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E se Woodstock tivesse acontecido no Brasil?

Sabe, algumas coisas eu gostaria de ter vivido como por exemplo, o Festival de Woodstock. Apesar de ter 5 anos naquele agosto de 1969, tenho memórias afetivas em relação ao evento. Por certo essas memórias foram construídas em cima do que se escreveu e do que se falou a respeito. Inegavelmente a experiência de Woodstock foi transformadora para os jovens que estiveram naquela fazenda americana por 3 dias. É provável que muito do que vivemos hoje é fruto de Woodstock.

Aí me pego pensando se haveria uma remota possibilidade de um Festival como Woodstock ter acontecido pioneiramente no Brasil. Será? *

Não sei. Entretanto sei que um Festival como o de Woodstock mudaria a cara do Brasil. E essa semana em que todos os veículos estão fazendo matérias do que foi o festival e seu legado, resolvi fazer um exercício. Escrevi um texto como se nosso país tivesse sido sede do maior evento de música do planeta em 1969.


E já na linha do “e se”, aposto que tudo teria acontecido no interior de Minas Gerais. Por que? Porque que outro estado do país tem uma cidade chamada Nanuque?
Existe nome melhor para um Festival do que Nanuque? Soa quase internacional, né não?


Bom, isto posto, vamos a meus delírios?

E se Woodstock tivesse sido aqui
O festival de música que mudou o Brasil faz 50 anos

O Festival – Onde

E foi há 50 anos que um punhado de jovens mineiros em férias por pura falta do que fazer, resolveram produzir um festival de música. Simples assim até porque antes de mais nada, mineiros são empreendedores até quando estão de férias.

Eram muitos os sócios naquele empreendimento. Estudantes de cursos variados da Universidade de Ouro Preto, que acabaram não viajando nas férias de verão.

Em 1969 o Brasil vivia um momento político dos mais difíceis da história. Entradas foram cobradas com o intuito de que o dinheiro arrecadado no Festival fosse enviado para as famílias dos presos políticos da época ou para aqueles exilados.
Com esse mesmo mote conseguiram surpreendentemente que todos os artistas aderissem ao evento e tocassem pela causa sem cachê.

Nanuque não foi a primeira opção escolhida para acolher o festival e sim Araponga, uma cidade na Zona da Mata (vamos combinar que Araponga também seria um nome maravilhoso) entretanto fazendeiros e coronéis de Araponga nunca admitiriam aquela invasão bárbara de jovens contraventores. Uniram-se formando uma comissão e mandaram o filho de um deles, recém saído do Largo São Francisco, impetrar algum mandato de segurança a fim de impedir aquela loucura . Tarefa bem sucedida visto que o Festival foi expulso sumariamente daquela área.

O êxito do jovem advogado espalhou-se rapidamente de tal forma que ele se tornou representante legal de grandes usineiros da região. Daí a se tornar um famoso advogado defendendo crimes cometidos por poderosos endinheirados foi um pulinho. Assim não demorou muito para que Marcio Thomaz Bastos se tornasse Ministro da Justiça.

E se o festival tivesse sido em Nanuque?
Você sabe onde fica Nanuque? 500.000 pessoas descobriram como chegar lá em 1969

Quando

– O evento que aconteceria em janeiro, no verão, teve que ser adiado para agosto por falta de licenças e outras burocracias do estado. Estipulou-se assim que o Festival de Música de Nanuque aconteceria nos dias 15,16 e 17 de agosto de 1969.

Os nascidos depois de 1975 não tem ideia da burocracia, lentidão e “cafezinhos” necessários para que as coisas funcionassem. Se temos hoje o sistema público mais eficiente do planeta, em 69 podíamos dizer que tínhamos o pior. Para os que não sabem, simplificar e digitalizar todos os nossos processos só pode acontecer depois que Roberto Justos entrou na máquina e inclemente, demitiu quem precisava ser demitido, começando assim a azeitar a máquina e principalmente simplificando processos que eram complicados por uma cultura que já não mais nos pertencia.

O Público


– O público presente superou e muito a previsão dos organizadores uma vez que Zélia Cardoso de Melo, responsável pela contabilidade do evento, estimou que 50.000 pessoas estariam no Festival . Pode-se dizer que ela passou perto (kkkk) uma vez que 500.000 pessoas passaram por Nanuque naquele fim de semana de agosto. Por causa de um “errinho à toa” de cálculo como esse Zélia desistiu da carreira de economista e foi tentar a vida como trapezista num circo da cidade.

