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Mamma Mia! – O Filme. Vale a pena ver ou rever.

Mamma Mia!- O Filme, ao som de ABBA, musical romântico, leve, divertido. Disponível na Netflix.

Filmes musicais não são bem vindos a todos os espectadores comuns de cinema. É um gênero que você ama ou odeia. A palavra que melhor explica “Mamma Mia!” (2008) é diversão.

A ideia de utilizar as canções dos suecos em uma história surgiu no século passado, sob os últimos resquícios dos anos 80, mas só veio a se concretizar em 1999, quando a peça estreou em Londres e depois exportada para a Broadway e rodou o mundo.

A trama de Mamma Mia! – tanto da peça quanto do filme – começa às vésperas do casamento de Sofia (Amanda Seyfried) com Sky (Dominic Cooper).

A jovem, de vinte anos, sonha com o dia mais importante de sua vida e com seu pai a deixando no altar. O único problema é que a mesma não sabe quem ele é. A única pista está no diário de sua mãe, Donna (Merryl Streep), que na época tinha três namorados: Bill (Stellan Skarsgard), Sam (Pierce Brosnan) e Harry (Colin Firth). Na dúvida ela chama os três, sem o conhecimento da mãe, para o grande dia, na expectativa que saberá quem ele é quando os olhares se cruzarem.

Assim que eles chegam, as confusões começam. Como cenário, uma iluminada ilha grega e como coadjuvantes especiais as duas melhores amigas da mãe que também aparecem para a cerimônia. Muita festa, música e trapalhadas conduzem o enredo sempre pontuado por sucessos do grupo sueco ABBA.

“Mamma Mia!” faz proveito de uma história de amor para ilustrar as melodias famosas de uma banda extremamente popular. Só que ao invés dos Beatles e dos seus lemas revolucionários, temos o ABBA com explosões de cor e energia.

Este não é um filme feito para mudar vidas com mensagens profundas e grandes reflexões. Por outro lado, será quase impossível alguém sair do cinema de mau humor ou bocejando.

Dirigido por Phyllida Loyd, também responsável pela direção teatral, Mamma Mia! é uma obra absolutamente contagiante.

Canções como Dancing Queen, The Winner Takes It All, entre outras e, é claro, a que dá título ao filme, Mamma Mia! colocam elenco e expectadores num mesmo ritmo, provocando risos, descontração e um envolvimento poucas vezes visto no cinema. Aliás se quiser escutar a música, clique aqui.

Outro fator de grande destaque são os protagonistas, todos muito à vontade. A versatilidade de Meryl Streep atinge novos patamares, comprovando porque ela é uma das mais completas, dominando a ação com aparência jovial e muita leveza. Ao lado de Streep, os veteranos Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgard sustentam o bom nível do elenco.

A competente direção musical é feita pelos próprios Benny Andersson e Björn Ulvaeus, ambos da formação original do grupo ABBA e também são produtores do longa.

“Mamma Mia!” é um filme que pode ser massacrado por seus exageros oitentistas em cena. Buscando uma diversão rápida, o longa conquista pela harmonia dos atores e a capacidade de divertir do começo ao fim.

“Mamma Mia!” é um presente para todos aqueles em busca de algo que nos lembre que cinema é também entretenimento, porém respeitando a inteligência da audiência com méritos de sobra.

Para quem gosta de filmes do gênero e se deixar levar pela música, certamente terá bons momentos numa paradisíaca ilha na Grécia.

[fve]https://youtu.be/Kn0hM2QoKMs[/fve]

Bom programa!

Divirta-se!

Veja mais:

Festival Varilux de Cinema

A Amante

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Uma Janela para o Amor – Uma celebração do amor

Dominique - Uma Janela para o Amor
Hoje comento e recomendo para você assistir nesse feriadão, o lindo filme baseado no livro de E.M.Foster, Uma Janela para o Amor, dirigido por James Ivory, disponível na Netflix.

A Room with a View, nome original, fez um enorme sucesso, chegando a receber sete indicações ao Oscar® e levando três estatuetas (Roteiro Adaptado, Figurino e Direção de Arte).

No início do século XX, Lucy Honeychurch, uma jovem e nobre inglesa, fez sua primeira viagem à Florença acompanhada de sua prima, Charlotte Bartlett. Hospedadas numa pensão, conhecem uma série de curiosos personagens, entre eles um velho advogado, Mr. Emerson, e seu filho, o excêntrico George. Nasce um grande amor entre Lucy e George. Ao retornar para a Inglaterra ela terá que se decidir se casa com Cecil Vyse ou segue com sua crescente atração.

