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Big Little Lies: uma supersérie que você não pode perder

Dominique - Big Little Lies
Big Little Lies, a premiada e estupenda série da HBO, disponível no NOW, mostra com competência como uma atração pode ser dinâmica, misteriosa e madura. Uma história sobre mulheres, um suspense bem servido e drama da melhor qualidade.

A série baseada no romance de Liane Moriarty, adaptada por David E. Kelley e dirigida em sua totalidade por Jean-Marc Vallée, conhecido por filmes como Clube de Compras Dallas (2013), tem personalidade e confere um ar delicado e importante às cenas dramáticas.

Sete episódios foram suficientes para fazer de Big Little Lies uma das melhores produções da temporada.

O ponto central da trama é a vida de três mulheres: Madeline, Celeste e Jane, vivendo conflitos por conta de relacionamentos, criação dos filhos, das fofocas e comentários da pequena e idílica cidade de Monterrey, uma daquelas cidades costeiras da Califórnia em que o clima é agradável e o pôr do sol, um espetáculo à parte.

O que se sabe logo no começo da trama é que houve um assassinato e todas as “pessoas do bem” do local são potenciais suspeitas. A morte, portanto, é de certa forma, apenas uma desculpa para investigarmos a vida dessas personagens, todas mulheres lindas e perfeitas levando vidas de sonho em casas deslumbrantes em um cenário paradisíaco.

A única exceção é mesmo Jane que carrega consigo um passado sombrio e que demora realmente a se abrir. Sua presença na série funciona muito bem quase como uma forma de o espectador poder mais facilmente se identificar naquele ambiente. Essas questões de fundo na série é que são importantes e não a morte misteriosa.

A dedicação das atrizes é o ponto forte no seriado. Um show à parte. Madeline (Reese Whiterspoon) é a líder e Reese está nada menos que perfeita ao interpretar uma mulher energética, que cuida das amigas e que quer saber de tudo. Reúne as linhas narrativas e ainda lida com seus próprios problemas pessoais com seu casamento atual e, talvez, principalmente, com sua filha mais velha. É ela que funciona como a alma da minissérie.

Celeste (Nicole Kidman) é aparentemente o ser mais perfeito de Monterrey, vida, marido e filhos (gêmeos), tudo perfeito. Kidman, magnífica, brilha como Celeste e seus momentos com a terapeuta do casal (Robin Weigert) são estarrecedores, chegando mesmo a serem perturbadores de tão verossímeis.

Dominique - Big Little Lies

Jane (Shailene Woodley) é a recém chegada à Monterrey com seu filho, a mãe solteira que tem escrito na testa, preciso de ajuda. Shailene convence perfeitamente bem como uma alma perturbada, perseguida por um passado que a assombra. Renata (Laura Dern) é a mãe rival que não faz parte do clubinho de Madeline na escola onde seus filhos estudam.

Laura Dern é uma coadjuvante, mas sua presença é importante, comanda a atenção da câmera e do espectador quando sua Renata está em cena. Bonnie (Zoë Kravitz) é a nova esposa do ex-marido de Madeline e melhor amiga de sua filha adolescente.

Os personagens de uma dimensão humana impressionante estão à altura desse grande elenco. Não deixe de prestar atenção ao trabalho das crianças.

Os roteiros lidam nos sete episódios com uma riqueza de situações que hoje são discutidas aberta e contundentemente por aí e que tocam especialmente as mulheres por serem as vítimas.

Existe uma vestimenta de elegância em Big Little Lies que é usada a favor das revelações que são o conta-gotas, mas sempre presentes e relevantes. Há a violência doméstica, violência verbal, estupro, bullying e traição, sempre funcionando como denúncia e elemento integrante da narrativa.

A trilha sonora dita o ritmo de tudo. Muitas das músicas aparecem como escolhas da filha mais nova de Madeline, a pequena Chloè, de apenas seis anos, tem uma pegada soul pop, também muito rock, com nomes como Elvis Presley, Rolling Stones, Alabama Shakes, Charles Bradley, Otis Redding e Fleetwood Mac. O próprio final teve sua cereja do bolo com uma versão de You Can’t Always Get What You Want!

Demais! Você vai amar!

Fotografia competente, com belas imagens de Monterrey, montagem complexa, inteligente e intrigante, sem falar da história, interessantíssima!

A execução do desfecho é tão incrível que mesmo tendo sido possível deduzir o que havia acontecido o fim não perde sua potência. Muito pelo contrário, a maneira como tudo se desenrola deixa o espectador extasiado.

Apesar de todas as intrigas, rivalidades e competição entre as mulheres, Big Little Lies tem um desfecho revitalizante, totalmente Girl Power.

Assista Big Little Lies para descobrir quem morreu, quem matou, mas sobretudo assista para conhecer essas cinco mulheres e suas histórias!

