Dominique

Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques

Relato de uma Mulher Apaixonada. Sem perder o TOM

Dominique - Mulher
That´s ma’man.
My kind of man.
Sabe como?
Tem tudo que eu gosto.
Ou gosto de tudo que ele é. Não sei.
Claro que temos muito em comum.
Gosta de praia. Ama o mar sua serenidade, suas correntezassuas ondas e sua misteriosa profundidade.

Sente a necessidade de sempre estar perto da praia, do sol, do mato, da chuva, do verde, de seus Sabiás, pois só assim se sente próximo às divindades.
Para ele, Deus está na natureza. Deus é a natureza.

Apaixonado. Sempre apaixonado pela mulher.
A mulher que com ele estiver no momento. Ou a próxima.

Ciumento? Não… Acho que não. Ciumento mesmo é quem está a seu lado.
Eu por exemplo, morrroooo de ciúmes de sua última esposa!
Da primeira nem tanto. Vai entender…

Gato. Gatíssimo.
Elegante com um jeitinho meio canalha. Calma. Canalha de uma maneira supercarinhosa.

Porque casar, casou mesmo só com duas mulheres: Teresa, da Praia, e Ana. Mas cantou muitas. Cantou Angela, Lígia, Luiza, Isabella, Bebel, Gabriela, Luciana, Maria da Graça… Mas a mim, não. Nunca cantou Dominique. Nem Lili. Ok, tudo bem.

Agora, Vou Te Contar uma coisa.
Pra quem você acha que ele sussura Querida?
Simmmmm darling, para mim… E sabe por que?
Porque ele diz o tempo todo que sou tão Bonita
E pode até ser uma grande Insensatez de minha parte, mas acredito.
Acredito e me arrepio cada vez que ele me diz  Se Todas Fossem Iguais a Você….
Aliás, poderia passar uma vida Falando de Amor com ele. Ah, Quem Me Dera!
Ah! Quem me dera nós tivéssemos tido nossos Caminhos Cruzados, meu amado Tom.

Mas chega! Chega de Saudade!!

A verdade é que meu amor por você é um Amor Sem Adeus.

Podem vir as Águas de Março, fechar o verão. Pode vir a Derradeira Primavera. Mas enquanto seu afinado Desafinado tocar neste piano, não haverá Solidão.

Eu Te Amo Tom Jobim!

Afinal, que mulher não ama Tom Jobim?

Leia Mais:

Passeando com o passado
Ei-la aqui. Rita Lee. A Dominique das Dominiques.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

8 Comentários
  1. Perfeito!!!!Lindíssima homenagem Dominik. Emocionante. Tb tenho um lindo e amado Tom. Antônio Carlos.❤❤❤

  2. Que incrível. A cada frase que li, não era neste Tom que eu pensava. Mas no meu Tom, que não se chama Tom. Mas que foi retratado com tamanha lucidez neste texto. Incrível, como não amar o meu Tom, que não se chama Tom e que também não é meu! É do mundo! É de todas !!!

  3. Que lindo…cresci escutando esse homem
    Sempre adorei ele! Universal, plural, Internacional…sua sensibilidade abraça,está em todos os cantos a todas as horas
    Adoro ele ainda mais agora, Dominique

  4. Adorei! que bela homenagem! foi um homen gatissimo, super charmoso e talentoso. Eu tambem gostaria de ter sido uma de suas mulheres.

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Algumas trocas são presentes que não tem preço, mas tem valor

Dominique - Trocas
Todo mundo já foi criança um dia. Até eu.  Acredite.

Sempre fui alta, na verdade, a mais alta de todas e de todos.

Não bastasse minha cabeçinha lááá em cima, solitária, no último lugar da fila, ainda tinha aquela coisa de ser gordinha.

ÔÔ primário infernal, viu?

Todas as minhas amigas magrinhas, eretas, bumbum arrebitado, com aquele cabelão lisoooo e cheio de fivelinhas coloridas. Um charme.

Já eu, com um cabelinho mais para o ondulado quase crespo, lembro direitinho do quanto minha mãe puxava para fazer um rabo de cavalo impecável e sem uma ondinha. Doía pacas, mas ficava quase que militar! Um orgulho para ela.