Uma Janela para o Amor é um romance clássico que num primeiro momento se encaixa nos moldes de uma comédia romântica, mas que se mostra mais profundo do que isso com suas metáforas e simbolismos que funcionam nos mais diversos níveis.

Ao longo da história, Lucy passa por uma série de transformações que vão alterando a percepção que tem de si mesma e, mais ainda, da sociedade que a cerca. Aprende a questionar algumas convenções empregadas e se vê tomada por um forte desejo de independência, tanto que ao se ver no centro de um triângulo amoroso, pensa em não ficar nem com um, nem com o outro.

Dominique - Uma Janela para o Amor

E.M.Foster, através de situações mais corriqueiras, brinca com a etiqueta exagerada do britânico do começo do século XX, com a vulgaridade campestre versus o exagerado decoro urbano, com filosofia e religião, além de algumas insinuações de cunho mais sexual, usando em diversas dessas passagens um tom irônico e direto.

O filme tem saídas deliciosas, roteiro econômico e pulos no tempo permeados por legendas que suspendem mistérios. O problema não pertence aos outros. Está dentro dos personagens. Um belo exemplar de sentimentos, de labirintos internos.

Para Lucy, de sentimentos presos e prestes a explodir, entregar-se a George significa deixar o amor vencer a barreira que se impõe na luta entre os sexos. Ela quer ser uma mulher forte, mais forte do que ele, resolvida e talvez independente. Amar é uma saída à liberdade, não à servidão. Com delicadeza, graça e até ousadia.

A estrutura da obra é impecável. Ivory faz questão de tornar os lugares em personagens importantes da trama, criando planos admiráveis, especialmente na Itália, contrastando com eles o fulgor simples da juventude, a descoberta dos desejos, do corpo e do amor com a frieza e aparente eternidade da cidade.

Planos rápidos em estátuas, monumentos e obras arquitetônicas dão um contexto rico, destacam o espaço e quase oprimem os personagens diante de sua resistência e grandeza, enquanto homens e mulheres estão sujeitos a paixões que se resolvem de diversas formas no decorrer do filme.

O trabalho de pesquisa para os figurinos e a direção de arte, ambas agraciadas com o Oscar®, também excelentes.

[fve]https://youtu.be/eIzcNVZKWdE[/fve]

Sem sombra de dúvida Uma Janela para o Amor é uma adaptação belíssima, bem fiel ao livro.

Leia Mais:

Match Point – A importância da sorte na vida, disponível na Netflix
As Sufragistas – Luta pelo direito ao voto da mulher

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W.E. – O Romance do Século – Quando o amor supera grandes obstáculos

Dominique - O Romance do Século

Hoje comento o filme W.E – O Romance do Século, dirigido por Madonna em 2012.

W.E. – O Romance do Século.  Nasceu de uma admiração confessa que Madonna tem pela história de amor memorável entre a americana Wallis Simpson (1896-1986) e o príncipe Edward VIII (1896-1972), da Inglaterra, na década de 1930.

Edward (James D`Arcy) era o filho mais velho do Rei George V . Abdicou do trono para poder se casar com a plebeia americana Wallis (Andrea Riseborough) que além de tudo era também divorciada duas vezes.

O episódio, por sinal, é citado também no filme ganhador do Oscar® O Discurso do Rei (2010).

Depois do casamento Wallis e Edward foram exilados em Paris, como duque e duquesa de Windsor, sob suspeita de simpatia ao regime nazista. Permaneceram lá para voltar apenas após suas mortes.

Madonna reúne vários elementos pelos quais é aficcionada:
-mulheres poderosas
-romances polêmicos e amor incondicional
– o poder da mídia (que perseguia o casal, nos primórdios dos tablóides britânicos, movimento que culminaria na morte de Lady Di nos anos 1990).

W.E. não é um filme só sobre o casal Wallis-Edward. O roteiro atravessa o tempo até os anos 1990 para contar a história de Wally Winthrop (Abbie Cornish), nova-iorquina metida em um casamento falido. Obcecada com a história do casal da realeza, acaba se envolvendo com um segurança russo. Aiás outra fixação de Madonna: trabalhadores do terceiro mundo.

Dominique - O Romance do Século

Realmente um pouco confuso esse vai e vem entre épocas.

Enquanto Wallis é personagem poderosa por si, Wally não se desenvolve a ponto de ganhar a identificação do público.

O filme conta com uma trilha sonora excelente, bela fotografia e direção de arte impecável.

O ponto alto do longa é o figurino perfeito de Arianne Phillips, merecidamente indicado ao Oscar®.

Arianne cuida também do figurino pessoal da cantora e já fez belíssimos trabalhos em vários outros filmes.

