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Inconformada com as notícias da TV? Leia um livro

Dominique - Livros
Há pouca diferença entre começar um livro e fazer as malas, partindo para um lugar nunca visitado. A cada página, nossa imaginação viaja entre aquele universo desconhecido e o que vivemos. E compara. Passamos a olhar os velhos problemas do mundo com mais compreensão. Desligue a TV, estique as pernas e mergulhe em um desses livros. 

Se não encontrar as obras em livrarias, procure no site Estante Virtual.

Equador, Miguel Souza Tavares
Na Lisboa de 1920, um empresário inteligente, solteiro e sedutor tem seus valores confrontados ao receber a missão de governar uma ilha na África. Ao mesmo tempo em que se vê em um ambiente degradado que ainda pratica a escravidão. Ele é jogado num turbilhão de acontecimentos, paixões, tramas políticas e relações ambíguas. O autor utiliza com maestria o simbolismo da ilha paradisíaca e isolada para falar sobre o peso das escolhas e da responsabilidade pessoal quando se conta apenas consigo mesmo. Mas não se engane, enquanto acompanhamos ansiosos a epopeia do personagem, também sentimos um gosto amargo ao reconhecer o quanto as mazelas daquele mundo ainda estão presentes no Brasil atual.

O Verão Antes da Queda, Doris Lessing 
Uma mulher de 45 anos, esposa e mãe dedicada, filhos crescidos, prestes a dar um novo rumo à vida profissional, sai de férias sozinha. O que seria um tempo para pensar no futuro se torna um inventário do passado. Doído e libertador, quando ela constata, surpresa, que o meio da vida havia chegado. O romance casual com um homem mais novo e uma acidentada viagem pelo interior da Espanha mostram o quanto havia se enganado sobre sua vida. Lessing volta a dois temas caros, a emancipação feminina e a passagem do tempo, para fazer um raio-X da crise da meia idade em pleno anos 1970. A autora recebeu o Nobel de Literatura em 2007.

Dois Irmãos, Milton Hatoum 
Muito antes da minissérie produzida pela TV Globo, o livro sobre os gêmeos que se odeiam como Caim e Abel repercutiu no Brasil e no mundo. Tenso, emocionante, o romance percorre meio século da vida de uma família libanesa em Manaus. Marcada pelas disputas entre um irmão racional e bem sucedido e outro, passional e incapaz de se aquietar na vida. Em torno deles, se desenrolam dramas familiares universais. O marido apaixonado que perde a dedicação da esposa depois que os filhos nascem. A mãe que escolhe um preferido, a filha apegada que não se casa, o filho deslocado na família. Na trama, a cidade de Manaus, enriquecida pela borracha, aparece quase como um personagem, com seu clima asfixiante e a geografia peculiar.  

Orgulho e Preconceito, Jane Austen
Pense em um mix de novela das seis com um subtexto de A Grande Família. Não é fácil explicar porque a escritora inglesa, nascida há exatos 200 anos, continua a inspirar a dramaturgia atual e a ganhar a admiração de leitores geração após geração, como uma popstar. Apontada como uma precursora do romance moderno, suas histórias descrevem o cotidiano de gente comum. Têm diálogos impagáveis, tratam com fina ironia os costumes da época e demonstram uma grande percepção psicológica. Por trás dos desencontros amorosos, ela revela a rígida divisão de classes da sociedade e a situação das mulheres. Impedidas de estudar, trabalhar, escolher um marido e de receber herança. Apenas o casamento proporcionava ascensão social. Seu romance mais famoso conta o vai e vem do amor entre um nobre orgulhoso e uma garota inteligente e de língua afiada.  

Viagem Vertical, Enrique Vila-Matas 
Vamos inverter a situação usual: o que um empresário faria da vida, na faixa dos 60 anos, repentinamente posto para fora de casa pela mulher que resolveu envelhecer sozinha? Este é o ponto de partida para mostrar a queda livre de um homem privado das referências que davam sentido à sua vida, mesmo sendo enganadoras. Sem nada a perder, dominado pela sensação de que desperdiçou a vida. Ele sai sem rumo por lugares encantadores, procurando um novo começo trazido pelo acaso. Entre momentos engraçados, patéticos ou comoventes. O livro tem como bônus uma viagem virtual por Barcelona, Lisboa, Porto e a Ilha da Madeira. Dá vontade de ir junto.

E para você? Que livro te faz viajar?  

