Destaque

Tom & Jerry & Lewis – Deliciosas lembranças daqueles sábados

Algumas coisas me arremessam à minha primeira infância.

Engraçado, né?
Como ter lembranças dos 3, 4 ou 5 anos?
São raras.
Algumas vezes, meu pai me levava com meu irmão ao cinema do Shopping Iguatemi, nas manhãs de sábado.
Tom & Jerry.
Você tem ideia do que era emocionante?
Sim…Tom & Jerry na telona também era muito legal.
Mas emocionante mesmo era o papai sair sozinho conosco!
Só nós três de mãos dadas.
Meu outro irmão era muito pequeno ainda para nos acompanhar.

Antes de começar o desenho, passava algo em preto e branco, com um homem falando difícil.
Era interminável! E muito, muito chato. Ainda mais diante de nossa ansiedade infantil.
Eu, como sempre, ou ao menos durante minha infância, me continha e esperava. Mas meu irmão não…
– Muda pai! Muda de canal, papai! Muda pra começar!
Era isso toda vez. E toda vez o cinema inteiro gargalhava com o pedido choroso daquela criança.
Eu morria de vergonha!

Mas um dia ele falou que iríamos assistir algo diferente.
Um filme de verdade.
E lá fomos nós três.
O horário também era diferente. Fomos à tarde.
O público também era diferente. Crianças mais velhas.
O cinema também era outro. Numa rua movimentada.
Mas o homem falando difícil naquele filme preto e branco era igual.
Ai que chato!
E começa o filme.
Era um moço fazendo caretas e andando esquisito.
Lembro-me nada ou quase nada do que se passou na telona.
O que ficou foi a deliciosa gargalhada de meu pai.
Gargalhava tanto que quase perdia o fôlego e falava:
– Esse fulano é um gênio!

Depois desse dia, assistimos juntos muitos filmes de Jerry Lewis.
Ele e meu irmão sempre acharam mais engraçado do que eu.
Não via muita graça naquele pastelão ou naquele moço sempre se dando mal.
Às vezes, morria de pena dele, sei lá.

Com o tempo comecei a ver a coisa de outra maneira.
E claro virei mais que fã.
Sou uma grande admiradora.

Tanto que para mim e meus dias difíceis tenho um remédio que quase sempre dá resultado.
Para mim, este vídeo com música de Count Basie e interpretação divina de Jerry é arco-íris em dia de chuva.
Assisto compulsivamente uma vez atrás da outra.
Não sei o que nele tem efeito calmante em mim. E energizante. Não sei mesmo.

Hoje Jerry Lewis faria 92 anos.
Meu pai teria 84.
Saudade de sua gargalhada.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=kS21T_p0pNA[/fve]

Jerry Lewis com certeza deixou saudade…

Leia Mais:

Meu primeiro pilequinho. Dei PT com licor de cacau
Amiga pra valer é tão gostoso quanto café com leite

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Dia de São Longuinho – Quem nunca deu três pulinhos?

Dominique - São Longuinho
Não conheço uma única criatura, até a mais cética, que não tenha feito, apelado, suplicado um ajudazinha para um santo, seja uma singela oração, uma promessa ou até uma simpatia.

Hoje é Dia de São Longuinho! Impossível não lembrar dele quando perco alguma coisa, fato que tem se tornado cada vez mais corriqueiro, minha memória tem andado em frangalhos. Dizem que ela vai piorando com a Maspassa e que fica pior ainda com stress, excesso de atividades e por ai vai. O fato é que entro no carro sem a chave, volto para casa para buscar e não lembro o que estou procurando. Triste, muito triste.

Nem sempre São Longuinho salva minha lavoura, já cheguei a prometer pular 21 vezes e nada. Até São Longuinho jogou a toalha por minha causa.

Como perco tudo o tempo todo e não é de agora, me ensinaram uma simpatia porreta para encontrar objetos perdidos.

Juro que não estou inventando, muito menos exagerando. Tá bom, sou over, mas neste caso estou sendo justa e equilibrada.

