Não sou de beber muito. Nem pouco. Bebo se estou com vontade e o que eu gosto. Dificilmente fico de porre, porque infelizmente passo do estágio “ai, acho que vai ser bom” para o “nunca mais na minha vida, acho que vou morrer” em alguns segundos.
Mas tenho histórias memoráveis.
**Meu primeiro porre
14 anos. Ganhei de presente de meus amiguinhos minha bebida predileta: “licor de cacau”. Era período de férias e fomos comemorar juntos na casa de não sei quem.
Bebi a garrafa sozinha, inteirinha, como se fosse chocolate derretido.
Moral da história?
Nunca mais na vidaaaaaaa quis ver o tal licor na minha frente.
Virei do avesso, claro.
**Meu segundo porre (eu acho)
Estávamos no começo do segundo colegial e o Marcão convidou a classe toda para um final de semana na sua casa, em Itanhaém. A condição das mães era que algum “adulto” fosse junto. Foi a mãe de uma das meninas.
Enfim…Baita farra. Ônibus, praia, sol, cantoria e rouquidão. Fiquei completamente afônica e sofrendo horrores. Imagine uma menina com a turma toda sem poder falar?
Aí me aparece o meu superamigo com um remedinho mágico. Um copo com um líquido dentro dizendo que aquilo me faria ficar boa rapidinho, mas tinha que virar. Só funcionaria se fosse de um gole só.
Confiando nele como sempre, virei um copo de pinga com mel. A rouquidão passou realmente, mas só percebi quando acordei 12 horas depois.
Disseram que eu cai durinha segundos após virar o copo. Meu amigo não só ficou com remorso como muito preocupado. Quem não dormiu foi ele, hahaha.
**Meu enésimo porre
Um dia sai com um cara que estava paquerando há tempos…
Gente, estou falando de anos 80. A coisa era diferente.
Naquela época, saiamos domingo à noite.
Comíamos fritura, comida pesada, qualquer coisa.
Remédio de regime era vendido livremente em farmácias.
Claro que de tempos em tempos eu tomava um Hipofagin e passava o dia inteiro com uma maçã.
E atire a primeira pedra quem nunca fez uma loucura destas.
Mas loucura mesmo era beber tomando estes remédios. E num primeiro encontro então!
No segundo gole da caipirinha, comecei a passar mal.
Pedi licença e fui ao banheiro.
Ah, o gato não ia me ver passar mal daquele jeito. Não depois de semanas batalhando por aquele encontro.
Entrei no banheiro, molhei os pulsos e sentei num banquinho, respirando fundo para esperar passar o mal estar.
De repente, escuto batidas na porta e alguém me chamando aos berros.
Era meu gato. Ou meu ex-futuro gato.
Fazia 45 minutos que eu estava no banheiro! 45 minutos e não percebi!
Desmaiei? Apaguei? Não tenho ideia.
Só sei que quando sai as luzes do estabelecimento já estavam apagadas, cadeiras em cima da mesa e apenas um foco de luz em cima da nossa mesa com os pratos que pedimos deprimentemente esperando por nós.
Pensei com meus botões: – Bom, este riscarei do meu caderninho. Nunca mais vai me ligar! Acabou aqui e agora.
Menina, não é que casei com ele? Sério!
Vai entender, né?
Quem não tem uma boa história de um porre juvenil para contar?
Mas me animei!! E resolvi contar toooodooos (quase todos) meus B.O.s da minha vida adulta. Semana que vem tem mais tá?
Leia Mais:
Ainda com a ressaca de Carnaval? Conheça algumas receitas antirressaca
Os desafios da recolocação no mercado de trabalho para Dominiques
Eu tinha 17 anos, morava em Caxias do Sul, vinho, conhaque…. Pois bem, passamos na casa da mãe do meu tio, estava muito frio, e ofereceram uma taça de conhaque, achei chic, nem gostei muito, mas bebi. Chegando na casa dos tios com quem eu morava, fui ajudar a lavar o carro, e tomei outra taça de conhaque…. Hahaha… Já estava tontinha, fomos almoçar e serviram vinho…. Aí meu Deus!!!!
Não esqueço da vergonha que passei!!!