Tag: brinquedos eróticos

E subimos ao paraíso – 2º andar da Boutique Sensual

Dominique - Boutique SensualDominiques numa Boutique Sensual – Parte 2.  Queridas, promessa é dívida.

No texto A primeira experiência de Dominiques numa sex shop – Primeiro andar comecei a contar como foi a primeira visita de três Dominiques a uma sexshop. Mas parei no primeiro piso. E prometi que contaria a parte mais divertida neste texto.

Mas para ficar mais interessante, pedi para a Bela escrever desta vez.

Contar nossa descoberta, claro que recheada com detalhes, tudo tim tim por tim tim.

– Bela, a bola está com você!

– Obaaa! Deixa comigo Dominique.

Amei a incumbência de relatar nossa inesquecível experiência no mundo da Boutique Sensual, o nome mais chique para a Sexshop.

Eu, Dominique e Celia já estávamos mais à vontade com a Juju Balagandan e com a curiosidade à flor da pele para subir aquela escada. Detestamos atividade física, mas nunca ficamos tão ansiosas para exercitar a panturrilha. Apenas alguns degraus para chegar ao paraíso ainda desconhecido.

Pois é amiga, é ali que a magia acontece.

Brinquedinhos e brinquedões de todos os formatos, cores, tamanhos e texturas. Alguns fazem o trabalho sozinhos, movidos à pilha. Outros, manuais, dependem de um certo esforço nosso ou do nosso companheiro.

Divertido além da conta é a Juju explicando como usar cada um deles. A cara da Celia foi impagável!!!

Num determinado momento olhei para uma pedra linda colorida parecida com uma ametista roxa! Na outra extremidade um treco meio pontiagudo de metal prateado. Enquanto Juju demonstrava os brinquedos com riqueza de argumentos e detalhes, instigando nossa imaginação até as últimas consequências, fixei os olhos na pedra e não conseguia imaginar para que servia tal objeto. Digamos que anatomicamente não se encaixava em lugar algum. Já tinha gastado todos os meus neurônios tentando montar aquele quebra-cabeça quando desisti, perdi o pouco da vergonha que me restava e apelei para a sabida criatura:

– Juju, o que é isso? Para que serve esta pedra com esta ponta, não é o cúmulo do perigo isso aqui?

Juju, como sempre, com a naturalidade de uma irmã franciscana, responde sem nenhuma nuance na voz:

– É uma joia anal.

– Como assim? Não entendi. Me sentindo a pessoa mais desinformada da face da terra.

– É um enfeite, um adorno. Fica lá encaixadinho só com a pedra para fora. E quando o parceiro chega perto, surpresa!!!

– Ah, tá! Agora entendi tudo! Quero uma de cada cor….Mas sério, se me contassem não acreditaria. E talvez jamais entenda a utilidade.

Enquanto desvendávamos aquela infinidade de possibilidades, uma mulher entrou. Uma Dominique. Sem nenhum constrangimento, perguntou para Juju o que ela poderia levar para ajudar na atrofia vaginal.

Na mesma hora, a vendedora mostrou uma série de alargadores para exercitar a vagina que vai se alargando conforme o exercício é feito. Sabe como funciona musculação? Então é assim. Achamos sensacional!

Celia perguntou sem a menor cerimônia, como se fosse colega de infância, o que era e como ela tinha descoberto a tal atrofia.

– Querida, tenho quase 70 anos. Não é todo dia que tenho amiguinho para brincar. E meu ginecologista disse que para a minha vagina não fechar, não perder a musculatura, eu preciso treinar. Oras…Treinar com quem? Para ser todo dia só se for com estes amiguinhos. E tenho que começar treinando com um bem modestinho.

– Ahhhhhh, entendi! Mas me diga uma coisa, quantos anos tem seu amigo?

– Uns 70 também.

– E pra ele rola fácil?

– Não vou mentir. Às vezes dá um trabalho danado. Mas o negócio é curtir o caminho e a brincadeira. Outro dia comprei um “ovo” aqui com a Juju. O tal “ovo” foi só para esquentá-lo.

– Jujuuuuuu, o que é esse ovo?

