Dominique

Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques

Insensatez do coração – a história que Tom Jobim escreveria.

E foi sem querer. Essas coisas não mandam aviso. Não foi porque eu quis. Nem ela.

Era um dia de verão, desses dias que só um país tropical tem. Abafado, úmido e meio cinzento.

Já tinha rodado toda a cidade naquele começo de ano na inglória tarefa de tentar vender, vendedor que sou, mas antes do Carnaval como sabemos, nenhum comprador ousaria comprar.

O melhor que tinha a fazer era resignar-me com um belo chopp gelado para esperar a tempestade que se aproximava chegar e partir.

E ela veio. Com fúria. Delicioso temporal que lavava as ruas, as pessoas e as almas.

Seguro e refugiado dentro daquele boteco, avisei minha esposa que provavelmente chegaria tarde já imaginando as marginais inundadas e o trânsito completamente parado.

Lindinha, minha querida. Um anjo, mas preocupada que só. Nem mesmo o advento do celular e minhas constantes mensagens a tranquilizam. Então, sempre antecipo o problema. Melhor para nós dois.

Isto posto, aprecio a corredeira que se forma em frente ao bar, sem pressa, sem objetivo. Apenas olhando e apreciando.

Quando de repente, interrompendo o barulho da chuva ela entra no bar encharcada. Ela quem? Ela, a mulher mais encantadora que já tinha visto . Não….Não…Ela era simplesmente a mulher mais encantadora que já tinha sentido.

Cabelos negros molhados escorrendo pelos ombros num ousadíssimo vestido grudado no corpo que deve ter sido muito discreto quando seco. Calçava um pé de sandália e o outro trazia na mão. Ahhh… Fora pega de surpresa pela chuva.

Eu não conseguia tirar os olhos dela. Acho até que fui deselegante pois num determinado momento ela se virou de súbito me encarando.

-Olá. Precisa de algo? Você está ensopada – disse eu tentando disfarçar.

-Obrigada, não há muito o que fazer, a não ser esperar a chuva parar.

E sentou-se em minha mesa sem cerimônia, pedindo um chopp para me acompanhar no delicioso exercício de olhar a chuva.

E foi assim. De repente, sem aviso e sem pedir permissão que meu coração caiu de amores por essa mulher tão diferente. Ahhh coração mais desavisado. Foi logo se apaixonando.

E a paixão cega. A paixão desnorteia. A paixão ilude. Mas a paixão é irresistível quando já se está a bordo.

Entreguei-me aos caprichos daquela morena. E a submeti aos meus. Contava os minutos para estar com ela. Tudo que eu pensava era nela. Tudo que eu fazia, era para esperar o momento de estar com ela.

E chegou…o Carnaval, a Páscoa, o inverno. E aquele amor que mais era um vício, não arrefecia nem esfriava.

Até um dia que cheguei em casa e não encontrei minha lindinha. Ué..Ela sempre me esperava acordada com o jantar pronto mesmo quando eu tinha “reunião” com “clientes”.

Liguei para seu celular e nada. Liguei de novo. E de novo.

Comecei a ficar preocupado. Depois de horas sem notícia, fiquei muito preocupado. Meu coração não se aquietava. Ele estava apertado… A Morena me mandava as habituais mensagens de fim de noite, mas não tinha cabeça para responder.

Saí de carro atrás de minha lindinha. Madrugada a fora e nem sinal de minha esposa.

Comecei a suspeitar que algo muito errado estava acontecendo. Refiz meus passos.

Será que ela tinha desconfiado de alguma coisa? Será que eu tinha dado alguma bandeira?

Bem, eu andava realmente meio desligado, muito tempo no celular trocando mensagens com minha morena. No mundo da lua dos apaixonados, aquele mundo para poucos corações. Impaciente por vezes talvez. Mas será que ela percebeu alguma coisa?

Sim, parece que percebeu sim.

Depois de 5 dias sem notícia alguma e de meu enorme desespero, ela apareceu em casa para pegar pertences.

