Dominique

Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques

À Flor da Pele

[fve]https://youtu.be/lhgBesYr7GU[/fve]
“Não tem jeito, tem dias que a gente acorda mais sensível… A flor da pele sabe?”

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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E a moda encontra a arte

A Suzi Morelli, a Elzinha Lucchesi e eu fomos juntas a SP-Arte 2017.
Suzi adooooora moda.
Elzinha adooooora arte.
E eu estou sempre pronta pra um agito.
Fotografamos as obras que mais gostamos.
Suzi, os looks mais bacanas.
Fizemos uma brincadeira com as cores e formas.

http://www.sp-arte.com

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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7 mentiras que uma Dominique não precisa mais contar!

Dominique - Mentiras

Uma das coisas que eu conquistei nos meus 53 anos foi a minha liberdade.
A liberdade de contar o que eu penso, sinto, prefiro, não gosto ou faço.
Sem restrições, medos ou pré-conceitos.
Sabe a conclusão que eu cheguei?
Eu não preciso mais mentir, contornar ou omitir.

Meus diálogos – agora – passaram a ser assim:

1 – Quantos anos você tem?
Eu tenho 53 anos.

2 – Qual é o seu manequim?
Depende da confecção. Posso usar G, GG, 44 ou 46. Isso quando eles fazem deste tamanho, né?

3 – Nossa, que bolsa linda. Onde você comprou?
Menina, a minha manicure está vendendo umas bolsas lindas. Comprei dela.

4 – Traz o seu marido pra festa!
Sou solteira… vou sozinha. Aliás, vai ter alguém pra paquerar lá?

5 – Nossa, como você está bonita! O que você fez?
Ah…. tudo, né. Botox, preenchimento, plástica. Vou casar a minha filha daqui uns meses…

6 – Não é hoje que você vai ter aquele blind date que a Cecília armou??? Que roupa você vai usar?
Vou com aquela roupa que usei quando fomos jantar na casa de seus primos, lembra? Mas comprei uma lingerie nova, que vc não imagina!! Suuuuppppeeer sexy . Nunca se sabe, né!

7 – E ai, já está na hora de se aposentar?
Que nada! Ainda vou longe, preciso da renda extra.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Você conhece a deusa Ananque?

Dominique - Deusa Ananque

Admiro os gregos antigos.
Eles refletiram sobre a maioria das questões da condição humana.
Imagina… existe até uma deusa da Inevitabilidade.

Ananque é a deusa da inevitabilidade e a personificação do destino e do fato inalterável. Ela é a mãe das Moiras, as três irmãs responsáveis por tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos nós. Suas filhas podem até indicar, mas quem determina o destino das pessoas é mesmo a deusa Ananque. Aliás, ela é tão poderosa que tem o poder de controlar o destino de outros deuses!

Ananque é representada pela figura de uma mulher segurando uma tocha. Outras vezes, ela é representada por uma serpente e que estaria entrelaçada com o seu companheiro, o deus do tempo Chronos. Diz a lenda que eles cercaram o ovo primogênito da matéria sólida, que resultou na divisão de terra, água e ar e que criou o universo. Juntos, eles simbolizam as forças do destino e do tempo que nos rodeiam.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

1 Comentário
  1. Desconhecia a história da Ananque Deusa da Inevitabilidade, muito interessante quem se envereda por este caminhos das histórias gregas.

    NEIDE BATISTA DE SOUZA
    PARTICIPA DO Grupo Átomo Quântico, integrada no curso Pedra Filosofal há pouquíssimo tempo. Estou dando meus primeiros passos. GRATIDÃO

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Um pai, uma filha e uma lição

Dominique - Meu Pai

Tem coisas que marcam as nossas vidas.
Forjam nossa personalidade a ferro e a fogo.
Educam.
E nos tornam pessoas de verdade.
E nem sempre estas coisas são boas.
Nem sempre estas coisas são ruins.

Se você pudesse definir seu pai em uma única palavra, qual seria?
– carinho?
– inventivo?
– trabalho?
– presente?
– persistência?
– amor?
O meu eu acho que o definiria com:
Retidão!

Quer exemplos?
Vamos lá.

Entrei para a escola relativamente tarde para os padrões atuais.
No meu primeiro dia de escola eu já tinha completado 5 anos.
5 anos!!! Uma senhouraaa…
Isso deve ter sido em 1969. Jardim da infância. Tia Sandra.
Estojo. Lancheirinha. Uniforme. Mundo novo.
Minha maior lembrança deste meu primeiro ano?
Meu pai, excepcionalmente me levando para a escola. (Ele nunca o fez).
Caminhando com passos largos, decididos e muito firmes.
Segurava a minha mão. Na verdade, quase me arrastava.
Na outra, empunhava um lápis.
O braço esticado com o lápis em punho como se este fosse o cartão vermelho em dia de Fla-Flu.

Eu já sabia o que aconteceria. Mesmo com minha pouquíssima idade, sabia que teria um dia para nunca ser esquecido.

Chegamos a minha classe, onde todos os meus amiguinhos já estavam sentadinhos com perninhas de índio.
Tia Sandra olhou aquele homem de 1m95, trazendo uma criança com cara de desespero em uma mão e um lápis que triunfava em glória na outra.
Você tem ideia de quão grande este homem era? E quão enorme ele parecia diante de 20 crianças de 5 anos de idade?
Bom…
A professora olhou com um misto de curiosidade e receio para aquele jovem senhor.
Tentou me pegar pela mão, mas ele não deixou que ela me levasse.
Empunhando o lápis trovejou!
– Eu gostaria de saber de quem é este lápis. A Dominique pegou de alguém, mas não lhe pertence. Estamos aqui para devolvê-lo e para pedir desculpas.

Genteeeee…
Vocês podem imaginar?
Quase morri.
Talvez tenha sido uma atitude exagerada. Não sei.
Mas sei que foi o jeito de ele educar.
Sei também que ele nunca mais fez nada parecido.
Nem comigo, nem com os meus irmãos.
Talvez ele tenha se arrependido do exagero. Ou da forma. Ou não.
Mas estávamos aprendendo.
Ele e eu. Ele a ser pai. E eu a ser gente.

Leia Também :

A Casinha do armário

1º de Abril

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

2 Comentários
  1. Que maneira tosca de dizer a importância dá honestidade,mas valeu!
    Tenha orgulho do seu pai!!!!
    Hoje é tudo distorcidos.

    1. Ola Maria do Socorro,
      Tenho o maior orgulho do meu pai!!!
      Era um homem de valores e de uma retidao sem tamanho.
      E me pergunte se nao aprendi a licao??

      Beijocas!!

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