Perdi a chave do carro. Revirei a casa toda, o carro de pernas para o ar, abri a bolsa e chacoalhei (uma vez fiz isso no vaso sanitário e o celular mergulhou lá dentro, fiquei tão feliz!), os bolsos das calças e casacos virados pra fora, sacos de lixo, desnudei a alma…mas nadica. Em franco desespero, apele para ele, O COPO. Sim, para um copo e nem precisa ser de cristal.

Fiz como me ensinaram. Escolhi um copo qualquer, liso e limpo. Coloquei na pia da cozinha virado para baixo. Prometi (só não sei para quem) que assim que encontrasse a chave do carro eu desviraria o copo e contaria para o Universo a graça alcançada. Na boa, encontrando a chave eu falaria até em sânscrito ou armênio para o Donald Trump.

Outra simpatia que conheci há anos e que realmente impressiona o poder da danada é curar soluço. A melhor forma de provar é fazer. Começou a soluçar, tome um pouco de água com faca. Isso mesmo. Coloque água até a metade de um copo, uma faca com a ponta virada para dentro do copo e beba. Ao sorver o líquido, num determinado ponto, o cabo da faca encosta na testa e BATATA! O soluço vai embora!

Outra simpatia que eu vi com estes olhos que a terra vai comer é para afastar olho gordo, o tal quebranto. Aqui vale uma ressalva, sempre tive muita dificuldade em entender como uma pessoa pode prejudicar a outra sem querer. Já tentaram me explicar que, às vezes, admiração em excesso, pode ter um acúmulo de energia e fazer mal ao “admirado”.

Minha filha, ainda bebezinha, não parava de chorar. Estava alimentada, trocada, limpinha, quentinha, sem cólica e nada. Liguei para minha mãe, já sem saber mais o que fazer e ela com toda sua sabedoria popular e MBA na vida, me orienta:

– Filha, arruma um pedacinho de um pano vermelho. Pode ser uma fitinha, mas tem que ser vermelha. Coloque na testa da Bia e reze uma Ave Maria.

Completamete incrédula, já sem mais nenhuma alternativa, obedeci. E não pude acreditar. Em menos de 1 minuto, ela parou de chorar e adormeceu.

Tá bom. Pode ser uma baita coincidência.

Tempos depois, o mesmo aconteceu. Choro por horas a fio e eu tinha esquecido do tal pedacinho de pano vermelho. Minha mãe relembrou e eu apelei. Minutos depois a pequena caiu em sono profundo. Pelo sim ou pelo não, passei a levar a fitinha vermelha para cima e para baixo, muito mais poderosa que qualquer chupeta.

Crendices, manias, superstições fazem parte da vida da gente, não tem jeito e sempre tem alguém para dar a dica de uma nova infalível. Se não faz mal para ninguém que mal tem?

Bendito São Longuinho! Você tem alguma simpatia para compartilhar com a gente? Me conta.

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Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

2 Comentários
  1. Eu uma vez fiz uma promessa pra dar 1000 pulinhos pra São Longuinho. Consegui e paguei. Fiquei trancada no meu Quarto pulando kkkk. Definitivamente ele sabia que eu não batia bem das idéias kkkkk

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A Forma da Água – Encantadora história de amor em belo conto de fadas

Dominique - A Forma da Água
Hoje comento A Forma da Água, filme vencedor do Oscar® 2018. Como esperado, acabou levando quatro estatuetas das treze a que foi indicado – Melhor Filme, Direção, Trilha Sonora e Direção de Arte.

Durante a década de 60, em meio aos grandes conflitos políticos (Guerra Fria) e as grandes transformações sociais ocorridas nos EUA. Elisa, zeladora em um laboratório experimental secreto, conhece e se afeiçoa a uma criatura fantástica, mantida presa no local.

A Forma da Água é inegavelmente uma encantadora história de amor. O longa segue a vida da faxineira muda Elisa (Sally Hawkins) e o seu encontro inesperado com uma criatura aquática (Doug Jones).

A Forma da Água pede ao público que veja o monstro anfíbio como muito mais que aquilo que os vilões do filme estão convencidos que ele seja. Especialmente através das interações com Elisa é possível conhecer e compreender as várias facetas da criatura. Ambos trazendo luz para a vida um do outro.

