Tag: Casa

Uma estante com memórias e amigas virtualmente presentes!

Aconteceu tudo muito rapidamente. Em dias fomos obrigadas a mudar nossas rotinas e os nossos hábitos sociais. Podia olhar aqui para o “copo meio vazio” e fazer uma ladainha com reclamações. Mas não irei, porque na verdade, eu me adaptei e criei novos hábitos. E sabe de uma coisa: adorei! 

Uma das principais mudanças é estar mais presente na vida das minhas amigas queridas. Com muitas delas mantenho contato constante; com outras estou junto sempre que possível. Mas o que eu sinto agora é que estar tão longe nunca me fez sentir tão perto.

Virtualmente falando está sendo ótimo estar digitalmente presente com minhas amigas.

Enfim… os aplicativos de conversa Zoom e o Hangout já estão por aí há anos. Eu sempre usei basicamente para trabalho. Mesmo o WhatsApp, eu uso para trocar mensagens rápidas ou mandar mensagens de voz. Poucas vezes eu fiz chamadas em vídeo para ficar conversando com alguém por um tempo.

Sobretudo até agora… E vou dizer que está sendo o lado bom – ou o “copo meio cheio” – dessa pandemia. Antes eu não tinha tempo (afinal, não tinha mesmo?) para acompanhar alguns detalhes corriqueiros da vida das minhas amigas. A correria é tamanha que chega a nos ofuscar das pequenas coisa que acontecem na vida de quem a gente convive. 

É por tudo isso que eu amei passar um tempo com a Adriana Marcia Oliveira, da loja Batik, durante o dia em que ela arrumou a estante da casa dela. Desde o princípio, eu acompanhei tudo pelo WhatsApp, com ela me mandando mensagens e fotos de cada detalhe durante uma tarde. 

A Adriana tem uma das lojas mais incríveis de decoração que eu conheço, lá em Cascais, em Portugal. Além de ser uma grande amiga, claro. No começo do ano fizemos um encontrinho de Dominiques portuguesas lá na loja dela e posso falar: foi uma tarde maravilhosa. 

Uma lição sobre decoração pelo Whatsapp

Ela decidiu em um sábado arrumar uma estante da casa dela. Junto com os comentários e as fotos da arrumação, a Adriana mandou dicas muito interessantes sobre decoração. Dominiques… gostei muito e, por isso, decidi compartilhar com todas vocês aqui.

Dica 1

Em primeiro lugar, se a estante estiver cheia, você deve colocar tudo no chão. Em seguida, confira se o ambiente está bem iluminado pois faz diferença. Se não entrar luz natural, ligue as luzes e os abajures para deixar o ambiente bem claro.

Dica 2

Em seguida, pegue uma peça qualquer da prateleira. Não há uma peça certa para começar. Escolha aquela que a sua intuição mandar e coloque na estante. Essa é a sua primeira tentativa. Depois, busque uma nova peça que contraste com a primeira e prossiga assim, sucessivamente. Se não ficar bom, tire tudo e recomece. Eu fiz tudo em duas tentativas.

Dica 3

Além dos livros e objetos, fica muito bonito colocar vasos de flores. Mas se você não tiver no dia, não tem problema. 

Dica 4

Há muitos detalhes para contar quando organizamos uma estante. Algumas pessoas têm vários objetos pessoais, como bibelôs, fotografias ou obras de arte. Outras, no entanto, querem ter uma prateleira minimalista. Enfim. Podemos contar várias histórias na estante da nossa casa. 

Dica 5

O segredo é o que eu chamo de uma “mistura fina”. A ideia é organizar os livros nas prateleiras por temas e distribuir por entre eles alguns objetos pessoais e outros itens decorativos.

Como ficou a estante da Adriana

Os livros estão divididos em temas, em cada prateleira”: 

  • guias de viagens, lugares, países e hotéis,
  • literatura e livros publicados do Branquinho da Fonseca,
  • pintura, pintores favoritos e livros de decoração
  • cinema, fotografia e música

“Entre as minhas peças, há abajur (candeeiro) de design e uma luminária de parede, com fios suspensos, modelo Parentesi, da marca Flos. E outra luminária de mesa, uma peça vermelha da marca Azimut.”

“Misturei com itens sobre bons momentos, como a peça em dourado, que é um prêmio de melhor fotografia que o meu marido ganhou por um filme”.

“E no meio de tudo, distribui diversos objetos, que são recordações de viagem pelo mundo.”

“Ah! Coloquei também o único quadro que tenho da minha mãe, que pintou quando ainda era solteira. Ela era autodidata e fez quadros lindos! Mas todos se perderam quando meus avós morreram. Este quadro dos cavalos ainda precisa ser restaurado.”

