Tag: Mentiras sinceras

Quem nunca mentiu que atire a primeira pedra!

Todo dia é “dia-de-alguma-coisa”. Essa mania de inventar data pra tudo está ficando meio chato, não acham? Eu estava pensando sobre a banalização dessas comemorações de agenda… Porque, vamos combinar, nada de relevante é feito realmente. Tá bom! Pode ser divertido nas redes sociais, concordo.  Mas em tempos de Fake News, acho tudo meio coisa para “inglês ver”, como se diz. Pra que um dia da mentira, se mentimos todos os dias?

Quem diz que não está mentindo!

Não sei bem de onde é o tal estudo, mas adoro estatísticas. Elas comprovam e descomprovam à medida que novas pesquisas são divulgadas, né não? Já reparou que pra cada tese tem uma outra que refuta a ideia?

O fato é que esse estudo sobre mentira taí pra não me deixar mentir: falamos de 10 a 100 mentiras por dia.

Tomou susto? Mas, afinal, não é verdade que na maior parte do tempo nos desviamos da realidade e interpretamos papéis…

Quer ver como eu digo a verdade?

Eu sei que é pelo bem social, para ser educada, mas muitas vezes eu minto na cara dura ao responder um simples bom-dia. Há dias que não estão bons e ao responder o cumprimento, internamente, estou pensando bom-dia PORQUÊ?

Quantas vezes fui obrigada a responder tudo bem, quando tudo não estava bem. Perdi as contas. E agradecer um presente quando não gostei. Elogiar algo que me parece horrível… Nessa categoria, poderia ficar até amanhã te contando!

Mas tem muito mais!

Têm mentiras que a gente até sabe que são mentiras na hora. Aquelas clássicas e já consagradas, como “te ligo de volta em meia-hora”. Na mesma linha, tem o “estou quase chegando”, quando eu nem sai de casa… É uma das minhas preferidas!

Sem contar aquela “só vi sua mensagem (e-mail, ligação) agora”. Que atire a primeira pedra quem nunca…

Analisando as mentiras da minha vida, acho que a pior de todas é quando eu minto pra mim mesma. O autoengano é tudo aquilo que a gente gostaria que fosse verdade. Ah, essas têm de monte. Cito algumas: “sou super feliz no casamento” ou “sou super feliz sozinha”. E “paro de fumar a hora que eu quiser”? Afffeeee, essa é a pior.

Embora tudo falso, acho que todas fazem parte da categoria de mentira branca.

Sim, porque existem tipos de mentiras.

Além da branca, tem a benéfica. É aquela que se fala pelo bem do próximo. O médico que diz ao paciente condenado que vai melhor ou o homem que diz que a mulher não está gorda só pra deixá-la feliz. 🙂 Já escrevi sobre isso em Mentiras do Bem – 3 mentiras que contei para não fazer mal a ninguém.

Acho que o ruim mesmo está na mentira negra ou enganosa. Nesse caso, o mentiroso prejudica ou tira vantagem dessa inverdade para benefício próprio. Ocultar  ou falsificar informações é o clássico desse tipo.

Há também casos de crimes, que são as mentiras de quem vive de enganar quem tem boa fé: golpistas, charlatões, ladrões, estelionatários. Aqui também incluem a injúria e difamação.

Ah, quase ia me esquecendo da fofoca. Não deixa de ser mentira espalhar boatos, né. Os fofoqueiros começam a destruir o caráter e a reputação de suas vítimas, como armas de concorrência ou por pura inveja.

Acho que as razões pelas quais mentimos são muito diferentes em cada momento e valem uma reflexão nessa data, já que ela existe.

E então, algumas dessas mentiras lhe parecem familiar? Me conta!

Leia também 7 mentiras que uma Dominique não precisa mais contar!.

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Mentira do bem – 3 mentiras que contei para não fazer mal a ninguém

Vamos falar sobre mentira?

