Tag: o bloco do eu sozinho

As músicas de 2018 da minha trilha sonora

E vamos para mais um dia 31. 31 de dezembro. Engraçado como de repente os  últimos dias não tem mais aquela conotação “trágica” de final que já tiveram. Nem tampouco trazem a renovação. Pelo menos não para mim.

Dia 31 hoje, é apenas o dia que estou na praia, com algumas pessoas muito queridas, amigas de outras vidas. É o dia também que sento para escrever o texto sobre a música que representará o ano em minha trilha sonora.

Pode parecer estranho eu ter uma trilha sonora, né? Gosto de pensar que posso contar minha vida através de músicas. Claro que nem todos entenderão. Mas basta que um entenda.

Geralmente a música do ano, “aparece” lá por novembro. E não deixa de ser meio óbvio que isso aconteça, pois é quando começo a amarrar o ano e inconscientemente minhas reflexões voltam-se para as conclusões e esbarram nas músicas.

Um ano ímpar este 2018, hein?

E foi em junho que apareceu a primeira música de minha trilha deste ano.

É colega… Este ano foi diferente dos outros. Tenho três músicas para compor minha trilha. Uma só musica não definiria meu ano.

Não… Não foi um ano difícil. Ahh… foi sim. Mas não foi difícil como os outros que já tive. Foi um difícil diferente. E aí escuto a grave voz já madura de Dori Caymmi cantando o Bloco do Eu Sozinho

E comecei a chorar. Chorei porque entendi. E fui adiante. E comecei a sambar. Sambando pra não chorar.  Música linda. Linda e triste. Linda e cheia de motivações.

Vale contar aqui, apenas para registro, que o país inteiro viveu momentos muito emocionais com uma certa sensação de abandono. Cada um por si.

Bem… semanas se passaram… meses…

Pensei em construir um “palácio”. Pensei em desistir.

Contentei-me com uma “choupana”.

E eu na minha luta diária para não desistir, para continuar porque um dia algo iria mudar.

Afinidades explícitas

E foi aí que apareceu a segunda música. Meio que sem querer. Ou totalmente. Não foi bem uma música. Foi toda uma obra.

Descobri o Danças Ocultas.

Tive a “sorte” de descobri-los pela manhã e poder vê-los ao vivo 12 horas depois.

Não senti aqueles 80 minutos de show passarem. Música boa me arrepia. Estatela meus olhos. E me deixa num estado meio que atônito.

É estranho dizer isso. Mas foi transformador. Não gostaria que você pensasse que sou dramática ou exagerada. Mas novamente entendi. E chorei.

O momento era outro. Já em novembro. Parecia que tinha atravessado um túnel subterrâneo e naquele momento emergia.

Aqueles quatro homens tocavam como se fossem um. Mas eram 4.

O tempo inteiro 4. Afinidades e complementaridades.

E aí veio o todo com suas alianças e parcerias.

E foi por causa do todo que saí inteira ao final do ano.

Outras construções

E quando achei que o meu ano musical tinha terminado com todos os seus porquês, ouvi uma música que novamente me arrepiou.

Tive a impressão que conhecia. Mas nunca tinha ouvido.

Música doce. Sensível. Não… Não conhecia a cantora Cristina Branco. Mas a música… A música…

A música outrora cantada por Mercedes Sosa, era outra.

Alfonsina y El Mar quando cantadas por Mercedes e por Cristina são duas músicas completamente diferentes, apesar de idênticas, .

E estou num momento Cristina. Entro em 2019 menos panfletária e reivindicativa e mais construtiva e agregadora.

Para ser Cristina não posso sambar sozinha.

Na foto Cynthia, Sandra e Carla e eu. Fora da foto, Nanny Fry capturando o momento também. Todas sambando juntas.


Veja também: as músicas de minha trilha 2017  e de 2016

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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