O drama histórico a Jovem Rainha Vitória, filme co-produzido pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Estados Unidos. Remonta os primeiros anos da Era Vitoriana – esta que viria a definir um longo período britânico reconhecido pela prosperidade e crescimento de sua população. Assim como de grande valor para a ascensão das artes.
O Palácio de Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da Rainha Vitória em 1837.
As reformas mais significativas foram feitas na Era Vitoriana. Vitória reinou por 64 anos. O seu governo era sinônimo de pontualidade e sofisticação, isso se deve ao fato da soberana ter influenciado o estilo de vida e comportamento dos ingleses.
A Jovem Rainha Vitória, filme com direção competente de Jean-Marc Vallée (C.R.A.Z.Y. Loucos de Amor) e roteiro assinado por Julian Fellowes (Feira das Vaidades), flerta com ideias que parecem arrojadas, como a de um amor igualitário (Vitória já era rainha e poderosa o suficiente, mas viu na troca de ideias com Albert o futuro de seu reinado). Mas é nos ideais do amor romântico que ele efetivamente se encontra.
Crucial para que Vitória aprendesse a colocar suas paixões a funcionar em seu favor foi seu casamento com o príncipe Albert (Rupert Friend) que se provaria um excelente conselheiro.
Albert entrou na corte de sua prima a mando do rei Leopoldo da Bélgica para manobrá-la e espioná-la. Apaixonou-se perdidamente por ela e foi loucamente correspondido.
Os primeiros anos da rainha Vitória no poder foram turbulentos. Ela foi coroada em meio a um clima hostil causado pela disputa pelo trono em sua família. Se aproximando cada vez mais de Albert, príncipe da Bélgica, ela recebe o título de rainha. E passa a ser cortejada pelo Primeiro-Ministro Inglês, Lorde Melbourne (Paul Betany). A instabilidade gera uma crise institucional no país e Vitória precisa ter cuidado ao interferir nos assuntos políticos da Inglaterra.
Dá para entender o fato de o filme ignorar temas importantes do reinado de Vitória, como a política expansionista britânica e a Revolução Industrial, afinal optou-se por um romance típico – e nos registros históricos existiram poucos como o da rainha e o seu príncipe consorte. Como ela o escolheu para marido, considera-se que o casamento tenha sido o primeiro por amor já realizado na realeza.
Destacam-se Direção de Arte e Maquiagem, ambas indicadas ao Oscar®. O irretocável figurino, aliás, lindo de morrer, com excelente trabalho de pesquisa histórica, laureou mais uma vez Sandy Powell, merecidamente.
No elenco, chamam atenção, Miranda Richardson, como a mãe manipuladora, Jim Broadebent como o excêntrico tio de Vitória e Marc Strong, que mesmo coadujvando, toma para si a maioria das cenas em que figura. Emily Blunt (O Diabo Veste Prada) surpreende como uma Vitória decidida e encantadora e Rupert Friend está bem com seu seguro Príncipe Albert.
A Jovem Rainha Vitória é um filme que emociona e encanta, vale a pena assistir.
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