Tocante, emocionante, imperdível. Uma grande série!

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=IXmAfsKAZ2o&feature=youtu.be[/fve]

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Entre Irmãs: o filme que retrata a força do amor fraternal
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Entre Irmãs: o filme que retrata a força do amor fraternal

Dominique - Irmãs
O épico Entre Irmãs é um belo filme do diretor Breno Silveira (Gonzaga: De Pai Para Filho, Os dois Filhos de Francisco), um diretor que sabe contar, como poucos, histórias sobre o interior do nosso Brasil.

O longa baseado no livro A Costureira e o Cangaceiro, de Frances de Pontes, tem um bom roteiro assinado por Patrícia Andrade.

Apresentando um épico genuinamente brasileiro, o filme se conecta com figuras da história do Brasil e, mesmo com uma história que se passa quase um século antes da data que chega aos cinemas, apresenta temas essenciais para o Brasil de hoje.

O longa narra a vida de duas irmãs costureiras, uma impetuosa (Luzia, vivida por Nanda Costa) e a outra sonhadora (Emília, interpretada por Marjorie Estiano). Elas vivem em Taquaritinga do Norte, interior de Pernambuco, mas ainda jovens são separadas pela força do destino. A impetuosa é sequestrada por um bando de cangaceiros, chefiados por Carcará, ao passo que a outra realiza o desejo de se casar com um belo herdeiro do Recife e descobre que seu sonho, na realidade, é um pesadelo.

A história que se passa na década de 30, mostra o preconceito pela mulher e o machismo que as duas irmãs enfrentam. Uma por parte do grupo de Carcará no sertão de Pernambuco e a outra por parte da alta sociedade na cidade grande.

Apesar da distância, elas sabem que uma só tem a outra no mundo e cada uma, a sua maneira, vai se afirmar de forma surpreendente. As protagonistas, excelentes, mostram maturidade e grande sensibilidade que cativam e comovem o público.

Cyria Coentro que faz a tia Sofia, merece destaque, compondo o trio da primeira parte do filme.

Entre Irmãs faz uma bela reconstituição de época, com figurino impecável assinado por Ana Avelar, como também a caracterização e maquiagem de Martín Trujillo.

Dominique - Irmãs

Os locais escolhidos foram o sertão pernambucano, com sua seca e pobreza e Recife com sua sociedade rica e preconceituosa.

A fotografia belíssima de Leonardo Ferreira utiliza filtros em tons sépia e marrons para contrastar com o amarelo e vermelho que representam o clima nordestino. As cores mais frias que dão o tom mais sóbrio da capital, ajudam a passar ainda mais realismo para o filme.

Breno Silveira acertou em quase todos os detalhes, errou apenas na duração, o que não compromete a qualidade dessa produção nacional.

Apesar de ser ambientado no século passado, a abordagem de alguns temas são bem atuais, especialmente o preconceito sobre a mulher e o machismo, o maior problema enfrentado por Emília e Luzia. Também a homossexualidade escondida ou vista como uma doença, a “cura gay”.

Entre Irmãs é sem dúvida um filme feminino e intimista que merece ser visto, apreciado e discutido.

Eu adorei!

Assista o trailer:

[fve]https://youtu.be/NrFYL1k6q34[/fve]

Leia mais:

41ª Mostra Internacional de Cinema traz diversos filmes a São Paulo
As Pontes de Madison: um clássico para Dominiques

4 Comentários
  1. Maravilhoso do começo ao fim.
    Tudo impecável.O tema, o realismo, os conceitos ainda tão vigentes e a força das irmãs para viver vidas tão diferentes.
    Maravilhosa tb a interpretação das protagonistas.Imperdível.

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As Pontes de Madison: um clássico para Dominiques

Dominique - Pontes
Hoje a minha dica é um filme que me emocionou e ficou na memória. Trata-se do belíssimo e sensível “As Pontes de Madison”, 1995, dirigido de forma inteligente por Clint Eastwood, que constrói uma história com protagonistas apaixonantes e apaixonados.

“As Pontes de Madison”, um dos mais delicados e lindos filmes de Eastwood, baseado no romance homônimo de Robert James Waller e roteirizado por Richard Lagravanese, conta a história de Francesca, uma dona de casa dedicada e esforçada que vive para satisfazer e organizar a vida dos dois filhos e do marido. Enquanto faz tudo por aquelas pessoas, como aprendeu que deveria, não recebe nada em troca, além da indiferença dos três.

Em uma das viagens do marido para exposições de animais, ela conhece Robert, um fotógrafo aventureiro, que já conhece quase todos os lugares do mundo e nunca se prendeu a mulher nenhuma. Os dois acabam se apaixonando e vivendo uma das histórias mais tocantes do cinema.