– Calma meninas. Tá aqui o ovo. Vejam…

Bom, o tal egg é um masturbador masculino. É feito de silicone supermacio e muito elástico, ajustável a todos os tamanhos de pênis! Na parte interior possui texturas para excitar ainda mais! Essas texturas permitem uma massagem gostosa no pênis enquanto você estica, gira ou aperta o egg no membro.

Todas nós imediatamente compramos um destes para levar. Na verdade, compramos um moooonte de coisas.

Mas aí uma questão pairava no ar. Tá bom, a gente compra um brinquedo, mas como faz para guardar? Onde esconder? Não é algo que dê para deixar numa gaveta da cômoda, né? Como sempre, a esclarecida Juju, que pensa em tudo, explica:

– Embrulhe na sacola preta da loja (que não tem nenhuma identificação), é claro, e coloque em alguma bolsa, junto com todas as outras bolsas que você tem na prateleira no seu armário! Prontinho. Quem vai mexer lá?

Decididamente, hoje, só sofre quem quer.

Tem solução para tudo. A felicidade está ao alcance de qualquer uma de nós, basta ter um cartão de crédito e deixar o pudor de lado.

Nós três compramos produtos diferentes, afinal temos realidades distintas, mas todas com o mesmo propósito: ser feliz! E nós merecemos, concordam? E como!

Acabou a vergonha e aumentou a curiosidade para experimentar os brinquedos adquiridos ao vivo e a cores.

Obrigada Bela querida!!! Amei seu relato. Não poderia ter tido companhia melhor nesta visita a boutique sensual!!

Leia Mais:

Me Chame Pelo Seu Nome – Um sensual despertar para a sexualidade
Vexame juvenil – a doce descoberta do prazer etílico

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

6 Comentários
  1. Adoro suas historias!! Tinha um brinquedinho guardado no fundo do guarda roupa.. um belo dia chego em casa e minha funcionaria tinha resolvido dar uma geral no guarda roupa… apenas peguntei a ela : Guardou tudo no seu devido lugar?!?! e ela: Tudinho !! kkk
    Não sabia se ria ou se enfia minha cara em um buraco.

  2. Vc pode dar um ponto de referência desta loja, eu nunca ouvi falar desta rua e bairro. Meu desejo é ter um bem moreninho, bem roliço e boa medida kkkkk tenho meus 62 anos, e já faz mto tempo solitária!!!

  3. Adorei a história… tanto que gostaria de ter a minha experiência também. Você pode me passar o endereço dessa loja?

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A primeira experiência de Dominiques numa sex shop – Primeiro andar

Dominique - Sex Shop

Primeiro piso.

Chegou a hora de contar um segredo.

Você acredita que na minha idade nunca fui a uma sex shop? Nunca tinha ido.

Yesss darling! Desvirginei. Já tinha usado brinquedinhos antes, mas nunca fui eu a comprar, portanto, nunca tive exatamente aquilo que queria.

Se me perguntar o por que nunca fui com tantos anos de vida sexual ativa, tá bem tem fases que nem tanto, outras ativíssimas, eu respondo que não foi por falta de curiosidade, vontade ou até coragem.

Toda vez que pensava em sex shop me vinha à cabeça aquelas lojas bizarras da Avenida Bandeirantes, em São Paulo, com neon e fantasias grotescas e machistas (nada contra) na vitrine, entradinha acanhada e pintura roxa descascada.

Simplesmente não tinha tesão naquela coisa tão decadente.

Mas aí, aprendi a primeira coisa! Meninas, nós não precisamos ir ao Sex shop. Nós frequentamos Boutiques Sensuais! Yes, ha uma enorme diferença que eu já explico, calma!

Quer motivo melhor para ir a uma Boutique Sensual do que escrever para vocês? Pois é, por vocês, Dominiques, embarquei numa excursão rumo ao desconhecido.

Então, não que eu precisasse de desculpa, mas um incentivo sempre cai bem.

Chamei duas amigas. Claro, Clóvis, qual é a graça de fazer uma coisa dessas sem ter com quem comentar o resultado depois?

Combinei com as duas que ainda não se conheciam. Marquei hora e local. Como autênticas Dominiques toparam na hora. Surpresa alguma. Conheço meu eleitorado.

