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Um encontro entre Dominiques e a exposição da Tarsila do Amaral

O nosso primeiro encontro do ano foi perfeito em todos os sentidos. Mulheres incríveis – todas Dominiques – saíram do online para conversar e compartilhar no mundo real. O encontro aconteceu no MASP, em São Paulo, que promove um ano inteiro dedicado a nós, no circuito “Histórias das Mulheres, Histórias Feministas”. Pra completar, visitamos a exposição de uma das mais consagradas artistas brasileiras: a Tarsila do Amaral. Quer mais?

O encontro ficou ainda mais interessante porque a consultora de arte e historiadora Daniella Samad acompanhou o grupo. Foi uma verdadeira aula de arte, pra ajudar todo mundo a entrar no clima da exposição. Ela aprofundou a explicação ao longo do roteiro, contextualizando pinturas e adicionando detalhes pra mostrar a riqueza da produção da artista.

Mostra Tarsila Popular

O programa está imperdível. A exposição é a mais ampla já dedicada à Tarsila, reunindo 92 obras da artista que foi uma das figuras centrais da pintura e do movimento modernista brasileiro. Duas de suas telas mais conhecidas estão na mostra: Abaporu, que faz parte do acervo do MALBA, na Argentina, e A Negra.

O enfoque da exposição é o Popular, tema que a Tarsila explorou durante toda a sua carreira. Ela nasceu em uma família rica, filha de fazendeiros no interior de São Paulo. Viveu e estudou em Paris, na França, onde teve aula com pintores renomados como Fernand Léger, artista referência do Cubismo.

Quando voltou ao Brasil, ela se deparou com o conceito da Antropofagia, criado por Oswald de Andrade, no qual intelectuais brasileiros questionavam referências europeias. Jovens, cheios de ideias, queriam criar algo híbrido, porém único. Passaram a incluir em suas criações elementos locais, afros e indígenas.

Tarsila explorou tanto o conceito quanto o tema Popular em muitas de suas criações. Ela retratou paisagens do interior, da fazenda, da favela, mostrando a diversidade de povos e raças. Também representou lendas e mitos, animais e plantas. Sobre isso ela disse: “sou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte dos nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academias”. 

A exposição ficará no Masp até 28 de julho. O ingresso custa R$ 40,00 (inteira), tem a opção de meia entrada e às terças-feiras é de graça. Dá pra comprar online: aqui.

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Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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Sozinha no Carnaval em São Paulo – e agora, o que fazer?

Dominique - São Paulo
Em dezembro aluguei minha casa de campo no interior de São Paulo para o período do Carvanal. Fiquei feliz da vida, din din entrando. Até que na primeira semana de janeiro recebi uma proposta para alugar meu apartamento em São Paulo. Aceitei e resolvi mudar para minha casa de campo, decidi enfrentar novos ares, novos rumos, mudanças sempre são bem-vindas!

Caiu a ficha que, do dia para a noite, fiquei não apenas sem bloco e sem fantasia, como sem teto no Carnaval. Pedi abrigo para meu filho recém-casado em São Paulo com o firme propósito de não ser um estorvo para o casal enamorado.

Abriu-se um dilema, ou melhor, um mar de oportunidades, de 09 a 13 de fevereiro. Cinco longos dias e noites. O que fazer sozinha na cidade mais movimentada do país no período em que fica mais deserta no ano?

Por sorte, ficarei bem próxima à Avenida Paulista, onde ADORO andar. Faz anos que não caminho por lá, exceto nas manifestações políticas dos últimos tempos.

Dominique - São Paulo

Andar a esmo na Paulista, observando os prédios, lojas, o movimento, perdi a conta de quanto tempo faz que eu não vou. Bater perna na avenida mais famosa de Sampa me traz recordações memoráveis da adolescência. Amo ver a diversidade de pessoas, culturas e cores. Nada parece estranho na Paulista. Tudo é permitido, gente de todas as tribos, de todas as idades, de todas as classes, de todo o mundo.

