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Gabriel e a Montanha: uma jornada de autoconhecimento

Dominique - Gabriel
Escolhido pela crítica como melhor filme brasileiro na 41ª Mostra Internacional de Cinema, o também vencedor de dois prêmios na Semana de Crítica do Festival de Cannes, “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Gamarano Barbosa, narra de uma maneira sensível, divertida e íntima a história real dos últimos setenta dias de vida de Gabriel Buchmann, interpretado por João Pedro Zappa, em sua viagem pelo continente africano: Quênia, Uganda, Tanzânia e Malawi. Gabriel, morreu em 2009 aos 28 anos durante uma escalada ao topo da montanha Mulanje, no Malawi.

Barbosa abre o longa com um belíssimo plano-sequência finalizado com o descobrimento do corpo, procurado durante semanas. Há a beleza do local, há a surpresa, há a força da música, não há dor ou sofrimento.

Na obra de Barbosa, que foi amigo de escola e faculdade do personagem, Gabriel ora é um idealista que tenta ingenuamente evitar o rótulo de turista, ora um jovem cheio de si e egocêntrico. Gabriel, carioca, economista recém-formado, de classe média alta, ao invés de ir trabalhar e ganhar muito dinheiro no mercado financeiro segue, no entanto, em outra direção: quer conhecer esse outro, descobrir-lhe o valor e a sabedoria.

Existe pureza, generosidade, vontade de aprender, desprendimento no jovem brasileiro, mas também segurança de si, característica de nossas classes altas. Gabriel pensa que pode tudo, inclusive safar-se das situações mais ingratas.

“Gabriel e a Montanha” é mais do que um simples entretenimento, é uma forma de pensarmos em nós mesmos e qual o nosso propósito no mundo, além de uma homenagem radiante ao protagonista.

Gabriel precisou viver e aprender e isso foi o que o fazia se sentir completo. João Pedro Zappa é a ferramenta fundamental para contar essa história de viagens e de encontros de caminhos entre Gabriel e todos aqueles que sua vida cruzou na sua curta passagem pela África.

O filme narra a história da maneira mais próxima e verossímil possível, fazendo o espectador se sentir quase como um companheiro do protagonista.

Uma co-produção entre Brasil e França, foi a única produção brasileira presente no Festival de Cannes.

O longa é formado quase que exclusivamente por não atores, com as pessoas que Gabriel encontrou ao longo de sua viagem, exceto João Pedro Zappa (Gabriel) e Caroline Abras (Cris), de fato atuam em papéis como protagonista e sua namorada, respectivamente.

Acompanhado dos atores e equipe reduzida, Barbosa realmente refez a trajetória de seu falecido amigo e a sensação de viagem como um constante aprendizado, uma soma da sucessão de eventos é transmitida pelas imagens.

Seria fácil a fotografia se distrair com os incríveis cenários naturais nunca registrados pelo cinema brasileiro, mas em momento algum o foco em Gabriel é perdido.

“Gabriel e a Montanha” nos transporta para a experiência vivida pelo protagonista. Não há nele uma única verdade. São muitas e é isso que o torna um filme ótimo e surpreendente.

A cena em que Gabriel declama Mário Quintana ao pé de uma cachoeira para sua namorada afasta qualquer possibilidade de pieguice, sem trilha, só dois garotos encontrando uma razão no meio de um lugar qualquer, sensível e honesto por si só.
Um filme de uma sinceridade e beleza dramática.

Fellipe Barbosa faz seu melhor filme, um drama sem receio de envolver seu público com muita verdade.

Nessa mistura de documentário e filme baseado nos fatos, não conseguimos deixar verdadeiramente de nos importar com o que é mostrado em tela, o que já faz de Gabriel e a Montanha um filme brasileiro obrigatório!

Vale a pena conferir!

[fve]https://youtu.be/w9cw1Ntrhqg[/fve]

Leia mais:

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O que é ser uma Dominique para Consuelo Blocker! – PARTE 1

Convidei minha grande amiga Consuelo Blocker para participar do primeiro Dominique pergunta e falar um pouco sobre alguns temas que nos rodeiam no dia a dia.

Óbvio que você sabe quem ela é, né?

Consuelo é uma inspiração para muitas de nós. Mora na Itália, viaja para diversos países, garimpa tendências e compartilha tudo no consueloblog para seus milhares de seguidores.

Dividi as respostas dela em 4 temas e postarei um vídeo por semana no portal.

Nessa primeira parte ela falará sobre:

  • Relação com o tempo
  • Como é ser uma Dominique
  • Dominique no Brasil X Europa.

