solteiros com mais de 30 anos moram com os pais, e, entre todos os filhos que moram com os pais, um quarto tem mais de 30 anos, sendo mais da metade (54%) homens.

Apesar de ser um fenômeno mundial, o filho bumerangue, ou o filho canguru modalidade de filho independentemente financeiramente e que adia a saída de casa, são um “espécime” de filho, mais comumente encontrados em culturas ocidentais do que nas orientais. Nós latinos temos um apego maior à cria, e deixar o filho voar para nós é uma situação bastante conflituosa.

Por um lado, a sensação de dever cumprido e orgulho, por outro aquele frio na barriga que nos deixa com a pergunta: Será que ele/ela está pronto? E com medo mesmo, assistimos eles partirem para o mundo.

Em algumas situações, a partida do filho significa a expansão da família. Com casamento, logo os filhos trazem os netos. Em outras, a partida dos filhos deixará na casa a sensação de “ninho vazio”. Independente de qual das situações se viveu, a elaboração dessas experiências costuma ser muito rica. Fazemos um balanço de erros e acertos, é um aprendizado sem tamanho.

O Retorno

Seja por falta de grana, de emprego, de conforto, insegurança, divórcio ou difícil adaptação à vida adulta, alguns filhos depois de independente financeiramente, voltam para casa de “Mamis”; para o seio da família de origem.

Grande parte desses jovens adultos de hoje, nasceram entre 1980 e 1995, e fazem parte da promissora e qualificada geração “Millenials”, muitos dos seus representantes cresceram ao longo da maior expansão econômica do século XX, são considerados da mais bem preparada geração até então, onde pela primeira vez, “filhos” ultrapassaram os pais em termos de conhecimento.

Esses filhos, tinham, há alguns anos, um risonho futuro pela frente[1][2], mas se depararam com um cenário econômico de recessão. Sem emprego, sem renda, ou com renda diminuída, esses jovens retornam para o ambiente conhecido da casa dos pais, com malas, cuias, muitas vezes, com cônjuges e filhos, alterando toda a dinâmica do casal, quer seja em aspectos psíquicos, quer sejam aspectos financeiros, decompondo a rotina de três gerações. Avós, filhos e netos.

Ciclo Vital da Família

Assim como na economia, a psicologia divide o ciclo de vida em fases distintas, essas fases possuem cenários de transição e pontos nodais com características marcantes: Casamento, nascimento dos filhos, educação dos filhos em idade pré-escolar, em idade escolar e adolescentes, saída dos filhos do lar Duvall (1985), aposentadoria e morte. As fases de transição, normalmente, são as mais complexas, é deixar o conhecido e viver uma novidade com todos os riscos do desconhecido, emocionalmente e financeiramente falando.

Depois de ultrapassadas as fases, o esperado, é seguir em frente, voltar atrás, normalmente não está nos planos, e nesse momento então, nos deparamos com uma situação bastante delicada de retorno a família de origem, a convivência diária com a família expandida e as regras para se conviver com satisfação nessa nova realidade e a inclusão inesperada de despesas no orçamento financeiro.

Senta e conversa antes dele vir te visitar de mala na mão.

O ideal, entes do retorno desse filho a casa, é uma conversa franca em família ouvindo ambos os lados, entender até mesmo se existe um espaço para esse retorno. É preciso deixar claro o papel e a contribuição de cada um nessa nova dinâmica. Pode ser que os pais estejam vivendo um outro momento como casal, como profissionais e esse novo arranjo familiar precisa ser delineado. O filho que retorna, não pode se colocar simplesmente no lugar daquele que saiu anos atrás de casa. Mesmo que não pareça, tudo mudou!

Tenho uma amiga, que depois de aposentada recebeu em casa a filha com duas filhas pequenas e estava grávida de mais uma menininha. É um sentimento muito confuso, de alegria por estar todo mundo debaixo da sua asa novamente, crianças e bebezinho em casa, ela está feliz da vida, mas a preocupação com as finanças da família é enorme, em uma idade que para ela, voltar para o mercado não é mais tão fácil! Isso deve ser considerado!