Já deixei separado meu par de tênis, porque a intenção é boa…tá certo que o inferno está repleto de boa intenção, mas juro que a minha é a melhor! Neste Carnaval, nada de NETFLIX!

Fiquei surpresa com a quantidade de lugares que não conheço na região ou não vou há milênios.

Na Casa das Rosas, por exemplo, assisti a um show de uma amigo há 10 anos e parece que foi ontem. Nem sabia que lá tem um café supercharmoso. Imagine ler um livro durante uma tarde apreciando um capuccino, não tem preço!

Dominique - São Paulo

O Itaú Cultural, onde estou estacionamento meu carro, tem sempre exposições e pasmem, ainda não conheço. Absurdo!

Dominique - São Paulo

Aos domingos, adorava passear pela Feira de Antiguidades do MASP. Tá certo que naquela época não podia ver uma tralha, enfeites copinho, vasinho, qualquer miniatura, eu ficava alucinada. No momento atual estou no movimento inverso, em pleno e total desapego. Em todo o caso, será um passeio produtivo, já que tenho muita coisa que quero me desfazer.

Dominique - São Paulo

Sem falar na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, o sinônimo do paraíso para mim. Além da arquitetura do local que me fascina, o aroma dos livros me enebria.

Dominique - São Paulo

Na minha programação também está uma sessão de cinema no Reserva Cultural, sempre tem um filme legal passando. Não sei exatamente o motivo, mas este local é diferente dos outros cinemas para mim. Curto a atmosfera, o jeito alternativo dos transeuntes, é uma fauna diferente.

Dominique - São Paulo

Vou aproveitar também para ir à Zona Cerealista, pertinho do Mercadão, para comprar uma série de grãos. Aprendi a fazer uma ração humana (nada tem a ver com a do Dória) que é fácil à beça de preparar e supernutritiva. Em outra ocasião dou a receita. Duas colheres dela por dia, no iogurte ou na salada, você consome nutrientes poderosíssimos para gerar energia sem engordar!

Dominique - São Paulo

Quem sabe eu crie coragem também e vá pedalar no Parque Ibirapuera.

Dominique - São Paulo

Depois comer um açaí com banana no Pé no Parque que é tudo de bom e mais um pouco.

Dominique - São Paulo

No fim das contas vai faltar dia para tanta programação, mas a mais importante de todas, é que vou conviver comigo mesma 24 horas por dia durante 5 dias, baita desafio e espero que um grande aprendizado.

Deixar o Carnaval passar em plena São Paulo vazia e não aproveitar a cidade, não dá, né? Me conta como vai ser o seu feriado!

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Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

6 Comentários
  1. Parece que vc escrevia sobre mim. É exatamente o que faço nos meus fds, só que todos. Vivo sozinha aqui e muito feliz, curtindo tudo de melhor que a cidade oferece. Só faltou acrescentar os shows nos Sescs. Meu paraíso em SP!

  2. Dominique,percebi que houve um terrível equívoco,não sei se da parte de quem escreveu ou de outra pessoa publicou.Desculpe, está uma confusão pura pra mim.Explico:que carnaval é esse?!Ano 2000 ou 2018?!Sim, porque a São Paulo vazia no carnaval já existiu,sim,mas agora!!!Agora a cidade é tomada por multidões procurando diversão,blocos arrastando milhões de foliões.Metro,trens ônibus congestionados.Amiga,sou uma dessas pessoas que adorariam fazer a programação referida no artigo, aliás,estou ainda decidindo alugar uma chácara no mais recôndito de Minas Gerais pra fugir de toda confusão do carnaval de São Paulo.Siinceramente, sorry.

  3. Roteiro que fazia sempre realmente principalmente ao que se refere a av. Paulista Augusta conjunto Nacional feira do Masp conjunto Nacional shopping center 3 lanche no ponto chique e maravilhoso café na casa das rosas já que residia é trabalhava nas imediações quanta saudades

  4. Ótimas dicas , nâo só para o Carnaval…
    Pretendo seguir seu roteiro num momento oportuno!
    Bom carnaval! Darcy.

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