Somos o que nunca foram antes de nós.
Esta frase define toda uma geração de mulheres.
Somos pioneiras. Mas nem sempre soubemos disso.
Na verdade, fizemos o que tinha que ser feito.
As coisas foram acontecendo e nós fomos realizando.
Na maioria das vezes, sem bandeira, apenas com atitude e muita coragem.
Não tivemos livros, manuais ou tutoriais.
Na verdade, NÓS é que deveríamos escrevê-los.
Mas por algum motivo, parece que nos tornamos invisíveis.
Invisíveis a todo um ecossistema que vai da mídia, passando pelo mercado consumidor, até chegar na sociedade como um todo.
Salvo louváveis esforços aqui e ali, a imagem que é feita de nós, sempre ruma ao esterótipo ou pejorativo.
Até mesmo quando falamos de nós, usamos os chavões e bordões horrorosos criados em outros tempos por outro tipo de pessoa.
Mulher madura?
Cinquentona?
Idade da loba?
Melhor idade?
Os nomes que nos deram são só um detalhe se comparado ao jeito com que somos tratadas.
Fomos arrancadas da categoria de mulheres adultas e jogadas na de mulheres idosas.
Quando surpreendemos estes desavisados com nossas óbvias qualidades e aptidões ainda somos obrigadas a ouvir:
Nossa, tá bem pra idade, hein?
Dá um caldão?
Jura? Vc que fez? Sozinha?
Você trabalha com tecnologia? Não acredito!!
Na verdade, vivemos surpreendendo, por que a esmagadora maioria de mulheres desta faixa está simplesmente exuberante e acontecendo.
Hiper produtivas em todos os sentidos e sem as limitações impostas pela vida da jovem mulher.
E olha, isso deve continuar por pelo menos mais 20 anos. É muito tempo para passarmos desapercebidas, não acha?
Como nos fazer notar? Como mostrar que somos mais do que vovós de cabelos brancos (nada contra).
Como mostrar que somos consumidoras? Que consumimos muito além de remédios e cremes anti ruga? Que nome dar a essa fase de grande viradas e a essas grandes mulheres?
Aqui, vamos colocar as fichas na mesa. Dominique vem para mostrar ao mundo quem somos nós e como podemos!!
Dominique está nascendo de muitas mulheres, todas elas Dominiques. Todas nós.