Ando encantada com algumas mulheres contemporâneas. São bem diferentes dos modelos que eu convivi durante toda a minha vida.
Vejo que são mulheres bem resolvidas e autênticas. Elas sabem para onde ir e como ir.
A minha geração sobreviveu a mães pseudo feministas ou a mães que ainda eram “do lar”. E olha, vou confessar que não sei se era melhor ter uma austera mãe do lar ou uma revolucionária queimadora de sutiã.
Uma coisa é certa! Todas nós tivemos pais machistas. Os liberais, na minha opinião, não passavam de “neo machistas” ou pseudo liberais.
O fato é que somos frutos de grandes conflitos. Somos uma geração de convicções contraditórias. Será que alguém nascido depois de 1980 imagina o que é crescer sem saber o que é liberdade de imprensa? Os censores moravam nas redações.
Passamos nossa adolescência lendo jornais censurados e assistindo a uma TV chapa branca. Não nascemos livres, esta é a verdade.
As mulheres desta geração nasceram presas a antigos ranços culturais, políticos e sexuais. Não éramos nem uma coisa nem outra. Nunca tivemos definição ou qualquer tipo de parâmetro. O certo não era certo. O errado era relativo.
Mas sobrevivemos. Quebramos paradigmas. Nos inventamos. Fundamos uma nova “escola”. Somos o que nunca foram antes de nós. E hoje, acredite, mandamos bem para caramba!!!
Tem gente que ainda não percebeu. Muita gente!!! Vamos mostrar?
Adorei o texto, me identifiquei prontamente.Sim, sou uma mulher contemporânea.