Enfim, eu era de uma timidez proporcional ao meu tamanho. Calma, calma… Tudo acabou bem. Essas coisinhas passaram e se transformaram em grandes vantagens competitivas em todos os aspectos:

– Ser alta é maravilhoso.
– Meu cabelo é superjeitoso e faço dele o que quero.
– Não me acho gordinha o tempo todo. Só às vezes. Sou é muito gostosa.

Mas voltando. Lá atrás, no meio de tantas inseguranças, brincadeiras, escola, maldades, vilanias infantis, inocência, beleza, pureza, amigas, família e medo vieram também os aprendizados e as descobertas. Fascinante!

Uma das poucas coisas de menina que fiz de verdade foi coleção de papel de carta. Muito mais pelo ato de colecionar do que pelo papel em si.

Na época, fazia sucesso um papel de carta chamado Betsey Clark. Eram umas bonequinhas com cabeça de cebola. Não sei nem se gostava tanto assim. Mas toooooooodas as minhas amigas amavam. E era no recreio quando praticávamos a “troca”.

Claro que o valor de um papel de carta era subjetivo, ainda mais para meninas de 10, 11 anos. Os da Betsey Cebola valiam mais.

Mas, na troca, outros quesitos eram postos em jogo.
O quanto você era ou não querida.
O quanto você era ou não bonita.
O quanto você era ou não inserida.

Eu tinha uma coleção mais ou menos e acho que, para mim, só valia pelo contexto social.
Nada de muito importante.

Mas aí, num remoto recreio, sentei na mureta e pedi para ver a pasta da Bia. Vi um cartão com selinho das tais cebolinhas. E comecei a negociar.
– Bia, vamos trocar este cartão? Troco por estes meus 3.
– Ahhh, Dominique, vale muito mais que isso.
– Hummm, ok… Então estes aqui.
– Não gosto de nenhum.
– Deixa eu ver Bia. Estes 7 por um cartão ainda não vale? 7?
– Não!

E continuei tentando desesperadamente que a Bia aceitasse aquela negociação mesmo que eu tivesse que entregar toda minha coleção.

Não sei o que se passava comigo naquele momento, mas parecia que isso era a coisa mais importante do mundo. E parecia que a Bia sabia disso. Ela exercia sua infantil vilania com requintes.

Claro que nesta hora uma rodinha de meninas já tinha se formado em volta de nós.
Risinhos…Cochichos…Cutucadinhas…Quando eu estava prestes a oferecer tooodooosss os meus pertences, num último lance de desespero, escutei…

– Bia, eu também quero este cartão. Vamos trocar? Troco por estes 4 da Betsey.

Olhei para o lado e era Valentina. Mas por que ela estava fazendo isso? Por que ela me tirou a chance de ter aquele bem tão precioso? E acredite, a Bia imediatamente aceitou a troca com a Valentina.

Saí chorando. Chorando muito. Valentina veio atrás de mim. Eu gritei com ela! Que ela tinha me roubado! Que aquele cartão era meu e que eu estava quase conseguindo. Por que ela tinha feito isso?

Ali, escutei as palavras mais generosas que uma menina daquela idade poderia dizer:

– Porque não aguentei te ver fazendo aquilo. A Bia nunca ia te dar aquele papel. Ela estava se divertindo. Toma… Pra você!

E me entregou o tal cartão. Devolveu minha autoestima junto. E me ensinou o significado da palavra cumplicidade. Ou seria isso solidariedade? Não… acho que é simplesmente carinho.

Do cartão, não tenho ideia que fim levou. Mas a Valentina, que já era minha amiga, naquele dia passou para o status de melhor amiga. E de lá nunca saiu.

Belo episódio, né?

Descobertas, valores, amizades. Uns tem, outros não…

E no final das contas temos as trocas. Tudo na vida são trocas. Acho que tenho feito boas escolhas até aqui.

Ahhhhhhh… sabe aquelas minhas amigas magricelas de bumbum arrebitado que eu falei la em cima? Era lordose!

