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A Amante – Autoaceitação e busca da liberdade, um drama imperdível

Dominique - A Amante
A minha dica de hoje é o filme A Amante, um filme maduro, inteligente, tocante.

Produzido pelos irmãos Jean Pierre e Luc Dardenne, este primeiro longametragem do tunisiano Mohamed Ben Attia compartilha a estética humanista dos filmes da dupla de realizadores belgas.

Cinco anos após a revolução tunisiana, estopim da chamada Primavera Árabe, o jovem personagem título Hedi (Majd Mastoura), que sonha em se projetar como desenhista, vive segundo os desígnios da mãe dominadora (Sabah Bouzoit. Trabalha como caixeiro viajante, representante de vendas de automóveis de raro sucesso, na época é de crise.

A sete dias do casamento arranjado pela família, encontra Rim (Rym Bem Messaoud), dançarina e animadora de roteiros turísticos. Instala-se o conflito entre a decisão familiar por uma noiva que a tradição proíbe de encontrá-lo sozinha – o beijo é um tabu – e a empolgação pela passional Rim. A amante metaforiza a própria revolução. Nada será como antes. O rapaz fica dividido.

O cineasta desenha com visão generosa o confronto. Na Tunísia, a família é uma unidade muito autoprotegida e fechada a forasteiros. Muitos vivem com o pai até a idade madura.

O enquadramento enfatiza o sofrimento interior de Hedi, pois a câmera o segue bem de perto, reduzindo o espaço, o que amplia a sensação de reclusão. As cenas em que se encontra clandestinamente com a noiva dentro do carro – outro espaço limitado – reiteram esse sufocamento.

O lacônico Hedi só encontra satisfação quando desenha histórias em quadrinhos.

Dominique - A Amante

Ao mesmo tempo, o filme estabelece um paralelo entre as potencialidades da Primavera Árabe – que começou exatamente na Tunísia – desejo de libertação de um país, e a autodescoberta de Hedi, que reflete sobre seu destino e também pode se libertar, abrindo às possibilidades do mundo – dois processos que carregam seu quinhão de agruras. A Tunísia avançou na transição democrática, mas ainda vive desigualdades econômicas e sociais.

Premiado como Melhor Filme de Estreia no Festival de Berlim 2016, Ben Attia acerta na dramaturgia ao mostrar o complexo processo de busca da liberdade, com atuação certeira de Majd Mastoura, que lhe rende um Urso de Prata de “Melhor Ator”.

A Amante é um filme identificável e humano que nos sacode para que reavaliemos nossas próprias vidas e caminhos. Para que percebamos muitas vezes estar inertes diante de situações, guiados apenas pelo comodismo, falta de iniciativa ou medo da desaprovação – minando assim, na maioria das vezes, nossa própria felicidade.

A obra de Attia guarda ainda o forte soco no estômago de doer o coração, necessário para que transcendesse o simples e esperado conto de fadas moderno.

Uma produção singela, mas ainda assim mais real do que gostaríamos de admitir. Uma denúncia a um modo de vida bastante triste e melancólico.

[fve]https://youtu.be/iNQ2kanasDA[/fve]

A Amante está em exibição nos melhores cinemas do Brasil.

Leia Mais:

Festival Varilux de Cinema Francês 2018 – Para os cinéfilos de plantão
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1 Comentário
  1. Estou louca pra assistir! Ouvi falar muito bem do filme, parece ser bem isso que vc comentou Elzinha, imperdível.

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Festival Varilux de Cinema Francês 2018 – Para os cinéfilos de plantão

Dominique - Festival
Chegou o Festival Varilux de Cinema Francês!  2018 . Acontece de 07  até o dia 20 de junho. Levará ao público de todo o Brasil uma seleção com vinte filmes, da nova safra francesa, inéditos no país.

O Amante Duplo, último longa de François Ozon, um suspense erótico que traz Marine Vatch e Jérémie Rénier nos papéis principais, casal que serviu de inspiração para o cartaz oficial do festival.

O homenageado do Festival Varilux é o diretor Costa Gavras com o seu clássico “Z”, filme que completa 50 anos e será exibido em cópia restaurada.

O público assistirá  aos mais novos trabalhos de cineastas, de atores e atrizes já consagrados.   Premiados jovens talentos que imprimem diversidade e originalidade ao cinema francês marcam presença.