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Mila Quintana

Leitora persistente, adotou o livro como companheiro desde que foi alfabetizada. Usa os livros como um passaporte para mergulhar em pessoas, lugares e acontecimentos sem pedir licença. Entre uma leitura e outra, trabalha, namora, paga as contas e lava a louça.

3 Comentários
  1. Estou viajando com a Isabel Alende , o livro se chama Muito alem do inverno . Estou gostando muito , romance !!!

  2. Viajo com o título: A História do Brasil na ruas de Paris, Maurício Torres Assumpção. Adoro.Recomendo.

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Conheça a emocionante história do Galo de Barcelos, um dos símbolos de Portugal.

Dominique - Galo
De uma maneira geral, o galo é considerado um animal sagrado em diversas culturas e suas religiões. Por ser uma ave que prenuncia a manhã, ela é um símbolo solar, isto é, da própria luz nascente. É também considerado um emblema da vigilância e da atividade, pois antes mesmo da aurora ele já está de pé, ou melhor, anunciando a própria chegada do sol e a manifestação da luz, além de representar também a altivez, em função da sua postura.

Seu aspecto e atitudes naturais, para os japoneses, representam cinco virtudes, a saber:

1) Virtudes civis devido à crista, associada ao coroamento e mando

2) Virtudes militares devido às esporas, com as quais se defende

3) A coragem pelo seu desempenho em combates

4) A bondade, pois divide seu alimento com as galinhas

5) A confiança, pela segurança com a qual anuncia a certeza de um novo dia.

O galo sempre esteve presente como representante de atributos positivos e benéficos na mitologia grega; nas tradições nórdicas; nas culturas de povos orientais, africanos e indígenas; no xintoísmo; na religião hindu, no budismo, na maçonaria e também nas três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.

É comum ver um galo de metal em torres de igrejas, cúpulas e campanários, normalmente voltado para o leste (onde nasce o sol) e até mesmo com a indicação dos pontos cardeais pois, por prenunciar a aurora, os altos das edificações recebem primeiro a chegada da luz do sol, anunciada pelo canto do animal, guardião que vela, vigia e manifesta o porvir da energia solar.

Para o catolicismo, o galo também pode ser um emblema do próprio Cristo (assim como a águia e o cordeiro), pois como símbolo solar representa a luz material e, devido ao seu reaparecimento diário, a ressurreição, a luz espiritual. Simboliza também no cristianismo a vigilância (atributo natural do animal), ou seja, a preocupação que o ser humano deveria ter com a eternidade pelo cuidado em priorizar as coisas espirituais.

Mesmo com todas estas simbologias, o galo é também uma iguaria da culinária nas mesas de todo o mundo e, associado a tudo isto anteriormente citado, entra aí a lenda do “Galo de Barcelos”, um dos símbolos de Portugal, que tem sua identidade visual bem colorida e de crista alta a partir dos anos 1930, porém com a história de sua origem muito anterior.

Trata-se da cidade de Barcelos, no distrito de Braga, ao norte de Portugal.

A lenda medieval nos conta que um homem galego, peregrinando à Santiago de Compostela, ao passar por Barcelos na sua caminhada, foi considerado suspeito de um crime por não ser conhecido na cidade. As autoridades prenderam-no e levaram-no ao juiz local apesar da sua insistência na própria inocência, uma vez que passava por ali rumo à Santiago de Compostela para cumprir uma promessa.

Ao ser condenado à forca, solicitou que o levassem ao juiz que lhe condenara. Assim o foi. Lá chegando à casa do juiz, ele se banqueteava com amigos. O acusado continuava a afirmar sua inocência e ninguém lhe dava ouvidos, até que o peregrino apontou para um galo assado que estava na mesa para o banquete e disse:

“É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem!”Banner - Galo

O juiz pouco lhe deu importância e empurrou o prato para o lado e o sentenciou que fosse à forca. Quando o galego peregrino estava realmente sendo enforcado o galo levantou-se na mesa e cantou.

O juiz compreendeu, então, a inocência do acusado, correu à forca e percebeu que o homem havia se salvado graças a um nó mal elaborado na própria forca. O homem então foi liberto e pôde continuar a sua caminhada à Santiago de Compostela em paz.

Alguns anos mais tarde, o mesmo galego voltou à cidade de Barcelos para esculpir um monumento em louvor à Virgem Maria e ao Santiago Maior. É o famoso “Monumento do Senho do Galo” que hoje se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.

A história ficou famosa, correu chão e, daí em diante, o galo tornou-se o símbolo de todo o país e é encontrado em miniaturas como uma das imagens mais emblemáticas de Portugal.