Quando a vi entrando, meu coração quase saiu pela boca. Não sabia se a abraçava e a enchia de beijos ou de porradas pela preocupação que me causou (Obviamente jamais bateria nela, foi apenas maneira de falar).

Ela entrou, acenou com a cabeça e passou por mim como se lá eu não estivesse. Fui atrás tentando abraçá-la e perguntando o que tinha acontecido.

Ela me olhou com um desprezo que nunca tinha visto ou sentido vindos de ninguém.

Ela descobriu meu affair. E eu neguei. Neguei e neguei.

Eu sei..eu sei…Clichê..Baita clichê. Mas fazer o quê?

E continuei negando até que ela já sem forças para argumentar, simplesmente saiu.

Foi embora me deixando lá com minhas verdades e com minhas mentiras.

Ah, insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado..
Fez chorar de dor
O meu amor
Um amor tão delicado

Ah, porque você foi fraco assim?
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado

Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado

Insensatez por Tom Jobim e Vinícius. Agora escute a música com cuidado. Vai escutar outra música, tenho certeza.

Primeira Publicação – 25 de janeiro 2019

Leia também outros textos que escrevi sobre Tom Jobim:

Passeando com o passado

Relatos de uma mulher apaixonada

E uma playlist no Spotify só com Tom – Fiz especialmente para hoje.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

15 Comentários
  1. Adorei sua imaginação que me levou ao sentimento da paixão e do fruto proibido!
    Muito sentimento e conexão com a música e com o Tom. Também fico feliz por ter tido a chance de ver o Tom ao vivo Show Dominique comtineuvnos enviando essa maravilhas do que refresca a mente e nos ajudam a acalmar o espírito. Bjs

  2. Adorei a homenagem!
    Q privilégio ter visto esses genios e escutado essas poesias q transmitem casos comuns de forma tão peculiar e única. Aliás Eliane, Dominique está genial na abordagem de temas tão casuais com simplicidade,coloquialidade e bom humor. Parabéns!

    1. Olá Ivana!!! Tb tive o privilégio de assistir esses monstros!! Ahhh como eu amo um bom show!! E obrigada pelo elogio. Na verdade eu que agradeço seu tempo para ler meus rabiscos!! Beijocassss

  3. Meninas, cresci escutando Bossa Nova. Que previlégio! Esses gênios queridos são riquezas brasileiras, são curativos, alegria, emoção, cultura, tudo junto!
    Só que antes disso tudo a nossa Bossa é paixão…
    Tá explicada a “Insensatez”,o “Infinito enquanto dure”, o “Perdão cansa de perdoar”, etc.
    Só que daí têm os ônus né, com os quais nossos gênios não estavam muito preocupados !
    Bom pra nós, que herdamos esse trabalho lindo e poderemos para sempre dar boas viajadas !

  4. Querida Eliane !
    Até senti a chuva , bebi o chope e conheci a morena .
    Alguns amigos homens , mais sensatos , dizem-me que rezam para que isto nunca lhes aconteça … eles sabem que o coração é assim mesmo e que no segundo em que uma mulher lhes causar esta paixão, tudo o que está estabelecido na sua vida cairá por terra .
    Pelo caminho , todos sabemos , quanto é saborosa essa “insensatez “ enquanto a mastigamos e o sabor rola na nossa boca …
    obrigada !
    Adoro ler os teus textos !

    1. Nossa Ze Valério. Não poderia ter tido um complemento melhor para o texto do que seu comentário. Além de suuuper verdadeiro, sensato e incrivelmente sensível, vc escreveu de maneira lindíssima. Amei…

  5. Amei a história principalmente por adorar a música e os compositores. Que gostoso poder entender a música. Agora muito mais.

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Você já perdeu o carrinho de compras dentro do supermercado?

Hoje, fazendo umas comprinhas, perdi meu carrinho no super mercado. Tudo que precisaria para nosso almoço de domingo já estava nele. Nada demais refazer a compra. Mas fiquei intrigada, onde estaria meu bólido? Por que alguém o levaria?

2 hipóteses:

  • Alguém o pegou por engano e decerto o devolveria em minutos.
  • Alguém o levou na má fé uma vez que minha blusa estava dentro. Mas era só a blusa ( que já não vale muita coisa de tão velhinha) pois o celular e a carteira estavam comigo.

