Tag: Robert Pattinson

O Rei : História de Henrique V

Timothée Chalamet estrela Henrique V com fidelidade aos fatos
históricos.

Uma produção Netflix dirigida e escrita por David Michôd, “O
Rei”, conta a história de Henrique V, que foi monarca da
Inglaterra por um período de nove anos, entre 1413 até 31 de
agosto de 1422, dia da sua morte.
“O Rei”, filme estrelado por Timothée Chalamet, ator indicado ao
Oscar pelo “Me Chame Pelo Seu Nome”, é uma adaptação de
várias peças de Shakespeare que contam a história do Rei
Henrique V, que herda o reino após a morte de seu pai, Rei
Henrique IV, bem no meio da Guerra dos Cem Anos contra a
França.
O filme peca justamente ao “cortar” alguns eventos históricos,
talvez até pela necessidade de fazê-lo em não criar um filme
muito longo.
O excelente David Michôd mostra a história que é rica em
detalhes, e foca em mostrar a breve história e inexperiência de
um jovem rei de 27 anos que nunca se deu com o pai, e não
tinha ambição alguma ao trono.
Aí entra a ousadia do diretor, ao escalar como seu protagonista o
jovem ator de 23 anos de idade, o maravilhoso Timothée. Ao
olharmos o ator em cena de “O Rei” fica claro que o ator nascido
em Nova York, e que possui cidadania americana e francesa,
apesar de ser adulto possui traços de adolescente.

É neste terreno que florescem os maiores predicados do
contemporâneo astro. Dado que é capaz de nos encantar e
comover em suas facetas mais frágeis, ao mesmo em tempo que
assombra com sua presença e fibra – vide o discurso nada
melodramático antes da grande batalha, do tipo, curto, direto,
passional e poderoso. O cineasta, além de tirar mais uma
performance superlativa de Timothée, também foi capaz de
fisgar alguns elementos muito interessantes do resto do elenco.
O longa de Michelôt se aproxima mais da versão de Henrique V
por Kenneth Branagh em 1989, ambos valorizam os traços de
discurso pacifista identificáveis na peça de Shakespeare. Como
“O Rei” chegou em 2019, em meio ao Brexit, e ao
exacerbamento do isolacionismo político no mundo todo, o
relato do diretor se presta a lido como uma grande defesa não
necessariamente da arte política ou da arte de guerra, mas sim
da diplomacia, num mundo marcado pelo instinto de
antagonizar.
O drama ainda mostra, em vários tons de angústia, a tragédia e
tristeza, que guerras são sempre a pior forma de mostrar poder,
e, mesmo que a vitória seja alcançada, a derrota emocional é
para sempre.
Na primeira cena do filme já temos a impressão de que a
fotografia e direção de arte serão impecáveis – e são – tendo em
vista a idéia do filme em ser um “épico de guerra”, mas que no
decorrer se mostra mais como um drama histórico, talvez por
seguir muito a linha de peças teatrais.
Pode ser uma grande surpresa a alguns, mas o ótimo, “O Rei” usa
do mais renomado poeta e dramaturgo da língua inglesa para

apresentar uma história de passagem da juventude adolescente
à maioridade.
Com belas atuações dos protagonistas, trilha sonora
convincente, e boa contextualização dos personagens e do
ambiente, “O Rei” é, sem dúvida, ótimo, nos dando encanto em
conhecer mais sobre a monarquia britânica tão fascinante, como
também, bastante complexa.

Assista o Trailler

Tags: Dramaturgia, Skakespeare, 2019, O Rei, David Michôd,
Drama Épico, Drama Histórico, Reino Unido 2019, Timothée
Chalamet, The King, Joel Edgerton, Netflix, Entretenimento em
Casa, Lily-Rose Depp, Robert Pattinson, Guerra, França,
Inglaterra, Guerra dos Cem Anos

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Judy

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Z – A Cidade Perdida, uma aventura real e humana

Dominiques, hoje a minha dica vai para o exuberante Z – A Cidade Perdida, um filme de aventura, mas nada a ver com uma nova versão dos filmes do Indiana Jones.
Baseado no best-seller de não-ficção de David Grann, o longa conta com poucas cenas de ação.
A proposta é reproduzir as sensações de filme de aventura de décadas atrás.
A história remete aos grandes clássicos do gênero.

A produção gira em torno do explorador Percy Fawcett (Charlie Hunnam), que no início do século XX fez expedições para a Amazônia com Henry Costin (Robert Pattinson) e com seu filho Jack Fawcett (Tom Holland).
Ele queria provar a todos a existência de uma civilização perdida entre a Bolívia e o Brasil, onde hoje é o Acre.
No caminho, enfrentou a fúria dos índios e, depois de uma série de viagens ao local, desapareceu.

O diretor James Gray dá à aventura amazônica do coronel Fawcett um tom intimista e metafísico.
Na verdade, Z retrata a busca da cidade perdida como um caso de obsessão.
Fawcett é visto como alguém que precisa “resgatar o seu nome” e construir um prestígio a ser legado às próximas gerações.
Destemido, implacável e ambicioso, Fawcett não vê limites diante de si.

Esteticamente, o longa é quase uma obra-prima.
Gray deu um certeiro longo espaço à fotografia grandiosa de Darius Khondji, que fez um trabalho brilhante de captação das cores e luzes da selva.
O longa conta com efeitos especiais e tratamento de imagens prodigiosos.
Sem dúvida, um deleite para os fãs das modernidades visuais da sétima arte.

Os atores brilham em suas atuações.
O carisma de Hunnam (Fawcett) é inegável.
Quem se dá bem igualmente é Pattinson, irreconhecível atrás da pesada barba de Costin, o fiel escudeiro.
Sienna Miller abrilhanta o elenco no papel de Nina, a fiel esposa de Fawcett, que nunca deixou de honrar, além de carregar o peso do mundo sem ser reconhecida por isso.

Z traz de volta valores primordiais para o homem, perdidos há muito tempo, e levanta questões como o feminismo e o lugar da mulher por meio de fervorosos diálogos entre o protagonista e a esposa Nina, mostrando acima de tudo que tais dilemas não são novidade.

A direção de Gray é luxuosa sem ser chamativa. Z – A Cidade Perdida flui de forma eficaz, garantido o apreço dos aficionados pela história e amantes nostálgicos de uma era mais calma para o cinema.
Dominiques bom programa!!!

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