Apesar da minha amizade com a Valentina começar com trocas eu não a trocaria por ninguém. Me diz se você tem alguma amiga que não troca por nada!

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A música que entrará na trilha sonora de minha vida em 2017. Sabe qual?

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

8 Comentários
  1. Que lindo!!!
    Fui uma jovenzinha muito alta, como vc a mais alta da turma, última da fila kkkk, cabelos tão lisos que minha mãe fazia papelotes, alguém sabe o que é? Não durava nada. Resumo da opera, vida é um repeteco de fatos, mudando só de endereço. Boa lembranças. Adorei!!!

  2. Linda passagem..realmente difícil uma criança da idade da Valentina agir com tanta generosidade, desapego e maturidade.Guarda essa no ❤️. Isso é caráter, vale ouro , é raro e para sempre.

  3. Emocionante!!!!Li hoje um texto sobre amizade madura e é bem assim, basta um olhar, um gesto e todo o resto fala por si só. Feliz aniversário!!!!!

  4. Adorei a história e me vi nela
    Tenho amigas que fiz ao longo da minha vida que não troco por nada.

  5. Esse tipo de atitude a gente leva no coração para toda eternidade. Linda história. Parabéns para as duas. Feliz aniversário Valentina!

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Mentira do bem – 3 mentiras que contei para não fazer mal a ninguém

Vamos falar sobre mentira?

Mentira #1

Oba…Festa de 50 anos da Alice. Festão. Vai todo mundo. Sabe quando as amigas estão no maior frisson? Whatsapp a mil.
– Com que roupa você vai?
– E cabelo?
– Você me empresta a sua clutch vermelha?
– Você sabe se fulano vai?
Enfim, esta curtição de antes do evento é uma delícia. E chega o dia. Valentina combinou de passar para me pegar.
Entro no carro e noto que a maquiagem dela está um pouco pesada. Mas deve ser a pouca luz.
– Nossa, Dominique, como você está bonita.
– Você também, Vale.
Chegamos à festa e, ao sair do carro, percebo que a Valentina, além de estar com uma maquiagem muito pesada, usava uma roupa que a engordava e a envelhecia.
Errou. Errou feio. Fazer o que? Acontece.
– Gostou da minha roupa, Dominique? Estou bem?
– Sim, amiga. Está ótima!
Menti. Menti. Menti.
O que adiantaria, já entrando na festa, dizer que aquela roupa não a estava favorecendo? O que adiantaria deixá-la insegura? Por que cargas d’água estragaria a noite dela?
Entramos, conversamos, dançamos, bebemos, rimos e fomos embora.
Com certeza ela deve ter sido alvo de fofoquinhas maldosas de algumas coleguinhas. Mas até aí, falamos de um monte de outras também. Faz parte.
E, numa outra ocasião, com calma e com muito jeito, falei que talvez aquela saia não ficasse tão boa com aquela blusa.

Mentira #2

Num boteco qualquer, lá pelas tantas, depois de outras tantas caipirinhas, Suzana me jurou amizade e amor eterno. Sabe aquelas coisas?
Eu disse que, da minha parte, ela sempre teria o mesmo.
– Dominique, sou e sempre serei a sua amiga, até de baixo d’água. Você sempre poderá confiar em mim. Desta boca só a verdade. Deste coração só amor sincero.

Muiiiiiita caipirinha. Eu sei. Mas, mesmo com todo este teor alcoólico nas veias, o teor de seu discurso parece coerente, né? Me desculpe. Não. Nem sempre. Não para mim.

Algum tempo depois esta mesma amiga foi vítima de uma reviravolta na sua vida.
Passou por baques e perdas horrorosas. Sofrimentos profundos.

Procurei Tânia, outra amiga nossa em comum, amiga muito querida, que com certeza poderia apoiá-la num determinado aspecto. Liguei, conversei e aguardei um retorno. Aguardei. Liguei novamente. Mandei mensagem. Aguardei. Até que, finalmente, a Tânia respondeu. Por mensagem…“Por favor, Dominique, não tenho estrutura e não quero me envolver com os problemas da Suzana. Não me procure mais. Sigamos nossos caminhos, quem sabe um dia, lá na frente…”

Li a mensagem, respirei fundo, deletei não só a mensagem, mas o contato dela e fui ver minha amiga Suzana.
– Suzana, você acredita que a Tânia está morando na Namíbia? Sério. Foi o primo dela que me contou. Por isso que não conseguia falar com ela.
– Nossa, será que ela está bem lá? Namíbia? Tão longe… Tomara que esteja bem, né, Dominique?
– Tomara.