“Ainda há uma fotografia da minha sogra com os filhos.” 

Por fim, você pode ver que essa é uma estante com memórias!!

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E agora, José? Somos eu e tu e tu e eu

Dominique - Eu e tu
Mesa posta para dois.
Naquela copa que por muitos anos 4 jantaram.
Hoje, somos só dois.
Aliás, não sei nem porque ainda ponho a mesa.
Seria tão mais fácil jantarmos na bandeja.
Em frente à TV.
Mas algo em mim diz que tenho de manter este ritual.
Tenho que fazê-lo para que tentemos nos olhar e nos enxergar.

Verdade é que, depois que os meninos saíram de casa, eu e o meu companheiro de jornada de mais de 30 anos estamos tendo de nos readaptar.
Seria esta a palavra?
Readaptar?
Ou reencontrar?
Ou reconhecer?
Ou redescobrir?
Não sei.

Foram tantos anos de correria, trabalhando, lutando, educando.
Sempre com ele. Sempre com o meu único e amado parceiro de vida.
Mas, pra falar a verdade, nem sempre o mesmo.
Tenho a certeza de que ele e eu mudamos muito ao longo destes anos.
Casamos e descasamos várias vezes.
Mas sempre um com o outro.
E sempre, além da vontade de estar com ele, do amor, do carinho, foram os projetos em comum que nos traziam de volta para a união.
E o maior destes projetos foram os nossos filhos.

Filhos estes que alçaram voo de tão bom que foi o trabalho que fizemos.
Sempre tivemos os nossos projetos individuais.
Mas os projetos conjuntos é que fazem os laços do casamento serem refeitos pelo tempo.
Muito fácil embarcar em algum sonho pessoal e ir navegando, deixando o outro a ver navios.
Difícil mesmo é voltar e atracar no mesmo cais.
Os filhos sempre são um motivo a mais para que voltemos.
Mas, cada vez que voltamos, voltamos diferentes. E encontramos pessoas diferentes.

Assim é a vida.
Aí, um belo dia ao chegarmos em casa, encontramos o silêncio.
As camas arrumadas.
As almofadas no lugar.
As luzes apagadas.
O fogão desligado.
O que vemos é aquele parceiro ou parceira de tantos anos sentado na poltrona, ansioso nos esperando, perguntando por que demoramos tanto.
Pergunta nunca antes perguntada.
Preocupação?
Não…Solidão.

Aí, olhamos um para o outro.
A mesa posta para dois.
E percebemos que daqui pra frente o que teremos serão grandes vazios e silêncios.
Ou não.

Eu e tu. Tu e eu.

Vem me conhecer.
Vou te descobrir.
Tenha paciência.
Não sou mais uma menina.
Mas tenho meus encantos.
Sei que você também, apesar dos anos, continua um rapagão.
Ambos faremos uma forcinha.
E reaprenderemos.
Só não podemos é deixar o silêncio e o vazio vencerem.

Você já viveu ou esta vivendo está fase da vida? Conta a sua experiência aqui.

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Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

15 Comentários
  1. É a vida que segue…
    Calma e sossegada, sem pressa rsrs
    Por entre flores e pássaros não vejo o dia passar, só escuto uma vos baixa me chamando para o almoço,pois agora trocamos as preferências. ..ele vai cozinhar e eu cuidar do Jardim.Ah!quanto tempo esperava por isso.
    Não Hã filhos pra cuidar, não ha horários a cumprir, a melhor idade chegou, e por que não aproveitar o que temos de melhor.TEMPO…

  2. Lindo ! Bom momento para se redescobrirem e criarem novas expectativas! Novos objetivos? Conhecer aquele país que só os dois gostam…. infinitas possibilidades e quem sabe descobrirem novos gostos e cheiros? Fantástico texto!

  3. Há muita felicidade e alegria em cada ciclo e momento da vida! Não devemos deixar desperdiçados por falta de um olhar de amor!!

  4. A doçura existe em cada diferente fase da vida, a sensação de feliz percurso permanece e a eterna alegria de descobrir e se encantar com o novo!!

  5. É, a vida do casal é mesmo assim começa a dois, daí vem os filhos que crescem vão cada qual para a sua nova moradia e o casal volta ficar a dois.!!! É o ciclo normal.

