Tag: Aniversário

1º de abril de 1964

Nasci dia 1º de abril de 1964.
Parece mentira. O que que eu posso fazer?
Além de tudo, um dia após o golpe de 1964 (É golpe que se fala? Nem sei mais!).
A situação deveria estar tensa naquele quente outono.
Lembro de um episódio que meu pai contava sobre a época.
Numa escaldante noite, poucos meses antes do meu nascimento, após o jantar, ele chama a minha māe:
Darling, vamos dar uma volta de carro. Está insuportavelmente quente.

Moravam em Pinheiros.
Meu pai, segundo a minha māe, sabia exatamente onde ir.
Em momento algum pareceu dirigir a passeio. Tinha um rumo certo.
Depois de alguns minutos, estacionou seu fusquinha em frente a um casarāo no Jardim Europa e pediu que a minha māe e seu barrigão esperassem dentro do carro.
Pasme, naquela época isso nāo representava nenhum perigo. Inacreditável, né?

Bom, voltando.
Meu pai ouviu nos corredores da construtora em que trabalhava que aquela noite haveria uma reuniāo política na casa de Assis Chateaubriand (Tenho quase certeza que era esse o personagem. Mas, hoje, nāo tenho mais como conferir, infelizmente).
Ele descobriu o endereço e teve certeza quando chegou e viu todos aqueles carrões estacionados.
E como entrar??

Well, num país onde aparência e postura sāo diferenciais ainda hoje, imagine naqueles dias.
Meu daddy, com seus 1,95m e em seu terno escuro, mais parecia um jovem primeiro ministro britânico.
Ele abriu seu imenso sorriso, murmurou algumas palavras com seu marqueteiro sotaque inglês e nāo houve a menor resistência por parte do guarda da casa quando o viu entrando sem a menor cerimônia.
Ficou lá cerca de uma hora.
Não consigo lembrar uma única coisa que tenha me contado sobre o conteúdo do que ouviu naquela reunião.
Mas nāo me esqueço da aventura, da coragem e, em última instância, da sua atroz curiosidade.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

9 Comentários
  1. Dominique; parabens pelo seu aniversário daqui a pouco!
    Felicidades e continue nos enviando as suas histórias divertidas seus contos criativos já tão esperados nos últimos domingos de cada mes; muita Luz e muita inspiração! Bjs

  2. Dominique; patabens pelo seu aniversário daqui a pouco!
    Felicidades e continue nos enviando as suas histórias divertidas seus contos criativos já tão esperados nos últimos domingos de cada mes; muita Luz e muita inspiração! Bjs

  3. Delicioso seu texto..mas há de se dar a chance …pode ser tudo mentira..rsrs..afinal 1o. de abril…rsrs…Parabéns pelo sucesso e a coragem que aniversária todos os dias pra tocar esse projeto maravilhoso.

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Vexame 3 – O Retorno – O creme de leite azedou o aniversário do filhote

Dominique - Aniversário
Aniversário de meu filhote João!
18 aninhos. Data superimportante.
Mas ele não quis festa. Não quis nada.
Não poderíamos passar em brancas nuvens, né?
Marquei para jantarmos fora num restaurante bacanérrimo na época.

Convidei a avó (minha mãe), os padrinhos com os respectivos: meu irmão Alberto e minha sobrinha Gabi. Além do pai, claro, a irmã Clara, meu outro irmão Lucas e o namorado argentino da Gabi que não lembro o nome.

Aqui cabe uma explicação.

Gabi não é minha sobrinha de verdade. É sobrinha de Guilherme, meu ex.
Mas para mim é mais que sobrinha de sangue. Tanto que a escolhi como madrinha quando ainda tinha 14 anos. Menti para o Padre na época dizendo que tinha 16. Não poderia ter acertado mais na escolha da jovem madrinha, hoje linda e brilhante médica. Aí que orgulho!

Bom, voltando.
Dizer que é um estresse encontrar o Guilherme é um exagero. Mas não é a situação mais agradável do mundo. Já foi pior. Enfim, João não tem culpa de nada.

Mesa redonda.
Escolhi aquele restaurante justamente por ter uma mesa redonda que coubessem 10 pessoas. Muito mais gostoso, né?
Maître educadíssimo.
Cardápio requintado e longo.
Nada me irrita mais do que muitas opções em um cardápio. Não vejo a hora de me ver livre do tormento da escolha.