Assista:

[fve]https://youtu.be/jvvZctUNaV0[/fve]

No próximo vídeo, Consuelo Blocker falará sobre CORPO. NÃO PERCA!

Já se pré-inscreveu para o evento “O que é ser Dominique? por Consuelo Blocker”? está esperando o que? clique aqui!

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Ao procurar um novo amor, é preciso paquerar-se também!
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Primeiro Encontro entre Dominiques e Consuelo Blocker – não perca!

Dominiques
Somos Todas Dominiques!

Nós somos conectadas, independentes, cheias de opinião, trazemos em nossa experiência de vida histórias de superação e descoberta. Somos cheias de atitude e fazemos acontecer.

Estamos dispostas a recomeçar, pessoal e profissionalmente e estamos perdendo cada vez mais medo com o passar do tempo, afinal já passamos pela maior parte das inevitabilidades da vida.

Somos o que nunca foram antes de nós!

Pela primeira vez um dos diversos rostos de todas as Dominiques, em sua mais completa tradução, em um encontro cheio de charme!

No dia 05 de dezembro, acontecerá um bate-papo com a Consuelo Blocker sobre o que é ser uma Dominique e suas paixões, entre elas, joie de vivre, saúde, amor, relacionamentos, hormônios, filhos, trabalho e muito mais!

Consuelo Blocker é uma capricorniana tagarela que adora compartilhar ideias, suas paixões são os filhos e comportamento. Moda entra nisto. Mora na Itália e viaja muito a Paris, Londres, Milão, Belo Horizonte e São Paulo, garimpando tendências e buscando maravilhas. Mas como tudo é perto na Europa, St. Tropez, Forte dei Marmi, Barcelona, Grécia, Turquia, Ibiza também são alvos de sua câmera. Suas redes sociais tem milhares de seguidores. Ah, é filha da Costanza Pascolato.

Um espaço perfeito para trocar ideias, fazer perguntas, dividir experiências. Uma tarde deliciosa recepcionada com champagne para já entrar no clima, ocasião perfeita para encontrar várias Dominiques e se divertir demais.

O que é ser uma Dominique? por Consuelo Blocker
Dia 5 de Dezembro das 15h30 às 19h30
MIT Point – JK Iguatemi
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – Itaim Bibi – São Paulo

Programação:
15h30 – Welcome drink
16h00 – Apresentação do Universo Dominique
16h30 – Como é ser uma Dominique? por Consuelo Blocker
17h30 – Bate-papo – perguntas, respostas, troca de ideias
18h15 – Happy Hour

Nós, Dominiques, esperamos por sua presença.

Faça sua pré-inscrição ao lado. As vagas são limitadas!
www.dominique.com.br/evento

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Se você nunca fez um piquenique, chegou a hora!

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Decoração com personalidade para sua casa de praia


A palavra praia nos remete a paisagens ensolaradas, com cores em tons de azul e areia, com murmúrios de ondas como trilha sonora e uma leve brisa marinha soprando.

Complementando essa imagem icônica, de descanso e prazer, nos imaginamos balançando em uma rede na varanda da casa de praia ou sob o guarda-sol, à beira do mar e bebericando sucos refrescantes.

A casa de praia ideal tem alguns elementos essenciais: luz e ventilação naturais que só acontecem através de aberturas generosas, varanda para o convívio ao ar livre, cores claras ou alegres, materiais naturais como madeira, tijolos ou pedra, mobiliário leve e despojado, pisos fáceis de limpar, cozinha e living integrados, objetos de decoração descontraídos e elementos criados a partir de improvisos.

A rotina e os hábitos na casa de praia são diferentes, onde a informalidade e o despojamento dão à casa o ar praiano de ser: cabideiros (para pendurar bolsas, chapéus e cangas), armários sem portas (em closets e cozinhas), banheiros rústicos, móveis reciclados, almofadas coloridas e mais uma infinidade de soluções criativas.

Dominique - Praia

Quanto aos estilos de casa de praia, esses podem ser vários: rústico, clean, romântico etc. O importante é manter uma harmonia de linguagem entre a área externa e a área interna, além de focar no conforto e imprimir charme através de pequenos detalhes.

Às vezes, cansamos de nossa casa de praia ou porque ela está pouco atraente ou porque os ambientes são escuros e os móveis ainda são aqueles que trouxemos da penúltima reforma do apartamento na cidade. Demolir e fazer uma nova? É uma opção. Mas talvez ela esteja apenas precisando de uma pequena reforma.

