Destaque

Experiência! Bendita experiência!

A eleição acabou, mas deixou um saldo negativo na sua casa e no seu feed das redes sociais? Ah, e a gente que pensava que tretas em família eram só por futebol e religião. (Sem falar a uva passa da comida de Natal!) Discutir política com amigos e conhecidos acontecia. Mas esse ano a coisa desandou de um jeito que exigiu um jogo de cintura que me queimou umas duas mil calorias.

Tenho de reconhecer, a experiência contou, e muito, na hora de abrir um sorriso amarelo e fingir que concordava com algumas ideias estapafúrdias. Afinal, o tempo pode ser um aliado.

Algumas vezes foi a compaixão que me faz relevar. Em outras, simplesmente me faltou paciência para entrar em brigas que não iam me acrescentar. Para que gastar energia à toa?

No final das contas, eu decidi exercitar o perdão… Taí outra coisa boa que a experiência me deu. Sabe aquela capacidade de perdoar até o comentário idiota do parente chato no grupo do Whatsapp. Tanto foi assim, que o convidei o tal parente pra confraternização de fim de ano em casa.

A receita é simples!

Eu liberei toda a fúria dentro de mim dividindo a mensagem com uma grande amiga. Foram horas de críticas e aí… Ahhhh, que a-lí-vio! Só não vale errar e enviar no grupo da família de volta, hein! Quem nunca deu uma bola fora que atire a primeira pedra!

Eu tenho essa capacidade de abstrair o lado perverso da coisa. E, para quem como eu quer sair do comodismo, e ter crescimento pessoal, conviver e lidar com pessoas diferentes pode ser um excelente aprendizado.

Eu acho que o caminho é a simpatia. Melhor: criar empatia. E dar sua opinião com serenidade, prudência e humildade. Sim, eu sei que não é fácil! Mas todo mundo gosta de estar próximo de pessoas divertidas, gentis e com bom papo.

Não ia ser eu a chata da vez.

E nada melhor que o tempo para deixar a autoestima insuportavelmente blindada.

Veja também:

Lenda árabe sobre amizade.

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Brooklyn – O desabrochar de uma mulher

Brooklyn  O desabrochar de uma mulher e a descoberta de uma sociedade mais livre

Disponível no Netflix, hoje comento o filme Brooklyn, o sexta longa metragem de John Crowley. Com três indicações ao Oscar 2016, levou a estatueta de Melhor Atriz para Saoirse Ronan.

O longa narra a trajetória de uma imigrante irlandesa que desembarca no Brooklyn da década de 1950, onde ela rapidamente se envolve em um romance . Porém, o seu passado a alcança e ela tem de escolher entre dois países e as vidas neles.

A trama poderia ser piegas e bobinha, mas nas mãos certas resulta em um filme sobre escolhas, sonhos e desejos. O diretor tempera sua narrativa que oscila entre o drama e o romance.

O roteirista Nick Hornby mostra em Brooklin uma leveza e um humor que é bastante peculiar em suas obras. O longa trata das questões abordadas de forma leve, mas sem perder o peso que elas têm.

A atriz dá vida a uma personagem cheia de camadas que são lindamente reveladas para o espectador de uma forma muito sutil.  Ve-se a  evolução dessa menina que aos poucos se transforma em uma mulher pelas ruas de Nova York.

Brooklyn se vale da beleza, da delicadeza e da esperança sem, no entanto, perder o verdadeiro cerne: a busca por uma experiência de vida verdadeira para a protagonista e o poder de fazer sua escolha.

O longa se revela um filme interessante não apenas por tratar de imigração ou por ser uma história de romance clássico. Brooklyn chama a atenção por tratar dos sentimentos de pertencimento a um lugar que todos nós vivenciamos. Sobre as escolhas que fazemos nas nossas vidas e o que elas podem acarretar para o nosso futuro.  Indo além da superfície, encontramos um filme que foge do convencional das histórias de migração. Em Brooklyn, o drama está na terra natal. O diferencial do longa é contar uma história de sucesso de um imigrante e os problemas enfrentados na volta para casa.

Eilis é uma personagem que consegue ganhar a atenção do público graças a excelente atuação de Saoirse Ronan, capaz de construir o processo de evolução de uma mulher altamente introspectiva e pouco sociável de início, com seu olhar e gestos pouco expressivos, até o momento em que ela se mostra mais livre e a vontade com as pessoas a seu redor, podendo se mover com liberdade e expor seus pensamentos em voz alta.