E ai? Gostou de conhecer a história do galo de Barcelos?

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João Braga

Professor, historiador, pesquisador, escritor, palestrante e colunista. Membro da Academia Brasileira de Moda. Especialista em História da Arte pela FAAP/SP e em História da Indumentária e da Moda pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Autor de História da Moda – Uma Narrativa e Reflexões sobre Moda. Co-Autor de História da Moda no Brasil e Cultura e Elegância. Já acompanhou mais de 33 grupos (mais de 600 pessoas) em viagens para Paris, Portugal, Moscou, Marrocos, Saint-Petersburgo.

2 Comentários
    1. Muito interessante,meu pai nascido no Brasil,porém filho de português, contava essa história, recentemente conheci Portugal, passei por várias cidades, não tive tempo de conhecer Barcelos mas comprei o galo,e quero voltar um dia para curtir a cidade.

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Quando foi que você fez algo pela primeira vez? Eu andei de bike! Parte 1

Dominique - Bike
E ai eu resolvi fazer uma coisa nova, não tão nova, mas que há 25 anos não fazia, então é nova de novo, certo? Fui andar de bike. Sozinha. Um alien loiro andando pelo Brooklin em pleno feriado, graças ao bom Deus, as ruas ermas, um ou outro gato pingado perambulando pelas calçadas. Afinal, depois de tanto tempo, não estava dominando tanto assim a magrela.

E adorei. De verdade, não sei se gostei mais de descobrir que ainda sei andar de bicicleta, comprovei que o ditado popular é verdadeiro, a gente nunca esquece depois que aprende a pedalar, ou se o que senti foi um tremendo orgulho de ter saído sozinha para fazer isso.

Já fazia quatro meses que havia me cadastrado no tal Bike Sampa do Itaú e passo pelas estações quinhentas mil vezes pensando: preciso ir, este final de semana eu vou, no sábado, talvez no feriado, no dia de Santo Expedito, Santo Antonio, Dia das Bruxas, Dia do Corretor de Seguros, Dia de São Nunca. Perdi a conta de quantos finais de semana me autossabotei, inventei as mais mirabolantes desculpas e não fui.

Quer saber, minhas pernas doeram uma barbaridade. Outras partes também. Mas fiquei feliz da vida com minha conquista. Andei de bike sozinha e não perdi o equilíbrio, nem o rebolado.

Ai, me achando a última Coca-Cola gelada no deserto, resolvi aceitar o convite de um pretendente para pedalar num domingo ensolarado. O itinerário partia da Avenida Roberto Marinho rumo ao Octavio Café, na Avenida Faria Lima, onde tomaríamos algo e voltaríamos. Bucólico, né?

Só não me atentei que o dito cujo é ciclista profissional, monta suas próprias bikes e pedala 60 km na subida com a mesma facilidade que caminho entre meu quarto e a cozinha. Simpático e atencioso, comprou um selim exclusivo para mocinhas e me emprestou a sua magrela mais turbinada.

Todo orgulhoso me mostrou a bike e disse:

– Esta é especial, de fibra de carbono, não chega a 700 gramas. Custa R$ 5.000,00.

Tive vontade na hora de sair correndo três dias sem olhar para trás! E se eu cair? E se a bicicleta quebrar?  Será que meus óvulos valem algum dinheiro? 

Ele me acalmou e me encorajou.

La fui eu, apavorada. Uma delícia a tal bike, nem sentia que estava pedalando de tão leve a danada. O problema é que o cara tem 2 metros de altura e mesmo abaixando todo o banco, meus pés não alcançavam o chão.

Quinhentos metros depois, apenas quinhentos metros, nem tinha atravessado a Avenida Santo Amaro, me desequilibrei e levei o maior tombo da minha vida. O cara, a alguns metros na frente se desesperou. Largou a bike dele imediatamente e veio correndo para me amparar. Parou carro para ajudar, gente perguntando se devia chamar o SAMU e eu querendo que um buraco se abrisse para morrer dentro dele escondida, a velha e boa síndrome de avestruz.

Minha maior preocupação era ter estragado a Ferrari de duas rodas. Quem tem uma bicicleta de R$ 5.000,00, meu Senhor? Descobri depois que muita gente.

Me machuquei bastante, mas como escorpiana genuína, insisti em continuar o passeio desde que ele não fosse atrás de mim como sugeriu. Só de saber que alguém estaria observando não conseguiria andar um metro sequer.