Os Problemas e as Soluções

Os organizadores não contavam que inesperadamente 450.000 pessoas a mais apareceriam por lá causando um verdadeiro caos.
Mas as soluções apareceram porque afinal de contas os nossos jovens sempre foram muito mais criativos.

A maior de todos as dificuldades foi alimentar durante 3 dias aquele mundo de gente, no entanto o problema da alimentação não teria sido tão grave e desesperador se o responsável pela logística não tivesse fugido com o dinheiro. Ahhh sempre alguém foge com o dinheiro. E nesse caso foi um estudante argentino que não deixou rastros.
– A solução veio de um convento de freiras baristas que ficava às margens do Rio Mucuri e vizinho de um laticínio que doou todas as sobras de queijo. Por fim, o que alimentou  aquelas 500.000 pessoas foi o mineiríssimo pão de queijo feito pelas freiras com uma antiga receita de uma delas .

O Pão de queijo com Tubaína

-E foi assim que o pão de queijo ganhou fama internacional dando ao Brasil um quitute para representá-lo como os doces conventuais de Portugal, o faláfel de Israel e da esfiha dos Libaneses.

-A única bebida disponível além das pinguinhas dos alambiques era a dulcíssima Tubaína. E foi certamente em Nanuque que Tubaína caiu no gosto dos jovens. Em 1985 a Holding Tubaína Inc. comprou a Coca Cola tornando-se uma marca mundial.

Este foi o setlist para os 3 dias do Festival de Nanuque

  • Sá, Rodrix e Guarabyra
  • Lo Borges
  • Tete Espíndola
  • Lilian sem o Leno
  • Milton Nascimento
  • MPB4

Para o segundo dia

  • Raul Seixas
  • Tim Maia
  • Mutantes
  • Erasmo Carlos
  • Secos e Molhados
  • Jorge Bem
  • Tony Tornado

E para o último dia:.

  • Alceu Valença
  • Elba Ramalho
  • Gilberto Gil
  • Gal Costa
  • Wilson simonal.
  • Vanusa

Coisas que aconteceram

Tim Maia não apareceu. Deu o cano sem ao menos avisar. Para tapar o buraco na programação, uma das organizadoras colocou para cantar seu namorado uma vez que este tinha grandes aspirações artísticas. Pena  ele estar tão chapado a ponto de esquecer a letra de Blowin’ in the Wind levando a maior vaia. Foi aí que Eduardo Suplicy desistiu de ser vocalista na Banda Nagasaki e por conseguinte qualquer tipo de carreira musical, entrando para a política logo depois do Festival. Chegou a ser Senador da República, sempre entoando Blowin’ the Wind, nos bons e nos maus momentos.

Rita Lee no Festival de Nanuque
E foi com muito custo que Rita Lee conseguiu sua credencial para o Festival de Nanuque

– A segurança do show, não acreditou que Rita Lee era a Rita Lee. Ela teve que cantar Panis e Circenses para o leão de chácara, para que ele deixasse ela subir ao palco onde os outros integrantes dos Mutantes já a esperavam aflitos. Ritinha linda linda linda, tornou-se a musa do Festival de Nanuque e a rainha do Rock’n’roll. Estourou nas paradas de sucesso do mundo inteiro tendo Ovelha Negra em primeiro lugar da Bilboard por meses. Seus shows no Central Park ficaram famosos. Teve convidados como : The Doors, Beatles, Barão Vermelho, Simon and Garfunkel (teve um namorico com o Simon), Secos e Molhados, David Bowie, Cauby Peixoto e por aí vai. E até hoje, Ritinha nega-se a gravar CD de Natal. Talvez graças a ela essa moda tenha caído em desuso há anos! Só temos a agradecer, né?

E a chuva?

– Nuvens carregadíssimas aproximavam-se anunciando senão o apocalipse, uma tempestade indesejada. A turma da era de Aquário juntou-se num mantra com certeza de resultados positivos. Deram-se as mãos e juntos entoaram ritmadamente, como se fossem tambores indigenas – Chu-va não! Chu-va não! Chu-va é pra bur-guês! Aqui só tem nu-dez!. Infelizmente a chuva caiu a despeito dos clamores. Como sempre. E quem se deu bem foi o vendedor de capa de chuva, Luiza, Tia Luiza. Já sabem quem né?