  6. Não é mais eu e tu. Tu e eu. Você se foi, para outra mesa, para outros braços. Ficamos somente alguns dos nossos filhos e eu. O mais velho casou… A caçula foi trabalhar e morar em outro Estado … Criaram asas e voaram. O ninho não está vazio, ficaram dois filhos. Não coloco mais os pratos à mesa – cada um tem horários diferentes de sairem para o trabalho, de almoçarem, de voltarem para casa, inclusive eu – a não ser quando os quatro filhos estão em casa, em visitas rápidas, e são tantos os assuntos conversados, os papos colocados em dia… As promessas de se passar mais tempo juntos… As recordações da infância, as lembranças de momentos passados na companhia uns dos outros… Aí chegamos à conclusão que não valorizamos o tempo que os tivemos junto a nós, que hoje só temos as migalhas de seu tempo – escassos, corridos, sempre na azáfama de novos caminhos, novas rotas, que eles hoje percorrem sozinhos…

  7. Belo texto e reflexão, estamos também nesse exato momento passando por esses períodos de silêncio em casa e a mesa posta para nós dois, eu e minha esposa.

    E pior também é a distância que estamos, pois moramos em Manaus e temos uma filha que mora no RJ e o filho morando em SP, ainda bem que temos uma filha casado, que mora em Manaus.

    Mas creio que é assim mesmo que a vida faz conosco, outro dia eram todos crianças que estavam sob nossas responsabilidades, e o tempo passa e cada um vai seguindo seu caminho.

  8. Nesse momento também ! Os silêncios são tão tristes…parece que não sabemos mais o que dizer…não tem mais boletim para ser discutido , broncas para serem dadas, noites para levar e buscar na balada…sobre o que vamos conversar ? Alguém por favor me dá uma dica? Parece que a copa ficou enorme e estamos cada qual em um cômodo separado, olhando para seu próprio celular e falando com pessoas que o outro não conhece…triste, muito triste.

    1. Ana querida, projetos. Projetos em comum. Do mais simples ao mais…
      Quem sabe combinar um cineminha num dia fora de rotina?
      Ou convidar uns amigos para uma caminhada num parque ou trilha com caipirinhas e petiscos depois? Os projetos nao precisam ser grandiosos. Basta que sejam a dois. Combinados, planejados e executados a dois…

      1. Adorei as sugestões. Aqui somos eu e eu. E para piorar, pedi demissão da empresa onde fiquei por 10 anos. Me mudei para uma cidadezinha com 19 mil habitantes, onde ñ conheço ninguém. Ha dias, que penso que fiz a maior loucura da minha vida, e em outros me sinto uma aventureira

        1. Geane,

          Eu acredito que você tomou a melhor decisão. A chave está em aproveitar o tempo juntos, seja numa metrópole ou numa cidadezinha do interior. Reencontre seu amor, namore, morra de rir…pode ser no coreto da pracinha!

  9. Estou passando por isso neste exato momento. E a expectativa de redescobri-lo e ser redescoberta está enorme!

  10. Já me acostumei com este silêncio.
    Estranho a família separa e multiplica.
    Os filhos criam asas e acham outras asas pra acompanhá-los.
    Ai vem genro, nora e mais tarde as asinhas mais lindas os netos.
    Acho q este período de silêncio e para reaprendermos a viver a dois e se fortalecer pras novidades q a vida nos prepara.
    Afinal de contas fizemos estes mesma caminhos, e como pensamos na época?
    Vida q segue…

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Tempo de Travessia – Planejar para momentos críticos

Banner_tempo de travessaAh! Como é difícil encarar os momentos críticos!

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Fernando Teixeira de Andrade.

Muitas vezes, temos a impressão de que a vida esta lenta, que nada acontece, que vivemos numa rotina sem fim. Na verdade, todos os dias estamos caminhando, todos os dias, construímos nosso caminho, caminhando.

Aprendemos a caminhar, caminhando…

Em certas circuntâncias, só sentimos a vida acontecer, em momentos de transição, etapas da vida em que é necessário deixar para traz as roupas que já tem a forma de nosso corpo, para seguir em frente.

Deixar pessoas, objetos, perfumes, caminhos conhecidos para trás e se jogar no novo. Ai como dói! Em algumas situações não, não é mesmo? Tem mudanças que nunca imaginamos que aconteceriam em nossa vida e mudam tudo para muito melhor, certo?

Esses minutos terríveis, que mudam tudo e sacodem a vida da gente, chamamos de momentos críticos. Originalmente a medicina nomeou de “crítico” aquele espaço mínimo de tempo onde o paciente melhora ou morre. Vou usar aqui o termo de forma menos dramática, mas tão intensa quanto. Já já, vamos ver exemplos pra lá de “sacolejantes”.