A delegação francesa desembarcou na cidade nesta quarta-feira para debater sobre os filmes “O Poder de Diane”, “Carnívoras”, “Marvin” e “Primavera em Casablanca”.

“O Poder de Diane”, de Fabien Gorgeart (Diane a Les Épaules), conta a história de uma mulher que aceita ser barriga de aluguel de seus melhores amigos, abordando com humor e ternura a temática dos novos modelos familiares.

“Carnívoras”, dirigido pelo estreante Jérémie Renier, ao lado do irmão Yannick, fala de duas irmãs que querem ser atrizes.

“Marvin”, de Anne Fontaine (Agnus Dei), premiado em Veneza, com Isabelle Huppert, sobre um garoto que foge de seu vilarejo.

“Primavera em Casablanca”, de Nabil Ayouch, cinco histórias que se encontram nas ruas da cidade marroquina.

Entre as produções destacam-se três filmes da nova geração francesa de cineastas, designado várias vezes pela crítica de “nouvelle garde”.

“Custódia” (Jusqu` à la Garde), de Xavier Legrand, que acompanha a disputa entre um casal pela guarda do filho. O longa foi vencedor do prêmio de Melhor Direção e Melhor Primeiro Filme, no Festival de Veneza.

“A Excêntrica Família de Gaspar” (Gaspar va au Marriage), de Antony Cordier, comédia maluca e melancólica sobre o adeus a infância, desejo e tempo.

E também, o já citado, “O Poder de Diane”.

Destacam-se também dois filmes pelo gênero pouco comum na França.  O longa  “A Noite Devorou o Mundo” (La Nuit a Devoré le Monde), é uma sátira social e um filme de zumbis.  Filme de Dominique Rocher mostra a cidade invadida pelas criaturas, com um único ser humano tentando sobreviver.  Na mesma veia, “O Último Suspiro” (Dans la Brume), do quebequense Daniel Roby, mostra uma família tentando se salvar após uma contaminação química. Com Romain Duris no papel principal.

Na seleção da mostra, há ainda “Gauguin-Viagem ao Taiti”, com Vincent Cassel, como o pintor, “A Busca do Chef Ducasse”, e “Nos Vemos no Paraíso”, vencedor de cinco prêmios César.

O festival ainda conta com filmes e workshop de realidade virtual e uma seleção de curtas metragens.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=NBfwvJz72mo&feature=youtu.be[/fve]

Logo mais, comentarei aqui para você, os melhores dessa seleção. Para os cinéfilos, realmente esse festival é imperdível!!!

Leia Mais:

Uma Janela para o Amor – Uma celebração do amor
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Uma Janela para o Amor – Uma celebração do amor

Dominique - Uma Janela para o Amor
Hoje comento e recomendo para você assistir nesse feriadão, o lindo filme baseado no livro de E.M.Foster, Uma Janela para o Amor, dirigido por James Ivory, disponível na Netflix.

A Room with a View, nome original, fez um enorme sucesso, chegando a receber sete indicações ao Oscar® e levando três estatuetas (Roteiro Adaptado, Figurino e Direção de Arte).

No início do século XX, Lucy Honeychurch, uma jovem e nobre inglesa, fez sua primeira viagem à Florença acompanhada de sua prima, Charlotte Bartlett. Hospedadas numa pensão, conhecem uma série de curiosos personagens, entre eles um velho advogado, Mr. Emerson, e seu filho, o excêntrico George. Nasce um grande amor entre Lucy e George. Ao retornar para a Inglaterra ela terá que se decidir se casa com Cecil Vyse ou segue com sua crescente atração.

Uma Janela para o Amor é um romance clássico que num primeiro momento se encaixa nos moldes de uma comédia romântica, mas que se mostra mais profundo do que isso com suas metáforas e simbolismos que funcionam nos mais diversos níveis.

Ao longo da história, Lucy passa por uma série de transformações que vão alterando a percepção que tem de si mesma e, mais ainda, da sociedade que a cerca. Aprende a questionar algumas convenções empregadas e se vê tomada por um forte desejo de independência, tanto que ao se ver no centro de um triângulo amoroso, pensa em não ficar nem com um, nem com o outro.