– Acredite se quiser, mas durante aqueles 3 dias, não houve um único incidente violento. Pode-se dizer talvez que o ocorrido no show de Erasmo Carlos tenha sido áspero ou um pouco mais quente, mas jamais agressivo. Tremendão foi o quinto nome da noite, com a platéia já aquecida em todos os sentidos. Quando estava prestes a começar entra no palco um jovem muiiito louco chamado Olavo de Carvalho, fazendo um discurso de protesto contra a prisão de um companheiro de luta, o José Dirceu. Erasmo Carlos não achou engraçado. Muito pelo contrário, irritado grita para Olavo de Carvalho : – Cai fora!! Cai fora de meu palco!! Você não vai F****R com o rock’n roll

Vanusa, encerrou o festival, puxando um Hino Nacional, numa atitude altamente temerária para o período e o público. Porém foi acompanhada por um guitarrista desconhecido que fez alguns riffs em cima do Hino. A galera delirou. Talvez por conta do horário, da embriaguez, da exaustão ou ainda da micro saia da cantora, existe uma grande probabilidade de ninguém ter reconhecido aquela música como sendo o Hino Nacional. Os riffs de Pepeu Gomes foram eternizados assim como ele considerado o maior guitarrista de todos os tempo.

Alguns destaques

– Todo o evento foi documentado pelo jovem cineasta David Cardoso. Ele com sua Super 8 captou quase tudo e principalmente a essência do festival. Abandonou a faculdade de medicina, tornado-se um cineasta famosíssimo, ganhador de 2 Oscars, 3 Leões, e Palmas incontáveis com filmes sensíveis, profundos e de primorosa produção.

Amaral Gurgel, enviou o modelo Gurgel Itaipu Elétrico para desbravar a lama de Nanuque. Esse viria a ser o primeiro carro 100% brasileiro e primeiro carro elétrico do mundo já em 1969. Gurgel tornou-se o nome mais importante do setor automobilístico mundial. Chamou a atenção da Engesa, industria de tanques brasileira. Engesa e Gurgel juntos fundaram a EspaçoBr que em 1990 vendeu o primeiro voo comercial para a lua para Eike Batista.

Gurgel Itaipu, o carro elétrico Made in Brasil

Médicos? Para que médicos?

– Emergências médicas ocorreram aos montes. Inacreditavelmente nem uma única morte. Ainda mais se pensarmos que os médicos que tínhamos lá eram todos estudantes de universidades de medicina de diversos estados brasileiros. Foram recrutados pelos organizadores do evento e receberam em troca do trabalho, o transporte para Nanuque. Foi aí que Dráuzio Varella viabilizou seu sonho criando os “Médicos sem Fronteiras”.

E se nanuque tivesse sido aqui olha só os médicos
E aqui, alguns dos estudantes de medicina que se voluntariaram para atender a multidão de jovens que estiveram no Festival de Nanuque

E o argentino, hein?

Lembra do argentino que fugiu com a grana da logística? Ele voltou anos depois para o Brasil. Já não era apenas um argentino. Era agora um franco argentino por conta de seu casamento com uma milionária francesa que morrera subitamente deixando Luis Favre viúvo e solitário. E foi por isso que ele resolveu voltar para rever seus antigos colegas do Festival, sendo recebido e hospedado por Marta e Eduardo Suplicy.

Legado

O espírito do Festival de Nanuque, permeou toda a sociedade, facilitando a abertura política mostrando aos militares a maturidade de nossa juventude. A democracia foi restaurada na base da paz, do amor e da flor.

E assim o foi quando em 1971 as eleições diretas para presidente voltaram a acontecer no país. Eleito presidente da nova república democrática, Roberto Campos conduziu o país a liderança do bloco capitalista. Abriu nosso mercado, estimulando nossas industrias e seguindo os mais modernos conceitos da economia liberal.

E tudo na vida é uma questão de ponto de vista. Se o mundo é realmente redondo olha só como ficaria o mapa após Nanuque..