Então seleciono qualquer coisa rapidamente e fico atrapalhando quem não escolheu ainda.
A missão de escolher o vinho ficou ao cargo do namorado argentino.
Vinho pesaaaadooo. Mas quem sou eu pra falar qualquer coisa diante de um especialista “hermano”?

Bebemos, chegaram os pratos, bebemos.
Alberto acabou de comer rapidamente, deu um beijo no afilhado e disse que tinha um compromisso.
Fui acompanhar meu irmão até a porta do restaurante para me despedir e ao levantar senti aquele típico suor frio. Disfarcei e me apoiei nele.
Quando voltei à mesa, passei a mão nas costas de meu irmão Lucas e perguntei ao garçom onde era o toilete.

Era no andar de cima!

Affff, tinha que subir um lance de escada!
Amiga, você não está entendendo. A essa altura, eu já estava verde.
Não estava subindo uma escada. Estava escalando uma montanha.
Cada degrau era um enorme obstáculo a ser vencido.
Prestes a desistir e provavelmente deixar meu corpo rolar morro abaixo, sinto o amparo salvador de Lucas que apareceu do nada e praticamente me carregou até o cume. Entramos os dois no banheiro feminino.

Note bem, Lucas não é o tipo de homem que passa desapercebido. 1 metro e 95 centímetros.
– Abre a torneira, Dominique. Lava o rosto.
Fiz o que ele mandava, mas só piorava.
– Aí… Vou pra casinha!
Entrou uma senhora. Lembra que estávamos no banheiro feminino?
Lucas sorriu para ela. Ela saiu para olhar a plaquinha e certificar-se de que estava no local certo.
Entrou com cara de poucos amigos. E saiu com cara de menos ainda.

Sentei-me no chão e abracei literalmente meu amigo vaso.
Rezava para conseguir botar pra fora aquilo que me demonizava. Precisava exorcizar. Ouvi Lucas falando.
– Estou aqui cuidando de minha irmã que está lá dentro, mas fique à vontade, finja que não estou aqui.
Era outra senhora. Affffff!

Como estávamos demorando, Lu, esposa de Lucas, sobe para ver o que acontecia.
– Dominique…KKKKKK…Só você mesmo…
– Aí, Lu. Eu vou morrerrrrr…
– Não vai não. Mas toma água gelada.
– Lu, não vai adiantar.

Nesse momento entra minha filha Clara:
– Mãeeeeee. Não acredito! Você bebeu?
– Não, filha. Foi o creme de leite – disse eu verde ou azul, com o cabelo completamente encharcado, já sem o casaqueto, sem os sapatos e com a calça aberta.

Então, preste atenção, eu no chão, Lucas, minha cunhada, minha filha, todos no banheiro feminino.
Abre a porta uma terceira senhora que dá volta e sai pisando firme.
Em menos de um minuto aparece o maître.
– Posso saber o que está acontecendo aqui?
– É minha mãe, ela não está bem.
– E o que este homem faz no banheiro das senhoras?
– Sou o irmão da vítima. Estou aqui para ajudá-la. E o Senhor deveria fazer o mesmo! Não vê que ela está passando muito mal?

Assustado, no mesmo momento, trouxe uma cadeira e instalou-a no meio do banheiro.
Não era um lugar grande. Estava abafado. Comecei a piorar.
Não sei quanto tempo se passou, com gente me abanando,  jogando água em mim, reclamando…

Num  determinado momento, Gabi, minha sobrinha médica, entra, olha, sai e volta com uma lata de coca cola normal e fala:
– Toma agora!
– Eu só tomo Coca zero.
– Tia! Fica quieta e toma essa já!
Tomei aquele quilo de açúcar e na hora comecei a me sentir melhor.

Ao longe escutei um surdo e sem graça parabéns.

Uhhhhhhhh… O aniversário do João!
O bolo que eu encomendei!
Pois é.
Chegou o bolo com a vela.
Cantaram parabéns para o João, o pai, a avó e o namorado argentino.
Tadinho do meu filho!

Tentei me recompor.

Fechar a roupa, calçar o sapato e minimamente dar um jeitinho naquele cabelo que aquela altura estava nojento.
Desci, recebi um olhar de madrasta de minha mãe.
– Bonito, hein!!!
João estava quietinho, abraçado ao bolo.
O hermano feliz da vida, secando toda a garrafa de vinho.

Pedimos a conta.

Estava melhor, mas longe de estar boa.
Meu próximo desafio?
Chegar ao carro.
Não precisei falar muito.
João veio de um lado, Clara do outro. Como se estivessem me abraçando, quase que me carregaram até o carro, cruzando aquele enorme salão de 2 metros.