Cheguei junto aos mocinhos do super e com muito bom humor falei:

-Meus anjos, acho que temos um problema. Meu carrinho sumiu.

-Onde foi que a senhora o viu pela última vez?

-Estava perto dos tomates – disse eu, aliás com um saco de tomates caquis na mão.

-A senhora se lembra do que havia no carrinho?

E comecei a me sentir prestando um depoimento, em pleno corredor dos refrigerantes. Mas o mocinho estava genuinamente preocupado, mesmo eu tendo falado que meus valores estavam comigo.

Ele quis refazer o caminho do crime, ops, o caminho por onde minhas compras possivelmente estiveram. Fomos juntos. Passamos pelos tomates, pelas cebolas, batatas, viramos num outro corredor passando pelos alfaces, espinafres e repolhos até chegar no corredor do manjericão, folhas lavadas, sálvia e cebolinha.

Puff..Meu carrinho estava ali.

Corri para ele para ver se todas as minhas comprinhas estavam no lugar que eu havia deixado. E sim, estavam.

O mocinho exultante proferiu:

-Graças a Deus (sério, ele falou isso mesmo).

– Será que alguém levou achando que tinha um celular embrulhado na blusa e quando viu ser apenas uma blusa devolveu?

-Ahhh, muito provavelmente – disse ele generosamente.

Porque na real, há uma terceira hipótese além das duas já citadas. Existe a possibilidade do meu precioso carrinho nunca ter saído daquele lugar, e o mocinho sabia disso. E eu também.

Leia Também : Fui às compras, atacada e magra

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Como foi o passeio das Dominiques a Holambra – cidade das flores

Se tem uma coisa que adoro é viajar!

A Engenhotur e Dominique fizeram bonito, com um belo roteiro para Holambra.

No local de encontro havia um petit déjeuner delicioso. Ah, detalhe: foi tudo montado na calçada da Av. Rebouças.

O  entrosamento entre as Dominiques foi imediato, BINGO.

Tava na cara que a Maria e suas amigas Gabi, Jacque e Érica iam ser excelentes companhias.

A saída  foi com pontualidade britânica e em alto astral!

Olha nós no ônibus!!

E os mimos distribuídos durante o trajeto, que máximo.

Nossa primeira parada foi na Cooperativa de Flôres Veiling, fomos recepcionadas pelo André, que nos impressionou com o seu profissionalismo e conhecimento no quesito leilão de flores, além de um bom partido claro e logo algumas Dominiques o queriam para genro, brincadeiras à parte.

Pasmem, este formato de negócio “Veilling” só acontece na Holanda e em solo brasileiro.

Tem até filminho. Dá uma olhada que legal

Um flash do que é o Leilão

E de lá para um tour no centro de Holambra, com lojas típicas e artesanatos produzidos na Holanda para o nosso deleite.

Eu falei que estava quente? Sim, estava bem quente, mas nem por isso Dominiques deixaram a peteca cair. Olha só o charme nas fotos.


Próxima parada no restaurante Old Dutch, para quem gosta de comer bem e com simplicidade a culinária holandesa, cheers!

E o almoço tipicamente Holandês estava divino. O que era aquele bolinho?

Uma paradinha no Moinho para fotos, não podíamos deixar de registrar esse dia mágico.

Olha só quanta Dominique..

E o grand finale, visita ao Garden Center Flores na Mão para compras com preço camarada e  para nossa aula de arranjo floral com a expert professora, teacher, professeur Cida e que aula! Um talento e encantamento de mulher!

Maria Aparecida Lourenço é A FLORISTA.

E aí começa mossa viagem de volta. Cansadas e felizes. Como sei? O sorriso no rosto de cada Dominique que entrava naquele ônibus.

Fomos presenteadas até nisso. Dá uma olhada na surpresa que o sol nos fez para se despedir.

Foto tirada na volta…

Simples assim e gostoso como a vida deve ser!

Lavandas de Holambra.

