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Hora do homem mostrar que é forte e bem-humorado!

Dominique - HomemSou casado há mais de 30 anos e, depois de todo esse tempo, achei que o casamento não traria grandes surpresas. Tudo isso mudou no período que antecedeu a chegada da menopausa. Sei que o período é complicado para as mulheres, mas vocês não fazem ideia de como ele pode abalar a autoestima e a segurança do homem. Nem todos que passam por essa experiência sobrevivem!

Casamentos longevos me levam sempre para uma analogia com aquele seriado Jornada nas Estrelas (Star Trek) que nos levava à fronteira final, onde homem algum tinha ido ainda. A cada episódio temos uma surpresa que desafia a lógica e nos testa como espécime desenvolvido. Qualquer semelhança com casamentos duradouros não é mera coincidência! Tenho um amigo que prefere chamar essa experiência como The Dark Side of the Moon, numa referência ao disco do Pink Floyd cuja audição tem efeitos terapêuticos para ele.

Os casamentos da minha geração se estabeleciam em cima de alguns projetos. Quem casa quer casa. À medida que o tempo passa, a trama se complica com a chegada dos filhos. Eles passam a ser nosso projeto, da escola à faculdade, vem um longo caminho cheio de aventuras previsíveis. Nosso objetivo é sobreviver e garantir uma boa educação deles. Um belo dia eles casam ou simplesmente saem de casa e aí os limites daquela fronteira final ficam à nossa disposição. É nesse período já complicado que o universo misterioso te convida a entrar na Zona da Menopausa onde nada parece o que é.

A cultura popular, nosso desconhecimento e o preconceito reduzem esse período à variações de temperatura. Na prática entramos numa área confusa que manda sinais descontrolados e invertidos. Não foram poucas vezes que, embora casado há mais de trinta anos, fui surpreendido por um “não” que na realidade era um “sim”. Nesse período, sobram variações bruscas de humor, sarcasmo e ironia se alternam e fica difícil entender quando é um ou outro.

No meu caso, para agravar o quadro, minha mulher ficou mais sensível do que o habitual. Seu senso de humor se não desapareceu totalmente fica, na maior parte do tempo, meticulosamente escondido. São dias tensos e a minha sensação é de procurar coisas num paiol de pólvora com um fósforo acesso. As explosões são frequentes e inevitáveis.

Sempre fui um bom ouvinte. Nessa fase nem isto faço adequadamente. Ouço histórias despretensiosas com ar atencioso de sempre e temeroso das minhas participações. Em 99% dos casos eu escolho sempre a resposta ou o desfecho errado. As reações vão da indignação irada que se transforma em raiva agressiva e termina em choro, à resignação sarcástica, que termina em critica à minha insensibilidade ou falta de atenção às coisas dela. Dias de trovão!

A situação se agrava na cama. Lembra-se da Enterprise, a nave da Jornada nas Estrelas? Pois é, às vezes, sua cama se parece com a nave sob ataque, sem comando e com a tripulação amotinada, navegando por rotas desconhecidas.

Acreditem, não é um período fácil para nós também! Somos movidos pelo desejo primal do sexo. Racionalizamos até a página dois e depois tomamos medidas radicais. Contemporizamos e negociamos, mas sem a paciência de um monge. Longe disso! Afinal, somos de Marte e, às vezes, precisamos de sexo. Difícil entender isso?

Sei que não é difícil entender essa necessidade. O complicado é achar uma boa solução. Em casa, o sexo ficou burocrático. Minha mulher, tentando entender as necessidades básicas do marido, aparece para o jogo, mas sem o brilho de outros tempos.

Cá para nós, casamentos longevos e estáveis só duram porque caíram na rotina necessária que transforma a cumplicidade do casal na licenciosidade de amantes ocasionais. Para nós, quando a menopausa se aproximou esse acordo latente foi colocado em cheque. Os hormônios colocam a Enterprise no meio de uma tempestade de meteoros.