Woodstock no Brasil

Eu vou contar até 5 e quando estalar os dedos todos acordaremos no Brasil de verdade onde o Festival de Nanuque nunca existiu. E nos dias 14, 15 e 16 vamos comemorar os 50 anos do Festival de Woodstock, esse sim um divisor de águas

*Como bem lembrou Henrique Cury, tivemos no Brasil alguns festivais nos moldes de Woodstock como Águas Claras e Iacanga. Ambos aconteceram depois do Festival Americano. E vamos lá, por que você não faz como o Henrique e me manda uma sugestão para acrescentarmos nesse texto? Pode ser um delírio, uma possibilidade, um fato, o que vc quiser. Aí depois eu vou escrever a versão 2 de “E se Woodstock tivesse acontecido no Brasil” com todos so créditos. Gente, isso pode ficar muito legal, viu?

Nota: Não tive uma grande preocupação com coerência de datas e idades. Aliás com coerência alguma. Por favor não leve esse textinho muito a sério. Foi só diversão. Beijo da Lili pro cê, tá?

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Passeando com o passado

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

5 Comentários
  1. Mas bah! Será que teria acontecido deste jeito ? não vi tu falando de ninguém tomado chimarrão e nem fazendo um churrasco de pelo menos umas lingüiças.

  2. Muito bom querida! Vá enfrente porque tens muitas riquezas internas para dividir conosco!! Bjo Vera

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Quiz Anos 80 – A época que deixou saudade para nossa geração

Dominique - Anos 80
Aaahhhh os anos 80, quantas lembranças em uma década. As roupas coloridas, neon, a moda new wave. O estilo Yuppie fazia a cabeça dos jovens workaholics, com os seus suspensórios e gravatas coloridas.

Foi nessa época que as mulheres entraram pra valer no mercado de trabalho, usando roupas com cintura e cós altos, pregas, drapeados e as famosas ombreiras que estão voltando a moda (por incrível que pareça), sem contar as mangas bufantes.

Queridas, e os cabelos da época? Liso ou cacheado, quanto mais volume melhor. Quem lembra dos mullets? Surgiu na cabeça de David Bowie em 70, mas foi em 80 que se popularizou. Aqui no Brasil ficou conhecido como penteado de Chitãozinho e Chororó. Parece que está voltando, será que a moda pega?

Claro que você se lembra das músicas que tocavam no rádio, nos walkmans e dos clipes que passavam na TV. Michael Jackson foi um dos fenômenos da época, todos lembram do clipe de Thriller, a Madonna, forte influenciadora de moda e comportamento, foi um marco.

Quando falamos de rock nos anos 80 e impossível não lembrar de nomes como Bon Jovi com o sucesso Livin’ On A Prayer e Guns N’ Roses. E no Brasil a época foi marcada por bandas como Ira!, Capital Inicial, Blitz, Barão Vermelho e Kid Abelha. Sem falar que em 1985 aconteceu o primeiro Rock in Rio com artistas nacionais e internacionais.

Não podemos esquecer de John Lennon que na época lançou o disco Double Fantasy em parceria com Yoko Ono. O mesmo LP que John autografou para Mark David Chapman, que mais tarde, em frente ao edifício Dakota matou o cantor com 4 tiros pelas costa.

Os anos 80 não foram só alegria, cores e ousadia, muita coisa importante aconteceu nesta década. Como a queda do muro de Berlim, o movimento de diretas já, o lançamento do Macintosh pela Apple, a catástrofe de Chernobill, o nascimento do primeiro bebê de proveta no Brasil e muuuitas outros acontecimentos que marcaram a história.

Mas será que você conhece bem essa época que deixou saudade? Então eu fiz esse quiz para testar o seu conhecimento e relembrar com detalhes alguns momentos e acontecimentos da época. Boa sorte!

E ai? Você dominou os anos 80? Diz para mim quantas você acertou!

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Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

3 Comentários
  1. Acertei 10, estamos juntas Janeisa!!
    Ah! Outra coisinha, dos 100 lugares já estive em 30!! Tenho que acelerar as viagens!! Bjusss

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Rita Lee – Frases de uma SuperDominique, a rainha do rock brasileiro

Dominique - Rita Lee
Rita Lee influenciou gerações com sua música, estilo de vida e tiradas.

A carreira que começou nos anos 60 conquistou gerações que ainda curtem Ovelha Negra, Lança Perfume, Amor e Sexo entre várias outras músicas deliciosas.

Rita Lee casou, descasou, casou de novo, teve três filhos, formou várias bandas, desfez todas elas, embarcou na carreira solo, se aposentou e escreveu a sua biografia. Uma mulher que não se conforma e procura sempre o novo para se aventurar.