Fui a primeira a chegar, mas esperei dentro do carro. Sei lá, ficar em pé em frente a um Sexshop pode ser esquisito, né?

Minha amiga que aqui chamarei de Bela, chegou e parou o carro atrás do meu e também ficou quietinha esperando.

A terceira amiga que vou batizar de Celia, estacionou numa rua distante e veio caminhando. Saímos, então, eu e Bela do carro.

Apresentações feitas, pergunto para Celia porque parar o carro tão longe? Como a tal loja era relativamente perto da casa da filha, tinha medo que o genro visse seu carro na porta. Como explicar? Dei muita risada, afinal estávamos no mínimo a dez tortuosos quilômetros distantes da casa da filha.

Tiramos uma selfie na porta da loja, bem embaixo do letreiro, para desespero de Celia e deleite de Bela.

Vale um esclarecimento aqui. Temos estados civis e idades diferentes. Mas não direi quem é quem. Uma tem um namorado há 4 anos, quase da mesma idade, gatérrimo e cheio de vontade. Outra um affair com um homem 10 anos mais velho e a outra casada há 22 anos. Temos 49, 56 e 64 anos.

Entramos na loja que tinha campainha! Veio nos receber uma vendedora exuberante. Cabelos crespos enorme, superextravagante e bonita.

Um balcão. Lingeries e espartilhos pendurados em araras e duas prateleiras cheias de frascos.

Ué, cadê os brinquedinhos? Aquele monte de borrachas, pênis, bolinhas? Parecia que eu estava numa muambeira da Victoria Secret, jamais em uma loja “de e para” sacanagens.

Minha amiga Bela, apesar de um certo constrangimento, fez a introdução e explicou que éramos as três novatas, por incrível que parecesse.  E pediu para a vendedora Juliana explicar do B A BÁ.

Juju, a vendedora já íntima, explicou detalhadamente sobre cada um dos frascos que tinham de tudo menos hidratantes. Havia, no entanto, um certo cuidado com as palavras.

Coloquei a mão no seu braço e disparei com minha habitual honestidade:

– Juliana, minha cara, é nossa primeira vez num Sexshop, mas querida, não se engane, já fizemos muita coisa nessa vida e ainda fazemos. Mas muiiita mesmo. Pode falar claramente porque aqui ninguém é principiante não.

Não precisei falar duas vezes. Juju dos Balangandas soltou o verbo.

Dominiques, existem milhares de produtos, os mais variados, que surpreendem e muito pela imaginação. Como alguém pensa num treco desses? E como eu não sabia que isso existia até agora?

Uma infinidade de cremes e loções para excitar ambos os sexos. Gel com todos os gostos, loção que faz com que a vagina fique estreita e o pênis maior (não é mágica, a Juju jura que acontece), líquidos com aromas para atrair o sexo oposto, creme que vibra… Esse eu vou ter que explicar. É um creme, pasta, gel, tanto faz a consistência daquilo, que faz nosso clitoris esquentar e tremer.

Consegue imaginar a nossa curiosidade?

Juju sorri e pede para esticarmos nossos dedos mindinhos. Ela coloca um pouquinho do tal creme e pede para passarmos na parte interna de nossos lábios (da boca pelo amor de Deus!), cada um no seu, claro. Amigaaaaaaa de repente, aquilo começa a fazer o lábio adormecer, sinto um leve tremor e a boca esquenta, muito. Tudo altamente prazeroso.

Juju com aquele sorriso de quem sabe tudo diz:

– Agora imagina isso na “menina”. Vai facilitar muito o trabalho dos parceiros. Vocês já chegarão quentes. Sabe no melhor estilo vem quente que estou fervendo?

Juliana é uma verdadeira consultora em sexo e explica com a naturalidade de um monge tibetano todas as funções das loções mágicas e brinquedinhos.

– Como assim eu não conhecia este lugar? – perguntou Bela arrancando os cabelos.

Juju explica que estávamos em uma butique sensual e não em sex shop. Normalmente, na sex shop somos atendidas por homens, os clientes cruzam uns com os outros. Tudo bem se você for superdesinibida, mas se não for?

Na Boutique Sensual tudo tem mais a ver com o gosto e sabor da mulher. Não é escancarado, nada é feito para nos constranger. As vendedoras são bem treinadas para detectar, quase sem perguntar, o que queremos ou gostaríamos.