As despesas de alguma maneira precisam ser divididas, as tarefas da casa, os limites, as regras e os espaços redefinidos e respeitados, para que essa grande família se dê bem, e pode se dar superbem! Nas famílias onde os pais já estão em idade avançada, ter os filhos por perto, além de alentador, pode ser uma alegria e aumentar a qualidade de vida. Para os netos, caso esses já existam, a convivência com os avós é sensacional, mas isso tudo, em uma situação bem idealizada, porque também se o relacionamento não for bom, será um “quebra pau” diário em casa…

Imagina na sua casa Dominique!

Escrevendo fiquei imaginando se por algum motivo minha filha traz o namorado para morar em casa e ainda trazem o gato que eles adotaram! Os dois, o namorado e o gatinho são bem bacaninhas, mas realiza! Eu com a casa cheia de passarinhos e mais a Larinha e a Babi…Hahahahah! A gente ia se matar aqui!

Mesmo que seja só por uma fase esse arranjo não pode simplesmente acontecer, precisa ser conversado, certo?

E você, tem alguma experiência com filhos bumerangue ou conhece algum? Conta para mim!

[1] Segundo o IBGE, no primeiro Trimestre de 2018, a taxa de desocupação chegou a 13,1%, São mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho no Brasil.

[2] http://www.ver.pt/obrigatorio-adiar-vida-adulta/

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Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

2 Comentários
  1. Que tudo!!! Que bom que o texto fez sentido pra vc! Maria do Carmo!!!

    É o negócio é esse: senta e conversa antes que ele venha com a mala na mão.

    Beijão!

    Paula Sauer

  2. Incrível! Identificação total!!! Tenho um filho que voltou pela segunda vez sempre depois de uma separação. Dessa vez tem uma filha (minha neta) linda que está com a mãe. Ele voltou sozinho! Mas os sentimentos são muitos e misturados…meus, dele e do pai (meu marido). Estávamos (o casal) em uma fase de independência total e gostando muito e perde-se isso…os limites precisam ser estabelecidos…todos! Não é fácil e na minha opinião não é uma situação boa para nenhuma das partes…concordo com você: precisa ser conversada e deve ser sim provisória. Estou nesse momento procurando administrar com muito amor para que não seja doloroso…nem sempre acerto.

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Traição e aprendizado – É sim uma relação possível!

Dominique - Traição
As pessoas tem ideias e conceitos diferentes sobre o que consideram traição e essa linha do que é certo e errado nesse campo é bem subjetiva. De alguma forma bem primitiva, queremos ser especiais e prioritários para nossos parceiros, a não ser que viver um relacionamento aberto e com o envolvimento de terceiros seja algo de comum acordo aos componentes do casal.

O que significa trair? Será que trair significa somente ter um relacionamento com outra pessoa? Ampliando essa perspectiva, traição significa o rompimento de um pacto emocional e de suas regras e envolve muito mais do que apenas se envolver com alguém; seja sexual e/ou afetivamente. A partir dessa compreensão, casais não monogâmicos também lidam com a traição por se tratarem de relacionamentos com regras específicas passíveis de serem rompidas.

Descobrir uma traição pode ser algo intenso e doloroso para muitos. As pessoas traem por desejo de viver algo novo, de resgatar sentimentos e a dimensão do sentir-se desejado(a), de sentir-se ativo(a) e “no jogo” da sedução e da paquera novamente, por autodescoberta, fetiche, carência entre outras razões. Mesmo que por um momento fugaz e com arrependimento depois, houve abertura afetivo-sexual e disponibilidade de viver algo com outra pessoa.

O que motivou a abertura para que o encontro extraconjugal acontecesse é uma grande pista sobre as necessidades emocionais da pessoa que traiu, além de funcionar como termômetro sobre a dinâmica do relacionamento. Nem todas as pessoas que traem o fazem porque não amam seus parceiros. Parece difícil de entender, mas nem todas as traições acontecem porque o amor acabou. Sentimentos, emoções, amor e desejo não funcionam segundo a lógica racional. Escapam facilmente à lucidez!

