Tag: sonho

Mil dicas para não viajar na maionese e fazer a viagem dos seus sonhos!

Dominique - Viagem
Tentei escrever sobre viagem, viajando… achei que seria perfeito. Estava dentro de um trem a caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Juro que tentei, mas me perdi nas paisagens, nas casinhas antigas, riachos, oliveiras e confesso, naquele cochilo de quem não está devendo nada a ninguém.

Ao contrário do que costumo fazer, dessa vez só me programei para os compromissos profissionais, os outros lugares foram me seduzindo ao longo da viagem.

Uma parte de mim estava de férias, a outra trabalhando. De férias, a gente dá férias também para o nosso cérebro, ficamos mais relaxados com a comida, horários e até mesmo com o dinheiro… são nossos vieses comportamentais tomando conta dos nossos atos enquanto damos uma folga à nossa racionalidade, aprendemos isso na economia comportamental. Pensar cansa mesmo. Viajando, a gente só quer cansar de ver coisas novas, diferentes, experimentar cores, sabores, cheiros e idiomas diferentes. Sabendo disso, planeje-se antes.

Me planejei financeiramente, saí do Brasil sabendo o quanto poderia gastar e que teria que fazer escolhas!

Pesquisei preços, mudei a data da viagem, transformei pontos de cartão de crédito em milhas, não gastei um real com a passagem. A ideia principal era passar uns dias na casa de uma amiga querida no sul de Portugal, visitar algumas universidades e como ela atua, assim como eu, em educação financeira, trabalharmos juntas por lá. Ah tá!

Viaje com amigos, é divertido; é gostoso ter com quem interpretar mapas, compartilhar experiências, lugares, risadas, uma comida com cara esquisita e vocês ainda dividem a hospedagem! Viajei com uma amiga brasileira, economizamos em tudo e gastamos tudo em passagem de trem. Viajamos à beça. Andamos igual a um camelo…

Se você tiver tempo para se planejar, veja com antecedência não só a passagem, mas também hospedagem, os descontos são bons, principalmente se for fora da alta temporada. Verifique a possibilidade de transformar seus pontos do cartão em milhagem, hospedagem e aluguel de carro. Dependendo da época do ano, vale a pena. OUTRAS NÃO!

Sabe aquela pergunta que sempre ouvimos na boca do caixa: crédito ou débito? Concentrar as compras no cartão de crédito já é uma forma de planejamento financeiro. É mais fácil para organizar, assim, tem-se uma data única que reúne a maioria das contas. Na fatura sabe-se onde, o que, quando e quanto custou cada coisa comprada ou serviço pago. O cartão nem sempre é o vilão, desde que não se perca de vista que a fatura chega e os juros são absurdos, caso você não pague o que deve na data de vencimento.

Se você for estudante, professor ou maior de 60 anos, identifique-se, isso pode te garantir abatimento nos preços. Em alguns países, estudantes tem limitação de idade, mas na maioria dos lugares, a carteirinha te abre portas com 50% de desconto. Transportes principalmente. Para professores, a carteirinha internacional tem peso de identidade internacional. Só soube quando retornei ao Brasil e já vou fazer a minha. Para comprovar a idade, mostre seu passaporte.

Ainda falando de documentos, tire uma cópia do seu passaporte e mantenha em lugar seguro junto com o endereço do consulado do Brasil. Caso você perca o original, a cópia vai te ajudar bastante na hora de providenciar outro documento.

Se você faz uso de medicamentos de uso contínuo, leve a receita médica com o nome genérico do medicamento. Em tempos de doenças endêmicas, verifique a necessidade de se vacinar antes de viajar.

Não importa se o seu cartão é internacional, antes de viajar, verifique na emissora se você precisa desbloquear o cartão para fazer compras em outros países. Aproveite também para perguntar se tem direito a salas VIP dos aeroportos. Em caso de conexões muito longas, pode ser uma boa pedida.

Se você tem planos de alugar um carro durante a viagem, busque informações antes de tirar a carteira internacional de motorista no Detran. Em alguns países, o turista pode usar a carta do país de origem por um prazo de até seis meses.

Para quem não viaja com frequência ao exterior ou é uma primeira vez, os aeroportos, principalmente os que tiveram reformas recentes, são enormes e os free-shops idem!

Alguns voos com conexão dão a impressão de que se vai “mofar” no aeroporto. Em alguns voos o tempo é “contadinho” para desembarcar e embarcar em outro voo.

Se você está se preparando para a viagem dos sonhos, compre uma mala com o maior número de rodinhas que couber no seu bolso. Faz uma diferença danada. Ah! Sim, compare preços, se for o caso, vá com sua mala antiga e compre outra na viagem, dependendo do destino, pode ser mais em conta comprar fora do Brasil.

O que mais? Por mais vaidade que você tenha, leve o mínimo de roupas possível e consulte a previsão de tempo. Ela é honesta! Não se preocupe: o astral muda, a pele fica boa, use o seu melhor sorriso e como diz uma amiga, “mudou de cachecol, mudou de roupa”… As fotos sairão lindas, não leve um caminhão de roupas, no fim, você usará as mais confortáveis; a dica vale para sapatos também.

Se a viagem for para o exterior e o planejamento for de longo prazo, vá comprando a moeda local ou aplicando mensalmente seus recursos em algum fundo de investimentos cambial. Ao longo do tempo, terá comprado a moeda por um preço médio. Deixar para fazer câmbio na semana da viagem pode ser um risco enorme da moeda estar cotada em um valor alto e comprometer seus planos.

Não gaste mais do que o planejado, a menos que haja uma emergência – Ah! se você comprar a passagem com cartão de crédito, verifique se está pagando também por um seguro viagem, em alguns países o comprovante do seguro é solicitado na alfândega.

Coloque antes de viajar um teto para seus gastos e mantenha-se nele. A sensação de autocontrole é boa e o bolso agradece.

Durante a viagem, hidrate-se bem! Use sapatos confortáveis, não deixe de experimentar algum prato típico, apaixone-se, tire muitas fotos e pese a mala antes de embarcar de volta.

Cuide de tudo com antecedência para não viajar na maionese!

Beijão, boa viagem! Ao retornar, conta tudo pra gente aqui!

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Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

4 Comentários
  1. Depois dessa. Fiquei sem palavras. Obrigada pelos dias incríveis amiga! Muitas saudades. Mil beijos em todos aí!

  2. Boas dicas amiga Paula. Foi com enorme gosto que te recebi na minha casa, na minha família, nos meus amigos.
    Foi uma decisão inteligente viajar por todo o país de comboio. O país é pequeno, é económico e as paisagens agradecem serem conhecidas pelos sentimentos dos forasteiros.
    É bom viajar, conhecer novos ambientes e culturas diferentes. Da gastronomia ao clima tudo é uma questão de hábito mesmo. O planejamento da viagem é importante mas há sempre lugar para que os locais nos surpreendam com algo que se fossemos apenas como turistas nunca encontraríamos.
    Um obrigada gigante à forma como me recebeste em S. Paulo numas férias inesquecíveis.

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Sonho de Consumo

Vem aí o Natal e a gente começa a pensar nos presentes. A gente até pensa em alguns presentes especiais. E assim me peguei pensando em qual seria o meu presente muito diferente e especial, o meu sonho de consumo muito além daquelas obviedades de sempre. Você já parou para pensar em qual seria o seu presente especial e diferente? Well darling… vou dividir o meu com você mas adoraria saber qual é o seu?!?!?
[fve]https://www.youtube.com/watch?v=V_GsCXHSRNU[/fve]

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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