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Quando vale a pena fazer seguro? Do que e por quê?

Dominique - Seguro
Não é à toa que são sábios os ditados populares “o seguro morreu de velho” e “quem tem cuida”.

Você sabia que o seguro deve ser considerado um investimento?

A maioria das pessoas não abre mão do seguro, por puro medo, coisa de pai. Muita gente não dirige o carro de alguém se souber que não é segurado.

A teoria diz que quanto mais nova for a pessoa, mais alto deve ser o seguro de vida. Mas que teoria é essa? Quanto mais jovem o ser, mais longe de morrer, certo? Se perder o carro, mais tempo para adquirir o outro, não?

Errado! Morrer é certo e se tem alguém que sabe isso é a seguradora. O risco é perder algo enquanto se está vivo.

Conversamos com o Heney Fernandez, corretor de seguros, que deu exemplos bem esclarecedores sobre o tema e abriu uma nova janela para entender o assunto.

Tome como exemplo um jovem de 24 anos que está começando sua vida profissional. Está dando os primeiros passos para não depender dos pais, mas ainda não tem nada de concreto na vida. Precisará investir num financiamento para adquirir um carro, uma casa, casar e ter filhos. Enfim, está na idade certa para assumir uma penca de dívidas.

Nesta fase, o ideal é fazer um planejamento financeiro, investindo em um seguro de vida de valor alto e também em uma previdência privada, neste caso, com valor menor. Ele tem muito a perder, levando-se em consideração o volume de dívidas assumido.

Aos 40 anos, seus compromissos financeiros começam a diminuir, filhos já estão indo para a faculdade, a casa está quitada, os carros da família comprados. Neste momento, o ideal é inverter posições, diminuir o valor do seguro e aumentar o investimento na previdência privada que vai propiciar um rendimento para viver a terceira idade, que nos últimos tempos, todos sabemos, vai durar bastante, pois a longevidade aumentou e muito.

Ter ou não seguro de vida, Dominiques? Ó dúvida cruel!

Muitos pensam que seguro de vida é para deixar um patrimônio para os herdeiros, mas este não é o único jeito de avaliar se deve ou não investir em um seguro.

Se você tem bens imóveis para deixar como herança, mas não tem dinheiro, não há liquidez. Como seus herdeiros vão se virar?

Há quem venda os imóveis e invista em seguro, diga-se de passagem, é um seguro alto, levando-se em consideração transformar seu patrimônio no prêmio da apólice. Mas neste caso, o valor não entra em inventário, não paga imposto e em 30 dias os herdeiros recebem o dinheiro. Não tem briga, nem anos de trâmite na justiça.

Nunca tinha pensado nisso. Você há de concordar que é preciso muita disciplina para não esquecer de pagar o seguro, sem falar em investir o valor da venda do imóvel (e esquecer do investimento) para não correr o risco de ficar sem ele e não pagar a apólice.

Segundo Heney, deve-se investir menos em seguro de vida a partir dos 60 anos e aumentar a contribuição na previdência privada.

Seguro de casa ou carro, por exemplo. O valor anual da apólice de seguro de uma casa é pequeno, R$ 500 a R$ 600. Para o corretor de seguros, o que é necessário analisar é o custo do valor fixo contra a necessidade de desembolsar um volume de dinheiro muito alto no momento do sinistro. A chance de pegar fogo é pequena, mas e se pegar? Como levantar de uma hora para a outra o montante para reconstruir sua casa ou apartamento?
Este “E SE” é que pega.

Um seguro de carro que custe R$ 250,00 por mês para se transformar no valor de um carro de R$ 50.000,00 são necessários 15 anos. Se você não rasga dinheiro ainda, há de convir que não é fácil conseguir R$ 50.000,00 para repor um carro, seja por causa de um roubo ou acidente.

Aqui, a melhor notícia de todas é que mulheres pagam um valor menor de seguro em relação aos homens. E, quanto mais maduras as mulheres, menor é o valor do seguro. As seguradoras descobriram que nós somos o máximo, Dominiques.

E seguro saúde então, nem se fala!

Não ter seguro saúde hoje é ter uma roleta russa apontada na sua testa 24 horas por dia. O ideal era aquele seguro antigo que cobria despesas hospitalares e exames e que não existe mais. Quem tem, pelo amor de Deus, não se desfaça.

Infelizmente, nossa saúde pública é precária e depender dela é assinar o atestado de óbito com antecedência.

Não é possível mais ter o plano top? Tenha o sênior. Não dá o sênior, tenha o plus. Nem o plus, vá para o plano enfermaria, mas na hora do vamos ver, o seguro saúde ajuda muito, mesmo que você seja uma Highlander.

Dominiques empreendedoras, existe o seguro sucessão empresarial. Imagine que você tem um negócio e que, no seu contrato social, os dependentes não podem assumir a empresa. Seu sócio morre e você precisa comprar a parte dele. Se não tem um dinheiro guardado, como fica?

E, para as Dominiques que são profissionais liberais, há ainda o seguro de responsabilidade civil. Médicas, advogadas, contadoras, engenheiras…

Imagine a seguinte situação. Uma médica comete um erro em um procedimento. Como arca com a indenização? Concorda que isso pode acontecer com qualquer uma de nós, levando-se em consideração que somos humanas?

Uma engenheira responsável por uma obra que cai, uma contadora que esquece de recolher impostos de um cliente. Mas advogada, como assim? Ela não é obrigada a ganhar uma causa, claro que não! Mas se esquecer de anexar um documento ou perder um prazo, a casa cai.

E também, para esta categoria, tem o seguro de lucros cessantes. Tanto para empresa, quanto para pessoas físicas. Imagine uma dentista que quebra o braço e fica 5 meses sem trabalhar. Como ela paga suas contas? Esta modalidade garante uma renda em decorrência do acidente ou doença temporariamente.

Diante de tudo isso, é bom avaliar direitinho e cuidadosamente quando vale a pena colocar no seguro aquilo que é importante para você. Tudo depende do perfil de cada um, o que pesa mais, investir na tranquilidade ou bancar o risco?

Qual é o seu perfil de seguro?

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