Depois de assistir à exposição de tal variada linha de produtos e degustar alguns, aqueles que eram possíveis na situação, para minha surpresa, Celia pergunta que horas começa a brincadeira pra valer? Afinal, onde estava o que interessa, os brinquedos de verdade?

E, aí, somos convidadas a subir para o primeiro andar. Quer conhecer um novo parque de diversões? Conto na semana que vem, combinado?

Menina.. esse e só o começo de uma louca aventura de Dominiques uma sex shop, quer dizer, em uma boutique sensual…

Leia Mais:

Jamais diga desta água não beberei – Sim eu fiz uma tatuagem – Parte 1
Sobre vínculos, o que entendemos que seja o amor ao longo do tempo

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

12 Comentários
  1. Show, quero ter essa mesma experiência, nunca fui a uma loja sensual e tenho muita vontade. Meu relacionamento tá precisando de uma pitada de sensualidade. Você pode me enviar o endereço?
    Obrigada.

    Kala

  2. Ahhhh, como é bom conhecer coisas….
    Confesso que gosto e costumo sanar todas as minhas curiosidades.
    Será que conheço está?
    Manda o endereço, miga!!

  3. Amei o texto!!! Pena que na minha cidade não tem uma loja assim!! Mas ainda visitarei, se Deus quiser! 53 anos

    1. Beatriz, ir a uma loja é mega divertido. Mas tem sites que tb fazem as vezes. Podemos comprar pela internet. Vem uma caixa discreta. E no cartao sai algo como quitanda do ze (brincadeira, mas quase isso).

  4. Mal posso esperar as cenas dos próximos capítulos. Vc pode dizer onde fica essa loja ou outras do gênero?

    1. Nazaré, o próximo vou publicar amanhã. Conto pra vc sim. Mas te mando por email, tá? Me diga para qual e-mail posso mandar. Para esse aqui? Beijocas

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Os 10 melhores livros apimentadíssimos para a imaginação rolar

Dominique - Livros
Sabe aqueles livros que ficavam guardados fora do alcance das crianças e de vez em quando você conseguia ler escondido? Ou que só sua amiga muito avançada tinha e ia passando secretamente para a turma do colégio ler?

A gente cresce e descobre que algumas dessas obras têm um baita prestígio e compõem um gênero muito admirado, a literatura erótica.

Para a moçada de hoje pode parecer que cenas de sexo explícito em romances nasceram com o fenômeno 50 Tons de Cinza. Nã, nã, ni, na, não. É coisa de séculos. Em doses muito mais apimentadas. Para não estender muito a história, vamos ficar com a produção do século 20 – listei 10 livros que deram o que falar. E fazer.

A literatura erótica constitui um ingrediente suculento para, digamos, acionar o interesse pelo dito cujo. O gênero chegou a ter até um papel educativo para demonstrar como são infinitos os caminhos da imaginação e do desejo. Impossível repetir na vida cada uma das práticas sugeridas pela literatura. Mas, graças a ela, temos uma janela para olhar as possibilidades, mesmo as que reprovamos.

Alguém definiu que a essência da literatura erótica está na transgressão. Seja em doses sutis ou explícitas, ligada ao amor ou ao puro sexo, incomoda e mexe com a zona de conforto do leitor/leitora.

Pode ser que alguém torça o nariz para algumas das obras escolhidas. “Mas isso não é erotismo, é pornografia.” Está aí uma discussão tão antiga quanto perseguir artistas, queimar livros e fechar museus. Até hoje, não se chegou a um acordo sobre a fronteira entre os dois. Regra para o sexo, existe uma – que a prática escolhida seja consensual.

Fora isso, cada um tem sua própria medida do desejo, um campo insondável que escritoras e escritores teimam em espiar.

Vamos às sugestões de livros. Só não esquece de tirar as crianças da sala.

Algumas obras estão fora de catálogo. Se não encontrar nas livrarias, procure no site Estante Virtual ou nos sites que disponibilizam edições em formato PDF.