Em fases de transição, a vida chacoalha a gente, obriga a tomada de decisão. Para na nossa frente e diz: ou dá ou desce! Nessa hora, é preciso atitude, raça, postura, desprendimento, plano “B” e Planejamento!

Ah! Garota! Pensou que eu não fosse falar de planejamento só porque acordei cheia de poesia? Boba, nasci com esse chip… vou sempre dar um jeito de falar.

Tem uma coisa no mundo que economistas e psicólogos apesar de enxergar de maneira bastante diferente (ao meu ver) deram o mesmo nome, é o tal de ciclo de vida, ou ciclo vital familiar.

Os dois mostram pontos nodais, pontos cruciais da caminhada da maioria das pessoas, onde por vontade, necessidade ou na marra, nossa vida muda.

Vou dar alguns exemplos destes momentos críticos: nascimento, casamento, nascimento dos filhos, adolescência dos filhos, filhos casando, aposentadoria, envelhecimento e morte, entre outros pontos críticos. Você tem alguma dúvida de quanto a vida muda nesses pontos?

Vamos combinar: por mais que a gente um dia tenha desejado casar ou ter filhos, ninguém passa por essa fase na paz… A gente pira, fica ansioso, gasta dinheiro a rodo! Muda tudo! Muda de casa, muda de corpo, muda de nome, muda de caminho, muda o nosso jeito de gastar dinheiro, mudam nossas prioridades, bagunça tudo por mais que seja lindo!

Um momento crítico não implica em ser um momento ruim! Implica em um rompimento, deixamos por exemplo a vida de solteiro para a viver a vida de casado, dormimos mulher e acordamos a mãe de alguém, a namorada de alguém, a vó de alguém, a sogra de alguém, a ex funcionaria da empresa X, a ex dona da casa, a dona da casa nova…

Só depois que a gente passa dessa pelas mudanças é que se tem coragem (e tempo) para olhar para trás e tirar as próprias conclusões. Atravessar, implica em transformar e mudar para a maioria de nós mortais, não é uma coisa exatamente fácil.

Respira! Sobrevivemos até aqui? Lindas? Cheias de histórias para contar? Então tá!

Se tem uma coisa que acredito que tantos psicólogos quanto economistas não terão duvidas é que passar por essas fases de transição, os momentos críticos, com uma reserva financeira é mais fácil.

Sim meninas, querendo ou não, o dinheiro nos dará maior tranquilidade para cuidar do que já construímos até aqui, ou nos dará mais fôlego para se manter firme na transição (de carreira por exemplo), nos dará a liberdade para viajar quando a cabeça estiver pegando fogo, ou simplesmente para poder ajudar o filho que está indo viver em outro país.

Em nossa caminhada, aprenderemos que não vale a pena carregar tanto peso, as coisas têm valor pelas histórias que contam, não precisamos acumular cada bibelô, ou presente que ganhamos, precisamos guardar a emoção que sentimos quando os recebemos.

Precisamos ter desprendimento para doar o primeiro brinquedinho do nosso filho ou aquela mesa que só de pensar em mudar de lugar novamente já fica com as pernas bambas…

Perder um emprego, não precisa ser assustador, pode ser libertador. A hora de se aposentar, pode ser muito mais que uma despedida, deve ser comemorada, pra isso temos que ter um dinheiro guardado, seja para manter as contas em dia, seja para nos adaptarmos ao nosso novo cotidiano.

É preciso aceitar com serenidade algumas mudanças. É preciso dar adeus aos filhos que crescem, dar boas-vindas ao emprego novo, ter gratidão pela casa enorme que acolheu tantos momentos mágicos e entrar com o pé direito na vida nova, com a leveza de quem só leva o que é essencial.

Ter um tempo pra si onde se demande menos despesas, compromissos e sobre mais tempo e grana para se fazer o que não se tinha tempo de fazer antes, para pisar em outras areias, sentir outros odores, conhecer outros amores, fazer novos melhores amigos.

Planeje-se financeiramente e cuide-se emocionalmente para que essas travessias aconteçam da maneira mais tranquila quanto o possível.

Estava com saudades, mudei de casa, mais uma transição… só agora tive tempo e coragem de compartilhar essas emoções e de aparecer por aqui

Beijões,

Até a próxima! Paula Sauer

 

Leia mais:

Dominiques, abaixo a infelicidade e que venha a maspassa…a temida menopausa.

Como é chato conviver com um chato – A pior espécie de mala sem alça.

Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

4 Comentários
  1. Fantástico esse texto!!!

    Muito bom, alegre, produtivo, quase romântico e íntegro…

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Que tal apostar nas cores na hora de renovar sua casa?