A figurinista deu sorte de trabalhar com uma personagem tão interessante quanto Wallis. Ela tinha um bom gosto notório por roupas e jóias, além de um senso estético marcante.  Era cliente dos famosos estilistas da época e um dos seus grandes bordões era algo como: “eu não sou bonita, não tenho o que prenda a atenção, o mínimo que posso fazer é me vestir melhor do que todo mundo”.

Arianne montou um figurino competente, poderoso, mostrando um trabalho imenso de reconstrução de roupas dos famosos costureiros, uma missão delicada e difícil.

Apesar de a crítica ter reagido mal ao filme, é um entretenimento bom e agrada pelo visual charmoso e estético. Para quem gosta das histórias de amor da realeza, com certeza, é pelo menos muito interessante.

Com a proximidade do casamento do Príncipe Harry com a atriz Meghan Markle, no dia 19 de maio, achei que o filme da Madonna seria uma boa dica para você começar a se conectar com as festividades da realeza.

[fve]https://youtu.be/p_j2mnuINzI[/fve]

W.E. – O Romance do Século um ótimo filme para se sentir da realeza.

Leia Mais:

Baseado em Fatos Reais – Uma história densa de apreensão e obsessão
Cartas para Julieta – Amor sob o sol da Toscana disponível na Netflix

1 Comentário
  1. Muito bom o filme. Ensinamentos historicos trazendo conhecimentos abrangentes.
    Amei o elenco. Mto elegante figura no. História paralela marcante.

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Cartas para Julieta – Amor sob o sol da Toscana disponível na Netflix

Dominique - Cartas para Julieta
Hoje comento o filme, Cartas Para Julieta, de 2010, assinado pelo cineasta americano Gary Winick que acertou em cheio na comédia romântica disponível na Netflix.

O filme narra a história de Sophie (Amanda Seyfried), uma estadunidense que vai passar as férias com seu noivo (Gael García Bernal) em Verona. A charmosa cidade italiana que serviu de cenário para a célebre história de Romeu e Julieta.

Ao visitar a casa de Julieta, um dos pontos turísticos da cidade, Sophie se depara com uma parede cheia de cartas em que mulheres apaixonadas pedem a Julieta que as ajude com seus problemas no amor.

Ela então descobre que, diariamente, as cartas são recolhidas e respondidas por um grupo de voluntárias. Sophie passa a ajudá-las. Acaba encontrando uma carta datada de 1951, escrita por uma inglesa que se apaixonou por um italiano em sua juventude. Mas deixou a oportunidade de ficar com ele.

Ela então decide responder a carta de meio século, promovendo o amor verdadeiro.

Empolgada com o conselho da carta, Claire Smith (Vanessa Redgrave) retorna à Itália para encontrar a paixão de sua adolescência.  Assim Sophie, Claire e seu neto Charlie (Christopher Egan) embarcam em uma viagem para procurar o tal Lorenzo Bartolini.

Nesse momento, a comédia romântica ganha ares de road movie, mostrando belíssimas paisagens da Toscana.

Cartas Para Julieta é uma jornada de descobrimento para todos os personagens, a começar por Sophie que trabalha apurando fatos, mas que almeja tornar-se uma repórter da revista The New Yorker.

Sophie precisa da viagem para entender se o amor está realmente em seu coração. Victor por sua vez tem várias descobertas profissionais. Charlie precisa provar que não tem uma pedra em vez de um coração.

Dominique - Cartas para Julieta

Do outro lado, Claire e Lorenzo buscam recuperar o passado. Cada um com seu objetivo, todos envolvidos direta ou indiretamente nos paraísos da região da Toscana, como Siena e Florença.

A comédia romântica não é um gênero marcado por inovações – ao contrário: normalmente repete a fórmula “boy meets girl”. O gênero produz ótimos filmes, apostando na idéia de que o essencial não é o que acontece no final, mas como os personagens chegaram até lá.

A dose de açúcar do filme é ideal, nem a mais, nem a menos. Ele consegue te tocar, mas sem você sentir aquela coisa melosa demais. Possui também passagens engraçadas que ajudam nisso.

Eu recomendo esse filme para qualquer pessoa, especialmente meninas, incluindo aquelas que ainda não tiveram o happy ever after.

Pesam a favor do filme: um argumento interessante, locações paradisíacas, fotografia solar incrível, uma boa seleção de músicas pop italianas.  Sem falar da participação de dois monstros do cinema, Vanessa Redgrave (linda aos 73 anos) e Franco Nero, o astro do “western spaghetti” (extremamente charmoso aos 68 anos).

