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Vexame 3 – O Retorno – O creme de leite azedou o aniversário do filhote

Dominique - Aniversário
Aniversário de meu filhote João!
18 aninhos. Data superimportante.
Mas ele não quis festa. Não quis nada.
Não poderíamos passar em brancas nuvens, né?
Marquei para jantarmos fora num restaurante bacanérrimo na época.

Convidei a avó (minha mãe), os padrinhos com os respectivos: meu irmão Alberto e minha sobrinha Gabi. Além do pai, claro, a irmã Clara, meu outro irmão Lucas e o namorado argentino da Gabi que não lembro o nome.

Aqui cabe uma explicação.

Gabi não é minha sobrinha de verdade. É sobrinha de Guilherme, meu ex.
Mas para mim é mais que sobrinha de sangue. Tanto que a escolhi como madrinha quando ainda tinha 14 anos. Menti para o Padre na época dizendo que tinha 16. Não poderia ter acertado mais na escolha da jovem madrinha, hoje linda e brilhante médica. Aí que orgulho!

Bom, voltando.
Dizer que é um estresse encontrar o Guilherme é um exagero. Mas não é a situação mais agradável do mundo. Já foi pior. Enfim, João não tem culpa de nada.

Mesa redonda.
Escolhi aquele restaurante justamente por ter uma mesa redonda que coubessem 10 pessoas. Muito mais gostoso, né?
Maître educadíssimo.
Cardápio requintado e longo.
Nada me irrita mais do que muitas opções em um cardápio. Não vejo a hora de me ver livre do tormento da escolha.

Então seleciono qualquer coisa rapidamente e fico atrapalhando quem não escolheu ainda.
A missão de escolher o vinho ficou ao cargo do namorado argentino.
Vinho pesaaaadooo. Mas quem sou eu pra falar qualquer coisa diante de um especialista “hermano”?

Bebemos, chegaram os pratos, bebemos.
Alberto acabou de comer rapidamente, deu um beijo no afilhado e disse que tinha um compromisso.
Fui acompanhar meu irmão até a porta do restaurante para me despedir e ao levantar senti aquele típico suor frio. Disfarcei e me apoiei nele.
Quando voltei à mesa, passei a mão nas costas de meu irmão Lucas e perguntei ao garçom onde era o toilete.

Era no andar de cima!

Affff, tinha que subir um lance de escada!
Amiga, você não está entendendo. A essa altura, eu já estava verde.
Não estava subindo uma escada. Estava escalando uma montanha.
Cada degrau era um enorme obstáculo a ser vencido.
Prestes a desistir e provavelmente deixar meu corpo rolar morro abaixo, sinto o amparo salvador de Lucas que apareceu do nada e praticamente me carregou até o cume. Entramos os dois no banheiro feminino.

Note bem, Lucas não é o tipo de homem que passa desapercebido. 1 metro e 95 centímetros.
– Abre a torneira, Dominique. Lava o rosto.
Fiz o que ele mandava, mas só piorava.
– Aí… Vou pra casinha!
Entrou uma senhora. Lembra que estávamos no banheiro feminino?
Lucas sorriu para ela. Ela saiu para olhar a plaquinha e certificar-se de que estava no local certo.
Entrou com cara de poucos amigos. E saiu com cara de menos ainda.

Sentei-me no chão e abracei literalmente meu amigo vaso.
Rezava para conseguir botar pra fora aquilo que me demonizava. Precisava exorcizar. Ouvi Lucas falando.
– Estou aqui cuidando de minha irmã que está lá dentro, mas fique à vontade, finja que não estou aqui.
Era outra senhora. Affffff!

Como estávamos demorando, Lu, esposa de Lucas, sobe para ver o que acontecia.
– Dominique…KKKKKK…Só você mesmo…
– Aí, Lu. Eu vou morrerrrrr…
– Não vai não. Mas toma água gelada.
– Lu, não vai adiantar.

Nesse momento entra minha filha Clara:
– Mãeeeeee. Não acredito! Você bebeu?
– Não, filha. Foi o creme de leite – disse eu verde ou azul, com o cabelo completamente encharcado, já sem o casaqueto, sem os sapatos e com a calça aberta.