3 Comentários
  1. Texto lindo!!! Descrito primorosamente como foi o nosso passeio. Que venham outros. Obrigada Dominiques!!!!!!

  2. Nossa amei o texto, as fotos, foi realmente um dia especial e o melhor foi que todas se deram muito bem, o dia passou numa leveza e alegria contagiante!

  3. Parabéns a Eliane.excelente organização e a todas Dominiques elegantes e charmosas.
    Lugar dos Deuses.Maravilhoso.Tudo lindo!❤

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Dominiques e os Ubers da vida.

Como uma Dominique se relaciona com Apps tipo Uber, 99, Cabify e afins?

Vou perguntar na lata. Sem rodeios.

Você pega trânsito?

Essa é uma realidade de quase todos que moram em cidades grandes, e tenho certeza que em diferentes níveis, compromete nossa saúde mental e física. Começar o dia depois de pegar um engarrafamento, nem sendo Zen Budista.

O tempo que perdemos no trânsito indo de um lugar a outro daria para bater e assar um bolo. E por vezes fazer os brigadeiros também. Enrolados!!

E não fica por aí!

Achar uma vaga para parar o carro hoje em dia é mais difícil do que achar uma nota de R$ 100,00 . Vagas daquelas que estão na rua, daquelas de fazer baliza olhando pro espelhinho, essa não existe mais e certamente é algo que nossos filhos nunca conhecerão, pura ficção cientifica. Restam-nos os indefectíveis estacionamentos que chegam a custar quase o valor de uma prestação do automóvel.

Transporte público infelizmente e só para quem está no centro e arredores. Estou falando de metrô.

Nota: Com a finalidade de simplificar e facilitar minha escrita, chamarei todos os APPs de transporte de Uber, mesmo sabendo que eles são inúmeros, tá?

E olha, esses Apps de transporte modificaram a vida da gente!

Fiquei sem carro por 45 dias, e durante esse tempo me propus a andar a pé e/ou de Uber. Que liberdade. Que sensação boa. Não que dessa forma meus trajetos tenham ficado menores ou mais rápidos. Nada disso. É que como não sou eu que está guiando, aproveito para adiantar minha vida. Fico com a sensação de ter aproveitado meu tempo ao máximo (doce ilusão). Chego fresquinha e já despachada no trabalho. Além disso, se fizer a conta na ponta do lápis acaba não sendo tão caro.

Mas você acha que são só vantagens nesse tal de Uber?

Quase. Porque todas aquelas vantagens isso só valem quando tudo dá certo e se você é uma Dominique vai entender esse quase. E se não entender eu vou explicar agora.

Vamos ver a operação de uma Dominique padrão para chamar um Uber.

Pega o telefone, desbloqueia a tela.

Aí lembra que não pegou os óculos só na hora que não consegue achar o aplicativo. Acha os óclinhos na bolsa e quando o coloca a tela já bloqueou de novo. Desbloqueia.

E quem disse que você acha o aplicativo de primeira?

Ahh é, ele mudou de cara e não é mais verde. Como ele é mesmo? Ahhh, achou (só você sabe o tempo que se leva para achar qualquer coisa no SmartPhone. Affff).

Então finalmente você digita seu destino. Essa parte é fácil, afinal é mais do que esperado que saibamos para onde estamos indo.

Mas e depois para colocar o ponto de partida? Agora é que o bicho pega. Quer ver?

O app pergunta: Quer usar sua localização atual?

Ufaaaa, óbvio que quero.

Mas esse alívio é momentâneo, porque você percebe que a P**** do App marcou um lugar diferente de onde você está. Bate uma certa ansiedade pois não consegue acertar o endereço. E tenta de todas as maneiras arrumar o “erro”, contudo parece que seu dedo foi o único dedo não foi contemplado pelo Steve Jobs no Iphone. Não adianta, o “touch” não responde.

Aí, quando recebe aquela mensagem que seu carro está quase chegando, sai correndo pra lá e pra cá tentando imaginar onde é o local de partida que o temperamental aplicativo decidiu que você estaria.