Entrei no carro.
Sem ter muito o que falar… Falei.
– Nunca mais volto nesse restaurante!
– Está com vergonha, mãe?
– Não! O creme de leite deles é muito pesado.

Um aniversário inesquecível, não acham?

Leia Mais:

Vexame 1 – A Saga – A culpa é sempre do creme de leite
Vexame 2 – A Missão – A culpa continua sendo do creme de leite

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

1 Comentário
  1. Minha querida Dominique! Vc e o creme de leite decididamente, não combinam. kkkkkkkkkkkkkkkk Pq insiste nesse relacionamento q so lhe faz mal?! ! Não consigo parar de rir.kkkkkkkkk

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Tom & Jerry & Lewis – Deliciosas lembranças daqueles sábados

Algumas coisas me arremessam à minha primeira infância.

Engraçado, né?
Como ter lembranças dos 3, 4 ou 5 anos?
São raras.
Algumas vezes, meu pai me levava com meu irmão ao cinema do Shopping Iguatemi, nas manhãs de sábado.
Tom & Jerry.
Você tem ideia do que era emocionante?
Sim…Tom & Jerry na telona também era muito legal.
Mas emocionante mesmo era o papai sair sozinho conosco!
Só nós três de mãos dadas.
Meu outro irmão era muito pequeno ainda para nos acompanhar.

Antes de começar o desenho, passava algo em preto e branco, com um homem falando difícil.
Era interminável! E muito, muito chato. Ainda mais diante de nossa ansiedade infantil.
Eu, como sempre, ou ao menos durante minha infância, me continha e esperava. Mas meu irmão não…
– Muda pai! Muda de canal, papai! Muda pra começar!
Era isso toda vez. E toda vez o cinema inteiro gargalhava com o pedido choroso daquela criança.
Eu morria de vergonha!

Mas um dia ele falou que iríamos assistir algo diferente.
Um filme de verdade.
E lá fomos nós três.
O horário também era diferente. Fomos à tarde.
O público também era diferente. Crianças mais velhas.
O cinema também era outro. Numa rua movimentada.
Mas o homem falando difícil naquele filme preto e branco era igual.
Ai que chato!
E começa o filme.
Era um moço fazendo caretas e andando esquisito.
Lembro-me nada ou quase nada do que se passou na telona.
O que ficou foi a deliciosa gargalhada de meu pai.
Gargalhava tanto que quase perdia o fôlego e falava:
– Esse fulano é um gênio!

Depois desse dia, assistimos juntos muitos filmes de Jerry Lewis.
Ele e meu irmão sempre acharam mais engraçado do que eu.
Não via muita graça naquele pastelão ou naquele moço sempre se dando mal.
Às vezes, morria de pena dele, sei lá.

Com o tempo comecei a ver a coisa de outra maneira.
E claro virei mais que fã.
Sou uma grande admiradora.

Tanto que para mim e meus dias difíceis tenho um remédio que quase sempre dá resultado.
Para mim, este vídeo com música de Count Basie e interpretação divina de Jerry é arco-íris em dia de chuva.
Assisto compulsivamente uma vez atrás da outra.
Não sei o que nele tem efeito calmante em mim. E energizante. Não sei mesmo.

Hoje Jerry Lewis faria 92 anos.
Meu pai teria 84.
Saudade de sua gargalhada.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=kS21T_p0pNA[/fve]

Jerry Lewis com certeza deixou saudade…

Leia Mais:

Meu primeiro pilequinho. Dei PT com licor de cacau
Amiga pra valer é tão gostoso quanto café com leite

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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A viagem que eu decidi não fazer no Edifício Esther!

Dominique - Edifício Esther
Era dia 1 de setembro, dia do meu aniversário. Dia ensolarado, fui encontrar a Dominique para um “café com projetos” e ainda ganhei meu símbolo #somostodasdominique: o famoso leque.  De lá fui encontrar meu marido para o almoço no topo do Edifício Esther, no centro de São Paulo, que há tempos estava querendo experimentar.  Uma viagem no tempo!

O porteiro, vindo do Congo, me recepcionou no térreo com tanta alegria que por um segundo imaginei que ele soubesse ser meu aniversário. Com um largo sorriso, me acompanhou até a porta do elevador.

Lá em cima, a hostess, importada da França, surgiu com um enorme sorriso dizendo “Bonjour Madame”. Foi a glória (será que ela também sabia?).