Nem cem metros, nova queda. Eu parecia o frango da Sadia depenado. Joelhos, tornozelos, braços, mãos e punhos sangrando, um estado de horror. Novamente um carro parou e quase mandei todos para aquele lugar. Minha coleção de hérnias de disco piorou muito depois deste fatídico episódio.

Desta vez, sem a menor chance de negociação, voltamos empurrando as magrelas, com direito a pit stop na farmácia para a compra de primeiros socorros.

Nem preciso dizer que nunca mais vi o galã.

Quantas coisas será que eu consigo mais fazer sozinha? God Only Knows.

E você? Já viveu algo parecido com essa aventura de bike? Conta ai!

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Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

8 Comentários
  1. Da próxima vez aceite o meu convite, tenho bicicleta que vale menos e, consequentemente , não precisará levar toda essa preocupação na garupa, te desequilibrando…

  2. Oi

    Tenho o mesmo problema! Se eu ficar com os pés muito longe do chão, complicou. Mas andar de bike é uma delícia! Vale uns tombinhos de vez em quando!!

  3. Geente, tenho 72 anos! Moro num lugar maravilhoso, que tem pontos de bike espalhados pelo clube todo e de graça! Domingo durante o almoço, soltei que meus netos, que já são grandes, poderiam me ensinar a andar de bike , isto é, reaprender ! VIXE!! FOI uma gritaria geral! Desisti ! Só fico dr olho comprido!!!

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A Jovem Rainha: Uma nobre e linda história de amor

Dominique - Rainha
O drama histórico a Jovem Rainha Vitória, filme co-produzido pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Estados Unidos. Remonta os primeiros anos da Era Vitoriana – esta que viria a definir um longo período britânico reconhecido pela prosperidade e crescimento de sua população. Assim como de grande valor para a ascensão das artes.

O Palácio de Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da Rainha Vitória em 1837.

As reformas mais significativas foram feitas na Era Vitoriana. Vitória reinou por 64 anos. O seu governo era sinônimo de pontualidade e sofisticação, isso se deve ao fato da soberana ter influenciado o estilo de vida e comportamento dos ingleses.

A Jovem Rainha Vitória, filme com direção competente de Jean-Marc Vallée (C.R.A.Z.Y. Loucos de Amor) e roteiro assinado por Julian Fellowes (Feira das Vaidades), flerta com ideias que parecem arrojadas, como a de um amor igualitário (Vitória já era rainha e poderosa o suficiente, mas viu na troca de ideias com Albert o futuro de seu reinado). Mas é nos ideais do amor romântico que ele efetivamente se encontra.

Crucial para que Vitória aprendesse a colocar suas paixões a funcionar em seu favor foi seu casamento com o príncipe Albert (Rupert Friend) que se provaria um excelente conselheiro.

Albert entrou na corte de sua prima a mando do rei Leopoldo da Bélgica para manobrá-la e espioná-la. Apaixonou-se perdidamente por ela e foi loucamente correspondido.

Dominique - Rainha
Os primeiros anos da rainha Vitória no poder foram turbulentos. Ela foi coroada em meio a um clima hostil causado pela disputa pelo trono em sua família. Se aproximando cada vez mais de Albert, príncipe da Bélgica, ela recebe o título de rainha. E passa a ser cortejada pelo Primeiro-Ministro Inglês, Lorde Melbourne (Paul Betany). A instabilidade gera uma crise institucional no país e Vitória precisa ter cuidado ao interferir nos assuntos políticos da Inglaterra.

Dá para entender o fato de o filme ignorar temas importantes do reinado de Vitória, como a política expansionista britânica e a Revolução Industrial, afinal optou-se por um romance típico – e nos registros históricos existiram poucos como o da rainha e o seu príncipe consorte. Como ela o escolheu para marido, considera-se que o casamento tenha sido o primeiro por amor já realizado na realeza.

Destacam-se Direção de Arte e Maquiagem, ambas indicadas ao Oscar®. O irretocável figurino, aliás, lindo de morrer, com excelente trabalho de pesquisa histórica, laureou mais uma vez Sandy Powell, merecidamente.

No elenco, chamam atenção, Miranda Richardson, como a mãe manipuladora, Jim Broadebent como o excêntrico tio de Vitória e Marc Strong, que mesmo coadujvando, toma para si a maioria das cenas em que figura. Emily Blunt (O Diabo Veste Prada) surpreende como uma Vitória decidida e encantadora e Rupert Friend está bem com seu seguro Príncipe Albert.