Dominique - Cores

Em minha experiência profissional, percebo claramente o quão difícil é para as pessoas tomarem decisões em relação a que cores utilizar nos ambientes de suas casas.

A escolha das cores que irão compor um ambiente é uma atividade prazerosa e, ao mesmo tempo, angustiante, para a maior parte das pessoas.

A infinidade de possibilidades de decoração gera mais ansiedade do que respostas. Têm pessoas que sabem muito bem do que gostam e do que não gostam. Ok, fica mais fácil. Mas há quem goste de várias opções e a toda hora mudam de ideia, inseguras quanto à melhor delas.

Não existe “a melhor opção”. O que existe é uma boa reflexão sobre vários pontos a serem considerados na hora da escolha de cores: luminosidade do ambiente, a existência de estofados que não sofrerão troca de tecido (a cor dos mesmos irá definir a nova cor das paredes e mobiliário complementar) ou a escolha de tecidos existentes nas lojas (às vezes, é o tecido escolhido que dá o rumo à escolha da cor do ambiente como um todo) etc…    

Décadas atrás, a oferta de cores de tinta era bem restrita. Hoje é possível pintar as paredes com a cor que desejarmos, compondo com tecidos das mais diversas estampas. Eu adoro essa fase do projeto, quando chega a hora de escolher cores e tecidos.

É comprovado que elas afetam nosso humor. O ambiente de nossas casas pode ser fonte de bem-estar com a utilização de cores harmoniosas, que podem ser classificadas em quentes ou frias.

As quentes (vermelhos, laranjas, amarelos) “aumentam” o ambiente e causam maior excitação. As cores frias (verdes, azuis, violetas) “diminuem” o ambiente e são cores calmantes e refrescantes.

Quando quero me inspirar sobre ambientes cheios de cor, procuro por referências gringas. Reparo, em todos os meus anos como arquiteta, que com raras exceções, o brasileiro tem medo de utilizar cor dentro de suas casas…

A preferência predominante é por branco, bege, cinza… E isso se reflete nas publicações brasileiras sobre decoração.

Mas voltando à escolha de cores…

Têm alguns passos que devem ser observados no processo e isso vale também para a escolha de cores neutras, como tons de bege e de cinza.

O primeiro passo é pesquisar por imagens de ambientes para descobrir quais deles nos encanta e observar os detalhes: se é monocromático, se usa cores contrastantes, se são cores quentes, frias, arrojadas, clássicas etc.

O importante é a pessoa se identificar e se imaginar convivendo com aquela cor.

O segundo passo é aplicar a cor escolhida no projeto, isto é, além de cores das paredes, definir se os estofados serão lisos ou se haverá composição com estampas. O terceiro passo é a busca pelos tecidos que serão utilizados.

Com as amostras dos tecidos em mãos vai-se à loja de tintas escolher, atentamente, por cores que casem com as cores dos tecidos, mas ainda não será comprada a tinta e sim várias amostras (tintas que vêm em pequenos recipientes) que serão aplicadas (em quadrados de 1,00 m X 1,00) na parede do ambiente a ser pintado.

A escolha de cor de tinta apenas pelos catálogos na loja é enganosa. Cada cor ou seus tons reagem diferentemente à incidência de luz no ambiente e, por isso, a importância da escolha ser feita no local a ser pintado.

Às vezes, são necessárias muitas amostras de tinta para se chegar na escolha certa.

Se a ousadia não alcança ir mais longe do que os tons off-white, gelo e bege para o living, sempre pode-se enlouquecer nas cores escolhidas para o lavabo, o hall de entrada, a sala íntima, o quarto de hóspedes e a circulação. Já é um começo!  

Abaixo estão imagens de ambientes que apostam nas cores, ficando com 3 delas apenas – azul, amarelo e verde. Às vezes, vale a pena sair do automático do bege, branco e cinza. O resultado pode ser uma agradável surpresa e renovação.

O azul é uma cor clássica (tanto para roupa como para decoração) e acolhe como parceira qualquer outra cor vibrante e clara, tornando o ambiente moderno e chic.

Dominique - Cores

Os verdes e amarelos abrangem uma gama imensa e seus tons mais suaves casam muito bem entre si. Os tons de amarelo trazem luminosidade e alegria para o ambiente, enquanto os tons de verde dão uma sensação de calma e frescor.

Essas cores também se harmonizam com várias outras, na composição do ambiente.

Dominique - Cores

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Turna Beck

Turna Beck é arquiteta da Sabendo Decor // Fones: 11-949921000/11-37585128 // [email protected]

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