A grande questão é que a traição carrega um forte estigma, permeado de preconceitos religiosos e morais. É muito comum que as pessoas que traíram sejam julgadas, seja pelas outras pessoas ou por si próprias.

A traição terá o peso do significado que atribuirmos a ela, de acordo com nossos valores e o que aprendemos ao longo da vida. É sempre delicado julgar uma atitude sem entendermos o contexto ou mesmo os motivos que culminaram na traição. Para alguns é algo banal, perdoável e de pouca carga emocional; já para outras pessoas, a traição é algo mais sério, doloroso e profundo. De qualquer forma, é fato que o casal vai se deparar com conversas, discussões, negociações ou términos.

E a superação seguirá nessa direção, se o casal decidir permanecer junto ou não. Se desejam permanecer juntos, é importante que reconheçam o quanto a traição impactou seus sentimentos, a confiança e o desejo de reconstruir a relação. Talvez, nada seja como antes, nem as pessoas e nem a relação. Mas pode ser também que grandes aprendizados sejam gerados a partir daí.

A compreensão dos motivos que levaram à traição pode abrir caminhos de comunicação e autoconhecimento riquíssimos entre o casal, além de propiciar crescimento às pessoas. Ao entendermos os motivos e disparadores do comportamento, somos capazes de nos conhecermos e de entendermos o que fez sentido em todo o processo.

Abre-se então uma grande oportunidade de abordar os problemas de cada um e da relação e tudo fique ainda melhor do que antes. Diferente, mas melhor. Dependerá de como os acontecimentos serão assimilados e do que a traição representou e evidenciou. Não podemos controlar o que nos acontece, mas podemos manejar o que fazer com tudo isso.

Não é simples, principalmente em se tratando de uma situação cheia de emoções, preconceitos, elementos culturais e cobranças sociais que podem interferir nas decisões. Nesses momentos, tente abaixar o volume do mundo e se ouvir…perceba seu coração e sua razão. Para onde te levam? É lá que você vai encontrar suas respostas!

Sempre achei impossível entender uma traição mas esse texto da Alcione esclareceu me muita coisa, e para você?

Leia Mais:

Todos têm direito a uma segunda chance, até mesmo os cupidos!

Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: [email protected]

4 Comentários
  1. Ana,

    Sofre todo mundo! Não é nada fácil, mas talvez uma terapia ajude a eliminar os sentimentos que nos fazem andar para trás: raiva, culpa, mágoa….Eu acredito que só assim seja possível viver novamente uma vida plena.

    beijo grande

  2. Gostei do texto…mas na realidade é uma situação horrível de viver e administrar. É mto difícil essa administração que sempre encontra-se com feridas, ressentimentos e percas. Percas talvez pra sempre! Convivo com esse dilema a algum tempo e sinto não só na pele mas na minha alma tão difícil processo de administrativo de vidas. Pois é vidas pq não sofro sozinha…sofre a família, e quem estiver por perto pois até agora não consigo entender e resolver esse problema dentro de mim…

  3. E quem está do outro lado? Como funciona o mecanismo para quem é o vértice do triangulo? O julgamento social e pessoal levam a dolorosos momentos de culpa e castigo. Um interminavel rosário de justificativas. É insano, pertubardor. É como estar seduzido por uma ratoeira. É como entrar em areia movediça. Nem sempre se entra num triangulo sem querer. Mas é necessário ter consciência e maturidade p perceber seu lugar de lugar nenhum.

    1. Silvana,

      Acredito que seja um barril de pólvora para todos os envolvidos. Não é situação ideal e ninguém,imagino eu, gostaria de entrar num relacionamento assim.
      Por isso, a maturidade, responsabilidade, autoestima e autoconhecimento são fundamentais para não cair nesta roubada e, principalmente, para sair dela, seja quem for no triângulo amoroso.

      beijo grande

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Maternidade na maturidade – escolha de muitas Dominiques

Dominique - Maternidade
Vamos falar de maternidade após os 40?