No auge dos seus 70 anos é considerada a rainha do rock no Brasil e a Rolling Stone a colocou no 15° lugar na lista dos 100 maiores artistas da música brasileira.

Selecionei para você algumas das frases dessa que, com certeza, é uma Dominique.

[fve]https://youtu.be/AqdLWRPkp-0[/fve]

Meu epitáfio será: Nunca foi um bom exemplo, mas era gente fina.
Faça hoje, amanhã pode ser ilegal.
Eu não poria a mão no fogo por mim.
Em tempos de mentiras dizer a verdade é um ato revolucionário.
Posso não ser uma boa mentirosa, mas eu confundo bem.

Diz para mim, Rita Lee é demais não é?

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História da Rita e da Elis
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Ei-la aqui. Rita Lee. A Dominique das Dominiques.

Rita Lee – 70 anos

Não há em minha geração quem não tenha dançado uma música de Rita Lee.
Você pode não saber o que é Loki. E não tem importância!! Sério!!
Você pode não conhecer bem os Mutantes. E muito menos saber que foi Ronnie Von que batizou o conjunto. Tudo bem.
Também não deve saber que Rita estudou na mesma classe que Regina Duarte.

Mas você sabe cantar Mania de Você de trás pra frente.

Dominique Rita Lee
Rita Lee anos 80

Ovelha Negra te despertou para a possibilidade de haver um mundo além da família “margarina” da casa da vizinha.

Lança Perfume legalizava aquela sua pequena contravenção de jovem.

Quantas vezes você não ouviu Cor de Rosa Choque porque estava “doente” e não foi pra aula?

Algum moço te passou uma cantada assobiando Banho de Espuma? Colou?

Ela disse SIM duas vezes, para Arnaldo e para Roberto. Na verdade 3 se contar o “Pra Você Eu Digo Sim“. Mas em nenhuma delas usou o vestido de noiva que Leila Diniz lhe emprestou e ela nunca devolveu.

Eu fui a um show dela no Palácio do Anhembi. Fui a outros. Mas lembro deste que foi “intimista” em 198X.
Heavy user de Internet, muito antes das redes sociais, ela sempre foi meio futurista.
Rita Lee possuía uma carteira de sócia do “Clube dos primeiros vôos à lua”. Lunática de carteirinha! Preciso falar mais?

Rita me inspira.
Claro que amo suas músicas, letras, ironias e sarcasmos.
Mas o que mais gosto de verdade, é seu desprendimento e independência de pensamentos.

Não concordo com tudo que ela fala.
Grande coisa!!
Aliás ela deve estar muito preocupada com isso.
E é justamente esse dar de ombros que amo.
Amo o jeito surpreendente que solta suas observações e opinões.

Rita é muito mais que sua obra.
Tenho a impressão que ela cansou, enjoou, não aguenta mais suas próprias músicas.
E eu entendo perfeitamente.
Você nunca cansou de se ouvir? Nunca cansou de seu próprio discurso? Nunca?????
Ahhh, ok.
Acho que ela tenta se reinventar o tempo todo, mas que todo mundo quer a Rita Lee de nossas adolescência, cantando Saúde e Chega Mais.

Talvez por isso ela tenha deixado suas madeixas vermelhas de lado assumindo o cabelo branco de vez, para que também deixássemos a Rita do Tal de Roque Enrow partir, e mais uma vez ser aquela metamorfose ambulante. Uma verdadeira Mutante.

E assim Rita consegue sua liberdade pela enésima vez.
Talvez por ter nascido no último dia do ano, tenha essa tendência ou essa sina de se reinventar.
Sorte nossa que há 70 anos convivemos com 70 Ritas.
Parabéns menina. Arrombe a Festa!!

A Dominique das Dominiques
Parabéns Rita Lee.

Ahhh, li esse texto de Rita Lee (fase cabelos brancos – livro Dropz). Vale muito a pena.

Eis-me aqui

Leia também :

História de Rita e Elis

Quando eu crescer e envelhecer pra valer, quero ir para um asilo!

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Quem falou que pimenta não é doce?

https://youtube.com/watch?v=1n8R9xEy5LU

Sabem a história que eu contei hoje da Elis e da Rita?
Elas contam e cantam neste vídeo aqui.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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