É verdade que essa transformação também é auxiliada pelo ótimo trabalho feito com os figurinos da personagem, que inicialmente são mais fechados e com cores mais escuras, e depois se tornam mais abertos e a personagem pode enfim utilizar tons mais claros pontuando a evolução da protagonista, suas mudanças internas, medos e conquistas.

Em Brooklyn é construída uma trama em volta das mulheres. A representação dada às personagens e a força que carregam vai bem além de relacionamentos superficiais e um platonismo em volta do amor. Eilis possue uma cumplicidade belíssima com sua irmã e uma constante lembrança de sua verdadeira origem.

Brooklyn é leve, descontraído e envolvente, um sopro de frescor para os filmes de época. 

Realmente, uma obra tocante construída a partir de uma história muito simples.

Um ótimo entretenimento.

Aqui fica a dica.

  

Trailer:

Veja também:

Lore – um filme histórico emocionante

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O jeans básico moderno

Nem sempre o jeans básico é atual.
Cuidado!

Dominique - calça jeansTudo vai mudando: a altura do cós, a largura na perna, a lavagem.

Dominique - calça jeansÉ quase como se a sua calça tivesse validade de consumo, como o iogurte que fica na geladeira, e que a data expira!!!

Minha dica é substituir de vez em quando sua querida calça jeans por uma das novas coleções, mesmo se ela estiver em bom estado e não pareça tão ultrapassada assim.

Uma calça comprada na estação sempre tem uma pegada diferente, as vezes um pouco sutil, mas que dá uma nota de modernidade no look.

Coragem!
Seu visual vai mudar completamente, acredite em mim!

Veja então as NOVAS básicas:

Rasgado

Este é o máximo de rasgado que fica bom pra gente. Melhor ainda quando o rasgado está localizado apenas nos joelhos. Não fica bom o jeans rasgado demais.

Dominique - calça jeansBoyfriend

A modelagem boyfriend é uma delícia de usar. Meio folgadinha no corpo também é superconfortável. Evite os modelos muito largos.

Dominique - calça jeansPantacurt e Flare

Estas modelagens favorecem as altas e longilíneas. São supervistosas e lindas.

 

Dominique - calça jeansCroped Flare

É bem ousada, tem cós mais alto e termina em boca de sino. Adoro!

croped-e-a-flareReta (sequinha)

Também supercorreta e atual. Tem modelagem mais tradicional, com perna e boca bem retas. Chic.

Dominique - calça jeans

Cigarette

A famosa cigarette vem para o verão mais curta. É superfeminina e fica bem para as mulheres que estão mais magrinhas.

Dominique - calça jeans

Suzi Morelli

Suzi Morelli - Jornalista de moda. Moderna e antenada, sempre com olhar de Dominique para a moda.

29 Comentários
  1. Bacana Suzi!
    Aguardo um texto seu sobre complemetos para deixar um jeans mais chic e descolado – depois dos 50 – sem ficar com cara de mamãe quer parecer jovem!

  2. Adorei!
    Valeu o passei pelo reino denim! Diversas opções para estar sempre up to date!

  3. Adorei as calças, as dicas…realmente o jeans sempre muda de cara, talvez por isso nunca as deixamos de usar!!!

  4. Adoro jeans e no meu armário tem todos os tipos , lavagens , comprimentos e modelagens . Toda estação compro uma novidade .
    Achei muito bom suas dicas
    Nada como renovar um look com jeans moderno
    Claudia Zemel

    1. Nossa claudia, vindo de vc um elogio, e mais que elogio. Pra mim vc é a pessoa que mais entende de jeans, e faz os mais lindos !!! Obrigada, bjs

    1. É difícil comprar jeans, a gente tem que achar uma marca que vista bem a gente. E isto varia de corpo a corpo. Pra mim da certo na Le Lis blanc. Bjs

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Dois amigos no deserto – lenda árabe

Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto, quando em determinado ponto da viagem, bastante cansados, um agrediu o outro.
O ofendido, sem nada dizer, pegou o seu cajado e escreveu na areia: “hoje o meu melhor amigo me derrubou no chão”.

Passado algum tempo, seguiram viagem pelo deserto, até chegar a um oásis.
Lá, se banharam à vontade, até que o amigo que havia sido agredido, começou a se afogar.
O outro nadou até ele e o trouxe até a margem, são e salvo.
Foi quando o amigo resgatado pegou seu saibro e escreveu em uma pedra, cercada de vegetação:

“Hoje o meu melhor amigo salvou a minha vida”.

O primeiro perguntou:

“Por que quando você foi agredido, você escreveu seu sentimento na areia, e quando foi salvo escreveu na pedra”?