Solução 1: Se os ambientes da casa de praia são escuros e tristes, pinte a casa toda de branco (paredes, forro e mobiliário fixo). Complemente a decoração com móveis leves de vime ou ratan natural e almofadas em tons de azul.

Se quiser ir mais longe na reforma, amplie as janelas ou abra uma porta balcão para a varanda e cubra-a com uma pérgola ou toldo, ampliando assim a sala de estar.

Dominique - Praia

Solução 2: A casa de praia está sem graça e nada convidativa? Às vezes, há uma velha trepadeira com flores de cores exuberantes que pode ser aproveitada para dar a personalidade que está faltando à casa. Use esse bônus e pinte a casa na cor das flores da trepadeira.

Dê uma reciclada nos móveis e complemente a decoração com toques que façam pequenos recantos ficarem mais acolhedores. Um exemplo disso é colocar uma colcha e almofadas coloridas numa antiga cama de ferro e utiliza-la como um sofá.

Dominique - Praia

A área externa da casa de praia é muito importante, pois é aí que passamos a maior parte do tempo.

A vegetação do jardim auxilia na diminuição do calor e a instalação de pérgolas ou varandas cobertas oferece abrigo do sol e da chuva. É só complementar com redes, bancos, sofás e mesinhas e temos mais uma sala de estar.

Não podemos esquecer de instalar uma iluminação suave e aconchegante que pode ser até mesmo através de simples velas protegidas com os vidros que iríamos jogar fora. Um chuveiro externo também é uma boa ideia para tirar o sal do corpo e a areia dos pés.

Dominique - Praia
Que tal pensar em dar uma renovada em sua casa de praia agora?

Deixe-a linda e convidativa para o verão que está chegando!

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Turna Beck

Turna Beck é arquiteta da Sabendo Decor // Fones: 11-949921000/11-37585128 // turna@thbeck.com.br

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Depois Daquela Montanha: uma jornada de sobrevivência

Dominique - Montanha
Baseado no romance homônimo de Charles Martin, o longa dirigido pelo palestino Hany Abu-Assad, Depois Daquela Montanha, conta a história da jornalista e fotógrafa Alex (Kate Winslet) e do médico, neuro cirurgião, Bem (Idris Elba) que após terem o vôo cancelado se conhecem e decidem alugar um jatinho para não perderem seus compromissos. Ele tem uma cirurgia agendada e ela tem o próprio casamento marcado.

Tudo transcorre bem no início da viagem até que um acidente derruba o avião em território gélido, no alto de uma montanha nevada. Os dois únicos sobreviventes, além do cachorro do piloto, recém conhecidos travam esforço de aproximação ao mesmo tempo em que precisam sobreviver em meio ao frio rigoroso, escassez de alimentos e a incerteza do resgate. Mais gravemente ferida em decorrência do acidente, a fotógrafa tem dificuldades de locomoção e depende da ajuda do médico, situação que gera desconforto entre ambas as partes.

A abertura do longa é muito boa, os vinte primeiros minutos são fluidos e o roteiro é direto.

A partir daí a história vai se desenrolando aos poucos. Devido ao acidente e ao fato de os personagens estarem perdidos e isolados, lutando para sobreviver, é compreensível que as coisas aconteçam mais lentamente, mas há química entre os atores e ambos sustentam bem a trama, calcada, sobretudo, nos diálogos e interações entre os dois.

Dominique - Montanha

Kate Winslet, como sempre, maravilhosa! É de uma entrega absoluta em seu personagem. Seu trabalho corporal, forma de olhar, trabalhar a cena, tudo muito elaborado e natural. Ela está extremamente confortável no papel, desenvolta e cativante.

Idris Elba conduz as cenas muito bem, tem uma expressão forte, um charme particular e é indiscutivelmente talentoso.

O terceiro protagonista é um simpático cão labrador que fica preso na montanha com a dupla. É impossível não se apaixonar pelo cachorro.

O filme, rodado no Canadá, tem fotografia estonteante, assinada por Mandy Walker, valoriza as paisagens geladas em lindíssima locação.

Um grande acerto é o grau dos desafios a serem contornados pelos sobreviventes. O senso do realismo evita que a ação descambe para o exagero e verossimilhança à história.
Depois Daquela Montanha não é um filme perfeito, não ficará na memória, mas muito bom de se ver.

A belíssima trilha sonora, fotografia impecável e atuações esplêndidas fazem do longa um entretenimento muito agradável.

Vale a pena assistir Depois Daquela Montanha no cinema. Divirta-se!

[fve]https://youtu.be/FV9cnUDNT2k[/fve]

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