O amor proibido é, ao mesmo tempo, um amor maduro que supre carências e encanta.
Tudo isso chega ao espectador em forma de flashback, através de um diário encontrado pelos filhos de Francesca após sua morte. Enquanto leem, eles vão percebendo o que a história narrada pode mudar em suas vidas.

Para viver o casal, Eastwood escolheu a si próprio e a fantástica Meryl Streep, que soube como transmitir as frustrações e a carência de uma mulher em uma época e, principalmente, em um local onde mudanças não eram bem vindas.

O papel de Francesca foi tão bem interpretado que Streep foi indicada merecidamente a vários prêmios: Oscar® de Melhor Atriz, Cesar de Melhor Filme Estrangeiro, Globo de Ouro de Melhor Filme e Atriz Drama.

Dominique - Pontes

Junto com a bela história, uma direção segura, o filme que se passa em 1965, conta com a belíssima fotografia de Jack N Green, que se aproveita ao máximo das belas paisagens do Condado de Madison, em Iowa, e das pontes a que o filme se refere. Empregando cores suaves e coerentes com a decoração da casa, a fotografia realça a sutileza com que Richard e Francesca se envolvem. A casa simples, típica do interior dos EUA, como também as roupas dos personagens (figurino de Coleen Kelsall) ambientam perfeitamente o espectador à época da narrativa, o que é importante para compreender o drama de Francesca.

A linda trilha sonora de Lennie Niehaus, especialmente em sua música tema composta em parceria com Clint Eastwood, embala os momentos especiais do casal. Niehaus evita tornar a trilha repetitiva utilizando as canções de época (Jazz) que tocam no rádio como as interpretadas por Johnny Hartman com sua voz grave e marcante.

Um fato que difere o longa de outros romances é a idade dos protagonistas. Eastwood estava com seus 65 anos e Streep passava dos 40, ou seja, um amor maduro para uma audiência igualmente mais experiente. Isso não significa que o público mais jovem tenha sido espantado pela trama, mas é certo que o andamento mais lento e a própria história tende a atrair espectadores mais velhos. Louvável, já que boa parte dos filmes do gênero tende a esquecer esta parcela do público.

“As Pontes de Madison” é, sem dúvida, uma obra primorosa, linda, dolorida, bela e extremamente sensível.

Realmente inesquecível e emocionante!

Enfim, é um daqueles títulos que merece ser visto por todos!

Se você costuma chorar pode preparar o lencinho.

Vale a pena ver e rever As Pontes de Madison!

[fve]https://youtu.be/bn79t3d3UiQ[/fve]

Leia mais:

Nossas Noites mostra que nunca é tarde para amar
Uma Mulher Fantástica: conflitos de uma transgênero

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Uma Mulher Fantástica: conflitos de uma transgênero

Dominique - Mulher
Uma Mulher Fantástica, já escolhido para representar o Chile no Oscar® 2018 na categoria de melhor filme estrangeiro e de melhor atriz, é um filme tocante, delicado e fascinante.

O filme conta a história de Marina (Daniela Vega), uma mulher transgênero de voz divina que sonha ser cantora lírica, trabalha como garçonete de dia e de noite canta em boates para se sustentar.

Ela está em um relacionamento estável com um homem mais velho, Orlando (Francisco Reyes Morandé) até que ele morre na noite do aniversário de Marina. E aí começa sua jornada.

O enfrentamento com a família do falecido e as instituições oficiais é quase todo calcado em desconfiança sobre sua identidade feminina.

Todos a tratam da forma mais odiável possível. A família de Orlando reivindica o enterro, o luto, a missa, as coroas de flores, sem falar no apartamento e na doce cadela Diabla.

Marina se impõe pela firmeza, pela dignidade e pela beleza, não convencional, mas um misto de força e feminilidade. Marina sofre, mas não se vitimiza, nem entrega os pontos.

O diretor Sebastián Lelio, aclamado pelo filme Gloria, repetiu as parcerias com Gonzalo Maza como roteirista e Benjamím Echazarreta como fotógrafo.

Com boa parte das cenas em close frontal no rosto de Marina, Uma Mulher Fantástica transporta o público para os olhos da protagonista, fazendo com que suas angústias e tristezas sejam sentidos do outro lado da tela.

Lelio nos presenteia com cenas lindas e cores marcantes. É um filme sensível, embora a violência (psicológica e física) que Marina vive seja notada sem pudores.

Um dos momentos mais bonitos é quando a vemos enfrentando uma forte ventania, cuja intensidade vai, aos poucos, aumentando. Ela se inclina com força e consegue se manter em pé. É uma metáfora perfeita da vida de quem se vê na posição de lutar pelo direito de ser quem é.

Lelio avança sua dramaturgia enfocando tramas protagonizadas por mulheres.

