Você já ouviu falar do Movimento Tiny Houses ou Micro Casas? Ainda é novidade por aqui, mas como tudo acontece tão rápido, daqui a pouco será trivial. Antes de dar detalhes sobre as Tiny Houses, é preciso contextualizar. A escolha em ter uma casa muito pequena não é motivada apenas por questões econômicas. É uma mudança comportamental.
Já faz tempo que estamos descobrindo um jeito diferente de viver. Primeiro veio o reciclar, depois o reaproveitar e, em seguida, o reduzir. Até pouco tempo atrás imperava exatamente o contrário. Valia ter e comprar muito, vários, do melhor ou do maior. Fez sentido naquele momento de prosperidade econômica e de necessidade de segurança.
Mas foi justamente um excesso que direcionou essa mudança de comportamento. Entrou em cena a preocupação com o meio ambiente e com o consumo exagerado. As pessoas estão aprendendo o que é a economia compartilhada com o Uber ou o Airbnb. Praticar o desapego ganhou um novo significado: não é mais sobre falta de apego ou de interesse. É sobre abrir mão do supérfluo, deixar ir.
É nesse novo mundo que entram as micro casas. O Movimento Tiny Houses nasceu nos Estados Unidos e prega um novo estilo de viver na arquitetura e na atitude. O boom do mercado imobiliário deu um empurrãozinho. Com a vida dinâmica, mas cheia de incertezas, não fazia mais sentido comprometer-se com um financiamento imobiliário de longo prazo.
As Tiny Houses são casas muito pequenas, com menos de 40 metros quadrados, mas projetadas para serem um lar. São mais altas que os tradicionais trailers, algumas têm até mezanino. É possível ter (quase!) tudo o que se tem em uma casa, mas é preciso planejar certinho. Elas podem ser construídas sobre rodas ou numa fundação fixa.
Morar onde quiser
Aí está a vantagem para as Dominiques que estão quase ou já se aposentaram. É uma opção também para quem trabalha remoto. Você pode morar literalmente onde quiser. Claro que há regras, nesse post do Pés Descalsos você descobre mais informações sobre onde estacionar a micro casa. O site é mantido pelo casal Robson e Isabel, que moram numa micro casa com o filhinho.
Além de poder levar a sua casa para viajar, ainda há outras vantagens tentadoras. Com a redução do espaço, o custo de vida também cai bastante. Isso não ocorre apenas nos custos fixos, como aluguel, água ou luz. Pela questão do espaço, é preciso planejar a compra do mês. Conta menor no supermercado e pouco desperdício de alimentos.
Mas tem uma vantagem ainda melhor: o trabalho para cuidar da casa também diminui proporcionalmente. Isso, sim, é um luxo. Como a micro casa é menor e projetada com menos itens é muito mais prática e funcional para limpar. Uma vantagem que é uma grande contribuição com a sustentabilidade.
Claro que viver num espaço menor apresenta alguns desafios. A área de circulação é menor e há pouca privacidade. Pra quem se animar com a ideia, vale a pena primeiro experimentar esse novo estilo de vida. E se isso acontecer, compartilhe depois aqui. Vou adorar saber mais sobre essa experiência.