Tag: Fases

Ao procurar um novo amor, é preciso paquerar-se também!

Dominique - Novo
O divórcio já não tem o estigma que tinha antigamente, já não representa algo vergonhoso e que se evita. Faz parte da vida, como uma escolha das pessoas de prosseguirem a vida sem estarem mais juntas. Isso é legítimo e nobre! E procurar um novo amor faz parte deste recomeço.

Segundo o IBGE, o número de divórcios em que pelo menos um dos cônjuges tem mais de 50 anos, quase dobrou desde 1990. Tais dados se referem aos divórcios oficiais, sem incluir as separações informais.

A vida passa a ter uma nova configuração, novas rotinas, novos horários, quando o casamento ao qual se investiu energia e afeto (e paciência também!) termina, e nesse momento, a mulher vive uma nova fase. Um espaço afetivo pode se abrir com o término emocional, o fechamento interno da relação que ocorre em tempo diferente do término oficializado juridicamente.

Mulheres que se separam nessa fase da vida podem querer reconstruir suas vidas afetivas. Os cinquenta anos presenteiam as mulheres com mudanças corporais e hormonais intensas. Algumas mais cedo, outras mais tarde, mas todas se deparam com a necessidade de estabelecer um relacionamento com a maturidade, adaptando sua identidade ao novo estilo de vida quando se separam.

Atualmente, muitas mulheres na faixa dos 50 anos querem namorar, encontrar um parceiro(a) interessante, se divertir… São seres desejantes, com subjetividade, experiência, sonhos, sentimentos e sensualidade transbordantes. E desejam explorar sua sexualidade também.

Isso me lembra o filme “Simplesmente Complicado”, estrelado por Meryl Streep e Alec Baldwin. O filme conta a história de uma casal separado há alguns anos e que em um determinado momento da vida voltam a viver algo especial, cheio de aventuras e diferente do que já viveram anteriormente. Mesmo duas pessoas que já se relacionaram podem se reconectar e descobrir algo a experimentar em uma nova fase.

Existe idade para o amor? Não existe. Mas acredito que essa resposta tenha um sentido bem pessoal. As possibilidades estão por aí, desde que haja o desejo e que a pessoa se permita viver um novo relacionamento, a qualquer idade.

Aos 50 anos, as pessoas podem ter se estabelecido profissionalmente ou vivido um grande amor, mas pode ser que não. Podem não ter a vida definida em diversas áreas e estejam buscando construir seus projetos. Não há vidas perfeitas. Todos nós temos dificuldades, traumas e situações mal resolvidas que fazem parte da nossa história (em maior ou menor grau e intensidade), os quais precisamos integrar e elaborar para seguir em frente, de forma a não se tornarem limitadores do nosso comportamento e das nossas metas.

A forma como nos vemos e como nos percebemos é símbolo da nossa autoestima (aquela velha conhecida, com quem nem sempre estamos de “bem”) e na confiança que sentimos e transmitimos. E quando a insegurança bate, os questionamentos aparecem…mas os desejos continuam vivos?

Quando nossos objetivos estão confusos ou estamos receosos, com medo, as inseguranças surgem. E tudo vira motivo para evitarmos o enfrentamento, não é? Quem nunca achou que o problema era das outras pessoas, do corpo, do ambiente, das situações? Explicações que encontramos para não nos implicarmos e não nos tornarmos protagonistas da nossa vida.

Perguntar-se se já é a hora de buscar um relacionamento é um começo! As inseguranças vão se suavizando, ao definirmos o que queremos. Como agir na hora da paquera ou onde ir? Vá para dentro de si! Esse realmente é o primeiro lugar bacana para se procurar o amor. O amor-próprio, acima de tudo.

As estratégias de paquera (que você nem lembra como são por estar “fora do mercado” há um tempo) surgem naturalmente junto à abertura interna que se dá ao novo e ao que se apresenta em nossa vida. Deixar fluir e confiar na própria espontaneidade, compreendendo os defeitos e qualidades próprios e do outro são atitudes que propiciam um encontro genuíno.

Nem todos os encontros levam a um namoro. Mas pessoas novas podem se tornar novos amigos(as) e apresentar outros novos amigos que podem se revelar grandes e novos amores.

Coragem, desejo e disposição são os ingredientes indispensáveis ao encontro e também ao novo amor!

Leia mais:

Cordeiro bonzinho? Lobo feroz? Qual teu tipo de homem?
Casados há 24 anos e ainda namoram? Conta outra, pelamor!

Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: [email protected]

4 Comentários
  1. Excelente, parabéns por retratar tão bem acredito uma nova mulher, as jovens “orgulho” de 50.

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Cilíndrica é a sua mãe. Eu sou muito gostosa, viu?

Dominique - Cilíndrica

Cilíndrica? Fala sério!

Detesto clichês e falar que a Maspassa (ex-menopausa) é um caminho sem volta ladeira abaixo, para mim, soa como clichê.