A interpretação de Doug Jones como a criatura anfíbia é o grande destaque do longa. O ator revela uma representação sutil aliada a um realismo surpreendente para um personagem bizarro.

A expressividade corporal de Jones encontra harmonia perfeita na interpretação de Sally Hawkins. A atriz está sensacional como Elisa, mostrando que dentro da sua aparente fragilidade e silêncio forçado, existe uma pessoa vibrante de emoções. Ela é doce, triste, intensa e apaixonada. Muda desde o nascimento, ela não se torna menos articulada por isso.

Del Toro tem a árdua missão de nos fazer apaixonar tanto por Elisa e pela criatura, quanto pelos dois juntos.

Dominique - A Forma da Água

O engenho do roteiro de A Forma da Água é misturar monstro, espionagem, ambientação “noir” e a luta contra preconceitos.

A relação entre uma mulher muda e um ser bizarro é uma quebra de paradigma. Principalmente para uma sociedade que lamentavelmente até hoje distingue pessoas por etnias, gênero etc. Na década de 60 a coisa era bem pior.

Se há algo irrepreensível em A Forma da Água é o cuidado e a atenção em cada detalhe. Do figurino ao design de produção, passando pela sonhadora, nostálgica e linda trilha sonora, que amei, sem falar ainda da bela fotografia, o filme é irretocável!

Empregando sua essência de fábula para enriquecer tematicamente a história, o longa é contemporâneo em sua discussão sobre o preconceito e a intolerância. Não é coincidência que o vilão, um homem branco heterossexual, seja contraposto a um homossexual e às duas mulheres (uma delas negra) em sua tentativa de destruir um ser que julga diferente do que consideraria “humano”.

A Forma da Água é provavelmente o filme mais doce de Guillermo Del Toro e que diz muito sobre a sensibilidade artística do cineasta.

[fve]https://youtu.be/-DTVuQTZr3E[/fve]

A Forma da Água e um filme que vale muito a pena ser visto. Aproveite, está no cinema!

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E subimos ao paraíso – 2º andar da Boutique Sensual

Dominique - Boutique SensualDominiques numa Boutique Sensual – Parte 2.  Queridas, promessa é dívida.

No texto A primeira experiência de Dominiques numa sex shop – Primeiro andar comecei a contar como foi a primeira visita de três Dominiques a uma sexshop. Mas parei no primeiro piso. E prometi que contaria a parte mais divertida neste texto.

Mas para ficar mais interessante, pedi para a Bela escrever desta vez.

Contar nossa descoberta, claro que recheada com detalhes, tudo tim tim por tim tim.

– Bela, a bola está com você!

– Obaaa! Deixa comigo Dominique.

Amei a incumbência de relatar nossa inesquecível experiência no mundo da Boutique Sensual, o nome mais chique para a Sexshop.

Eu, Dominique e Celia já estávamos mais à vontade com a Juju Balagandan e com a curiosidade à flor da pele para subir aquela escada. Detestamos atividade física, mas nunca ficamos tão ansiosas para exercitar a panturrilha. Apenas alguns degraus para chegar ao paraíso ainda desconhecido.

Pois é amiga, é ali que a magia acontece.

Brinquedinhos e brinquedões de todos os formatos, cores, tamanhos e texturas. Alguns fazem o trabalho sozinhos, movidos à pilha. Outros, manuais, dependem de um certo esforço nosso ou do nosso companheiro.

Divertido além da conta é a Juju explicando como usar cada um deles. A cara da Celia foi impagável!!!

Num determinado momento olhei para uma pedra linda colorida parecida com uma ametista roxa! Na outra extremidade um treco meio pontiagudo de metal prateado. Enquanto Juju demonstrava os brinquedos com riqueza de argumentos e detalhes, instigando nossa imaginação até as últimas consequências, fixei os olhos na pedra e não conseguia imaginar para que servia tal objeto. Digamos que anatomicamente não se encaixava em lugar algum. Já tinha gastado todos os meus neurônios tentando montar aquele quebra-cabeça quando desisti, perdi o pouco da vergonha que me restava e apelei para a sabida criatura:

– Juju, o que é isso? Para que serve esta pedra com esta ponta, não é o cúmulo do perigo isso aqui?