Mentira #3

– Dominique, você é minha amiga, minha super e melhor amiga. Se um dia você souber que o meu marido está me traindo quero que você me conte.
– Vera, pois eu não. Não quero que você me conte caso saiba que estou sendo traída.
– Mas por quê? É claro que eu vou te contar.
– Querida. Se eu estiver sendo traída, em algum nível de minha consciência eu vou saber. Se não fui atrás, é porque não quis. Se não fui fuçar no celular dele, é porque não quis saber. Mas, se você me contar, AÍ eu vou ficar sabendo e AÍ TEREI que tomar uma atitude. Você entende?
– Ah! Mas comigo é diferente. Se você não me contar, eu vou considerar VOCÊ a traidora.

Suspirei fundo. Olhei para baixo. Fiz uma pausa para reflexão. Aproximei a minha cadeira da dela. Segurei em suas mãos. Olhei em seus olhos e disse:
– Bom, Verinha, se é assim, preciso te contar uma coisa muito séria.

Verinha ficou branca. Sua mão imediatamente molhou daquele suor gelado. Seu lábio começou a tremer. Mas o pior, pior de tudo, foi o jeito que ela me olhou. Seu olhar era de ódio. De raiva. E, ora vejam, contra mim. Ela estava com raiva de mim.
– Conta, Dominique. CONTA! Conta agora!
Soltei sua mão. Afastei a cadeira.
– Não, Vera. Não sei de nada. Não sei mesmo! Mas veja a sua reação.
Quero apenas que pense no que sentiu agora. E se quer realmente saber o que talvez não queira. A única coisa que eu posso te garantir é que EU não sei de nada.

Mentir é feio? Depende. Às vezes, a mentira é para o bem!

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Passeando com o passado

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

5 Comentários
  1. Adorei, Dominique, suas Três Mentiras…
    Realmente,tem hora que precisamos analisar profundamente se realmente vale a pena contará verdade para alguém!
    Já vivi isto e optei pelo silêncio… A verdade, naquele momento não seria boa para ninguém!

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Você gosta do seu nome? Ele combina com você?

Dominique - Nome
Da Rosa, da Violeta…O nome da gente é de uma importância impressionante. Ahhhh, você tá falando que não por que você não se chama Magenta. Tá bom, nem eu.

Muito já se falou de como o nome é determinante na vida da pessoa. Algumas, como diz o Zé Simão, são inclusive predestinadas.

– Ludmila: fala verdade, Ludmila nasceu pra ser princesa!
– Você conhece alguma Alessandra feia?
– Ou Melissa velha?

Não vou falar aqui de quanto os nomes podem influenciar na personalidade do meliante.
Vou contar algumas historinhas que vivi ao longo destes anos com amigas e nem tão amigas assim.

Uma vez, combinamos de almoçar 4 amigas. Fui a última a chegar e ficamos alguns minutos esperando por uma mesa. Foi quando ouvi chamarem por Sandra. E minha amiga Odete levantou. Olhei com cara de interrogação.
E ela:
– Vamos, somos nós.
Vendo que eu continuava sentada, ela me pergunta:
– Você acha mesmo que daria o nome Odete num restaurante bacana como esse? Para essa mocinha nesta saia curtíssima dizer em voz alta Odeeeeteeee??? JAMAIS. Sandra somos nós!
– Claro, Odete, claro…

Outra…
Já reparou a confusão que fazem com nomes que acabam com E ou com A?
Viviane/a
Cristiane/a
Gisele/a
Liliane/a
Matilde/a
Michele/a
Rosane/a
Mariane/a
Rosário/a
Enfim, ôô drama pra lembrar, né?