Com o passar dos anos o metabolismo vai mudando mesmo. Aos 30, senti mais dificuldade em emagrecer do que aos 20. Sempre briguei com a balança, perdia e ganhava peso num piscar de olhos. Aos 40, o metabolismo ficou mais lento. Mas não significa que aos 50 anos tudo cai e acaba. Tem gente que pinta o quadro como se fosse necessário um suicídio coletivo.

Nunca tive cintura, nem com 18 anos, mas era magra (com controle rigoroso na balança), porque qualquer desvio de conduta aparecia imediatamente na barriga, bochechas e pneuzinhos.

Agora, aos 51 anos, está sim mais difícil perder peso. Degluto em menor quantidade, como melhor no que refere-se à qualidade e nada, nem um só grama a menos. Em compensação se enfio o pé na jaca e adoro avacalhar de vez, o resultado é imediato e é no abdômen.

Já contei a saga da compra do vestido para o casamento do meu filho (aqui) e, após longo e tenebroso inverno, deu tudo certo, mas confesso que foi um parto muito mais difícil que o nascimento do meu rebento, lembrando que o dele foi a fórceps.

Faz um bom tempo que comprei a indumentária ideal para o enlace matrimonial e fiquei tão feliz com o achado que ria à toa. Na época estava namorando um ser, acho eu, que para pagar meus pecados de outra encarnação, porque nessa não fui tão má.

Conversa vai, conversa vem, comento que tenho que tomar cuidado com o modelo do vestido que compraria, porque não tenho cintura, nem protuberância traseira, então não é qualquer modelo que cai bem. Estes que parecem sereia fico com a fisionomia de uma lesma com elefantíase. Horrível.

Ah! Não teve dúvida. O sabichão, sim achava que entendia e sabia tudo, entre uma garfada e outra, solta:

– O problema é que você é cilíndrica!

Deixo cair meu garfo no prato, levanto os olhos e dou um mísero grunhido:

– Oi???

– Sim, você é cilíndrica, não tem formas, tem que usar drapeado para disfarçar.

Não preciso nem dizer que drapeada ficou a cara dele quando eu sumi do mapa, né?

Esta mesma criatura dizia que eu me gabava de menstruar ainda. Quem, em sã consciência, fica alegrinha porque está menstruando aos 51 anos e de brinde com enxaqueca.

O problema está na cabeça de algumas pessoas que não vão mudar nunca, nem com 20, 30, 40, 50, 90… São seres que usam viseiras e pensar fora da caixa nem por sonho e, claro, tem muito, mas muito medo da velhice.

Pois que venha a Maspassa (ex-menopausa) e tudo que a acompanha!
Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

6 Comentários
  1. Gostaria de informar que qto ao seu namorado, me refiro somente ao que vc comentou, o problema está em vc e não nele. Qual o problema de ser cilíndrica? Qual o problema de não ter formas? Qual o problema de não menstruar mais? Se ele estava com vc é pq vc era algo mais que um corpo bonito e jovem, não? Acho que ele pensava fora da caixa…

    1. Oi Margô, pode ser que ele pensasse fora da caixa, mas dei algumas chances e pisou muito na bola. Então a fila andou. Acho que ele me via sim como mais que um corpo jovem e perfeito, mas não via o que era mais importante, os sentimentos, a vontade de rir sempre e alegria em viver.

  2. Eu tenho 58 e às vezes queria mesmo era chutar o pau da barraca. Comer e beber tudo que eu quiser, nunca mais pintar cabelo, unha, nada. Escova? Chapinha? Hidratação? Creme anti-celulite? Firmador? Nada, nadica… deixar rolar! Ginástica? Drenagem linfática? Modeladora? Never more! Só ia continuar a depilação porque pelos ninguém merece. Aliás podia haver uma mágica na qual junto com a menopausa nossos pelos de pernas, buco e axilas sumiriam por completo! Mas infelizmente a ditadura da “perfeição ” nos faz correr atrás de tudo isso…e cansa viu?!☹️

    1. Ana, tem horas que cansa sim, mas eu não fico escravizada não. Chapinha faz anos luz que aposentei, agora tenho minhas manias (fazer a mao toda semana é de lei), pintar a raiz do cabelo, seco o crânio capilar todo dia, afinal lavo as madeixas todo santo dia. Agora, vc talvez nao acredite, eu nao passo nenhum creme firmador, antirrugas, modelador etc. Passo, quando não esqueço, um creme para hidratar no banho mesmo, quando a pele está muito seca. Não tenho muita paciência. Adoro drenagem, mas falta tempo. Perfeição? Tô fora! beijo

  3. Até os 30 tomava remédios para ganhar peso.Queria mais bunda, coxas grossas (peitoes sempre tive)
    Hoje tenho 52, as coxas engrossaram, a bunda cresceu, a barriga tbem.
    Socorro! O que eu tinha na cabeça aos 30 que achava que engordar era legal?

    1. Zilda,

      A gente tinha tempo kkkk, agora o que menos temos é o que vale mais, o tempo. Portanto, não vamos perdê-lo com quem não vale a pena e nos preocupando com aquilo que não temos mais controle, barriga, culote…somos poderosas, maiores que isso. Beijo

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