Encontrei meu marido no bar e brindamos a ocasião enquanto eu tinha uma aula de história com meu “husband” historiador/arquiteto:

O Edifício Esther é um dos primeiros edifícios modernistas da cidade. Construído na década de 30 e projetado por Vital Brasil. Inovador para sua época, com onze andares sendo que seus prédios vizinhos não passam do terceiro andar. Tornou-se símbolo da modernidade e passou a ser frequentado pela alta sociedade, artistas e intelectuais. O chef/padeiro/apresentador de programa de TV, Oliver Anquier, que residia na cobertura, transformou seu apartamento em restaurante ano passado.

Em seguida, nosso garçom, chileno, nos leva para a melhor mesa com melhor vista (ah, sim, meu marido deve ter avisado a todos, certeza!). O chileno sugeriu o medalhão com mostarda… Bem, devo dizer que sou vegetariana, mas estava tudo tão perfeito, aquela vista, aquele dia de sol, maridão, a francesa, o congolês, o leque da Dominique e decidi dizer “sim” ao chileno simpático.

Entre uma garfada e outra, um assunto e outro, uma espiada pela vista deslumbrante com a Praça da República aos meus pés…Ops!

O pedaço de carne parou no meio do caminho. Nem descia goela abaixo e nem subia boca pra fora! Tentei manter a pose e a calma, mas diante de meus olhos arregalados (percebendo que o ar que entrava não era suficiente) meu marido questionou se o bife estava ruim. Foi então que percebi que não conseguia responder, falar, grunhir…

Desesperei e o ar parou de vez. Meu marido continuava me perguntando se eu queria trocar com o prato dele e eu imaginava o mico de morrer no dia do meu aniversário com um pedaço de bife entalado na garganta (EU NEM COMO CARNE), no topo do Edifício Esther. Que mico! Imaginei as manchetes de jornal e decidi que eu não ia fazer aquela viagem. HOJE NÃO! E desci do salto!

Primeiro levantei-me e brinquei de mímica com meu marido. Eu mesma dava soquinhos nas costas a fim de que ele adivinhasse que tinha algo me entupindo. Não deu certo. Ele seguia me questionando o que estava se passando… Ou havia decidido que a natureza se encarregasse de forma natural a carregar a patroa dele.

Então fui para o meio do salão, repleto de gente saboreando as delícias do local e, lembrando da tosse do meu vizinho, daquelas que fazem a terra vibrar, em uma espécie de revanche de seu escândalo para tossir, fiz pior: dei o grito de guerra dos dragões de “Game of Thrones” com toda a minha força e vontade de não morrer no dia do meu aniversário. Foi estrondoso.

A hostess francesa, em um balé sincronizado com minha performance, abriu a porta do toalete e o pedaço de bife voou lá para dentro e ela, imediatamente, fechou o porta. Chique no último. Silêncio total! Todos admirados com a “tosse show”.

Não cantaram parabéns e também não houve aplausos, mas soube por uma tia que a amiga dela, em um domingo, sufocou com um pedaço de pizza e não teve a mesma sorte do que eu, portanto, considero que ganhei um presente de aniversário: a vida!

Este texto era para falar de viagens, para quem vem à São Paulo, não deixar de passar pelo Esther Rooftop e provar… o céviche!

Que tal visitar o Edifício Esther depois desta incrível história?

Leia Mais:

Quando foi que você fez algo pela primeira vez? Eu andei de bike! Parte 1
Natal mais divertido de toda minha vida – Graças ao Papai Noel!

 

Cynthia Camargo

Formada em Comunicação Social pela ESPM (tendo passeado também pela FAAP, UnB e ECA), abriu as asas quando foi morar em Brasilia, Los Angeles e depois Paris. Foi PR do Moulin Rouge e da Printemps na capital francesa. Autora do livro Paris Legal, ed. Best Seller e do e-book Paris Vivências, leva grupos a Paris há 20 anos ao lado do mestre historiador João Braga. Cynthia também promove encontros culturais em São Paulo.

5 Comentários
  1. Também passei o mesmo perrengue num almoço no restaurante Varanda do JK. Família toda reunida , brindando , conversa super animada…foi quando com um pedacinho da picanha divina, entalou…eu tentando engolir e ela resistindo e me sufocando…levantei e a sorte que nossa mesa estava perto da toillete. , corri e qdo me olhei no espelho eu estava azulada.e sem fôlego…nisso um anjo do céu surgiu , pediu licença e me abraçando por trás , deu- me um tranco e a picanha saiu feito um bólido e eu pude respirar…vi a morte de perto.Agradeci a essa senhora anjo que disse ter passado por uma situação idêntica.Respirei , voltei para mesa e brindei com uma Chandon que desceu redondinha!! Tim tim!!!!!!!!

