Tag: Amigas

Um happy hour com as amigas

–  Mas cadê a Tatá que não chega?
– Até parece que você não conhece a Tatá. Alguma vez ela chegou na hora?
– Com licença, posso pegar essa cadeira ou vocês estão usando.
……..
– Vai chegar uma amiga.
– Ok.

– Se ele quisesse sentar com a gente eu ligava agora pra Tatá e dizia que o encontro foi cancelado.
– Nossa! Que gato!
– Gente, esse cara deve ter uns 35 anos!
– E daí? Meu primo tem 68 e tá com uma de 32.
– Meu filho, outro dia, me contou que saiu com uma mulher de 46.
– Com quantos anos ele tá?
– 29.
– E você falou o que?
– Nada.
– Mas não perguntou nem se foi bom?
– Lógico que foi! Ela precisa perguntar?

– Gente, vamos mudar de assunto?
– Olha lá, a gente não deu a cadeira da Tatá, ela ainda não chegou e o bonitão já sentou.
– Aliás, aquela mesa não é nada mal. Aquele de camisa azul clara ali tem borogodó.
– O outro, de camisa branca, também não é mal.
– Mas ele tá de costas!
– Vocês estão com a corda toda hoje hein?

– Gente, alguém quer ir ao cinema semana que vem? Quero ver o filme do Daniel Day Lewis.
– Quem é?
– Aquele ator bonitão… que fez Lincoln.
– Porra, o cara é a cara do Lincoln e você acha ele bonito?
– Dá um Google e vê se eu não tenho razão.
– Peraí… vou ver. Como que escreve Dailius?
– Então… quem tá livre na quarta?
– Quarta eu não posso. Aniversário da minha sogra.
– Putz, eu tenho reunião de condomínio.
– Nossa! Programão, hein?
– Nunca vou, mas apareceu uma infiltração no meu banheiro.

– Achei! Bonitão mesmo… olha essa foto gente!
– E na quinta, alguém pode?
– Quinta o Flavio chega de viagem.
– Quinta é apresentação do balé da Bia.
– Ele que fez aquele filme… Meu pé esquerdo.
– Falando em pé, alguém me indica um ortopedista?
– Vai no meu cunhado. Depois te dou o telefone dele.
– Nem sabia que ele é ortopedista. Achei que era geriatra.
– Também serve!
– Fale por você!

– Gente… gostei desse Daniel, vou ver os filmes dele na Netflix.
– No Netflix. Aliás, tô vendo uma série ótima! Orange is the new black.
– Ah, eu comecei e parei. Não tô a fim de ver um monte de mulher presa.
– Mas é ótima!
– Prefiro ver o Patrick Dempsey, em Gray’s Anatomy.
– Quem é esse que eu também não conheço?
– Volta no Google.
– Gray’s é com ipsilone?
– Sabe quem eu acho um gato, de todas essas séries? Aquele loirinho que adivinha tudo…
– The Mentalist.
– Isso. Parece um anjinho da guarda.
– Nossa, se o meu for assim, vou rezar pra ele encarnar.

– Alguém quer mais chopp?
– Eu tô com fome. Vamos pedir aquela linguiça que é a melhor daqui?
– Tô de dieta. Pra mim, só se for linguiça de tofu.
– Gente, cadê a Tatá que não chega?

Helena Perim

Escritora e roteirista, trabalhou como diretora de arte em canais de TV e produtoras, mas acabou trocando o desenho pela escrita. Hoje, é freelancer na criação e no desenvolvimento de projetos pra TV e Internet. Também é autora de 4 livros de humor, que falam de comportamento, turismo e moda.

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Vamos comemorar o fim de ano… ano que vem!

A essa altura você ja me conhece um tantinho.
Quer ver?
Sabe que somos mais ou menos da mesma idade.
Sabe que sou bem-humorada, na maioria das vezes.

Que sou arquiteta.
Que odeio churrasco.
Que tenho um sonho de consumo meio diferente.
E que dezembro não é o meu mês preferido do ano.

Por que?
Dezembro é o mês de excessos.

Excesso de gastos – gastamos mais do que podemos
Excesso de comida – comemos mais do que podemos.
Excesso de bebida – bebemos mais do que devemos.

Sem falar que os nossos sentimentos ficam todos à flor da pele.
Mas tem a parte boa.
A parte dos encontros de fim de ano!!!
Oooooo delícia!!!!
Não, nem tanto…

Eu já fui arroz de festa de Happy Hours de fim de ano.
Ia a todos.
2 por noite… 3?

Não tinha um bolinho de arroz na cidade que eu não conhecesse.
Afinal, eu precisava nos 10 dias úteis de dezembro, ver tooooooodos os amigos que eu não tinha visto nos 11 meses anteriores.
Ou, às vezes, para tentar fazer a vida mais prática, juntávamos uma turma inteira num mesmo HH.