Pequenos Pássaros, Anaïs Nin
Inquieta, feminista de primeira hora e precursora da revolução sexual dos anos 70, Anaïs demorou para ser publicada. Dizem que seu livro mais famoso, Delta de Vênus, foi uma encomenda de um homem rico, que queria só para si a descrição de fantasias eróticas femininas escritas por uma mulher. Os personagens dos contos de Pequenos Pássaros se movem entre paixões e anseios sexuais e vieram a público 30 anos depois de escrito. O caso entre Anaïs e o escritor americano Henry Miller inspirou o filme Henry e June.

O Elogio da Madrasta, Mario Vargas Llosa
Nobel de literatura de 2010, o peruano Mario Vargas Llosa nunca deixou de prestar um tributo ao erotismo em suas obras e a demonstrar sua admiração pelas mulheres que sabiam expressar sua sensualidade. Nesse livro, a fogosa e madura dona Lucrécia não se contenta com um casamento apimentado e acaba sendo responsável pela iniciação amorosa e sexual do enteado.

O Amante, Marguerite Duras
A autora apresentava o livro como autobiográfico. Não se sabe ao certo, pois a narrativa transita entre realidade e imaginação. Conta a iniciação sexual de uma adolescente de 15 anos com um chinês belo e rico da Saigon de 1930. Com um mix de erotismo e nostalgia, traz personagens complexos, divididos entre o desejo e a impotência de enfrentar as convenções da época. A obra chegou ao cinema em um grande filme nos anos 1990.

A Casa dos Budas Ditosos, João Ubaldo Ribeiro
Convidado para escrever sobre o pecado capital da luxúria, o escritor imaginou as memórias sexuais de uma mulher sem pudores, agora com 68 anos. Nenhum prazer escapou dessa senhora. A voz feminina, no entanto, não camufla que se trata de uma visão masculina do sexo, bom para conhecer como funciona a imaginação e os anseios de um homem. A atriz Fernanda Torres encenou um monólogo inspirado no livro.

Idades de Lulu, Almudena Grandes
Lulu se interessa por sexo desde a entrada na adolescência e atrai a atenção de um homem mais velho que se torna seu mentor nos caminhos do desejo. Em certo momento, ela se perde nesse labirinto, em busca de experiências reais ou imaginárias, detalhadamente descritas. Sem julgamentos, a autora constrói a história em forma de lembranças da personagem, pontuando o seu amadurecimento com experimentações cada vez mais extremas. Para corações fortes, assim como o filme espanhol inspirado na trama.

O Amante de Lady Chaterley, D. H. Lawrence
Resumo da trama – Uma mulher bem nascida, infeliz no casamento, se encanta com um funcionário do marido e vive pela primeira vez uma profunda relação amorosa. Na Inglaterra dos anos 20, regida pelas castas sociais, a exposição explícita do desejo entre a lady e o guarda-caças levou a uma batalha judicial de 40 anos. Apenas nos anos 1960, o livro foi liberado na Inglaterra e nos Estados Unidos e ganhou status de obra-prima da literatura erótica. O cinema contou várias vezes essa história.

A História d’O, Pauline Réage
O livro contraria todos os avanços dos últimos anos para tornar as mulheres protagonistas de sua vida sexual, pois parte da premissa da submissão feminina como fonte de erotismo. No entanto, é um mergulho nas profundezas do imaginário do desejo. Identificada apenas como O, uma fotógrafa de moda aceita participar de uma sociedade secreta na qual as mulheres são ensinadas a estar totalmente disponíveis para os jogos eróticos dos homens. Publicado sob pseudônimo por Anne Desclos em 1954, a história rendeu um filme e um livro em quadrinhos desenhado pelo grande Guido Crepax, uma HQ que se tornou um clássico.

Trópico de Câncer, Henry Miller
A fama de pornógrafo acompanhou e obscureceu o talento literário de Henry Miller. Desbocado, literal nas descrições dos encontros passageiros, ele conta na primeira pessoa como era viver em um momento efervescente no centro do mundo, a Paris dos anos 30, que já inspirou tantos artistas. Em outros livros, como Trópico de Capricórnio e a trilogia Sexus, Nexus e Plexus, ele consolidou seu estilo polêmico, admirado por muita gente, em que mistura memórias e descrições cruas de sexo. É o personagem do filme Henry e June sobre o triângulo amoroso com a escritora Anais Nïn.

