Só de ler o nome dessa música, já deveria ter entendido que era um sinal. Triste, Louca ou Má. Tem nome melhor para uma música do que esse?
Além do nome maravilhoso, a música é arrebatadora.
Obviamente será ela que representará o ano de 2019 na trilha sonora da minha vida.
Você sabia que eu escolho uma música todo ano, né? Não? Então se tiver curiosidade, no fim desse texto, colocarei o link para as músicas dos outros anos, tá?
Já tinha essa música no meu Spotify porque adoro Mariana Aydar, sua voz, seu repertório, seu gosto por ritmos tão nossos, sem falar o que ela é gata.
Entretanto quando aleatória e raramente ela tocava, eu escutava, gostava, sem botar reparo de verdade, entrando por um ouvido e saindo por outro. Como se estivesse ouvindo uma belíssima canção cantada em Finlandês.
Foi em dezembro, mais precisamente em um domingo, que ela tocou. No rádio e na minha alma. Duas vezes.
Foi ela que me ajudou a tomar importante decisão em minha vida. Certamente que já vinha cozinhando, mastigando, engolindo, digerindo, o assunto há tempos. E mesmo assim, com dúvidas, muitas, e pedindo um sinal.
Pedindo um sinal para quem Lili? Para quem você haveria de pedir um sinal se justamente você não acredita “nisso”.
O que é “nisso“? Sinal de onde eu estava esperando?
E aqui, mais uma vez, faço de meus rabiscos e de sua paciência lugar de ordenação de minhas próprias ideias e de grandes descobertas.
Sem meias palavras ou eufemismos, esperava um sinal de Deus. Um Deus que sempre esteve tão distante de mim ou eu Dele, seja por prepotência, ignorância ou simplesmente comodidade. Da minha parte, claro.
Ser atéia, cética ou agnóstica é fácil. É na verdade primário. De fato, é muito fácil guiar-se pela lógica e pelo nada.
Ter fé, crer e aceitar nossa impotência é coisa elaborada e sofisticada. Sempre achei que ter Fé era um luxo. Acho que cheguei a invejar com um certo escárnio, as pessoas que Nele confiavam as próprias vidas.
Não estou aqui para pregar ou para te convencer de nada, aliás quem sou eu, com minhas infinitas dúvidas para falar qualquer coisa a esse respeito.
Estou apenas contando uma história, uma história que é minha e que caso você queira saber, estou aqui para contar.
E nessa minha história entra uma busca muito sutil e desleixada pela fé. Cheguei a achar que estava em busca de uma fé de conveniência, um crer flex e adaptável a meus quereres.
Ahhh, sim, sou muito consciente e analítica de meus caminhos. Até que deixei de ser.
Ao longo desse ano de 2019 eu não recebi um sinal de Deus. Recebi muitos. Muitos sinais que eu acreditei, querendo acreditar. Mas não acreditando. Não sei explicar.
Cheguei a me sentir um tanto ridícula por achar que tinha recebido alguns sinais. Sorry, uma atéia se comporta dessa maneira e com esse desdém.
Até aquele domingo. Naquele dia pedi um sinal com uma certa esperança.
Junto comigo nesse momento, estava uma pessoa que não apenas crê, mas vive intensamente a experiência de Tê-lo por perto.
Ao me despedir dela, entrei no carro e Louca, Triste ou Má toca no meu randômico. Botei reparo nela escutando-a com atenção. Meus olhos encheram de lágrimas.
Mas sinceramente, se aquilo era o sinal enviado por Ele, achei que foi meio fraquinho pro tamanho da decisão que eu precisava tomar. Loooooonge de mim desmerecê-LO, pelo amor!!
Calma você também. Calma que sou novata nesse negócio de fé. Estou aprendendo ainda a ler, reconhecer, acreditar e principalmente agradecer.
Entretanto se a música não tinha sido suficiente e eu precisava de um sinal com S maiúsculo, ele veio ao entardecer.
Não foi milagre nem teve pirotecnia alguma, tá? Não precisa ficar curiosa.
Na verdade ouvindo e apenas ouvindo histórias e historinhas, fui acometida de uma clareza de pensamentos espetacular. Eu entendi. Tinha certeza. Eu sabia o que deveria fazer.
Foi nesse momento, pela segunda vez no dia que “a” música entrou no meu randômico.
Ihhhh , estranho, vai? Fala a verdade! Tenho mais de 7.000 músicas em meu Spotify.
Você acredita no que você quiser. Eu resolvi acreditar Nele. Resolvi..Até parece que tenho esse poder todo.
Comecei a escutar essa música obsessivamente. Isso é o que sempre acontece com as músicas que entram par minha trilha, ou seja escutá-las em looping por horas seguidas, além de parecer uma insanidade, é um dos indicativos de que a música está na bica pra ganhar a parada.
Se você tiver curiosidade de escutar a música e/ou ler a letra, já adianto que continuo casada e a mensagem que me pegou provavelmente usou o casamento a que a letra se refere como uma metáfora.
Ahhh, você entendeu, vai?
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Muito obrigada por compartilhar essa riqueza. Estou seguindo lá. Sou analfabeta nesse App. Um 2020 de muitas realizações. Sucesso!