Oi Dominiques!
Vocês – antenadas e modernas – já foram a SP-Arte?
Eu estive lá e recomendo uma visita!
A exposição já se tornou um Festival Internacional de Arte. Sabem por quê?
O crescimento da participação de galerias, curadores e colecionadores estrangeiros deve-se à expansão do mercado brasileiro.
Galerias japonesas, como Koyanagi e Ota, trazem renomados nomes como Sugimoto e Yayoi Kusama.
Podemos ver também outros pesos-pesados contemporâneos, como o norte-americano Dan Graham, o italiano Pistoletto e o britânico Richard Long, entre outros.
Notei também a crescente participação de mulheres e a presença de trabalhos que discutem a desigualdade de gêneros. Onze galerias têm participação exclusivamente feminina.
Isso deve-se a um grande esforço das mulheres reivindicando mais espaço e visibilidade.
Isso não é ótimo?
Imagine você que entre as visitas guiadas existe uma dedicada exclusivamente a fazer o circuito das mulheres do século XX.
A galeria Cheim Read expõe um trio feminino de peso: Louise Bourgeois, Linda Benglise e Joan Mitchell!
Não é demais?
Eu amei! Lindas obras!
Estamos vivendo uma época de revisão, reconsiderando artistas mulheres de grande importância histórica.
O Brasil é um lugar ideal para se expor porque tem uma história cultural rica de importantes artistas como Tarsila do Amaral, Lygia Clark, Beatriz Milhazes, Tomie Otake, Lígia Pape, entre outras.
A croata Sanja Ivekovi e a austríaca Renata Bertlmann são destaques internacionais como exemplo de mulheres que lidam com a desigualdade de gênero em seus trabalhos.
O setor de design também cresceu e conta com 25 galerias com mobiliário e objetos de arquitetos como Niemeyer, designers como Etel Carmona e artistas como Lasar Segal.
A busca de um design autoral ligado à arte fez com que Etel Carmona e o reconhecido pintor gaúcho Carlos Vergara fizessem um dueto na criação de relicários, biombos e mesas.
A Firma Casa convidou os irmãos Campana, inspirados na série bichos da artista mineira Lygia Clark, a criar a peça Kaleidos, semelhante a um caleidoscópio.
Claudia Moreira Salles projetou o lindo banco Concreto, inspirado no design bauhausiano.
A Ovo apresenta os designers Luciana Martins e Gerson de Oliveira, com suas criações inéditas como a mesa Plano e a estante Ara.
A Pé Palito e a Teo revisitam peças desenhadas por designers como Geraldo de Barros, Joaquim Tenreiro e Zanine Caldas.
Oscar Niemeyer também está presente com sua cadeira de balanço.
Jaqueline Terpins desenha peças de mobiliário e Hugo França faz presença com sua chaise Damanivá.
Tudo isso confirma que arte e design caminham juntos, assim como arte e moda.
Dominiques: levem o seu smartphone e confiram essas dicas porque existem opções para quem quer gastar muito ou pouco.
O céu é o limite!
Aproveitem e não percam!
A exposição está aberta ao público até domingo, 9 de abril, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo.
Que matéria interessante!!!
Parabéns Elzinha pela reportagem, adorei suas dicas!