Charles Aznavour estava entre as poucas atrações internacionais que vinham ao Brasil nas décadas de 70 e 80.
E era uma unanimidade para as cinquentonas e sessentonas da época.
Aznavour vinha até que com uma certa frequência, e invariavelmente minha avó me levava com ela.
Devo ter ido a uns 4 ou 5 shows.
Sempre iguais ou muito parecidos.
Nas primeiras vezes, me sentia honrada com o presente da vovó, a neta com nome afrancesado, escolhida dentre todos, isso com meus 7 ou 8 anos.
Já com 15 ou 16 eu continuava a ir com minha querida avó ver Charles Aznavour se abraçar e abanar o lencinho.
Mas nesta ocasião percebia que o presente era maior para a minha avó.
Na verdade, isso me deixou memórias, saudades, além de ter despertado o gosto pela chanson.
Hoje é dia de ouvir la chanson.
*Escrevi esse texto há 18 meses. Mas republico hoje em homenagem a esse homem que tanto fez pela música francesa, que vinha para o Brasil quando nāo estávamos no roteiros de shows, e a minha vovó que tanto gostava dele e de mim.
Gente saudades e lembranças aparecem em horas que não esperamos.
[fve]https://youtu.be/A314PVRSQIM[/fve]
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