A Vida Sexual de Catherine M, Catherine Millet
Imagine uma profissional renomada no seu meio que, na maturidade, lança um livro contando inacreditáveis façanhas sexuais sem esconder a identidade. Catherine Millet teve essa ousadia em 2000. A francesa, crítica de arte respeitada, causou um alvoroço com esse livro de memórias sexuais, em especial seu gosto pelo sexo grupal. O livro se tornou um best-seller mundial e chama a atenção pela tranquilidade com que a autora assume a libertinagem como mais uma forma de fortalecer vínculos.

Vox, Nicholson Baker
A trama inteira do livro se passa em quatro horas. Uma linha cruzada (sim, era tempo do telefone fixo, não aconteceria com um celular) coloca um homem e uma mulher numa conversa íntima e a nós leitores, como voyeurs. Seduzidos pela voz um do outro, cumprem todo o ritual de aproximação, sedução e acasalamento apenas pela conversa tórrida sobre fantasias eróticas e provocações. Parece que não há nada mais poderoso no sexo do que a palavra. Tudo acontece e é descrito. Além de um marco da literatura erótica, o livro ganhou admiradores pelas inovações narrativas.

Conhece alguns livros eróticos que não estão aqui? Compartilhe comigo.

Leia mais:

Soft porn para apimentar o relacionamento!
E para apimentar os 28 anos de casados…

Mila Quintana

Leitora persistente, adotou o livro como companheiro desde que foi alfabetizada. Usa os livros como um passaporte para mergulhar em pessoas, lugares e acontecimentos sem pedir licença. Entre uma leitura e outra, trabalha, namora, paga as contas e lava a louça.

2 Comentários
  1. 100 escovadelas antes de dormir – é uma sugestão de livro erótico. Tb Bruna Surfistinha

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10 coisas que aprendi comprando acessórios em sexshop

SEXSHOP
Vamos falar de sexshop?

Vou confessar. Não fiquei nem um pouco surpresa com a série Cinquenta Tons de Cinza. Na verdade, achei o livro bem chatinho. Um misto de romance Sabrina com algumas ideias das histórias de Marquês de Sade. Ao ler o livro, descobri que as referências a um sadomasoquismo fazem parte do passado do personagem principal. Agora, a história deles é outra.

Mas sabe o que a trilogia trouxe de bom? Tornou interessante as brincadeiras e o uso de acessórios eróticos nas relações a dois. Tá mais popular e isso com a ajuda de um filme campeão de bilheteria. Que bom que estamos falando um pouco mais abertamente sobre sexo, preferências e novidades. Pelo menos muito mais do que num passado pouco distante. Sim, na época do seriado Sex in the City, eu e minhas amigas ainda tínhamos alguma inibição e muitos pudores para comentar abertamente sobre o assunto.

Agora, com muito mais de 40 anos, com muitas histórias vividas, não dá pra reprimir, né? Nem faz sentido. Pelo contrário, gosto e me divirto muito com os produtos de sexshop. Compro e de vez em quando ganho do meu marido. Como preferências são preferências, fiz uma listinha de 10 coisas que aprendi visitando sexshop e comprando brinquedos eróticos.

# 1
Conheça o seu corpo (e do seu parceiro também)

Nas lojas há de tudo. Tudo, mesmo! Mas a aventura não é pegar qualquer brinquedo erótico para você ou para o seu parceiro. O que vocês realmente gostam? Quais são as preferências, como funciona seu corpo e as suas fantasias? A dica é você não achar que deve comprar algo, mas ter certeza. Pra isso, é preciso conhecer o seu corpo e o do seu parceiro. Quer um exemplo? Muitas mulheres preferem a estimulação do clitóris e há vibradores para isso. Mas se você se sentir desconfortável fale não. Tudo isso é para ser gostoso.

# 2
Eles são caros

Quando você comprar o primeiro, provavelmente vai querer ter outros. Os acessórios podem custar na faixa dos R$ 30,00 ou R$ 50,00, mas há alguns que ultrapassam os R$ 300,00. E neste universo também existem marcas! Os brinquedos eróticos do filme Cinquenta Tons de Cinza chegam a custar quase R$ 600,00.

