Hoje, fazendo umas comprinhas, perdi meu carrinho no super mercado. Tudo que precisaria para nosso almoço de domingo já estava nele. Nada demais refazer a compra. Mas fiquei intrigada, onde estaria meu bólido? Por que alguém o levaria?
2 hipóteses:
- Alguém o pegou por engano e decerto o devolveria em minutos.
- Alguém o levou na má fé uma vez que minha blusa estava dentro. Mas era só a blusa ( que já não vale muita coisa de tão velhinha) pois o celular e a carteira estavam comigo.
Cheguei junto aos mocinhos do super e com muito bom humor falei:
-Meus anjos, acho que temos um problema. Meu carrinho sumiu.
-Onde foi que a senhora o viu pela última vez?
-Estava perto dos tomates – disse eu, aliás com um saco de tomates caquis na mão.
-A senhora se lembra do que havia no carrinho?
E comecei a me sentir prestando um depoimento, em pleno corredor dos refrigerantes. Mas o mocinho estava genuinamente preocupado, mesmo eu tendo falado que meus valores estavam comigo.
Ele quis refazer o caminho do crime, ops, o caminho por onde minhas compras possivelmente estiveram. Fomos juntos. Passamos pelos tomates, pelas cebolas, batatas, viramos num outro corredor passando pelos alfaces, espinafres e repolhos até chegar no corredor do manjericão, folhas lavadas, sálvia e cebolinha.
Puff..Meu carrinho estava ali.
Corri para ele para ver se todas as minhas comprinhas estavam no lugar que eu havia deixado. E sim, estavam.
O mocinho exultante proferiu:
-Graças a Deus (sério, ele falou isso mesmo).
– Será que alguém levou achando que tinha um celular embrulhado na blusa e quando viu ser apenas uma blusa devolveu?
-Ahhh, muito provavelmente – disse ele generosamente.
Porque na real, há uma terceira hipótese além das duas já citadas. Existe a possibilidade do meu precioso carrinho nunca ter saído daquele lugar, e o mocinho sabia disso. E eu também.