Juju, como sempre, com a naturalidade de uma irmã franciscana, responde sem nenhuma nuance na voz:

– É uma joia anal.

– Como assim? Não entendi. Me sentindo a pessoa mais desinformada da face da terra.

– É um enfeite, um adorno. Fica lá encaixadinho só com a pedra para fora. E quando o parceiro chega perto, surpresa!!!

– Ah, tá! Agora entendi tudo! Quero uma de cada cor….Mas sério, se me contassem não acreditaria. E talvez jamais entenda a utilidade.

Enquanto desvendávamos aquela infinidade de possibilidades, uma mulher entrou. Uma Dominique. Sem nenhum constrangimento, perguntou para Juju o que ela poderia levar para ajudar na atrofia vaginal.

Na mesma hora, a vendedora mostrou uma série de alargadores para exercitar a vagina que vai se alargando conforme o exercício é feito. Sabe como funciona musculação? Então é assim. Achamos sensacional!

Celia perguntou sem a menor cerimônia, como se fosse colega de infância, o que era e como ela tinha descoberto a tal atrofia.

– Querida, tenho quase 70 anos. Não é todo dia que tenho amiguinho para brincar. E meu ginecologista disse que para a minha vagina não fechar, não perder a musculatura, eu preciso treinar. Oras…Treinar com quem? Para ser todo dia só se for com estes amiguinhos. E tenho que começar treinando com um bem modestinho.

– Ahhhhhh, entendi! Mas me diga uma coisa, quantos anos tem seu amigo?

– Uns 70 também.

– E pra ele rola fácil?

– Não vou mentir. Às vezes dá um trabalho danado. Mas o negócio é curtir o caminho e a brincadeira. Outro dia comprei um “ovo” aqui com a Juju. O tal “ovo” foi só para esquentá-lo.

– Jujuuuuuu, o que é esse ovo?

– Calma meninas. Tá aqui o ovo. Vejam…

Bom, o tal egg é um masturbador masculino. É feito de silicone supermacio e muito elástico, ajustável a todos os tamanhos de pênis! Na parte interior possui texturas para excitar ainda mais! Essas texturas permitem uma massagem gostosa no pênis enquanto você estica, gira ou aperta o egg no membro.

Todas nós imediatamente compramos um destes para levar. Na verdade, compramos um moooonte de coisas.

Mas aí uma questão pairava no ar. Tá bom, a gente compra um brinquedo, mas como faz para guardar? Onde esconder? Não é algo que dê para deixar numa gaveta da cômoda, né? Como sempre, a esclarecida Juju, que pensa em tudo, explica:

– Embrulhe na sacola preta da loja (que não tem nenhuma identificação), é claro, e coloque em alguma bolsa, junto com todas as outras bolsas que você tem na prateleira no seu armário! Prontinho. Quem vai mexer lá?

Decididamente, hoje, só sofre quem quer.

Tem solução para tudo. A felicidade está ao alcance de qualquer uma de nós, basta ter um cartão de crédito e deixar o pudor de lado.

Nós três compramos produtos diferentes, afinal temos realidades distintas, mas todas com o mesmo propósito: ser feliz! E nós merecemos, concordam? E como!

Acabou a vergonha e aumentou a curiosidade para experimentar os brinquedos adquiridos ao vivo e a cores.

Obrigada Bela querida!!! Amei seu relato. Não poderia ter tido companhia melhor nesta visita a boutique sensual!!

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Vexame juvenil – a doce descoberta do prazer etílico

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

6 Comentários
  1. Adoro suas historias!! Tinha um brinquedinho guardado no fundo do guarda roupa.. um belo dia chego em casa e minha funcionaria tinha resolvido dar uma geral no guarda roupa… apenas peguntei a ela : Guardou tudo no seu devido lugar?!?! e ela: Tudinho !! kkk
    Não sabia se ria ou se enfia minha cara em um buraco.

  2. Vc pode dar um ponto de referência desta loja, eu nunca ouvi falar desta rua e bairro. Meu desejo é ter um bem moreninho, bem roliço e boa medida kkkkk tenho meus 62 anos, e já faz mto tempo solitária!!!