Então, preste atenção, eu no chão, Lucas, minha cunhada, minha filha, todos no banheiro feminino.
Abre a porta uma terceira senhora que dá volta e sai pisando firme.
Em menos de um minuto aparece o maître.
– Posso saber o que está acontecendo aqui?
– É minha mãe, ela não está bem.
– E o que este homem faz no banheiro das senhoras?
– Sou o irmão da vítima. Estou aqui para ajudá-la. E o Senhor deveria fazer o mesmo! Não vê que ela está passando muito mal?

Assustado, no mesmo momento, trouxe uma cadeira e instalou-a no meio do banheiro.
Não era um lugar grande. Estava abafado. Comecei a piorar.
Não sei quanto tempo se passou, com gente me abanando,  jogando água em mim, reclamando…

Num  determinado momento, Gabi, minha sobrinha médica, entra, olha, sai e volta com uma lata de coca cola normal e fala:
– Toma agora!
– Eu só tomo Coca zero.
– Tia! Fica quieta e toma essa já!
Tomei aquele quilo de açúcar e na hora comecei a me sentir melhor.

Ao longe escutei um surdo e sem graça parabéns.

Uhhhhhhhh… O aniversário do João!
O bolo que eu encomendei!
Pois é.
Chegou o bolo com a vela.
Cantaram parabéns para o João, o pai, a avó e o namorado argentino.
Tadinho do meu filho!

Tentei me recompor.

Fechar a roupa, calçar o sapato e minimamente dar um jeitinho naquele cabelo que aquela altura estava nojento.
Desci, recebi um olhar de madrasta de minha mãe.
– Bonito, hein!!!
João estava quietinho, abraçado ao bolo.
O hermano feliz da vida, secando toda a garrafa de vinho.

Pedimos a conta.

Estava melhor, mas longe de estar boa.
Meu próximo desafio?
Chegar ao carro.
Não precisei falar muito.
João veio de um lado, Clara do outro. Como se estivessem me abraçando, quase que me carregaram até o carro, cruzando aquele enorme salão de 2 metros.

Entrei no carro.
Sem ter muito o que falar… Falei.
– Nunca mais volto nesse restaurante!
– Está com vergonha, mãe?
– Não! O creme de leite deles é muito pesado.

Um aniversário inesquecível, não acham?

Leia Mais:

Vexame 1 – A Saga – A culpa é sempre do creme de leite
Vexame 2 – A Missão – A culpa continua sendo do creme de leite

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

1 Comentário
  1. Minha querida Dominique! Vc e o creme de leite decididamente, não combinam. kkkkkkkkkkkkkkkk Pq insiste nesse relacionamento q so lhe faz mal?! ! Não consigo parar de rir.kkkkkkkkk

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Loucuras que Dominiques já fizeram por uma paixão

Dominique - Paixão
Fiz uma pesquisa, e estas são algumas loucuras que Dominiques já fizeram por uma paixão:

1 – Transar no carro, à noite, no centro da cidade.

2 – Andar à pé na Rodovia Raposo Tavares carregando um buquê de flores.

3 – Fugir do quarto do hotel à noite para o quarto ao lado e voltar antes do amanhecer.

4 – Comprar uma caixa de bombons da Kopenhagem, abrir um por um e escrever uma frase em cada um deles.

5 – Parar no meio da rua e gritar um EU TE AMO para quem estiver a 10 km de distância ouvir.

6 – Mudar de país.

7 – Topar um ménage à trois.

8 – Viajar 300 km para dar um beijo nele, entrar no carro e voltar os 300 km no mesmo dia.

9 – Passar fome  em uma viagem de trabalho .Não existia celular e por conta do namorado ciumento, ficar sem jantar, porque ele ligava de 1 em 1 hora para conferir se estava no quarto.

11 – Num almoço de trabalho, romance escondido, passar o pé na perna do affair (e em outras partes) e, sem querer, triscar nas pernas do diretor da empresa.

12 – Mandar flores no meio do trabalho burocrático dele com um cartaz enorme VOCÊ É GOSTOSO DEMAIS! Ele era advogado sério e carrancudo.

13 – Ligar no meio de uma reunião, pedir para a secretária interromper, falar para ele descer urgente e, quando ele desce, dizer que era só para dar um beijinho, virar as costas e ir embora.