# 3
Meu nome no pedido!

As lojas online cercaram-se de cuidados para não expor os compradores. Na Loja do Prazer, um dos maiores e-commerce da América Latina, após o pedido é gerado um código de barras. A pessoa que vai embalar o produto não tem acesso ao nome do comprador, mas sim a este número, que já funciona também para enviar pelos Correios. A embalagem é parda, por isso não dá pra ver o que tem dentro do pacote. No caso da loja do prazo, o remetente estará no nome da administradora, a empresa, e não no nome da loja. Assim é a cobrança também no seu cartão de crédito.

# 4
Pra que serve?

Se você não sabe, pergunte para o atendente da loja ou no fale conosco do e-commerce. Não existe pergunta inapropriada. Os atendentes da loja estão preparados para responder a perguntas como: “onde coloca isso” ou “o que você vai sentir com aquilo”. Você não precisa saber de tudo, aliás, você está na loja justamente para descobrir coisas novas, né?

# 5
O que é melhor?

Essa é uma pergunta impossível de responder, se você ficou em dúvida entre dois produtos de finalidades diferentes. O que funciona para você pode não causar a mesma sensação em outra pessoa. Se você estiver na loja e fizer esta pergunta ao atendente ou mesmo a uma amiga provavelmente ficará sem resposta. Os brinquedos sexuais são tentativa e erro. Ah, e o vendedor da loja pode não ter experimentado todos os produtos, né!

# 6
Divirta-se, mas não tire sarro

Um sex shop é – provavelmente – um dos locais mais “cabeça-aberta” que você pode visitar na vida. Você pode sentir-se à vontade para fazer quase qualquer tipo de comentário. Apenas preste atenção ao tom. Você pode não gostar de uma (ou várias) coisas que estão na loja, mas há pessoas que curtem. E não vale deixar ninguém desconfortável, né!?

# 7
Lugar de pessoas como você

Não é porque você visita um sexshop que vai encontrar pessoas indecentes ou homens tarados na loja. A maioria dos compradores que estão ali são pessoas bem normais – assim como você – que gostam e querem se divertir com o sexo. Você pode encontrar algumas pessoas mais desagradáveis ou outras tentando fazer alguma gracinha. Mas há bem poucas pessoas bizarras. Também tente evitar perguntas sobre o que acontece na loja para os atendentes. É chato e eles não vão responder.

# 8
Pode fazer mal?

Pode fazer mal sim, só se você não ficar atenta às instruções de uso ou mesmo com a procedência do material. Alguns brinquedos eróticos são feitos de uma substância chamada ftalatos, um produto químico usado para deixar o plástico mais macio. Dá pra reconhecer pelo cheiro característico de plástico. Algumas matérias-primas podem causar irritação, arder ou mesmo juntar bactérias, já que são porosas. Se comprar um destes brinquedinhos, melhor utilizar com camisinha.

# 9
Loja online ou loja física?

Não há o que discutir quanto à privacidade da loja online. Se você quer total discrição é melhor optar pelo e-commerce. Mas este passeio pode também ser muito divertido tanto para você, quanto para o seu parceiro. Além dos bons momentos, é uma oportunidade para vocês ficarem mais íntimos e viverem novas experiências. E se você encontrar algum rosto conhecido…. bom, pense apenas que você é uma mulher normal e que gosta de sexo. Qual é o problema disso?

# 10
Só pra você

Porque não? Quem disse que prazer precisa ser a dois? Existem vários acessórios eróticos para você usar sozinha e não há nenhum problema com isso. Além do prazer, você pode aprender ainda mais sobre o seu corpo e o casal só tem a ganhar com isso.

Agora que já dei essas dicas, você está esperando o que? Vá até um Sexshop!

Leia mais:
Sexo com Dominique
E para apimentar os 28 anos de casados…

Ju Junqueira

Jornalista que trabalha com internet há 20 anos. Divide o tempo entre as inovações tecnológicas e os trabalhos manuais no estilo Do It Yourself. Descobriu que é melhor que fazer meditação.

1 Comentário
  1. Dominique sempre acrescentando. E olha que eu já faço parte dos “ Seml Novos” ou seja: setentinha Me sinto uma Dominique.

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