  3. Adorei a história… tanto que gostaria de ter a minha experiência também. Você pode me passar o endereço dessa loja?

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Meu primeiro pilequinho. Dei PT com licor de cacau

Dominique -Porre
Não sou de beber muito. Nem pouco. Bebo se estou com vontade e o que eu gosto. Dificilmente fico de porre, porque infelizmente passo do estágio “ai, acho que vai ser bom” para o “nunca mais na minha vida, acho que vou morrer” em alguns segundos.

Mas tenho histórias memoráveis.

**Meu primeiro porre

14 anos. Ganhei de presente de meus amiguinhos minha bebida predileta: “licor de cacau”. Era período de férias e fomos comemorar juntos na casa de não sei quem.

Bebi a garrafa sozinha, inteirinha, como se fosse chocolate derretido.
Moral da história?
Nunca mais na vidaaaaaaa quis ver o tal licor na minha frente.
Virei do avesso, claro.

**Meu segundo porre (eu acho)

Estávamos no começo do segundo colegial e o Marcão convidou a classe toda para um final de semana na sua casa, em Itanhaém. A condição das mães era que algum “adulto” fosse junto. Foi a mãe de uma das meninas.

Enfim…Baita farra. Ônibus, praia, sol, cantoria e rouquidão. Fiquei completamente afônica e sofrendo horrores. Imagine uma menina com a turma toda sem poder falar?

Aí me aparece o meu superamigo com um remedinho mágico. Um copo com um líquido dentro dizendo que aquilo me faria ficar boa rapidinho, mas tinha que virar. Só funcionaria se fosse de um gole só.

Confiando nele como sempre, virei um copo de pinga com mel. A rouquidão passou realmente, mas só percebi quando acordei 12 horas depois.

Disseram que eu cai durinha segundos após virar o copo. Meu amigo não só ficou com remorso como muito preocupado. Quem não dormiu foi ele, hahaha.

**Meu enésimo porre

Um dia sai com um cara que estava paquerando há tempos…
Gente, estou falando de anos 80. A coisa era diferente.

Naquela época, saiamos domingo à noite.
Comíamos fritura, comida pesada, qualquer coisa.

Remédio de regime era vendido livremente em farmácias.
Claro que de tempos em tempos eu tomava um Hipofagin e passava o dia inteiro com uma maçã.
E atire a primeira pedra quem nunca fez uma loucura destas.

Mas loucura mesmo era beber tomando estes remédios. E num primeiro encontro então!

No segundo gole da caipirinha, comecei a passar mal.
Pedi licença e fui ao banheiro.
Ah, o gato não ia me ver passar mal daquele jeito. Não depois de semanas batalhando por aquele encontro.

Entrei no banheiro, molhei os pulsos e sentei num banquinho, respirando fundo para esperar passar o mal estar.

De repente, escuto batidas na porta e alguém me chamando aos berros.
Era meu gato. Ou meu ex-futuro gato.

Fazia 45 minutos que eu estava no banheiro! 45 minutos e não percebi!
Desmaiei? Apaguei? Não tenho ideia.

Só sei que quando sai as luzes do estabelecimento já estavam apagadas, cadeiras em cima da mesa e apenas um foco de luz em cima da nossa mesa com os pratos que pedimos deprimentemente esperando por nós.

Pensei com meus botões: – Bom, este riscarei do meu caderninho. Nunca mais vai me ligar! Acabou aqui e agora.

Menina, não é que casei com ele? Sério!
Vai entender, né?

Quem não tem uma boa história de um porre juvenil para contar?

Mas me animei!! E resolvi contar toooodooos (quase todos) meus B.O.s da minha vida adulta. Semana que vem tem mais tá?

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Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

1 Comentário
  1. Eu tinha 17 anos, morava em Caxias do Sul, vinho, conhaque…. Pois bem, passamos na casa da mãe do meu tio, estava muito frio, e ofereceram uma taça de conhaque, achei chic, nem gostei muito, mas bebi. Chegando na casa dos tios com quem eu morava, fui ajudar a lavar o carro, e tomei outra taça de conhaque…. Hahaha… Já estava tontinha, fomos almoçar e serviram vinho…. Aí meu Deus!!!!
    Não esqueço da vergonha que passei!!!

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