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Reset – o novo balé da Ópera de Paris

Dominique - ResetPara as Dominiques aficionadas e amantes do balé, o excelente e mais recente documentário sobre o Balé da Ópera de Paris é minha dica de hoje.

O documentário retrata o renomado coreógrafo e bailarino Benjamin Millepied (mais conhecido pelas esplêndidas coreografias do filme Cisne Negro) e como ele tenta renovar o Paris Opèra Ballet com estilo e dinâmica repaginada em sua posição como diretor. O foco é o processo criativo dos ensaios do espetáculo Reset, coreografados por ele.

É preciso dizer que grande parte da graça desse filme é o carisma de Millepied, que faz uma conexão direta com o espectador. O charme criativo inteligente dele cativa a todos. O documentário acompanha os 39 dias que antecedem a estreia de sua primeira produção para a Companhia.

Durante as quase duas horas de filme acompanhamos todos os estágios do processo criativo, desde o recebimento da composição de Nico Muhly até a escolha dos bailarinos, cenário e figurino que resultou em um espetáculo de 33 minutos ovacionado pelo público.

Millepied traz mais dança contemporânea para o balé clássico, quebra as hierarquias entre professor e alunos e o preconceito colocando uma bailarina negra como a principal. Dinâmico e atento a tudo que acontece ao seu redor, sempre exibindo um sorriso sincero, deixa claro que o prazer deve sempre fazer parte de sua criação artística.

O documentário dirigido por Thierry Demaizière e Alban Teurlai mostra os geniais movimentos da câmera e a bela fotografia com lindas imagens das salas, camarins e interiores da Companhia, dos ensaios, dos movimentos e dos incríveis corpos dos bailarinos.

Apesar de um pouco longo, o filme é impecável e contagiante, transmitindo a paixão pela dança. Reset é belo, imersivo, repleto de movimento.

Para as mais ou menos aficionadas em dança, o filme tem um potencial enorme de agradar.
Dominiques não percam! Vale a pena conferir!
Assistam, divirtam-se e saiam com vontade de dançar!!!

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Soft porn para apimentar o relacionamento!

Dominique - Soft Porn
Eu não sei você, mas eu sempre tive interesse em ver e ler sobre sexo.
Só não tinha o que consumir. Apenas alguns poucos livros!
Lá nos anos 80, 90, eu achava que filme erótico era um produto exclusivamente masculino.
E, na verdade, eram sim.
Feitos no melhor estilo “direto ao que interessa”, sem nenhum erotismo ou algo a mais que fizesse despertar a minha vontade de assistir.
Isso sem contar as histórias clichês, “meio” bizarras e com personagens mais estranhos ainda.

O mercado era assim.
Tinham convencionado que a mulher não gosta de pornografia.
Que a gente prefere filmes mais sensíveis, mais romantismo.
De certa forma sim, mas uma coisa não inviabiliza a outra, certo?
A gente gosta de uma história bem contada e se vier com uma boa pitada de sexo – BEM PRODUZIDO – melhor ainda.

Muita coisa mudou e, nos últimos anos, nós mudamos.
Estamos falando mais abertamente sobre sexo, nossos desejos e vontades.
Também estamos mais confortáveis com a nossa vida sexual.
Há mais prazer e menos culpa… e julgamentos.

A indústria do cinema logo percebeu esta mudança.
Começou, então, a investir em um outro tipo de produção: o soft porn ou o pornô light.
Filmes com sexo – alguns com sexo explícito – mas sem perder a sensualidade.
As novas produções exploram as fantasias e o desejo das mulheres, mas sem se esquecer da estética e da boa história.
Há um cuidado com tudo, desde o roteiro, passando pela iluminação, a pose dos atores e até o cenário.

Mas nem todo filme é explícito.
Muitos deles apenas sugerem e fazem isso de uma forma muito mais aberta do que antigamente.
Um exemplo é a trilogia 50 Tons de Cinza, da britânica de 54 anos E.L. James.
Ela disse que escreveu os livros a partir das suas próprias fantasias….
O livro é muito mais detalhado do que a produção de Hollywood, que não mostrou assim… tão abertamente o relacionamento dos dois.
De qualquer maneira, a história erótica / sadomasoquista deu um up no relacionamento de muitos casais.

Quem está disposto a ousar um pouco mais há diversas opções de filmes produzidos para nós.
Uma diretora bem conhecida é a sueca Erika Lust. De cientista política, ela percebeu esta mudança no comportamento da mulher e abriu a sua própria produtora.
Os filmes dela, como muitas produções européias, são bem mais ousados.
Eu gosto, acho que algumas vezes estimula e outras inspira.