    1. Que sorte vocé teve Darcy! Depois de ler seu relato acho que eu vou fazer um curso para aprender as manobras e ser mais uma a poder salvar alguém desta situação horrível!
      Ainda bem que tudo terminou com um brinde de Chandon! Tim tim à nossa segunda chance!

  2. Comigo aconteceu com a primeira garfada numa pitza com tomates com molho de vinagre.
    Levantei depois de tentar despistar e foi um show .
    Apareceu uma cliente que me agarrou pelas costas, abaixou minha cabeça e aos poucos fui me recuperando. O gosto tinha caído num lugar que me sufocou e fiquei sem respirar.

    1. Nossa Vera! Sei bem o que você sentiu! A gente ri depois, mas a sensação é horrorosa! Bom para aprendermos a prestar mais atenção!

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Ei-la aqui. Rita Lee. A Dominique das Dominiques.

Rita Lee – 70 anos

Não há em minha geração quem não tenha dançado uma música de Rita Lee.
Você pode não saber o que é Loki. E não tem importância!! Sério!!
Você pode não conhecer bem os Mutantes. E muito menos saber que foi Ronnie Von que batizou o conjunto. Tudo bem.
Também não deve saber que Rita estudou na mesma classe que Regina Duarte.

Mas você sabe cantar Mania de Você de trás pra frente.

Dominique Rita Lee
Rita Lee anos 80

Ovelha Negra te despertou para a possibilidade de haver um mundo além da família “margarina” da casa da vizinha.

Lança Perfume legalizava aquela sua pequena contravenção de jovem.

Quantas vezes você não ouviu Cor de Rosa Choque porque estava “doente” e não foi pra aula?

Algum moço te passou uma cantada assobiando Banho de Espuma? Colou?

Ela disse SIM duas vezes, para Arnaldo e para Roberto. Na verdade 3 se contar o “Pra Você Eu Digo Sim“. Mas em nenhuma delas usou o vestido de noiva que Leila Diniz lhe emprestou e ela nunca devolveu.

Eu fui a um show dela no Palácio do Anhembi. Fui a outros. Mas lembro deste que foi “intimista” em 198X.
Heavy user de Internet, muito antes das redes sociais, ela sempre foi meio futurista.
Rita Lee possuía uma carteira de sócia do “Clube dos primeiros vôos à lua”. Lunática de carteirinha! Preciso falar mais?

Rita me inspira.
Claro que amo suas músicas, letras, ironias e sarcasmos.
Mas o que mais gosto de verdade, é seu desprendimento e independência de pensamentos.

Não concordo com tudo que ela fala.
Grande coisa!!
Aliás ela deve estar muito preocupada com isso.
E é justamente esse dar de ombros que amo.
Amo o jeito surpreendente que solta suas observações e opinões.

Rita é muito mais que sua obra.
Tenho a impressão que ela cansou, enjoou, não aguenta mais suas próprias músicas.
E eu entendo perfeitamente.
Você nunca cansou de se ouvir? Nunca cansou de seu próprio discurso? Nunca?????
Ahhh, ok.
Acho que ela tenta se reinventar o tempo todo, mas que todo mundo quer a Rita Lee de nossas adolescência, cantando Saúde e Chega Mais.

Talvez por isso ela tenha deixado suas madeixas vermelhas de lado assumindo o cabelo branco de vez, para que também deixássemos a Rita do Tal de Roque Enrow partir, e mais uma vez ser aquela metamorfose ambulante. Uma verdadeira Mutante.

E assim Rita consegue sua liberdade pela enésima vez.
Talvez por ter nascido no último dia do ano, tenha essa tendência ou essa sina de se reinventar.
Sorte nossa que há 70 anos convivemos com 70 Ritas.
Parabéns menina. Arrombe a Festa!!

A Dominique das Dominiques
Parabéns Rita Lee.
Ahhh, li esse texto de Rita Lee (fase cabelos brancos – livro Dropz). Vale muito a pena.

Eis-me aqui

Leia também :

História de Rita e Elis

Quando eu crescer e envelhecer pra valer, quero ir para um asilo!

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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