14. Transar atrás do arquivo de um escritório de advocacia em dia de trabalho. Eu era a cliente.

15. Passar o dia inteiro sem calcinha, de vestido, mandando mensagens e fotos.

16. Quebrar os vidros do carro dele ao vê-lo na esquina beijando outra mulher (enquanto namorávamos).

17. Topar a fantasia dele de paquerar um cara num bar na sua frente.

18. Decidir fazer o Natal em casa, para 40 pessoas, no dia 20 de dezembro, para que a família dele tivesse onde passar.

19. Viajar sem bagagem, porque ele não gostava de esperar pelas malas.

20. Fazer uma trilha e rapel na Serra da Mantiqueira. Foi a maior prova de amor que eu já dei a alguém! Na verdade, nunca mais na vida fiz nada parecido.

E você? O que loucura já fez por uma paixão?

Leia Mais:

E aí – Alto padrão é um elogio ou desqualificação?
A primeira experiência de Dominiques numa sex shop – Primeiro andar

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A Duquesa – Um lindo e irresistível filme de época, vale a pena conferir

Dominique - A Duquesa
Baseado em fatos reais, o filme A Duquesa,  conta a história de Georgiana Cavendish. Uma dama da nobreza britânica no século 18 e que veio a se tornar Duquesa de Devonshire.

Georgiana é uma personagem adiante de seu tempo, inteligente, simpática, perspicaz e política para viver sua plenitude em meio a tantas normas e tradições machistas.

É nesta época machista e conservadora que a bela e ingênua Georgiana (Keira Knightley) aceita a proposta de casamento do Duque de Devonshire (Ralph Fiennes) sem sequer conhecê-lo bem. Afinal, trata-se do homem mais poderoso da Inglaterra e até sua mãe (Charlotte Rampling) empurra sua filha para o partidão.

O duque, por sua vez, não é nenhum primor de requinte, mas claro tem suas convicções. O casamento só lhe interessa para gerar um herdeiro masculino para sua riqueza. Realidade difícil para Georgiana, uma jovem cheia de vida e pronta para demonstrar os seus sentimentos, deparando-se com alguém que é o oposto de si. A chegada seguida de meninas logo destrói o equilíbrio doméstico. Mostrando claramente o lugar inferior ocupado pelas mulheres na ordem social de outros tempos.

Marginalizada, a duquesa tem sua atenção deslocada para ideais alheios, como as proclamações de igualdade, liberdade e fraternidade que chegam ao Condado de Devonshire vindos da América e da França.

Percebe-se no ar a chegada de novos tempos, de uma provável revolta que mudaria tudo. Até porque a ação é ambientada 15 anos antes da Revolução Francesa. Uma mudança tão grande no comportamento social que forjava os padrões para um homem, uma mulher mais livre.

Para Georgiana, porém, a tal revolução não chega. Afinal como diz o duque à sua esposa: “você sonha com um mundo que nunca existiu, nem nunca existirá”.

Dominique - A Duquesa

De beleza invejada e adorada por todos nas rodas sociais inglesas, Georgiana usou um pouco mais que suas influências para participar do cenário político. Afinal o direito de voto ainda levaria um século para ser concedido às mulheres.

Em “The Duchess”, Keira Knightley volta a interpretar uma personagem feminina de forte personalidade. Fragilizada perante o estatuto diminuto da mulher em relação ao homem de seu tempo, principalmente na segunda metade do século 18, com a atriz capaz de exteriorizar as dúvidas, dores, paixões e extravagâncias da protagonista.

O filme traz implícito paralelismo entre Georgina Cavendish (1757-1806), Duquesa de Devonshire e Diana Frances Spencer, Lady Di (1961-1997), Princesa de Gales.

É óbvio até porque ambas são integrantes da mesma linhagem familiar.

Saul Dibb opta por uma direção sóbria e por contar sua história de forma clássica e tão tradicional quanto os costumes de seu longa.

A fotografia esmerada explora os tons quentes das luzes de velas com extremo requinte. Sem falar das locações exuberantes pela Inglaterra.

O figurino é um luxo total! Simplesmente maravilhoso!

“A Duquesa” se revela um galante exercício estético da época e um belo filme. Principalmente para aqueles que apreciam a beleza do passado e o poder do drama.