Embora não tenha criado um filme que se destaque pela originalidade, o diretor Gary Winick foi bem sucedido ao harmonizar diversos elementos de grande beleza do começo ao fim.

As paisagens da Toscana, a cidade de Verona, os almoços de verão, os campos e o amor romântico como pano de fundo, tudo isso vai agradar você!

[fve]https://youtu.be/ve5aUbb7gA8[/fve]

Cartas para Julieta vai encantar você pela história, pelos personagens e pelas paisagens deslumbrantes, vale a pena assistir.

Leia Mais:

Frida – A personagem acima de tudo. Disponível na Netflix!
Amante Por Um Dia – Um filme francês sobre amor, traição e fidelidade

3 Comentários
  1. Amei o filme e gostaria que fosse gravado o segundob filme com os mesmos personagens. Amei sou uma romântica incorrigível

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As Pontes de Madison: um clássico para Dominiques

Dominique - Pontes
Hoje a minha dica é um filme que me emocionou e ficou na memória. Trata-se do belíssimo e sensível “As Pontes de Madison”, 1995, dirigido de forma inteligente por Clint Eastwood, que constrói uma história com protagonistas apaixonantes e apaixonados.

“As Pontes de Madison”, um dos mais delicados e lindos filmes de Eastwood, baseado no romance homônimo de Robert James Waller e roteirizado por Richard Lagravanese, conta a história de Francesca, uma dona de casa dedicada e esforçada que vive para satisfazer e organizar a vida dos dois filhos e do marido. Enquanto faz tudo por aquelas pessoas, como aprendeu que deveria, não recebe nada em troca, além da indiferença dos três.

Em uma das viagens do marido para exposições de animais, ela conhece Robert, um fotógrafo aventureiro, que já conhece quase todos os lugares do mundo e nunca se prendeu a mulher nenhuma. Os dois acabam se apaixonando e vivendo uma das histórias mais tocantes do cinema.

O amor proibido é, ao mesmo tempo, um amor maduro que supre carências e encanta.
Tudo isso chega ao espectador em forma de flashback, através de um diário encontrado pelos filhos de Francesca após sua morte. Enquanto leem, eles vão percebendo o que a história narrada pode mudar em suas vidas.

Para viver o casal, Eastwood escolheu a si próprio e a fantástica Meryl Streep, que soube como transmitir as frustrações e a carência de uma mulher em uma época e, principalmente, em um local onde mudanças não eram bem vindas.

O papel de Francesca foi tão bem interpretado que Streep foi indicada merecidamente a vários prêmios: Oscar® de Melhor Atriz, Cesar de Melhor Filme Estrangeiro, Globo de Ouro de Melhor Filme e Atriz Drama.

Dominique - Pontes

Junto com a bela história, uma direção segura, o filme que se passa em 1965, conta com a belíssima fotografia de Jack N Green, que se aproveita ao máximo das belas paisagens do Condado de Madison, em Iowa, e das pontes a que o filme se refere. Empregando cores suaves e coerentes com a decoração da casa, a fotografia realça a sutileza com que Richard e Francesca se envolvem. A casa simples, típica do interior dos EUA, como também as roupas dos personagens (figurino de Coleen Kelsall) ambientam perfeitamente o espectador à época da narrativa, o que é importante para compreender o drama de Francesca.

A linda trilha sonora de Lennie Niehaus, especialmente em sua música tema composta em parceria com Clint Eastwood, embala os momentos especiais do casal. Niehaus evita tornar a trilha repetitiva utilizando as canções de época (Jazz) que tocam no rádio como as interpretadas por Johnny Hartman com sua voz grave e marcante.

Um fato que difere o longa de outros romances é a idade dos protagonistas. Eastwood estava com seus 65 anos e Streep passava dos 40, ou seja, um amor maduro para uma audiência igualmente mais experiente. Isso não significa que o público mais jovem tenha sido espantado pela trama, mas é certo que o andamento mais lento e a própria história tende a atrair espectadores mais velhos. Louvável, já que boa parte dos filmes do gênero tende a esquecer esta parcela do público.

“As Pontes de Madison” é, sem dúvida, uma obra primorosa, linda, dolorida, bela e extremamente sensível.

Realmente inesquecível e emocionante!

Enfim, é um daqueles títulos que merece ser visto por todos!

Se você costuma chorar pode preparar o lencinho.

Vale a pena ver e rever As Pontes de Madison!

[fve]https://youtu.be/bn79t3d3UiQ[/fve]

Leia mais:

Nossas Noites mostra que nunca é tarde para amar
Uma Mulher Fantástica: conflitos de uma transgênero

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