Dominique - Uma Janela para o Amor

E.M.Foster, através de situações mais corriqueiras, brinca com a etiqueta exagerada do britânico do começo do século XX, com a vulgaridade campestre versus o exagerado decoro urbano, com filosofia e religião, além de algumas insinuações de cunho mais sexual, usando em diversas dessas passagens um tom irônico e direto.

O filme tem saídas deliciosas, roteiro econômico e pulos no tempo permeados por legendas que suspendem mistérios. O problema não pertence aos outros. Está dentro dos personagens. Um belo exemplar de sentimentos, de labirintos internos.

Para Lucy, de sentimentos presos e prestes a explodir, entregar-se a George significa deixar o amor vencer a barreira que se impõe na luta entre os sexos. Ela quer ser uma mulher forte, mais forte do que ele, resolvida e talvez independente. Amar é uma saída à liberdade, não à servidão. Com delicadeza, graça e até ousadia.

A estrutura da obra é impecável. Ivory faz questão de tornar os lugares em personagens importantes da trama, criando planos admiráveis, especialmente na Itália, contrastando com eles o fulgor simples da juventude, a descoberta dos desejos, do corpo e do amor com a frieza e aparente eternidade da cidade.

Planos rápidos em estátuas, monumentos e obras arquitetônicas dão um contexto rico, destacam o espaço e quase oprimem os personagens diante de sua resistência e grandeza, enquanto homens e mulheres estão sujeitos a paixões que se resolvem de diversas formas no decorrer do filme.

O trabalho de pesquisa para os figurinos e a direção de arte, ambas agraciadas com o Oscar®, também excelentes.

[fve]https://youtu.be/eIzcNVZKWdE[/fve]

Sem sombra de dúvida Uma Janela para o Amor é uma adaptação belíssima, bem fiel ao livro.

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Frida – A personagem acima de tudo. Disponível na Netflix!

Dominique - Frida
Existem personagens que, de tão fortes e complexas, são a garantia de uma boa história.
É o caso de Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana, considerada a primeira artista surrealista da América Latina. Por isso, escolhi o filme “Frida” (2002), disponível na Netflix, que conta a história dela.

Como história de amor “Frida” é um sucesso. Porém como relato fiel sobre a vida da atormentada artista e suas motivações por trás de sua obra, o filme pode deixar a desejar. Mas que não o impede de ser muito bom.

Salma Hayek encarna Frida no longa que retrata sua história de vida. Do acidente que deixou sua saúde muito fragilizada, passando por suas aventuras românticas com outras mulheres até aos seus casos amorosos. Estes envolveram as relações de amor com Diego Rivera (Alfred Molina),  e a extraconjugal com o revolucionário russo León Trotsky (Geoffrey Rush).

Comunista, bissexual, beberrona, ousada e talentosíssima, esta filha de um imigrante alemão e uma mexicana católica e tradicional, decidiu transpor toda e qualquer barreira que a ela se apresentasse.

Frida viveu 25 anos, às turras, com o difícil, mulherengo e egocêntrico Diego Rivera (1886-1957). Ele foi um dos mais importantes artistas mexicanos, ícone do movimento Muralista, pintor de  grandes murais públicos.

A produção coloca muita ênfase no casamento turbulento de Kahlo e Rivera. Deu pouca atenção à mulher celebrada como ícone feminista, modelo de liberação sexual e originalidade.

Dominique - Frida

Um ponto forte do filme é a forma como a diretora Julie Taymor consegue, de maneira surreal, dar vida às angustiadas pinturas de Kahlo.

O longa é arrebatadoramente latino, visceral e inquieto, coerente com a personalidade da artista plástica mexicana,.

Frida concorreu a seis indicações para o Oscar® (Melhor Atriz, Direção de Arte, Figurino, Maquiagem, Trilha e Canção).  Ganhou um bem-vindo Oscar® de Trilha Sonora e um injustificado de Maquiagem. Mas merecia também o de Melhor Atriz . A mexicana Salma Hayek  encantou pela ótima interpretação. Vivendo convincentemente a sua personagem e encarnando o papel de uma forma tão intensa chegou a pintar alguns dos quadros vistos no filme.

O filme encanta também pela agilidade da narrativa, figurino formado por roupas exóticas e coloridas. A latinamente vibrante trilha sonora inclui Burn It Blue interpretada por Caetano Veloso.