Com um elenco estelar e ótimas interpretações, uma história interessante e uma trilha sonora competente e adequada. O longa acaba se mostra um ótimo exemplar do gênero.

[fve]https://youtu.be/OqKwh__0cWU[/fve]

Corra para o sofá e veja esse filme! Garanto que você vai adorar A Duquesa.

Leia Mais:

Eu, Tonya – Sarcasmo, Irreverência, ironia e más escolhas
A Forma da Água – Encantadora história de amor em belo conto de fadas

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Passo a passo para montar um maravilhoso arranjo de mesa na Páscoa

Banner - Páscoa
Chega a Páscoa e já sabemos o que nos espera no tradicional almoço de família, ai que delícia, bacalhau e muito chocolate. Mas por que não dar uma inovada e surpreender a todos com um arranjo hiperdiferente? Ninguém vai esquecer a Páscoa deste ano!

Pedi para a Manu, da Fatto Manu, elaborar um arranjo especial para essa data e ela, como sempre, surpreendeu por sua capacidade criativa e o cuidado ímpar que dedica a tudo que faz. Manu pensou em algo leve e despojado usando elementos encontrados na cozinha e no cotidiano. Você também pode abusar da sua imaginação e substituir por materiais que tiver em casa.

Materiais:

Dominique - Páscoa

Vidros de vários tamanhos
1 pacote de cenouras baby
7 varetas de churrasco
7 hastes de tulipa laranja
3 maços de lavanda
1 maço de trigo verde
Lentilha verde
Floral tape
Tesoura

Modo de Fazer:

1 – Separe os materiais. Para os arranjos com lentilha e cenoura você vai precisar de um recipiente maior e outro menor. A cenoura e a lentilha devem ficam entre os dois recipientes.

2 – Passe o floral tape nas hastes de palito de churrasco até o palito não ficar mais visível.

Dominique - Páscoa

3 – Espete a cenourinha nos palitos com cuidado para não machucar as mãos.

4 – Corte na altura compatível com o recipiente e com as flores.

Dominique - Páscoa

Arranjo com lentilha

5 – Posicione o recipiente menor dentro do maior de forma que sobre espaço nas laterais.

Dominique - Páscoa

6- Preencha com a lentilha entre os dois recipientes.

Dominique - Páscoa

7 – Encha o recipiente menor com água.

Dominique - Páscoa

8 – Coloque 2 tulipas dentro do recipiente menor com a água.

Dominique - Páscoa

Arranjo com cenourinhas

9 – Posicione o recipiente menor dentro do maior de forma que sobre espaço nas laterais.

Dominique - Páscoa

10 – Preencha com a cenoura entre os dois recipientes.

Dominique - Páscoa

11 – Encha o recipiente menor com água.

Dominique - Páscoa

12 – Coloque um pouco de trigo dentro do recipiente menor com a água.

Vaso maior

13 – Coloque um pouco de água em um vaso grande e preencha com os maços de lavanda.

Dominique - Páscoa

14 – Adicione as tulipas e as hastes com cenourinhas da forma que preferir, distribuindo-as bem em todo o arranjo.

Dominique - Páscoa

15 – Pronto! Use como um trio decorativo! Você pode replicar os arranjos em diversas variações.

Dominique - Páscoa
Gostou do arranjo? Tenho certeza que a sua Páscoa será mais renovada ainda com essa linda decoração.

Leia Mais:

Dia de São Longuinho – Quem nunca deu três pulinhos?
Tom & Jerry & Lewis – Deliciosas lembranças daqueles sábados

2 Comentários

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Vexame 2 – A Missão – A culpa continua sendo do creme de leite

Dominique - Creme de Leite
Bom, aí já bem crescidinha, casada e com filhos, cometi outros pequenos excessos.
Porre, bebedeira, pileque…
Dê o nome que quiser, mas a verdade é uma só.
Raras vezes bebo e fico naquele estágio gostoso.

Para mim, bebida ou engorda ou me derruba.
Mas derruba mesmo. Strike. Vexame. Um soldado que tomba.
Na maioria das vezes não fico chata.
Não fico alegre.
Não fico engraçada.
Talvez fique isso tudo por segundos.

