Tag: inteligência artificial

O risco e os cuidados para evitar cair em fake news

Você sabia que há algo ainda mais grave que a fake news? Antes de eu te dar uma resposta, assista este video. Só encontrei a versão com legendas em inglês, mas coloquei parte da tradução abaixo. 

Olá, hoje eu vou falar com vocês sobre uma nova tecnologia que está afetando pessoas famosas. Lembra quando o Obama chamou o Trump de imbecil? 

Obama: Completo Imbecil.

Ou a Kim Kardashian usou uma linguagem rude?

Kim: Porque estou sempre meio pelada.

Ou quando o Arnold Schwarzenegger personificou ele mesmo?

Arnold: Saia dai. Tem uma bomba aí dentro.

Fake! Fake! Fake!

As imagens iniciais do video são Deep Fake. Inclusive a apresentadora, que utilizou o rosto da cantora Adele, para mostrar como é fácil adulterar a imagem de uma pessoa em um video. 

Deep Fake são arquivos de áudio ou video que simulam a voz ou a imagem humana, mas que foram criados a partir da inteligência artificial. Parecem verdade e são compartilhados como uma versão original. Mas foram totalmente criados com os mais diferentes objetivos. São falsos!

Experts conseguem identificar os indícios de que há algo errado. Mas para nós – leigos – é quase impossível de perceber. Por enquanto, o acesso a tecnologia que produz o Deep Fake está restrita a poucas pessoas. Por enquanto…. Você consegue enxergar o risco potencial?

Há um modo de barrar (pelo menos um pouco) o uso errado e nocivo destas novas tecnologias. Está nas nossas mãos, mas infelizmente não estamos conseguindo lidar com uma ameaça um pouco mais simples que essa. Eu me refiro as Fake News. 

Notícia falsa sempre existiu. No cinquentenário do homem na lua fiz um post (aqui) sobre fake news envolvendo o espaço. Dá para ir mais longe ainda, na antiguidade. O problema tomou outra dimensão com a ascensão da internet e das redes sociais. Compartilhar uma informação falsa é muito fácil. Criá-la, então, é mais simples ainda. 

Você não tem culpa (mas tem!)

É quase uma praga mundial. Nós ajudamos a espalhar, mas muitas vezes fazemos isso com boas intenções. Acreditamos tanto em alguma informação (ou esperamos que seja verdadeira) que compartilhamos a notícia com um propósito “nobre”. 

– Estou fazendo a minha parte!, muitos dizem.

Aí está o cerne do problema da Fake News. Ela sempre encontra quem irá ressoa-la para grupos com características parecidas. Esses grupos ganharam até um nome: são as bolhas. Agora, a notícia vai ser espalhada em uma velocidade espantosa. É praticamente impossível desmentir. 

Não quero focar na clara intenção de políticos, organizações ou  empresas em espalhar notícias falsas por um objetivo específico. Também não vou acusar as redes sociais (ou o whatsapp) por facilitarem na divulgação das fake news. O mundo sempre funcionou a base de estratagemas e fofoca. 

Quero destacar como nós – Dominiques – podemos contribuir para não piorar ainda mais este problema chamado Fake News. Independente se achamos uma notícia positiva ou negativa, se concordamos ou discordamos dela, devemos levar a dúvida se ela pode ser uma informação falsa. 

Claro que todo mundo está suscetível a cair numa fake news. Provavelmente já caímos em muitas delas e até hoje não nos demos conta disso! Mas podemos evitar, tomando algumas atividades bem simples:

# 1 – Procure visitar o site com a origem da informação. Há vários jornais que foram criados exclusivamente para disseminar informações falsas. Claro que jornais conhecidos podem divulgar informação errada. Mas há algo de errado se você visita um site e não sabe quem é o responsável por ele. Também levanta suspeitas se as notícias divulgadas são sensacionalistas. Há um mercado por trás destes acessos todos: Sites de notícias falsas faturam mais de 200 milhões em publicidade

# 2 – Vale a pena fazer uma busca pelo nome do jornalista que escreveu a notícia, caso você não o conheça. Dê uma olhada em redes sociais dele, lá ficará claro qual é tendência e no que ele acredita. Algum tempo atrás, um jornal foi acusado de criar colunistas falsos. Era até fácil de constatar isso, dois deles não existiam nas redes sociais antes de 2018. 

# 3 – Faça uma pesquisa nos sites das empresas de checagem de fatos. Elas são monitoradas por instituições internacionais e utilizam métodos de verificação e análise idôneos. Alguns deles são:

  • Fato ou Fake é uma iniciativa do Grupo Globo para verificar conteúdo suspeito nas notícias mais compartilhadas da internet. A apuração é feita pela equipe da CBN, Época, Extra, G1, TV Globo, GloboNews, Jornal O Globo e Valor Econômico.
  • Comprova é um projeto de checagem de fatos que conta com o trabalho em equipe de jornalistas de 24 diferentes veículos  para descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente falsas sobre políticas pública.
  • Aos Fatos é uma agência especializada na checagem de fatos também membro da The International Fact-Checking Network  (IFCN) e contratada pelo Facebook. 
  • Agência Lupa, ligada ao jornal Folha de S. Paulo, confere as informações divulgadas no jornal e sinaliza com os selos: “verdadeiro”, “verdadeiro, mas”, “ainda é cedo para dizer”, “exagerado”, “contraditório”, “subestimado”, “insustentável”, “falso” e “de olho”.
  • E-Farsas é o mais antigo serviço de verificação de notícias falsas, lançado em 2001. Segundo o portal, a iniciativa surgiu “com a intenção de usar a própria internet para desmistificar as histórias que nela circulam”. 

# 4 – A qualidade do texto também pode indicar que a notícia é falsa. Alguns erros ortográficos, o uso de verbos auxiliares e advérbios são alguns deles. Adjetivos muito fortes tendem a deixar a notícia parcial, o que não é comum em notícias jornalísticas. O uso excessivo desses atributos da linguagem pode denunciar a informação. 

Fake news é um problema bem grave e há um futuro pela frente que parecer ser ainda mais danoso. Do nosso lado, podemos fazer pouco. Mas isso já será muito para impedir a disseminação das notícias falsas.

Dominiques: vamos tomar cuidado!

3 Comentários
  1. Sou Muito cética. Sempre dou uma pesquisada no assunto pra ver se é verdadeiro. Já alertei muito sobre fake News!

  2. Sou Muito cética. Não acredito em nada. Sempre dou uma pesquisada no assunto pra ver. Já alertei muito sobre fake News.

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