Essa é uma fase complicada e sensível para as mulheres.

Pensei que havia me preparado para ela. Fui ler, pesquisei e conversei com outros homens que viveram, vivem ou viviam a mesma etapa no casamento. No Clube do Bolinha você encontra de tudo! Daqueles que nem perceberam a mulher entrar e sair dessa fase àqueles com tendência kamikaze que entraram junto, de corpo e alma nessa travessia.

Luis Augusto Montaigne

Ex-Bancário, ex-publicitário, ex-jornalista e sempre empreendedor, atento às boas oportunidades que a vida oferece. Observador curioso, pensador ocasional e eterno aprendiz!

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E como é que os homens veem a parceira na menopausa?

Dominique - Homens

Perdi essa. Homens são de Marte e mulheres são de Vênus. Porque não tive essa ideia antes? O cara é gênio. Disse o óbvio e ganhou muita grana, com certeza.

O chavão é verdadeiro. O universo é movido por opostos. Positivo e negativo, prótons e elétrons, homens e mulheres… A mesmice não conduz a lugar algum.
Antes que me chamem de homofóbico, quando digo homens e mulheres falo de temperamento, não de opção sexual.

Nos casais, a mesmice é paralisante porque o tempero de uma relação a dois se encontra nas diferenças. Frio e calor, vinho e água, praia e campo, todos os gostos e preferências têm espaços em uma relação. Se os dois gostam sempre das mesmas coisas, em absolutamente tudo, perde a graça, né?
Definitivamente somos diferentes e isso é ótimo!

A natureza nos impele às diferenças. Ela é sábia até no modo como envelhecemos. Garotos sentem mais calor do que meninas. O cobertor é puxado para o lado delas na cama. À medida que vamos envelhecendo a coisa se inverte. O homem puxa o cobertor para ele e, por vezes, a mulher não se importa. Deve ser a menô.
Pareço íntimo dela, não? Mentira, as mulheres e suas vicissitudes ainda são, para mim, um grande enigma. Mas é isto que as torna tão interessantes, não é mesmo?
Embora conviva com uma, a companheira de uma vida, por mais de trinta anos, ainda tenho muito que aprender. Tenho disposição, vontade e, acima de tudo, respeito pelas diferenças.

Estou dando voltas, né? Bom, vamos falar do que interessa… Sexo. Para o homem é fácil, salvo nas enfermidades o interesse e apetite sexual se mantém por quase toda a vida. Basta um clique e pronto, o garotão lá de baixo se manifesta.
Nas mulheres parece que a coisa é um pouco diferente. Precisa de mais chamego, mais atenção, carinho, sei lá o que mais. A danada da menô definitivamente exige mais paciência do homem, nada que não se possa superar com amor e carinho.

É, nem sempre é fácil para nós. Às vezes, ficamos perdidos no meio de tantos mistérios femininos. Como saber qual a dose certa de vinho para regar uma boa noite a dois? Na dose certa, bingo! Na dose errada é desastre na certa… Ou não surte efeito ou, pior, vira DR. Elas bebem e a gente que fica de porre! Bacco, ajude-me!

Tá, mas não posso reclamar muito. O mundo é mais fácil para o homem. Mesmo quando a coisa esmorece sempre se pode contar com uma ajudinha extra. O azulzinho está aí para isso. As mulheres, ao que consta, precisam dos hormônios, mas não sem riscos para a saúde.

É, gosto de sexo. Mas amo minha mulher. Se para tê-la ao meu lado por mais tempo for preciso fazer algumas concessões à menô, que seja.

Vive la différence!!!
Marcos Bittencourt

Marido, pai, admirador de Dominique e, nas horas vagas, advogado.

1 Comentário
  1. Ahhhh,que bom seria se todos os homens tivessem essa sensibilidade,esse respeito a narureza e a sua parceira!!!
    Parabéns!!!

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