Há um tempo eu peguei o meu filho, então com 18 anos, ouvindo e CANTANDO JUNTO música sertaneja universitária.
Acho que era “Rock & Hudson”, ou algo parecido. Quase morri de desgosto!!
Mas, ao mesmo momento, percebi que ele me olhava fixamente e que cantava com um leve sorriso irônico e desafiador no canto da boca.
Ahaaa!!!
Aquilo era mais um de seus atos de rebeldia contra sua mamãe.
Ele realmente sabe como me atingir!
Percebendo isso, fiz o meu papel.
Reclamei. Esbravejei. Sapateeei. E ainda terminei dizendo:
– Só falta agora, em seus xavecos, você dizer que tem gosto “eclético” para música!!!!!
– Clichê não, meu filho… clichê não!!
Lembrei dessa historinha porque ontem, ao passar pelo seu quarto, vejo aquele menino lindo, lendo ao som de Dave Brubeck.
Ficou a certeza de que o fruto não cai longe do pé.
Além do gosto parecido com o meu para música, ele também leva consigo o mesmo humor e ironia que, por vezes irrita, e outras beira o deboche.
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