Acho que a liberdade que conquistamos nos dá o aval de experimentar novidades na nossa vida sexual.
Tenho certeza que nem tudo vai agradar a todas.
Talvez nem todos os companheiros estejam na mesma sintonia e dispostos a testar.
Mas quem tiver mais do que curiosidade, disposição, pode se divertir muito. E levar o relacionamento para um outro nível de intimidade.

Ju Junqueira

Jornalista que trabalha com internet há 20 anos. Divide o tempo entre as inovações tecnológicas e os trabalhos manuais no estilo Do It Yourself. Descobriu que é melhor que fazer meditação.

2 Comentários
  1. Bradok disse:
    Seu comentário está aguardando moderação. Esta é uma pré-visualização, seu comentário ficará visível assim que for aprovado.
    Eu gosto de filme ensesto não que eu faça mais e instante e você gosta
  2. Você sabe que eu também sempre tive vontade de assistir, mas fui casada com um cara que não curtia e eu ficava super sem graça.
    Depois que me divorciei namorei com um cara que gostava, mas eram cenas tão, na minha opinião claro, grotescas, só faltava sexo entre um anão albino e um camelo. Não conseguia ver graça naquilo, até tinha um pouco de repúdio.
    Agora, filmes com leves pitadas! Uau! Vou dar um exemplo bem besta, assistindo um episódio de House of Cards, tem uma cena que o cara faz sexo com a amante, mas ela está no telefone (com o pai) e nao pode demostrar nada, gemer, ou algo do tipo. Esta cena é demais, ao menos, para mim.
    Mas eu quero também alguns nomes de filmes soft!

    beijo

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Z – A Cidade Perdida, uma aventura real e humana

Dominiques, hoje a minha dica vai para o exuberante Z – A Cidade Perdida, um filme de aventura, mas nada a ver com uma nova versão dos filmes do Indiana Jones.
Baseado no best-seller de não-ficção de David Grann, o longa conta com poucas cenas de ação.
A proposta é reproduzir as sensações de filme de aventura de décadas atrás.
A história remete aos grandes clássicos do gênero.

A produção gira em torno do explorador Percy Fawcett (Charlie Hunnam), que no início do século XX fez expedições para a Amazônia com Henry Costin (Robert Pattinson) e com seu filho Jack Fawcett (Tom Holland).
Ele queria provar a todos a existência de uma civilização perdida entre a Bolívia e o Brasil, onde hoje é o Acre.
No caminho, enfrentou a fúria dos índios e, depois de uma série de viagens ao local, desapareceu.

O diretor James Gray dá à aventura amazônica do coronel Fawcett um tom intimista e metafísico.
Na verdade, Z retrata a busca da cidade perdida como um caso de obsessão.
Fawcett é visto como alguém que precisa “resgatar o seu nome” e construir um prestígio a ser legado às próximas gerações.
Destemido, implacável e ambicioso, Fawcett não vê limites diante de si.

Esteticamente, o longa é quase uma obra-prima.
Gray deu um certeiro longo espaço à fotografia grandiosa de Darius Khondji, que fez um trabalho brilhante de captação das cores e luzes da selva.
O longa conta com efeitos especiais e tratamento de imagens prodigiosos.
Sem dúvida, um deleite para os fãs das modernidades visuais da sétima arte.

Os atores brilham em suas atuações.
O carisma de Hunnam (Fawcett) é inegável.
Quem se dá bem igualmente é Pattinson, irreconhecível atrás da pesada barba de Costin, o fiel escudeiro.
Sienna Miller abrilhanta o elenco no papel de Nina, a fiel esposa de Fawcett, que nunca deixou de honrar, além de carregar o peso do mundo sem ser reconhecida por isso.

Z traz de volta valores primordiais para o homem, perdidos há muito tempo, e levanta questões como o feminismo e o lugar da mulher por meio de fervorosos diálogos entre o protagonista e a esposa Nina, mostrando acima de tudo que tais dilemas não são novidade.

A direção de Gray é luxuosa sem ser chamativa. Z – A Cidade Perdida flui de forma eficaz, garantido o apreço dos aficionados pela história e amantes nostálgicos de uma era mais calma para o cinema.
Dominiques bom programa!!!

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Vermelho Russo: um filme para mulheres fortes e independentes

Dominiques que tal um filme nacional para este final de semana?
Vermelho Russo, o atrativo filme dirigido pelo carioca Charly Braun (do bom Na Estrada, de 2011).
É uma comédia dramática interessante, original, sensível e divertida.
O filme brinca com os limites entre a realidade e a ficção.