Você altamente aflita, acompanha o carrinho 🚘chegando, 🚘, chegando 🚘 passando 🚗 !!!!!! Ele não te viu, não te achou, não localizou o ponto. Sei lá.

Isso posto, só resta mandar uma mensagem para o motorista. Pqp, a tela bloqueou de novo. Rápidoooo, desbolqueia essa coisa, senão ele é capaz de cancelar a corrida e ainda cobrar porque você não se encontrava no ponto de partida. Ele responde, entretanto a resposta não corresponde a pergunta. Gente? O que ele quis dizer com isso?

Pergunta: Onde o senhor está?

Resposta :👍

Pergunto novamente :O senhor passou e não me viu?

Resposta : 👍

Pergunto agora já achando que algo não vai bem : O senhor está vindo me pegar?

Resposta: 👍

SURREAL. E agora? Esperar? Não esperar?🙄

Pois bem, melhor esperar né? Seu filho não te falou um lance de estrelinhas⭐⭐⭐⭐ ⭐? Caso desagrade o motorista ele pode te avaliar mal? Já pensou? Todos os motoristas de aplicativos acharem que você é um 4,12??? Nem pensar.

E então você espera, espera e espera quando de repente recebe uma mensagem do aplicativo:

Seu motorista cancelou a viagem!

O que???? Esse tempo? Por que? ❓❓❓

Ao mesmo tempo aparece a mensagem de que R$7,00 foram debitados de seu cartão pelo app pois o motorista atribuiu a você o fato dele não ter te encontrado!! Ai meus sais.

Mas somos tinhosas, insistentes e dessa vez vai dar certo. Com o maior cuidado e paciência você solicita outro, aliás tem a certeza que dessa vez o endereço está certo.

Prontinho. Agora é só achar alguém por perto.🕔

Nossa!! 8 motoristas estão próximos. Vai ser fácil!

Toinnn é o app avisando que deu “match” e que o motorista está caminho.

Ué. Porque ele vai demorar 9 minutos para chegar até aqui se está na Faria Lima, que não é tão longe?

Lê uma coisinha pequenina na tela..Humm….🤔

O seu motorista está terminando uma viagem.

Affff, que raiva!! Não! Você não quer esperar ele terminar essa viagem que nem é perto de onde está. Nãooooo.🙅🏻

Quer saber?

🚖

Taxiii!!!! – Fala você levantando o braço no meio da rua como nos velhos tempos!!

🚕

E não é que o taxi parou na hora?

Foi apenas dizer o endereço e ⚡!! Você já estava a caminho de seu destino.

Um operação que não demorou nem 30 segundos.

Entenda, não é que somos contra tecnologia, mas por vezes é tão mais fácil!!

Leia também: O Machismo está presente até no trânsito

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Uma sexta completamente diferente em Holambra

Fomos a Holambra outro dia, Maria da Engenhotur e eu por simples diversão. Claro que somos loucas por flores, mas isso é detalhe.

Além de sempre ter querido conhecer Holambra, uma outra amiga, também uma Dominique, contou que seu filho (que eu conheci literalmente engatinhando) tinha montado uma plataforma de venda de flores atacado online e um Garden Center naquela cidade.

Como assim??? Um Garden center????

Bem, aí juntou a fome com a vontade de comer e lá vamos nós, Maria e eu, numa sexta cedinho rumo a mais holandesas das cidades brasileiras.

Como é sabido de todos, eu guio mal, e não escondo de ninguém , apesar disso sempre chego pois meu lema é devagar e sempre. Mas minha amiga não deu nem chance de eu contar que estava sem carro (pois é, esse é um problema, eu bato carro) e já falou que passava me pegar e que ela iria dirigir. Ok..Ok..

Fiz uma lancheirinha como Cocas Zeros e biscoito polvilho, ítens de sobrevivência básicos para uma viagem como a nossa. Vi a previsão do tempo a fim de me preparar para os 30 graus em agosto no hemisfério sul. Parece piada entretanto eu bem sei como aquela região pode ser quente e nessa fase da vida que me encontro, pouca roupa é muita. Não sei se me entende.