Mas no segundo 35 já estou no banheiro agarrada ao vaso, my best friend.

Rita Lee escreve em seu livro que seu nome do meio é “Nãoseiquandoparar”.
Acho que sou meio assim também.
Tudo em mim é em excesso. Sou voraz. Vou até às últimas consequências. Talvez também beba desta maneira. OU prefira não beber. Sei lá.

Vamos ao B.O.
Happy Hour cazamiga. Momo e Tance.
Uhhuuuu Noite das meninas!
Fomos a um bar gostoso, bem aconchegante. Cheio de gente conhecida por acaso.
Pedimos um vinho tinto.
Alguns petiscos.
Não lembro direito.
Mas tinha um filé aperitivo com um molho delicioso. Com creme de leite.
Você sabe como é uma noite dessas, né? Muita risada. muita bobagem, muita conversa secreta.

Com amigos que se juntaram à nossa mesa tudo ainda ficou mais animado até que de repente sinto aquele suor frio. O prenúncio do que viria.

Fui ao banheiro e quando percebi que não ia melhorar, cochichei com minha amiga que precisávamos ir. Por sorte, não sei porque cargas d´água, não fui com meu carro. Tance percebeu e saiu junto.

Já na rua, tentando chegar ao carro expus a real situação. Sem precisar falar nada.
Me apoiei no muro de um prédio bacanérrimo nos Jardins com as costas viradas para a rua e discretamente “desengoli” (não consigo falar vomitar, sorry).
Momo fazia carinho em meu cabelo e Tance dava cobertura.
Tance falou que precisava ter tirado uma foto pois nunca viu tamanha classe para tal ato. A minha pose estava sensacional. Uma lady até nisso.
Se não estivesse morrendo acho que teria até achado engraçado.

Entrei no carro da Momo. Tance disse que ia acompanhar.
– Lili, você quer passar num hospital? Acho que  precisa tomar um pouco de glicose na veia.
– Pelo amor de Deus! Na minha idade? Coma alcoólico?
– Me leva pra casa, Momo.
– Ok.
E começamos o trajeto.
– Momoooooo, eu vou morrerrrr. Abre os vidros!
– Nao vai não, Lili. Pronto, abri.

O tempo inteiro, minha amiga querida, fazendo carinho em minha mão gelada enquanto guiava, tentando me acalmar. Fofa!
– Momoooooo, vou desengolir.
Bom. Nessa hora minha amiga deixou de ser fofa. E acho que até amiga.
– Aqui não!
Ela fez uma manobra digna de um piloto de ambulância e parou o carro junto à calçada da Avenida Faria Lima. Isso mesmo Faria Lima.
– Lili! Abra a porta!
Nisso, Tance para atrás e sai do carro, e diz  segurando a gargalhada.
– Eu não acredito que vivi para ver essa cena, exclama com a mão na cintura.
Sim. Era eu mesma. Ali, sentada na sarjeta.

– Momo! Você tem mais medo que eu suje seu carro do que que sejamos assaltadas?
– O carro tem seguro contra roubo. Já não tem contra catinga de xxx.
Bom, melhorei um tantinho.
Entrei no carro jurando que se sentisse qualquer coisa avisaria antes de ser muito tarde.
Fomos pra casa.

Agradeci e ia descendo quando minhas amigas desceram junto.
Não entendi, mas não tive forças para interpelar.
Entraram comigo em casa, me enfiaram no chuveiro, me deram um chazinho com um remédio, me puseram na cama, me cobriram, deram beijinho e foram embora.

Moral da história.

O picadinho tinha creme de leite. Não posso misturar creme de leite e vinho tinto!
Meu fígado não deve conseguir processar 2 garrafas de vinho mais aquela gordura láctea.
A culpa é do creme de leite com certeza.

E, quem tem amiga, pode se dar ao luxo de vez por outra encher a cara, com ou sem creme de leite.    Tks Momo. Tks Tance.

Leia Mais:

Meu primeiro pilequinho. Dei PT com licor de cacau
Vexame 1 – A Saga – A culpa é sempre do creme de leite

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

2 Comentários
  1. Anote: pior que misturar vinho tinto com creme de leite é juntar elevador à receita. O movimento gravitacional desse invento é capaz dos piores resultados. Vá por mim.

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