Mentira #1

Oba…Festa de 50 anos da Alice. Festão. Vai todo mundo. Sabe quando as amigas estão no maior frisson? Whatsapp a mil.
– Com que roupa você vai?
– E cabelo?
– Você me empresta a sua clutch vermelha?
– Você sabe se fulano vai?
Enfim, esta curtição de antes do evento é uma delícia. E chega o dia. Valentina combinou de passar para me pegar.
Entro no carro e noto que a maquiagem dela está um pouco pesada. Mas deve ser a pouca luz.
– Nossa, Dominique, como você está bonita.
– Você também, Vale.
Chegamos à festa e, ao sair do carro, percebo que a Valentina, além de estar com uma maquiagem muito pesada, usava uma roupa que a engordava e a envelhecia.
Errou. Errou feio. Fazer o que? Acontece.
– Gostou da minha roupa, Dominique? Estou bem?
– Sim, amiga. Está ótima!
Menti. Menti. Menti.
O que adiantaria, já entrando na festa, dizer que aquela roupa não a estava favorecendo? O que adiantaria deixá-la insegura? Por que cargas d’água estragaria a noite dela?
Entramos, conversamos, dançamos, bebemos, rimos e fomos embora.
Com certeza ela deve ter sido alvo de fofoquinhas maldosas de algumas coleguinhas. Mas até aí, falamos de um monte de outras também. Faz parte.
E, numa outra ocasião, com calma e com muito jeito, falei que talvez aquela saia não ficasse tão boa com aquela blusa.

Mentira #2

Num boteco qualquer, lá pelas tantas, depois de outras tantas caipirinhas, Suzana me jurou amizade e amor eterno. Sabe aquelas coisas?
Eu disse que, da minha parte, ela sempre teria o mesmo.
– Dominique, sou e sempre serei a sua amiga, até de baixo d’água. Você sempre poderá confiar em mim. Desta boca só a verdade. Deste coração só amor sincero.

Muiiiiiita caipirinha. Eu sei. Mas, mesmo com todo este teor alcoólico nas veias, o teor de seu discurso parece coerente, né? Me desculpe. Não. Nem sempre. Não para mim.

Algum tempo depois esta mesma amiga foi vítima de uma reviravolta na sua vida.
Passou por baques e perdas horrorosas. Sofrimentos profundos.

Procurei Tânia, outra amiga nossa em comum, amiga muito querida, que com certeza poderia apoiá-la num determinado aspecto. Liguei, conversei e aguardei um retorno. Aguardei. Liguei novamente. Mandei mensagem. Aguardei. Até que, finalmente, a Tânia respondeu. Por mensagem…“Por favor, Dominique, não tenho estrutura e não quero me envolver com os problemas da Suzana. Não me procure mais. Sigamos nossos caminhos, quem sabe um dia, lá na frente…”

Li a mensagem, respirei fundo, deletei não só a mensagem, mas o contato dela e fui ver minha amiga Suzana.
– Suzana, você acredita que a Tânia está morando na Namíbia? Sério. Foi o primo dela que me contou. Por isso que não conseguia falar com ela.
– Nossa, será que ela está bem lá? Namíbia? Tão longe… Tomara que esteja bem, né, Dominique?
– Tomara.

Mentira #3

– Dominique, você é minha amiga, minha super e melhor amiga. Se um dia você souber que o meu marido está me traindo quero que você me conte.
– Vera, pois eu não. Não quero que você me conte caso saiba que estou sendo traída.
– Mas por quê? É claro que eu vou te contar.
– Querida. Se eu estiver sendo traída, em algum nível de minha consciência eu vou saber. Se não fui atrás, é porque não quis. Se não fui fuçar no celular dele, é porque não quis saber. Mas, se você me contar, AÍ eu vou ficar sabendo e AÍ TEREI que tomar uma atitude. Você entende?
– Ah! Mas comigo é diferente. Se você não me contar, eu vou considerar VOCÊ a traidora.

Suspirei fundo. Olhei para baixo. Fiz uma pausa para reflexão. Aproximei a minha cadeira da dela. Segurei em suas mãos. Olhei em seus olhos e disse:
– Bom, Verinha, se é assim, preciso te contar uma coisa muito séria.