Vc já deve ter visto uma mesa num boteco com 20 pessoas tentando conversar e impedindo que as outras mesas conversem.
Sim, estes éramos nós.
Mas isto foi num passado distante…

A última vez que fiz isso – há muito tempo – foi em dezembro de 2015!!!
Pois é amiga.
Não aprendo.

Mas este ano – jureiiiii – que faria diferente.
Jurei que não me mataria.
Resolvi que só encontraria aqueles com quem me encontrei o ano inteiro.
Isso.

Afinal de contas foram eles que me fizeram companhia durante o ano.
Foram eles que souberam de mim e eu, deles.
E percebi que é com eles que quero confraternizar.
Não que eu não goste dos outros…
Gosto sim.

Mas, quando me ligam para combinar de nos vermos antes de acabar o ano, eu tenho sugerido um encontro em janeiro.
Um teste sobre a vontade de nos vermos.
Se ela resistir ao réveillon, e persitir na semana seguinte, nos encontramos.
Não só nos encontraremos dia 6 de janeiro, como muitas outras vezes ao longo de 2017.
E, provavelmente, teremos já agendado HH em dezembro do ano que vem!!!

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Japonismo

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Dominique - Japonismo 01

De novo, a proporção oriental, para compor um look 2016/2017

Source: De novo, a proporção oriental, para compor um look 2016/2017
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Dominique - Japonismo 02

Proporções quadradas jogam a nosso favor, pois não marcam a silhueta e são super atuais.

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Dominique - Japonismo 03

Street style bacanérrimo, com um kimono estilizado longo, você ganha amplitude e movimento.

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Dominique - Japonismo 04

A explosão de cores do Japonismo, é mais um ponto a explorarmos.

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Calça que fala japonês, com kimono estilizado

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Essa pantacurta mais retinha, obedece uma linha oriental de modelagem

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Dominique - Japonismo 07

vamos usar e abusar das mangas amplas e que nos remetam também ao oriente

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Proporções e cortes que lembrem o oriente, ficam ainda mais interessantes quando usadas em tecidos ocidentais, como o risca de giz

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Dominique - Japonismo 09

Como deixar uma camisa clássica mais atual? colocando um cinto orientalizado, vc ontem um efeito moderno.

Japonismo
japonismo-copy-12

Olhos puxados à Kajal.

Sutilmente a presença do Japão vem se fazendo notar na moda: nas proporções mais quadradas das blusas, nas calças mais curtas e folgadas, nas várias interpretações do kimono e até na maquiagem.

Este movimento, o Japonismo, é perfeito para nós, Dominiques, porque não marca o corpo e traz cor e estampas que sempre nos favorecem MUITO .

Primeiro, vamos juntas ver a releitura dos kimonos em estampas florais, tricot ou listrados sendo usados com tudo, de calça  jeans a saias lápis, rodadas ou rendadas. Esta justaposição do oriente/ocidente dá um aspecto moderno ao look, e também adiciona uma nota de bom humor, uma pegada que nós Dominiques adoramos.

Respiramos também este ar oriental nas estampas típicas japonesas, só que desta vez podem aparecer em peças tradicionais, como camisas ou saias retas.

O obi, aquele cinto de tecido com duas voltas na cintura, é uma peça-chave. Marca a nossa cintura e emagrece a antenada Dominique.

Como qualquer tendência da moda, o estilo oriental já pode ser encontrado em várias marcas, das mais sofisticadas às mais populares.

Nem precisamos desembolsar muito para ter as peças mais incríveis!

Suzi Morelli

Suzi Morelli - Jornalista de moda. Moderna e antenada, sempre com olhar de Dominique para a moda.

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Uma reflexão sobre amizade e transparência

Cheguei à conclusão de que todo mundo quer ter amigo transparente.
Aliás, tem coisa melhor do que trabalhar com alguém assim?
Você sabe o que o outro está pensando e o que está querendo.

Não tem jogo!
Não…
Não tem para o coitado do transparente, que leva uma surra atrás da outra neste tosco e fosco mundo.

Não sei se isso é uma característica do signo.
Ou coisa de gente que levou pouca porrada da vida.
Gente que não aprendeu as artimanhas da dissimulação.

Só sei que eu sou uma dessas…
Translúcida na verdade.
Revelo-me a cada segundo.
Aqui, lá, em qualquer lugar.

Não me orgulho disso, até porque não é voluntário.
Não sei ser diferente.
Por muitas e muitas vezes, juro, queria ter conseguido segurar uma lágrima, um rubor, um olhar de desconfiança, um olhar apaixonado.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Quem falou que pimenta não é doce?

https://youtube.com/watch?v=1n8R9xEy5LU

Sabem a história que eu contei hoje da Elis e da Rita?
Elas contam e cantam neste vídeo aqui.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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