Capaz de agradar a ambos os sexos, Amor a Toda Prova, essa diferente comédia se foca mesmo é em mostrar os sentimentos masculinos diante do amor. Se para os homens isso pode parecer constrangedor ou até embaraçoso, para as mulheres se mostra uma boa oportunidade para conhecer o lado sensível e nem sempre externados por seus companheiros. Promete uma reavaliada nos conceitos tradicionais de um relacionamento amoroso.
Na trama, a vida do pacato Cal (Steve Carell) muda completamente quando sua esposa (Julianne Moore) conta que teve um caso com um colega de trabalho (Kevin Bacon) e quer o divórcio. Sem rumo Cal conhece Jacob (Ryan Gosling), um especialista em conquistas que resolve ajudá-lo a sobreviver no competitivo mundo dos solteiros, ensinando suas técnicas para que ele consiga assim esquecer sua mulher.
Como é recorrente nas comédias românticas aquelas personagens femininas fortes e determinadas a se apaixonar, no caso do filme em questão há uma pequena inversão de prioridade – quem sofre luta e anseia pelo amor são eles.
Os homens e o relacionamento
Com uma esperteza ágil e divertida, os cineastas de Amor a Toda Prova colocam seus personagens masculinos no cargo de protagonistas e os submetem às mesmas neuras das mulheres. Agora é a vez de eles superarem suas dificuldades de relacionamento e sair por aí na difícil luta por um amor real.
Mas o que prende o espectador do início ao fim será mesmo o desenlace amoroso que se dá paralelamente aos protagonistas. Ninguém se pergunta se Carell e Moore ficarão ou não juntos. O que todos querem saber é como se dará a história entre Jacob (Ryan Gosling) e Hannah (Emma Stone).
Gosling está simplesmente perfeito com domínio total da situação, mostrando-se solto e encantador. Além de agradar o público feminino, exibe bastante carisma ao encarnar seu Jacob. A ótima química entre Carell – sempre convincente e Gosling é realmente o destaque. Quanto ao elenco feminino, Moore, adequada e correta, já Emma Stone comprova ser capaz de vôos bem mais altos.
A acertada direção da dupla de diretores sabe como utilizar os mais simples recursos cinematográficos de maneira correta e sem exagero.
A trilha sonora inserida no contexto oitentista, com direito a The Cure e Spandau Ballet, por exemplo, só melhora o acabamento além de embalar a galera.
Equilibrando-se bem entre comédia, o drama e o romance, Crasy, Stupid, Love ainda que não seja original é despretensioso e divertido. Um produto de qualidade e que merece ser visto. Um entretenimento rápido e risadas que duram até a última pipoca mastigada.
Divirta-
Eu AMO esse filme! A cena do Ryan Gosling “imitando” a dança de “Dirty Dancing” é ótima!