A decisão de ser mãe numa fase mais madura da vida pode ser uma escolha por diversas razões: dedicação à carreira para alcançar sucesso profissional e estabilidade financeira, o fato de não ter encontrado o amor-da-vida-pai-dos-filhos ou porque a vida aconteceu assim, simplesmente.

Mas e se a mulher só se sentir preparada para ser mãe na maturidade? Os filhos também saem ganhando com uma mulher mais tranquila e disponível para enfrentar os desafios. Mais madura, a mulher faz escolhas com mais responsabilidade, é menos impulsiva e está mais preparada para viver esse papel.

Houve um aumento de mulheres engravidando entre 30 e 39 anos — de 22,5%, em 2005, para 30,8%, em 2015. Houve também um aumento de mulheres que engravidaram com mais de 40 anos em 27% entre 1991 e 2000 (IBGE). Tais dados já apontam as mudanças no comportamento feminino com relação à maternidade.

Ao contrário do que se vivia antigamente, a mulher não precisa se envergonhar de ser solteira e pode sair, viajar, flertar, ser feliz, sozinha, com os amigos. A vida de solteira é bem interessante atualmente!

Vida de solteira não-mãe, eu diria, porque não precisa estar casada para se ter filhos. Isso também tem sido mais aceito e permitido “socialmente”, sem estigmas. A liberdade que conquistamos nos permitiu fazer escolhas, desfrutar a vida e partir para o exercício da maternidade sem nostalgias pela juventude pouco ou mal vivida.

A vida convida a menos clichês. Menos cobranças. E isso já vem sendo construído. A mulher tem vivido de forma mais natural a passagem aos 40/50 anos e a gravidez com essa idade tem sido uma opção frequente: Ivete Sangalo com gêmeos aos 45, Carla Bruni teve o segundo filho aos 43, Solange Couto foi mãe aos 54! Das anônimas, acompanho a rotina da minha cunhada, mãe da terceira filha aos 46.

O funcionamento biológico feminino é a questão mais relevante da maternidade na maturidade, representada pela diminuição da reserva e da qualidade dos óvulos. Mas devemos pensar também que a saúde de uma mulher de 35 anos hoje é bem diferente de uma mulher dessa idade há trinta ou quarenta anos. Tão importante quanto o preparo biológico é a abertura psicológica e emocional para essa experiência.

Engravidar aos 40, 45 anos ou até um pouco mais pode ser um processo mais lento e trabalhoso, mas não impossível. Evidentemente, nessa fase da vida, a gestação pode requerer cautela, acompanhamento e tratamentos…. em compensação, a mulher se sente abençoada quando se torna mãe depois de muita luta e muitos tratamentos para engravidar e ter o seu bebê. A maternidade acontece como uma dádiva e uma recompensa a todo o esforço.

Pressupomos que com a maturidade passamos a ver a vida com mais segurança. Porém, maturidade emocional implica em ter mais tolerância às frustrações e em lidar com mais flexibilidade e equilíbrio com os acontecimentos da vida. Nem sempre está ligada à idade cronológica. O segredo está na disponibilidade emocional e psicológica em acolher um filho e isso depende dos espaços internos, de afeto e paciência.

Ao nos tornarmos mães, nos remetemos inevitavelmente à mãe que tivemos. Acessamos o repertório que criamos ao longo da vida na convivência com as mulheres que nos foram significativas. É o momento do encontro das gerações, de nos depararmos com o modelos maternos que queremos seguir ou rejeitar. E nesse caminho construir algo novo e com a nossa cara.

Pode ser que com mais idade estejamos mais preparadas para abdicarmos de momentos só nossos por momentos compartilhados com bebês, brinquedos e mamadas. Isso tem a ver com se doar, se permitir e partilhar o seu tempo com a maternagem. Em ver um bebê aprender coisas novas, em sermos as mediadoras entre o filho e o mundo. Com isso também aprendemos e renascemos.