Juro, a Gisele tem muita cara de Gisela. Não é? E não sei com você…Mas comigo, se chamo errado uma vez, é pra sempre!

Outro dia, num encontro mais formal, fui apresentada à Liliana. Mulher séria, falávamos de trabalho. Na terceira vez que perguntei Liliana ou Liliane, escuto.
– Tanto faz.
– Como assim?
– Tanto faz, querida. Se você não conseguiu guardar meu nome até agora, nunca mais guardará. Portanto atenderei Liliana ou Liliane! Mas vamos adiante! O projeto!

Ooooo inferno, viu? Vergonha monstro. Entendi o recado.

Então, neste dia, desenvolvi uma técnica. Fico íntima! Isso! Fico íntima já na apresentação.
Vivi, Cris, Mi, Ro, Gi, Li, Lili, Ma, etc… Sem medo de ser feliz.
Até hoje, nunca ninguém reclamou deste ocasional e oportuno carinho.

E você tem alguma história com seu nome?

Leia mais:

O dia em que percebi o primeiro último dia da minha vida
Mentira do bem – 3 mentiras que contei para não fazer mal a ninguém

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

18 Comentários
  1. ahahaha…hilário os comentários e o post, mas nenhum chega oas pés de meu nome. Me chamo Janeisa Maria Steinbach Tomás. O Tomás é por casamento e casamento com um português. Pois é, sou Janeisa, porque minha mãe criativa do jeito que é escolheu a letra “J” para nomear os filhos Jane, João Luiz e Janine e aí quando chegou minha vez, deve ter jogado as letras do alfabeto para cima e conforme caíram, formaram o meu nome. Brincadeira à parte, já lutei muito contra mal entendidos. As pessoas não entendem nem ao primeiro som. Teimam em colocar um acento agudo na letra “i”, ou então querem colocar um diminuitivo e me chamar de Jane (não dá porque já tenho minha irmã) e assim entro em luta linguística a vida toda com esta criatividade em demasia de minha mãe. Fazer o que? C’est la vie!

  2. Me chamo José e tenho 30 anos. Sempre ouvi as pessoas chamando nos eventos ou pra fazer exame Sr. José qdo levanto eles questionam se sou eu mesmo. Qdo criança era raro encontrar outro José na mesma geração. Tenho sobrenome gringo que cada um pronúncia de um jeito, então cada um me chama de um jeito, amigos, família, trabalho cada um escolheu um sobrenome do 3 que tenho além dos que me chamam de Ze rs … acabei tendo que aceitar e ser feliz assim…rsrs

  3. Meu nome é Amélia, em homenagem a minha avó…Nunca conheci uma Amélia criança..rss. ..Não gosto muito do meu nome, me chamam de “Mel”…E acho uma tremenda falta de imaginação, sempre que conheço alguém, ouvir: “ahh, vc que é a mulher de verdade??” E cantam a música….

  4. Meu nome é Rosa, herdei de minha avó…Rosa Tania, assinado pela minha mãe…um nome único, nunca conheci outra Rosa Tânia…é a minha marca! Rosa é um nome poético, sensível e forte como eu. Um nome curto, sonoro, um sussurro! Adoro quando meu apaixonado fala ao meu ouvido, Rosa! Um nome universal, existe em muitos idiomas. Gosto dele falado no Inglês, onde o R é marcado, no Sueco o S é duplo, no italiano é uma paixão…rsrsrsrs!

  5. Meu nome é sueli de Fatima Leda….muitos me chamam de Li…Su…Leda..morei na Italia cinco anos eles nuncam conseguiram pronunciar Sueli..me chamamavam Suelen…ate me acostumei e gostava muito …voltei para o Brasil sueli era estranho para mim ..mas tudo bem….conheci Peter Americano que hoje é meu esposo incrivel suellen voltou pra ficar na America tambem a pronuncia Sueli impossivel…sempre a pergunta que vem aos meus ouvidos “”Seus pais assistiam o seriado “Dallas”haha…enfim…gosto de Sueli ..curto muito Suellen…na minha profissão fui conhecida como Leda…e assim virou uma curtição…se voce observar estou como Faty…vem de Fatima…Uma Aventura….abraços Meninas !!!!!

