Como tudo na vida da gente, o sucesso ou fracasso de uma dieta está diretamente ligado ao seu planejamento. Não adianta deixar pra escolher o que comer na hora H. Eu custei a aprender, mas agora já vou ao supermercado com a lista da semana. Não compro nada a mais e nem a menos. Tirei todos os sabotadores da minha dieta da despensa e só compro o planejado para as refeições daqueles sete dias. Explico: adotei o cardápio semanal justamente para conseguir comer alimentos mais frescos e, portanto, mais saudáveis.
O começo é difícil.
Não vou negar! As tentações parecem que pulam no carrinho… Já perceberam? Nessa hora, a bendita listinha ajuda muito. E se tem uma coisa que aprendi é que existem alimentos que nunca, mas nuuuunca mesmo, vão constar nessa lista se eu quiser controlar o peso e manter a qualidade de vida.
Raros são os cardápios de dieta que não incluem alimentos considerados “light” como queijo branco e torradas. Mas a verdade é que eles, muitas vezes, não ajudam a emagrecer e, pior, acabam engordando. Por causa da fama de leves, quando consumidos em exagero, se tornam nossos piores inimigos.
A falta de atenção à qualidade dos produtos – escolhidos apenas em função de seu valor calórico – também pode prejudicar. A saída é prestar atenção aos benefícios de suas fórmulas. Por isso, aprendi a ler rótulos. Alimentos nutritivos fazem o metabolismo trabalhar. Os pobres em nutrientes não o ativam, ou seja, não estimulam a queima de gordura.
Ah, quase ia me esquecendo… Já ouviu falar em índice glicêmico? É aquele que representa o tempo que os carboidratos levam para se transformarem em glicose no corpo. Esses contam muito. Itens com alto índice, como arroz branco e biscoitos, transformam-se rapidamente em açúcar, além de não saciarem a fome e retardarem a queima de gordura.
Já alimentos integrais com grãos e fibras são absorvidos mais lentamente e, por isso, aceleram o metabolismo. E são recomendados mesmo que sejam mais calóricos. Mas então eu vou comer o mais calórico? Vai, sim!
Eu sei! Eu sei! Parece complicado, mas tudo é questão de hábito. Como o início dessa saga requer algum jogo de cintura, fiz uma lista daquilo que está eternamente vetado na minha despensa. Espero que ajude!
Bolacha
Ou biscoito, como dizem os cariocas. Tem muita gordura – que é responsável por seu aspecto crocante, aliás –, item carente de vitaminas e fibras. Por não promover saciedade, é difícil comer uma só.
Doces dietéticos
Indicados para diabéticos, chocolates, bolos e cookies diet recebem esse nome porque não têm açúcar. Comumente associados ao emagrecimento, são ricos em calorias – por vezes, até em maior quantidade do que a versão original.
Refrigerantes zero e sucos industrializados
Refrigerantes com zero caloria têm cafeína em excesso, que inibe a absorção de cálcio e ferro, essenciais para o organismo. Outra desvantagem são os adoçantes artificiais, responsáveis pela retenção de líquidos e pelo aumento da pressão sanguínea.
É muito comum as pessoas trocarem o refrigerante por sucos industrializados (sucos de caixa ou em pó) achando que eles são mais saudáveis. Porém eles também possuem quantidades muito elevadas de açúcar, corantes, aromatizantes e todos aqueles ingredientes do mal. Sempre dê prioridade a própria fruta!
Queijo branco
Assim como os amarelos, o queijo branco é um falso aliado da balança, pois tem muito sódio e gorduras saturadas, que fazem mal ao coração e provocam inchaço. Seu valor energético também não é econômico: cada fatia tem quase 70 calorias, apenas 30% menos do que a mesma quantidade de mussarela, que soma cerca de 100.
Como alternativa, vale experimentar queijos tipo cottage e ricota. Ambos têm baixo teor de gordura e sódio e são ricos em cálcio, importante para o fortalecimento dos ossos.
Granola
Ela não é tão saudável como parece. A granola é calórica, pois normalmente é preparada com um melado de açúcar mascavo. Em uma porção há 192 calorias, em média. Procure substituí-la por um mix de aveia, amaranto, quinua e linhaça, sem adição de açúcar.
Barra de cereal
É verdade que barrinhas de cereal são práticas para levar na bolsa ou guardar na gaveta do escritório. Mas algumas, porém, são mais calóricas do que um tablete de chocolate e escondem óleos hidrogenados, gordura e açúcar. Eu como, mas faço as minhas em casa, como já escrevi aqui: Um lanchinho pra chamar de seu.
Comida congelada
Fáceis e rápidas de preparar, mas nem por isso saudáveis. Embora possam ser uma ajuda quando há pouco tempo para cozinhar, não são uma boa escolha para quem quer perder ou controlar o peso. Normalmente, as refeições pré-feitas contém açúcar, sal e gordura em excesso para dar sabor. Portanto, tudo aquilo de que não precisamos. Algumas delas têm, ainda, emulsionantes e corantes que garantem o bom aspeto da refeição durante a validade.
Molho para salada
Comer um prato de salada nas refeições, antes de proteínas como carne ou frango, ajuda a controlar o apetite e a ingerir menos comida. No entanto, alguns molhos, em especial os industrializados, levam ingredientes supercalóricos como óleos, queijos e creme de leite. Como consequência, a salada, normalmente com 100 calorias, chega a ter mais de 300 com as finalizações.
Petiscos naturais
Ricos em nutrientes, petiscos “naturebas” como frutas secas e grãos podem – e devem – ser consumidos. A quantidade é que merece atenção, uma vez que o alimento perde água durante o processo de fabricação, o que torna maior a sua concentração de açúcar. O mesmo acontece com a soja crocante.
Embora riquíssima em proteínas vegetais e fibras, possui alto valor calórico (250 calorias para meia xícara de chá) e muito sal. Esse excesso de sódio, além de desencadear problemas cardiovasculares, gera inchaço no corpo e acentua a celulite.
Deus me livre! É muita informação. Que tal se desafiar por um mês e depois compartilhar aqui como foi a experiência? É errando que se aprende! Bora lá?