Pela delicadeza do tema, o autor não hesitou em convidar a atriz trans e cantora lírica Daniela Vega para participar do projeto desde a concepção do roteiro.

A produção ganhou o Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim.

A comovente interpretação de Daniela Vega é a principal força do filme, pilar sobre o qual o cineasta constrói a trama.

Destaca-se também a ótima trilha musical assinada por Mathew Herbert.

Este é sem dúvida um forte candidato ao Oscar® de melhor filme estrangeiro.

Uma Mulher Fantástica é um filme encantador!

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=d3VKy4PuvJ4[/fve]

Gostou dessa dica? Veja outras:

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Bingo, o Rei das Manhãs – Inspirado no apresentador Bozo

2 Comentários
  1. Vi e gostei muito de todos os filmes aqui listados.
    Acabei de descobrir seu blog e já deu pra notar que vou seguir.
    Coisa boa começar a semana assim!

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Bingo, o Rei das Manhãs – Inspirado no apresentador Bozo

Dominique - Bingo
Bingo – O Rei das Manhãs, selecionado para representar o Brasil no Oscar® 2018, é o filme nacional do ano!

O filme é uma cinebiografia inspirada na vida real de Arlindo Barreto, ator que interpretou o palhaço Bozo e fez sucesso na televisão brasileira nos anos 80.

Por questões de direitos Bozo virou Bingo, Arlindo virou Augusto, SBT virou Mundial e só Gretchen continuou Gretchen.

O filme tem uma estrutura simples de ascensão, queda e superação, alternando momentos de humor, drama e uma melancolia inesperada nos olhos de um palhaço.

Nas cenas em que tira a maquiagem de Bingo, Vladimir Brichta mostra o peso de um personagem que está em conflito, ao mesmo tempo em que é líder de audiência, ele é um ilustre desconhecido. O ator por trás da máscara e da peruca de cabelos azuis, ferido em seu narcisismo por não poder revelar quem é por contrato, cai na decadência com bebida drogas e mulheres.

Surpresa mais que positiva é o trabalho de Daniel Rezende na direção: originalmente montador (inclusive indicado ao Oscar® por “Cidade de Deus” 2002), tem no seu currículo trabalhos como “Diários da Motocicleta” (2004), “Árvore da Vida” (2011) e “Robocop” (2014). Isso não é para fracos.

Em seu “debut” no comando de uma obra, Rezende entrega um filme mescla entre cinema autoral de qualidade com um produto elegante, com pompa de grande produção e totalmente vendável ao grande público apesar do teor adulto bem incorreto.

A direção de Rezende trabalha muito bem as várias percepções sobre seu protagonista e as transfere com sutileza para o espectador. Fácil se envolver com a história de Bingo.

O roteiro de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças”) reúne as diversas faces do personagem e as põe em conflito. Bingo não é simplesmente um filme sobre ascensão e a derrocada de um apresentador de TV, mas trata das máscaras que vestimos diariamente para encarar o mundo. O rosto do palhaço funciona, assim, como uma metáfora para qualquer posição que assumimos frente a problemas.

Quem assina a trilha sonora, no melhor estilo pop anos 80, é o ex-DJ Rezende. Você vai ouvir as bandas como Echo & Bunnymen e Devo que se intercalam com as nacionais Titãs e Metrô.

Outro destaque é a direção de fotografia de Lula Carvalho que usa cores excessivamente saturadas, ajuda a transportar o expectador para os exageros dos anos 80: Os letreiros em neon, a maquiagem pesada, os cabelos armados e as roupas ousadas combinam com outro tipo de excesso também presente no filme, o abuso de drogas do protagonista.

No elenco, a esplêndida atuação de Vladimir que toma o filme para si, deixando transparecer a agonia e o sofrimento do protagonista que não consegue controlar seus excessos com as drogas e não sabe lidar com suas responsabilidades como pai.

Dominique - Bingo

O elenco conta ainda com Leandra Leal como a produtora Lúcia, Tainá Müller como a ex-mulher Angelica, Augusto Madeira como o câmera Vasconcelos, Emanuelle Araújo como Gretchen e o pequeno Cauã Martins como o delicado filho Gabriel.

Impossível não destacar também Domingos Montagner em um de seus últimos trabalhos. Falecido no ano passado, o ator vive um palhaço que serve como mentor para Bingo.  Difícil não ficar tocado com os apontamentos de Domingos que era um palhaço na vida real.

Bingo além de emocionar, fazer rir e chorar, já é um novo clássico do cinema brasileiro.

Agora é aguardar dia 4 de março e torcer para que o Oscar® venha dessa vez.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=4xHP9tiS6NM&feature=youtu.be[/fve]

Aqui tem mais algumas dicas de cinema, leia:

Uma Família de Dois: quando a paternidade fala mais alto
O Filme da Minha Vida: anseios e dilemas da juventude

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