  6. Conheci uma “Deolinda” … em homenagem a uma tia e a enfermeira que ajudou no parto !!! Quando apresentada dizia : MEU NOME É DEOLINDA… mas não sou de Olinda!!!

  7. Me chamo Maria Dulcínia e segundo meu pai foi em homenagem a Enfermeira que fez meu parto (Puxa!!! Não podia ter sido uma Sandra,Márcia,Regina…rs).Sempre achei que era Maria Dulcinéia,mas ok…Depois de muito tempo conheci algumas Dulcínias- deve ter mais umas 2 no mundo…kkkkk.Nunca acertam meu nome fica sendo:Dulcinéia,Dulcina,Dulcinda e por aí vai.Não gostava de meu nome até que com uns 40 anos (tenho 59),um colega de trabalho falou que era legal.. .diferente…que tinha personalidade,etc.e só me chamava de Dulcínia (quase todo mundo me chama de Dulce),então assumi e agora gosto.Depois que “assumi”muita gente tem de chamado de Dulcínia naturalmente,sem errar.Freud deve explicar…rs…

    1. Que ideia legal do seu pai de homenagear a enfermeira, Dulcínia e um nome lindo! As pessoas devem ter pararam de errar por perceber que você tinha orgulho do seu nome.

  8. Meu problema não é o nome e sim o sobrenome: Paes.Escrevem Paz,Pais, Pás e até Pães. Já vou logo soletrando.

  9. Adoro meu nome mas ninguém entende de primeira: Milian. Qdo me perguntam o meu nome e eu respondo: é Milian. As pessoas entendem Emília. Ou então: como é seu nome? Milian. Ahmmmm? Aí tenho que soletrar letra por letra, kkkkk. Ou:ahhh, Miriam. Não. MILIAN.E assim vai. Amo meu nome pq é diferente e eu adoro ser diferente!!!!

  10. Meu nome é Egle! Dá para alguém entender de primeira? Sempre tenho que repetir ou até soletrar! Mas acho que tenho muita cara de Egle!

  11. Kkkkkkk Adorei o post! Hilário! Me chamo Elisabeth e gosto muito do meu nome. Minha mãe contava que era pra ser Rosemeire… Ufa! Ainda bem que meu pai mudou de ideia na hora de registrar. Sou a caçula de seis irmãos, e os cinco que chegaram antes de mim, tem nomes começados com E ou H, Eliana, Eladir, Herbert, Herter, Heloisa e quando eu tinha cheguei, pra fechar com chave de ouro, papai colocou EliSabetH, que começa com E e termina com H! Interessante isso! Quero ressaltar que não tenho nada contra o nome Rosemeire, mas gosto mais de Elisabeth, pois Beth, Betinha, Lis, Elis soam muito melhor aos ouvidos do que Rose, Rosinha ou Meire! Concorda? Beeeijo, Dominique! ! !

  12. Izildinha é meu nome.
    Izilda Zilda me soam totalmente estranho.
    As pessoas pensam q estou querendo ser íntima me apresentando pelo apelido MAS NÃO É APELIDO! É o meu nome…
    Para algumas mostro o RG. Na infância sofria, agora não me importo. Apesar de que ter um nome no diminutivo…

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O dia em que percebi o primeiro último dia da minha vida

Dominique - último
Ainda não tive o último dia da minha vida, ainda bem, mas já tive muitos “últimos dias”. Isso não quer dizer que tenha vivido 7 vidas.

Vou tentar explicar. Um dia, num distante 1998, olhei uma figura de um marcador de tempo derretendo. Parei. Olhei de novo. Um arrepio me percorreu a espinha. Persistência da Memória tocou alguns pontos de minhas terminações nervosas.

Clichê ou não, fiquei obcecada por este quadro de Salvador  Dali, sem entender muito bem. Apenas sabia que as questões do tempo, o tempo mais rápido que o meu tempo, a falta dele ou até mesmo a diferença entre o meu timing e o dos outros, me perseguiriam pelo todo o sempre.

