Cinco atitudes em especial explicam porque tantas mulheres da nossa geração enfrentam queda no padrão de vida quando chegam à maturidade. São as nossas diferenças com os homens.
Mulheres gastam mais – Epa! Não tem nada a ver com nossa fama de gastonas. Olha só: tomamos quase todas as decisões de compra doméstica. Somos responsáveis por 70% delas, o que inclui a comida da casa, cuecas para os homens da família, coisas para os pais, presentes e até o carro. Também não dá para esquecer a quantidade de mulheres que chefiam a família, mais de um terço do total de famílias, segundo o IBGE. Grande parte da renda feminina se dissipa nessas obrigações de consumo, daí a dificuldade de poupar.
Mulheres terceirizam a vida financeira – Por comodismo ou submissão, quantas de nós não delegam a gestão do próprio dinheiro ao marido, ao pai ou a um parente? Às vezes, nem as senhas dos cartões nos preocupamos em saber. Até mesmo executivas com altos salários, empreendedoras bem sucedidas ou herdeiras transferem a terceiros as decisões sobre seus gastos e investimentos. Há quem se orgulhe de não ter o menor conhecimento de economia. Ignorar as próprias finanças pode ser uma temeridade. Ninguém sabe o dia de amanhã.
Mulheres são generosas – Ajudar financeiramente outras pessoas – como filhos, maridos ou namorados e pais – está entre os maiores motivos de “quebra” das mulheres maduras. Raramente vemos o dinheiro que ganhamos como só nosso. Sucumbimos a um pedido do filho ou da filha ou não conseguimos dizer não ao marido desempregado sem ficar com a consciência pesada. Como nos preocupar com o futuro se damos mais importância às necessidades dos outros?
Mulheres investem menos – A mistura de insegurança com falta de informação e de visão de longo prazo está por trás da menor presença feminina no mercado de investimento. Pesquisas já constataram que isso se deve a fatores culturais. A educação financeira nas famílias, por exemplo, era quase toda dirigida aos meninos. A maioria não tem ideia, por exemplo, do que significa taxa de juros, embora esta entidade seja tão parte de nossas vidas como o cabeleireiro no sábado. E quem precisava pensar no longo prazo se era criada para casar?
Mulheres têm mais aversão ao risco – Mesmo as que se tornam investidoras tendem a aceitar ganhar menos para preservar o capital. Segundo o consenso reinante no mercado, temos um medo danado de faltar dinheiro para a família e os filhos, de baixar o padrão de vida, de ficar doente e não ter dinheiro para o tratamento, de o banco quebrar. Se a vida é um risco permanente, pensamos, por que arriscar um patrimônio tão duramente conquistado?
Você se reconhece em algumas dessas características? Elas nos atrapalham na hora de guardar dinheiro e estar preparada para o futuro. Você pode até dizer que não temos controle sobre o futuro para justificar tanta privação. Ok, aceito. Mas não se trata de futurologia.
Algumas coisas são perfeitamente previsíveis daqui a 10 ou 30 anos. Vamos trabalhar menos e gastar mais com saúde, por exemplo.
O bom é que algumas dessas características femininas podem trabalhar a nosso favor para conquistar a independência financeira.
Concordo em numero, genero e grau. Sempre estamos abertas a ajudar e temos medo do risco.