A obra foi inspirada em uma viagem realizada pelas atrizes Martha Nowill e Maria Manoella, em 2009.
Na trama, Martha Nowill (Marta) e Maria Manoella (Manu) interpretam duas jovens atrizes. Um tanto desiludidas com a carreira, que decidem ir à Rússia estudar o famoso método de atuação de Constantin Stanislavski, que busca a espontaneidade do ator.

Em pleno inverno na Rússia, as amigas vivem a dificuldade da língua e da dura rotina das aulas, encenando clássicos de Tchekhov.
Manu narcisista e fechada. Marta é extrovertida, mas bem insegura quanto a seus afetos.
Essas diferenças no modo de ser afetarão tanto a amizade, quanto as aulas de interpretação que estão tendo.
A evolução das aulas revela a importância do autoconhecimento e do domínio do papel ambos interligados.

A viagem por sua vez aflora em ambas crises de autoestima. Tanto pela falta de confiança na vida profissional, quanto por questões amorosas. Entre “rolês” culturais, ensaios teatrais, brigas e reflexões, o filme segue as duas, que tentam o tempo inteiro se descobrir como atrizes e como adultas.

Martha Nowill e Maria Manoella trazem um frescor da naturalidade em suas interpretações. Embebidas da própria vivência e de uma delicadeza entre o drama e o humor. O texto escrito a quatro mãos por Braun e Nowill e foi premiado com o troféu Redentor de Melhor Roteiro no festival do Rio 2016.

Sem dúvida Vermelho Russo é um filme sobre mulheres fortes e independentes, buscando o amadurecimento. A direção de fotografia bem clean, com planos bem limpos, fica num meio termo entre amador e documental. Numa combinação de expor a verdade em meio a ficção surge uma obra que responde com sinceridade tanto para a arte quanto para a vida.

Dominiques espero que vocês gostem!
Bom programa e divirtam-se!

Vermelho russo e um ótimo programa para quem procura algo diferente.

Leia Mais:

O integrante e imperdível Cidadão Ilustre
Pequeno e intimista, o discreto drama Melhores Amigos aposta no silêncio expressivo

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O integrante e imperdível Cidadão Ilustre

Para vocês, Dominiques, amantes do cinema argentino, o genial e belo O Cidadão Ilustre, dirigido pela dupla Gastónt Duprat e Mariano Cohn é a mais uma prova incontestável que os argentinos dominam a técnica da narrativa.

O roteiro preciso é assinado por André Duprat (do ótimo Homem ao Lado). Exibido no Festival de Veneza de 2016, o longa recebeu o prêmio de melhor ator. Depois, vieram o Goya, a acolhida de público e crítica na Argentina, onde foi a maior bilheteria do ano no país.

O drama, com fortes doses de humor ácido, consegue olhar a Argentina de forma crítica e abrangente. O Cidadão Ilustre é um filme competente na transmissão de seus valores.
Na trama, Daniel Mantovani (Oscar Martinez), esplêndido no papel, é premiado com o Nobel da Literatura.

Mantovani faz questão de dizer que se sente muito honrado com o prêmio, mas ao mesmo tempo envergonhado, pois, segundo ele, só se torna vencedor dessas premiações os artistas que não tiveram a audácia necessária para exercer sua verdadeira função, que é a de incomodar e questionar as incoerências do mundo.

E é exatamente esta a proposta de O Cidadão Ilustre, que promove o retorno de Daniel à sua pequena cidade natal, Salas, na Argentina, depois de 40 anos residindo em Barcelona, na Espanha, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade.

Por mais que o local seja fonte de inspiração de todos os seus trabalhos, ele possui um profundo desprezo pela região graças às suas peculiaridades interioranas, muito distantes do lado cosmopolita da Europa.

A volta para casa lhe proporciona diversas situações complicadas entre ele e o povo local.
Essas situações, às vezes tratada de maneira cômica, vão promover uma reflexão no espectador.

Oscar Martinez impressiona em cena com sua soberba que faz rir, sendo irônico e mal-humorado. O Cidadão Ilustre é ao mesmo tempo intrigante e universal. Consegue prender o espectador do primeiro ao último minuto do filme. O desfecho é simplesmente sensacional, cabendo ao espectador a decisão de ter conferido uma ficção ou uma realidade.
O longa O Cidadão Ilustre é realmente imperdível!
Vale a pena conferir!!!

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