A Jovem Rainha Vitória é um filme que emociona e encanta, vale a pena assistir.

[fve]https://youtu.be/MktAWjRVY9Y[/fve]

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Férias pra valer tem que ter livro na jogada, a melhor viagem sem sair do lugar

Dominique - Livro
Para o escritor turco Orham Pamuk, o livro nos aproxima de uma imensidão de pessoas e de lugares que não teríamos a menor chance de conhecer na vida real. Quando mergulhamos nas profundezas de um personagem, isso nos ajuda a conhecer melhor as pessoas que estão à nossa volta. Ler, diz ele, não melhora a nossa capacidade de julgamento e, sim, a de nos colocarmos no lugar do outro. Escolha a poltrona, ajeite a almofada, ligue o abajur e experimente um desses cinco livros para mergulhar em novas vidas e mundos. Se não encontrar as obras em livrarias, procure no site Estante Virtual.

Stoner, John Williams 
Eis a prova de que a literatura tem o poder de revelar o extraordinário em qualquer vida, mesmo a aparentemente mais inexpressiva. A narrativa vai da infância à morte do professor de literatura William Stoner, um sujeito inteligente, pacato e centrado. O autor consegue nos envolver completamente nos pequenos e grandes dramas vividos por ele em 70 anos. Das desavenças familiares e percalços do mundo acadêmico à descoberta tardia do amor e do sexo. Curiosidade – o autor disseca a que ponto uma mulher pode ser cruel e nos faz ver que o mal pode estar bem perto.

A Amiga Genial, Elena Ferrante 
Leitores brasileiros e americanos caíram de amores pela saga criada pela escritora italiana que mantém sua identidade escondida. Já são quatro volumes publicados no Brasil. A história de duas amigas de infância cobre a história da Itália a partir dos anos 50 e passa pelos fenômenos sociais que marcaram a segunda metade do século 20. Dos quais nós também fomos participantes ou testemunhas. Com um ritmo empolgante e personagens inesquecíveis, é daqueles livros que fazem a gente dormir de madrugada e perder a hora do compromisso.

Suave é a Noite, F. Scott Fitzgerald
O fascínio pelas frivolidades dos ricos e famosos não começou com as revistas de fofocas. Escrito nos anos 1920, o livro retrata a rotina ociosa dos americanos que foram gastar seus milhões na Europa dos nobres decadentes. Entre recepções, passeios de iate e compras sem limite de preço. Cronista de um mundo em decomposição, prestes a quebrar com a crise econômica de 1929. Fitzgerald vai fundo na história de um brilhante psiquiatra que se casa com a paciente, uma herdeira milionária. Sob a falsa euforia dos personagens, ele capta com profundidade a carga de tédio, frustração e sofrimento que habita cada um. Além do retrato de uma época, o livro foi um dos primeiros a tratar da recém-inventada psicanálise.

A Fugitiva, Alice Munro
O estilo despretensioso, recheado de situações corriqueiras, disfarça o que realmente a escritora está nos dizendo – a vida não é fácil e somos muito mais complexos do que podemos aguentar. Momentos de felicidade, autoengano, escolhas erradas e máscaras caídas compõem o playback visto e revisto pelas personagens em diferentes momentos da vida. Ao nos provocar uma forte identificação com suas protagonistas, as oito histórias curtas quase valem por uma sessão de terapia. Ganhadora do Nobel de Literatura de 2013. A canadense também é aclamada por ter levado uma nova densidade a esse gênero literário.

A Última Névoa e A Amortalhada, María Luisa Bombal
A autora chilena é tida como um enigma na literatura. Escreveu poucas obras nos anos 1930 e nunca mais publicou uma linha. Mesmo tendo conquistado a admiração de grandes escritores e influenciado muita gente pela inventividade e linguagem onírica. O livro reúne duas novelas de fundo autobiográfico. Na primeira, uma mulher casada procura escapar de uma sufocante vida conjugal com a ajuda da imaginação. Entre outras qualidades, Bombal deu voz a mulheres frustradas pela falta de independência e pela rotina estéril. Na segunda obra, surpresa! Como Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, traz o relato de uma defunta observando o ritual da própria morte e passando a limpo sua vida.

Gostou? Tem algum livro para indicar? Conta para mim!

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6 Comentários
  1. Pra quem não leu, recomendo 11o. mandamento, uma aventura incrível entre India, Etiópia e EUA, personagens extremamente humanos e falando de medicina de uma forma simples e encantadora.

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