É um filme para se assistir e gostar sim, mas não para ficar na história como uma biografia audiovisual de uma das maiores personalidades do século XX.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=S7c_JdPpaQE[/fve]

Frida é, sem dúvida, um ótimo entretenimento e se você não assistiu ainda, tenho certeza que vai gostar!

Leia Mais:

Amante Por Um Dia – Um filme francês sobre amor, traição e fidelidade
A Duquesa – Um lindo filme de época disponível na Netflix

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  1. Cilene disse:
    Seu comentário está aguardando moderação. Esta é uma pré-visualização, seu comentário ficará visível assim que for aprovado.
    Não está disponível na Netflix

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Eu, Tonya – Sarcasmo, Irreverência, ironia e más escolhas

Dominique - Eu, Tonya
Vencedor do Oscar® de Melhor Atriz Coadjuvante, o ótimo, Eu, Tonya, filme dirigido pelo australiano Craig Gillespie, é preciso ao contar a história de Tonya.

Tonya Harding (Margot Robbie), a mãe Lavona Golden (Allison Janney) e o ex-marido Jeff Gillooly (Sebastian Stan) relembram o caso que chocou a América: o ataque ao joelho de Nancy Kerrigan, às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994.

Desde os três anos exibindo talento para a patinação artística no gelo, Tonya cresce  destacando-se no esporte. Aguentando maus tratos e humilhações por parte da monstruosa mãe. Entre altos e baixos na carreira, idas e vindas num relacionamento abusivo, a atleta acaba envolvida num plano de eliminação da principal concorrente.

O filme consegue abordar o abuso e a agressão domiciliar, o rigor excessivo em competições esportivas e o fetiche doentio da mídia pelo sensacionalismo barato, sem perder o foco na trama principal.

Há um diálogo com temas contemporâneos sem a preocupação de defender essa ou aquela bandeira. É um filme que se propõe a contar uma história trágica, mas sem se deixar levar pelo drama. Mistura crime, investigação policial, suspense, drama e discute feminismo também.

Na infância problemática, quando Harding é interpretada pela ótima atriz mirim, Mickenna Grace, sua personalidade começou a ser moldada. A maior interferência nesta fase se deu pelos maus tratos da exigente e desequilibrada mãe. Performance bem chamativa da excelente Allison Janney que deixa aflorar sua veia sarcástica ao máximo. Retirando muito do humor negro da obra, fazendo jus à uma premiação.

Dominique - Eu, Tonya

Outro grande chamariz aqui é o desempenho de Margot Robbie (Tonya), jovem australiana de 27 anos, em sua melhor atuação, mostrando tudo que sabe, num show só seu. Margot soube lidar muito bem com o drama proposto, trazendo vida à personagem com muita dedicação e carisma.

Robbie vive diversas fases da narrativa, desde uma adolescente de 15 anos, até uma mulher com mais de quarenta anos, amargurada pela série de decisões equivocadas que construíram sua vida.

Robbie faz rir, transmite culpa, pena, sofrimento, tristeza, através de um verdadeiro esforço.

O longa embalado por uma trilha sonora que evoca as décadas de 80/90 se mostra uma das cinebiografias mais interessantes desta temporada.

Craig Gillespie apresenta uma fórmula não convencional para narrar uma história atípica, inusitada e polêmica cujos personagens não são exemplos a serem seguidos, é verdade; pelo contrário, são tipos problemáticos que estão sujeitos a todo e qualquer tipo de sentimento. O que os diferencia são as atitudes que tomam diante os acontecimentos de suas vidas.

Eu, Tonya é uma obra sobre escolhas e como elas nos afetarão em algum momento. Há uma beleza plástica nas cenas de patinação com resultados artisticamente belos.

Um filme biográfico com conquistas e superações em meio a problemas técnicos, familiares e amorosos.

Como na maioria das obras cinematográficas, aqui você apanha junto à protagonista em cada cena de injúria e sofre a cada má escolha.

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=_YSP-ADogMA&feature=youtu.be[/fve]

Com direção consciente, roteiro sarcástico e atuações memoráveis, Eu, Tonya realmente vale a pena ser conferido!

Leia Mais:

A Forma da Água – Encantadora história de amor em belo conto de fadas
Todo Dinheiro do Mundo – Vigor e ótimas interpretações regem um grande sequestro

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