E ser mãe é topar o desafio do imprevisível, do medo de não conseguir dar conta, de se desesperar de sono, de ver a vida mudar. E mesmo assim se gratificar com a relação mãe-filho…aí o jogo vai se invertendo e a maternidade acaba, então, trazendo a maturidade.

Maternidade é isso. Não importa a idade!

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Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: [email protected]

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Hoje vou conhecer a Namoradinha do meu filho – Ai Meus Sais

E aí chega o dia de conhecer Namoradinha do meu filho . Afffff

Além de tudoooo você descobre que o seu filhinho, cresceu…
Pior, você constata que ele pensa que já é homem, veja só. Agora, acredite, essa ficha só cai quando ele resolve te apresentar a namoradinha…
Afff… você tem ideia do que é essa experiência?
Acredita em mim…
Você não faz ideia do que passa pela cabeça da gente nessa hora… E, prepare-se para fortes emoções!
E se você for uma MAMA como eu, mistura de mãe italiana, com mãe judia e mãe árabe, imagina o que vai acontecer!!

[fve]https://youtu.be/nKN4X7tQdhs[/fve]
Ficha TécnicaVideo : Ai meus Sais.  Vou conhecer a Namoradinha do meu filho

Atriz : Regina Bittar
Direção : Cris Mariz
Roteiro : Eliane Cury Nahas
Produção executiva : Rita Urcioli E Claudio Odri
Figurino : Tigresse

 

E por falar em genrinhos e norinhas, veja só o que aconteceu com a Marot nesse texto.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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De mãe para filha: viver é ser feliz!


Eu vi minha mãe hoje e ela morreu há 19 anos. Não sou vidente, não fui a centro espírita nem encontrei nenhum médium. Simplesmente olhei no espelho. Cada dia que passa, vejo um traço dela em mim. Os olhos grandes, as olheiras, o cabelo, a expressão, o jeito de rir, o jeito de não rir. Sou parecida por dentro, nas entranhas, naquilo que eu jamais poderia imaginar e até naquilo que eu não queria ser.

Juro que não sei explicar se tais semelhanças se devem à genética ou à convivência, mas há momentos em que eu me confundo, me vejo falando frases que escutei durante a vida toda, uma espécie de mantra, e boa parte destas falas percebo agora, nessa altura do campeonato, que são crenças absolutas, veja só. Mãe, aquilo que era verdade, não é bem assim! E agora, como fica?

E o outro lado da moeda é muito mais sério. Olho bem para meu rebento. Minha pequena está se soltando para o mundo. Cabeça boa, personalidade forte, sabe o que quer, o que não quer. Sempre fiz questão de prepará-la para o mundo, dar liberdade com responsabilidade e agora caio para trás quando me vejo a analisá-la. Claro, sem que ela perceba. Vejo que tem um pedaço meu ali também, um pedaço que me assusta. Um pequeno ser focado, preocupado e objetivo com apenas 20 anos.

Que medo. O mantra que quero para meus filhos é o de ser feliz. Quem é feliz faz os outros felizes. Gente feliz é de bem com a vida. É feliz assim, por nada!

Ninguém tem que ser parecido com ninguém. Mãe é mãe. Paca é paca. O resto a gente já sabe.

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O namorado da minha filha é um estorvo
Meu amor, meu tesouro!

Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

2 Comentários
  1. Nossa Angelica você tem razão! Eu nao falo mais minha vó, minha mãe que diziam…agora sou eu mesminha. Também fico muito feliz em parecer com minha mãe, ela era muito alto astral, todo mundo gostava de ficar com ela por perto! aiQsaudade. Beijo

  2. Sabe qd percebemos isso muito nitidamente, quando deixamos de dizer as seguintes palavras… minha avó sempre dizia isso ou aquilo, e simplesmente aplicamos a frase diretamente como se fosse de nossa autoria. Detalhe… fui criada pela minha maevò. Me pareço Muito com ela, mas isso me agrada ela é uma pessoa muito especial, embora já falecida continua absolutamente viva em mim.

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