E 7h15 passa Maria e lá vamos nós. Você não faz ideia do que é quebrar a rotina e numa sexta feira em vez de ir para o escritório e seguir minha agenda normal, pegar uma estrada com uma amiga num liiiinddooo dia de sol e com o intuito de ver floressss????? Isso é felicidade, não acha?

Aqueles 110 minutos de viagem até Holambra voaram diante de nossos infindáveis assuntos.

E inesperadamente, quando percebemos, já tínhamos chegado a nossa primeira parada – O Garden Center do André (filho da Bel).

Não sei o que me deixou mais louca, se foi aquele monte de vasos e correlatos, ou se foi ver aquele menino lindo tocando um negócio de gente grande.

Holambra - passeio de dominiques
Maria e Eliane: As loucas das flores

Bem, acho que tudo junto e misturado.

Nao sabia bem para onde olhar e por onde comecar. Eu estava na Disneylândia. Só vai entender quem é doida por flor.

O André começou a dar dicas do que fazer e onde ir e muiiiito educadamente nos convidou para almoçar.

Quando falamos que queríamos ir a Expoflora ele imediatamente disponibilizou convites que eram dele. Fofo de novo!! Porém avisou que por vezes é muito cheio, e que o leilão de flores talvez fosse mais interessante.

Leilão? Que leilão?? Leilão de flores com o sistema Holandês, seja lá o que isso queira dizer.

Ahh gente, muito complicado para eu explicar, mas claro que fomos. Inegavelmente MA-RA-VI-LHO-SO e mesmo pegando só o finalzinho deu pra nos divertirmos muito.

Mesmo assim , depois do leilão e apesar dos avisos, Maria e eu insistimos na Expoflora e lá fomos nós.

Olha, sinceramente? O leilão é muiiiito mais legal.

Fomos almoçar no Old Dutch. Comida típica. Afffffff, que delícia!!!

A sobremesa com café foi numa doceria holandesa na simpática cidade de Holambra.

Voltamos para o Garden Center – Flores na Mão. Aí colega, aí, confesso que parecíamos as loucas das flores. Pq além da profusão de cores, formas e perfumes tinha o detalhe dos preços.

Acho que é do cérebro feminino, mas quando vejo um colorido lindo e um preço muito muito convidativo, eu piro na batatinha, na maionese, na samambaia. É uma combinação mágica, poderosa e quase hipnótica. E não aconteceu só comigo. A Maria também entrou em surto.

Voltamos felizes da vida para casa com o porta-malas lotado das mais lindas e delicadas flores.

Holambra
Maria, André, o pai do André e marido da Bel, e eu. Ahh e o porta-malas.

Viemos conversando na estrada, que essa experiência é típica de Dominiques e a Maria perguntou se não era possível fazermos um grupo para voltar lá. Ela, que tem a maior experiência em viagens, se propôs graciosamente a organizar tudo caso queiramos.

Liguei para o André para saber a viabilidade desse passeio, afinal ele conhece tudo em Holambra e você não sabe o que ele falou! Que se realmente formos, e se conseguirmos levar a mãe dele, ele vai providenciar graciosamente um curso de arranjo de flores para nós. E aí, Maria e eu ficamos tendo mil ideias para esse passeio.

Quando vimos, já estávamos na porta da minha casa.

E assim foi minha sexta feira. Uma sexta muito feliz. Só posso agradecer.

PS: Viemos conversando na estrada, que essa experiência é típica de Dominiques e a Maria perguntou se não era possível fazermos um grupo para voltar lá. Ela, que tem a maior experiência em viagens, se propôs graciosamente a organizar tudo caso queiramos. Liguei para o André para saber a viabilidade desse passeio, afinal ele conhece tudo em Holambra e você não sabe o que ele falou! Que se realmente fossemos, e se conseguíssemos levar a mãe dele, ele providenciaria um curso de arranjo de flores para nós.

Adivinha??? Marcamos um passeio de Dominiques em Holambra para o dia 18 de setembro. Uhuuuuuu

Veja aqui detalhes e como se inscrever: https://dominique.com.br/dominiques-em-holambra/

Eliane Cury Nahas

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