Tag: Envelhecimento

A publicidade não fala com as Dominiques. Por quê?

Dominique - Publicidade

Definitivamente a publicidade não fala conosco, Dominiques!

Ahhh… Claro que fala! Tem aquela publicidade do creme contra rugas.

As empresas que fabricam e anunciam esses produtos mágicos de rejuvenescimento também fabricam perfumes, maquiagem, produtos pra cabelo. Mas parece que nós não nos maquiamos. Nós não nos perfumamos.  Nós não lavamos cabelo. Nós só envelhecemos.

A diversidade que eles tanto pregam, LGBT, diversidade racial, igualdade de gêneros e outras, não incluí Dominiques. 

Mas já que é para falar de cremes e rejuvenescimento, falemos. Sobre eles. Prometo que não vou ser panfletária. Vou fazer gracinha, tá?

Nada contra. Nada contra quem usa. Nada contra quem não usa.

O que sempre me incomodou é o tal “rejuvenescimento”. Eu NÃO quero REJUVENESCER!
Quero saber envelhecer . Aliás, envelheço desde o dia que nasci. Você também. Sério.

Tem pessoas que já me confessaram não estão encarando bem o espelho e o envelhecimento.
Morro de pena. De verdade. Porque não há muito o que fazer.
Quem sabe, talvez, tratamentos cosméticos e plásticas.
Mas estes são apenas paliativos para a imagem e o reflexo. E temporários. Efêmeros. Com um custo altíssimo.
Não. Não estou falando de dinheiro.

É duro ver no espelho minha coxa em babados??  PQP, claro que é!

Vou pra musculação xingando e com a certeza que no máximo estarei com a consciência tranquila quando usar maiô na praia. Fiz meu melhor! A perna continuará em babados. E a da maioria das minhas amigas também.

É… Cést la vie!!

Mas garanto!
Ninguém discute um texto de Julio Cortázar como eu.
Ninguém faz um moqueca como minha amiga da casa ao lado.
Ninguém tem um papo tão delicioso como a amiga da casa da frente.

E tomar caipirinha comendo um petisquinho (frito de preferência) com elas na praia, tomando um solzinho, falando quilos de bobagens, não tem preço.

De vez em quando até passa na nossa frente uma daquelas mulheres lá de cima que falei. Num biquíni pequenino. Com um chapéu maior que nosso guarda-sol. Corpaço. Inveja? Talvez. Por segundos.

Mas aí eu penso no que ela fez, ou pior, no que ela deixou de fazer em nome do corpaço e do espelho.
Bom, a inveja continua.
Mas como o bolinho de arroz muito mais aliviada e ainda coloco um tabasquinho.

Dominique - Publicidade

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Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

2 Comentários

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A menopausa pode representar uma fase de reposicionamento pessoal

Dominique - Menopausa

Todas as mulheres que alcançam a idade entre 45 e 55 anos, se tudo der certo, vivenciarão a menopausa,  o fim dos ciclos menstruais. É o evento mais marcante da fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.

Há uma enorme variação das vivências femininas em relação à menopausa, indicando que não é apenas a queda na produção dos hormônios ovarianos a causa de tantas mudanças. Diferenças culturais, sociais, psicológicas e biológicas influenciam imensamente como essa experiência será vivida, tornando-a única.

Vivemos numa sociedade que idolatra a juventude como se fosse uma qualidade e espreme as mulheres em padrões estritos de beleza. Esse padrão cultural é excludente e perverso. Há beleza longe das capas de revista.

A experiência das mulheres da família e de outras mulheres próximas tem papel importante ao moldar nossas expectativas antes da chegada da menopausa. Damos muita atenção ao discurso recheado de sintomas pavorosos, sem humor, um monstro que nos causa medo.

Existe uma medicalização dessa fase, como se fosse doença a ser tratada. Até mesmo o nível socioeconômico, o acesso à informação, a troca de ideias é capaz de alterar a percepção dessa fase, aprofundando aspectos negativos e perdas, sem enxergar outros aspectos.

A menopausa pode representar uma fase de reposicionamento pessoal. Época de rever papéis, valores fundamentais, refutar escolhas anteriores, acolher seus erros e fraquezas. Ficar confortável consigo mesma.

Estivemos ocupadas durante anos estudando, trabalhando, cuidando de filhos, correndo atrás de objetivos profissionais, financeiros, amorosos… Agora vamos continuar fazendo tudo isso, se quisermos, mas em paz.

A possibilidade de um mergulho interno vai ajudar a compreender que os sintomas estão de passagem, que envelhecer é inexorável, que começa quando nascemos e que podemos sim nos tornar uma mulher mais confiante, mais interessante, mais feliz. Por que não?

Somos muito mais que hormônios, não acha?
Doutora Cynthia M. A. Brandão

Endocrinologista, 58 anos.

6 Comentários
  1. Aos 52 anos, confesso que tenho um certo temor da famigerada “MENO”… acho até que já sinto uma brisa dela por aqui… ressecamento (que um gelzinho maravilhoso resolve), queda de libido (que um parceiro maravilhoso entende e resolve, por que quando acontece, é bom e nos satisfaz… embora as acrobacias de antes já exijam um Torsilax…. kkkk), alguma irritação, principalmente com louça na pia e sapatos espalhados (que a bagunça com o neto e um sorvete resolvem), calores (bem… eu vivo em Manaus, então não dá pra saber o que é clima e o que é climatério…. kkkkk).

    De resto, tento não me preocupar muito e embora tendo a família constituída e esteja feliz com isso, penso que o fato de não menstruar vai me trazer uma certa impotência… enfim, sigo trabalhando e fazendo o que sempre fiz, apesar das rugas, da barriguinha saliente, do cansaço nas pernas.

    Só o tempo dirá o que a “MENO” fará comigo. Por enquanto, estamos em harmonia e temos um pacto: ela não me maltrata e eu não falo mal dela. Simples assim….

    Espero! 😉

    1. Ana, é isso ai, lidar com bom humor, sempre, sempre. Não é parar de se cuidar, mas não viver em função disso e curtir as novas possibilidades, que são muitas. beijo

      1. Saber aproveitar as oportunidades é tudo!
        Há umas três semanas, me peguei fazendo algo que eu não fazia há quase 20 anos: andar de bicicleta. A oportunidade da vez se chama “NETO” e eu quero estar bem pra aguentar o pique dele…
        Inclusive, voltei a estudar (uma nova especialização) e estou alicerçando um mestrado… quem sabe fora do País?!
        A menopausa vai ter que correr muito atrás de mim…. ela vai chegar, é certo…. mas não vai me encontrar parada!

  2. Adorei o Texto, concordo que essa fase é para rever o que realmente importa e sermos feliz !

  3. Acho . Sinceramente estou passando muito bem .Sempre trabalhei muito Levei uma vida super agitada e a menopausa veio para mim como se fosse um slow down , hora de ir diminuindo , colher os frutos , aproveitar mais , pensar mais em mim . Estou curtindo De verdade !Por essa razão eu adorei o texto !!
    Minhas filhas estão preocupadas q eu era super Patricinha e estou virando alternativa kkkk

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