O outro respondeu, sorrindo:

“Quando um grande amigo nos ofende, devemos registrar esse dano na areia, para que o vento do esquecimento e do perdão se encarreguem de apagá-lo. Mas quando um amigo nos faz algo grandioso, devemos registrar esse momento na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo pode apagar!”

Genteeeeeee, não é lindo isso???

Eu digo sempre, que amigo que é amigo fica bravo mas passa. E se não passa, volta pra conversar,
É claro que existem situações que rupturas são necessárias. E outras, onde amizades deixam de fazer sentido. Nesses casos, não se sinta culpada. Apenas tenha certeza de qual o motivo está a levando a se desfazer daquele vínculo.

Mas uma amiga de verdade, daquelas que te liga por que sente que você está precisando, ou que vai pra sua casa ás 2h da manhã pra te levar um Engov pq vc acha que vai morrer por conta dos 4 Gins Tônica que bebeu para esquecer aquele cretino…Ahhh, essa amiga é patrimônio.
Alimente essa amizade, com carinho, amor e retribuição..
Claro, retribuição é super importante, pq gostar sozinho não é legal.O legal ê sua amiga se sentir gostada tb, né???
E se ela brigar com você, escreva na areia, e esqueça. Procure as pedras onde vocês gravaram as vezes que se salvaram.

Você conhece alguma lenda bacana? Manda pra mim??? Não precisa nem  ser uma lenda árabe.

Leia também:

Trocas – Uma história de amigas de infância

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Tem um escorpião no meu bolso

A maior vantagem quando a gente chega aos 50 na santa paz financeira é poder ligar aquela chavinha do “Foda-se” e fazer ou falar o que quiser. Lógico que sempre com classe e elegância, mas de vez em quando, uma força que nos domina, como aquele calor que serpenteia a nossa coluna durante uns meses, faz com que algumas repostas explodam goela afora.

Já aconteceu comigo e vai acontecer com você. Um amigo, filho, parente, vizinho, colega, padrinho.  Seja quem for, um dia essa pessoa vai chegar pra você e dizer:

– Me empresta uma grana?

– Será que você me faria um empréstimo?

– Você pode me ajudar?

A formação da frase e a sua justificativa podem variar, mas o conceito é o mesmo: a pessoa quer um dinheiro emprestado.

E aí, em um flashback de segundos, mas muito intenso – como dizem que ocorre quando a gente está morrendo – eu vejo passar na minha frente 30 anos da minha vida de ralação pra conseguir juntar aquela grana e curtir a vida depois dos 50. E agora me aparece uma criatura que ameaça levar embora meu projeto de vida futura.

Pois aqui fica a dica número 1: diga não.

E a dica número 2: use seu bom humor.

Se você não tem ideia de como fazer isso, vamos sair da teoria e entrar na prática.

Exemplo 1

Seu filho, que está entre os 15 e 25 anos, te diz:
– Mãe, me empresta uma grana ?
– Lógico, meu filho! Mas com uma condição. Eu quero voltar a te buscar na porta do colégio, todos os dias, e ganhar um beijo e um abraço como você fazia quando era pequenininho e eu ia te buscar na creche.
De quanto você precisa?

Exemplo 2

Seu filho, que está entre os 30 e 40 anos, te diz:
– Mãe, me empresta uma grana ?
– Filho, senta aqui que eu quero falar com você. Sério.

Exemplo 3

Marido
– Mor, vamos abrir uma conta conjunta?
– No Facebook?

Exemplo 4

Amiga
– Amiga, vou te pedir uma coisa. Não quero estragar a nossa amizade, mas será que você poderia me emprestar uma grana? Mas pode dizer não, se quiser.
– Não.

Exemplo 5

Parente
– Oi querida! Tudo bem? Olha, eu tô te ligando porque queria te fazer uma proposta. A coisa não tá fácil, sabe? Então, como você não tem nem filhos, nem um chefe como eu e tá com a vida mais tranquila, será que você poderia me emprestar uma grana esse mês pra eu pagar a escolinha da Bia, que está atrasada? Eu te pago em 3 meses. Todo mês eu deposito uma parte na sua conta. Pode ter certeza.
– Querido, esse mês eu já fiz a minha doação. Foi pro Lar das Cãezinhos Mancos da Vila Ipocondró. Tem cada bichinho lindo lá.

Você não quer adotar um?

Helena Perim

Escritora e roteirista, trabalhou como diretora de arte em canais de TV e produtoras, mas acabou trocando o desenho pela escrita. Hoje, é freelancer na criação e no desenvolvimento de projetos pra TV e Internet. Também é autora de 4 livros de humor, que falam de comportamento, turismo e moda.

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