Verinha ficou branca. Sua mão imediatamente molhou daquele suor gelado. Seu lábio começou a tremer. Mas o pior, pior de tudo, foi o jeito que ela me olhou. Seu olhar era de ódio. De raiva. E, ora vejam, contra mim. Ela estava com raiva de mim.
– Conta, Dominique. CONTA! Conta agora!
Soltei sua mão. Afastei a cadeira.
– Não, Vera. Não sei de nada. Não sei mesmo! Mas veja a sua reação.
Quero apenas que pense no que sentiu agora. E se quer realmente saber o que talvez não queira. A única coisa que eu posso te garantir é que EU não sei de nada.

Mentir é feio? Depende. Às vezes, a mentira é para o bem!

Leia mais:

Arrumar armário pode ser o começo de um novo ciclo
Passeando com o passado

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

5 Comentários
  1. Adorei, Dominique, suas Três Mentiras…
    Realmente,tem hora que precisamos analisar profundamente se realmente vale a pena contará verdade para alguém!
    Já vivi isto e optei pelo silêncio… A verdade, naquele momento não seria boa para ninguém!

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Contar ou não contar

Dominique - Contar

Têm coisas que faço ou que acontecem comigo que não conto pro meu companheiro.
Ué, porque não.
Porque ele não precisa saber absolutamente tudo que se passa comigo.
Contar tudo não é ser cúmplice… É ser chata!
Ter alguns segredinhos, além de ser saudável, é quase higiênico.
Coisinhas pequenas, claro.
Coisinhas que dizem respeito só a minha pessoa e que não o afetam.
Por exemplo…

Você acha realmente que precisa contar pra ele que vai à dermato fazer alguns “procedimentos”???
Pra que?
Pra ele reclamar?
Pra ele dizer que não precisa?
Que é antinatural?
Que você é linda do jeito que é?
De mais a mais, ele não repara quando você corta o cabelo. Quando você está de vestido novo. Quando você faz luzes. Quando você está inchada.  Quando você perde 2 quilos!!!!!
Você acha que ele vai reparar que você fez preenchimentos ou laser?
Se forem bem feitos ele só vai reparar se a conta bancária de vocês for conjunta!!

Ahhhh… Claro..
Sempre tem aquela que jamais!! Que conta tudo!! E que vai me jogar agora um milhão de pragas e me chamar de falsiane.
Pra você, querida, espero que seu marido tenha alma feminina e compreenda e apoie.
E que não fale “eu avisei, bem feito sua bruxa!” se a sua sobrancelha levantar e você ficar com aquele olhar malévolo! (Facilmente resolvível em menos de 2 minutos com mais uma picadinha).

Outro exemplo:
Sabe aquela festa em que vão estar dois de seus ex?
E três daquelas “amigas de antes de casar”?
Você não quer ir de qualquer jeito, né?
Na verdade, vale a pena até investir um tantinho na produção.
Um vestidinho novo, aquela escova bem feita e até, quem sabe, maquiagem naquele salão top.
Você vai dar esta bandeira em casa???????????????????????
Eu, hein?
Nem morrrrtttaaaaa…
É bem capaz que, neste dia, ele repare em cada detalhe.
Ele vai estar mais esperto, óbvio!
– Vestido novo, hein??? Caprichou!!
– Novo, Jayme???? Novo????????

Só de fazer este tom, ele já sabe que não deve continuar.
Ele tem culpa no cartório e é reincidente.
Qualquer palavra a mais dele pode despertar sua memória de elefante e ele terá que escutar você declamar todas as vezes que usou o tal vestido, e pior, toooooodddaaass as vezes que ele não reparou que você estava de roupa nova!
Não…
O Jayme não vai continuar. Tenha certeza!!

Bom… Ai você me pergunta…
– E se ele descobrir?
Descobrir o que minha linda?
– Que eu menti
Você não mentiu. Você pode, quando muito, ter omitido.
E saiba você que está até na lei!!!
– Nenhum indivíduo está obrigado a produzir provas contra si mesmo!!
Se vale para o bafômetro porque não vale para o botox?
-Existe, também previsto em lei, o argumento de legitima defesa.

E última e derradeiramente eu te pergunto.
-Ele te conta tudo?
Tudinho????????
Ahhh, então tá!

(Meninas, relativizem. É para ser engraçado. Se você quiser contar, óbvio que pode e deve. E lembre-se: estou falando de coisinhas. Não de coisooooonas)

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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