Concluí que sou muito ansiosa e descobri que a culpada por este sentimento dominador e determinante é a relação que tinha/tenho com o tempo.

Por exemplo: quando viajava, ficava sempre com aquela sensação de que não daria tempo de conhecer tudo, de ver tudo, de aprender tudo.

O pior foi perceber que minha imaturidade não me deixava ver que o tudo não existe (afff, Lili, que filosofada boba. Foco Lili. Foco).

Acabei  achando uma fórmula para aplacar minha ansiedade quando viajo e não enlouquecer quem está comigo com maratonas de 18 horas.

Eis a fórmula: Para qualquer lugar que eu vá, na minha cabeça, tenho a certeza que voltarei um dia! Então, caso não consiga fazer ou ver agora, farei da próxima. Obviamente nem sempre existe a próxima. Na maioria das vezes não há, mas é meu truque.

Este foi apenas um exemplo da relação conturbada que tenho com esta entidade, dona de todos nós: o Sr. Tempo! Sempre o último segundo que está por vir.

Voltando ao século passado, naquele mesmo ano de 1998, outro acontecimento teve um peso preponderante em minha vida.

No carro, correndo (sempre correndo, mas nunca atrasada!) para buscar as crianças na escola, perdida em minha lista mental de afazeres do dia, começa a tocar uma música no rádio. Um murmurar aflito. Uma voz masculina diferente. Um ritmo ansioso e agoniado. Palavras insólitas unindo-se em frases incomuns. A música terminou.

Parei. Parei o carro na primeira ruela que achei. O refrão martelava em minha cabeça.
Ainda parada e longe de meu destino, peguei no porta-luvas um pedaço de papel e uma caneta. E comecei a responder o que me perguntava insistentemente aquele refrão.

– O que você faria se só te restasse um dia?

Escrevi. Em formas de tópicos, cartesiana que sou. Escrevi. Virei aquele folheto de quitanda e continuei escrevendo em todos os seu espaços em branco. Procurei no carro desesperadamente outro pedaço de papel para ter chance de seguir minha vida, um último pedacinho de papel. Não achei.

Parei. Parei tudo. Olhei para os meus garranchos e concluí o óbvio. Não vai dar tempo! Se eu tiver apenas um dia, não terei tempo de fazer tudo o que gostaria.

Fiquei em estado catatônico sem saber como resolver aquela difícil equação. Um ligeiro desespero encontrou as minhas, mais do que nunca,  persistentes memórias.

Foi quando tive uma luz!

– Eu não tinha apenas um dia, um último dia. Pelo menos não que eu soubesse. Então, talvez e apenas talvez, desse tempo.

Deu!

Desse dia em diante resolvi viver minha vida sem pendências. Tento fazer tudo e de tudo (dentro do razoável, claro). Sem pressa, sem agonia, eu faço.

E hoje, no primeiro dia do ano, viverei como se fosse o último.

Mas com muito pouca coisa pra fazer e com a tranquilidade de que vai dar tempo.

  • Em tempo e a quem interessar possa, a música em questão é Último Dia do Paulinho Moska

Leia mais:

Mentira do bem – 3 mentiras que contei para não fazer mal a ninguém
Será que todo mundo gosta mesmo do Natal?

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

3 Comentários
  1. Se a cd dia nos lembrassemos de que pode ser o último, quem sabe, tudo poderia ser diferente para mim é para o outro…

  2. Agora lembrei de um escrito DAZANTIGA:

    Afinal, Tempo, vais pra trás ou pra adiante?
    vais assim, conduzindo minha vida
    e eu de mim, fico distante…
    Pra onde vais,Tempo?
    Pra trás ou pra adiante?

    😉

  3. O tempo para quem espera em Deus e infinito nao faca nada em vão que vai dar tempo para tudo o que vc quer sem pressa de ser feliz, talvez o tempo que vc imagina nao e o meu tempo.Quando vc tem o dom de ver o futuro em vinte anos vc programa o tempo sem pressa de chegar a onde vc quer tudo no seu devido lugar esse e o tempo ao tempo.Dar tempo pra encaixar todas as coisas que estão pendentes a vida espiritual. E como fosse ser ou ser.

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