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Tempo de Travessia – Planejar para momentos críticos

Banner_tempo de travessaAh! Como é difícil encarar os momentos críticos!

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Fernando Teixeira de Andrade.

Muitas vezes, temos a impressão de que a vida esta lenta, que nada acontece, que vivemos numa rotina sem fim. Na verdade, todos os dias estamos caminhando, todos os dias, construímos nosso caminho, caminhando.

Aprendemos a caminhar, caminhando…

Em certas circuntâncias, só sentimos a vida acontecer, em momentos de transição, etapas da vida em que é necessário deixar para traz as roupas que já tem a forma de nosso corpo, para seguir em frente.

Deixar pessoas, objetos, perfumes, caminhos conhecidos para trás e se jogar no novo. Ai como dói! Em algumas situações não, não é mesmo? Tem mudanças que nunca imaginamos que aconteceriam em nossa vida e mudam tudo para muito melhor, certo?

Esses minutos terríveis, que mudam tudo e sacodem a vida da gente, chamamos de momentos críticos. Originalmente a medicina nomeou de “crítico” aquele espaço mínimo de tempo onde o paciente melhora ou morre. Vou usar aqui o termo de forma menos dramática, mas tão intensa quanto. Já já, vamos ver exemplos pra lá de “sacolejantes”.

Em fases de transição, a vida chacoalha a gente, obriga a tomada de decisão. Para na nossa frente e diz: ou dá ou desce! Nessa hora, é preciso atitude, raça, postura, desprendimento, plano “B” e Planejamento!

Ah! Garota! Pensou que eu não fosse falar de planejamento só porque acordei cheia de poesia? Boba, nasci com esse chip… vou sempre dar um jeito de falar.

Tem uma coisa no mundo que economistas e psicólogos apesar de enxergar de maneira bastante diferente (ao meu ver) deram o mesmo nome, é o tal de ciclo de vida, ou ciclo vital familiar.

Os dois mostram pontos nodais, pontos cruciais da caminhada da maioria das pessoas, onde por vontade, necessidade ou na marra, nossa vida muda.

Vou dar alguns exemplos destes momentos críticos: nascimento, casamento, nascimento dos filhos, adolescência dos filhos, filhos casando, aposentadoria, envelhecimento e morte, entre outros pontos críticos. Você tem alguma dúvida de quanto a vida muda nesses pontos?

Vamos combinar: por mais que a gente um dia tenha desejado casar ou ter filhos, ninguém passa por essa fase na paz… A gente pira, fica ansioso, gasta dinheiro a rodo! Muda tudo! Muda de casa, muda de corpo, muda de nome, muda de caminho, muda o nosso jeito de gastar dinheiro, mudam nossas prioridades, bagunça tudo por mais que seja lindo!

Um momento crítico não implica em ser um momento ruim! Implica em um rompimento, deixamos por exemplo a vida de solteiro para a viver a vida de casado, dormimos mulher e acordamos a mãe de alguém, a namorada de alguém, a vó de alguém, a sogra de alguém, a ex funcionaria da empresa X, a ex dona da casa, a dona da casa nova…

Só depois que a gente passa dessa pelas mudanças é que se tem coragem (e tempo) para olhar para trás e tirar as próprias conclusões. Atravessar, implica em transformar e mudar para a maioria de nós mortais, não é uma coisa exatamente fácil.

Respira! Sobrevivemos até aqui? Lindas? Cheias de histórias para contar? Então tá!

Se tem uma coisa que acredito que tantos psicólogos quanto economistas não terão duvidas é que passar por essas fases de transição, os momentos críticos, com uma reserva financeira é mais fácil.

Sim meninas, querendo ou não, o dinheiro nos dará maior tranquilidade para cuidar do que já construímos até aqui, ou nos dará mais fôlego para se manter firme na transição (de carreira por exemplo), nos dará a liberdade para viajar quando a cabeça estiver pegando fogo, ou simplesmente para poder ajudar o filho que está indo viver em outro país.

Em nossa caminhada, aprenderemos que não vale a pena carregar tanto peso, as coisas têm valor pelas histórias que contam, não precisamos acumular cada bibelô, ou presente que ganhamos, precisamos guardar a emoção que sentimos quando os recebemos.

Precisamos ter desprendimento para doar o primeiro brinquedinho do nosso filho ou aquela mesa que só de pensar em mudar de lugar novamente já fica com as pernas bambas…

Perder um emprego, não precisa ser assustador, pode ser libertador. A hora de se aposentar, pode ser muito mais que uma despedida, deve ser comemorada, pra isso temos que ter um dinheiro guardado, seja para manter as contas em dia, seja para nos adaptarmos ao nosso novo cotidiano.

É preciso aceitar com serenidade algumas mudanças. É preciso dar adeus aos filhos que crescem, dar boas-vindas ao emprego novo, ter gratidão pela casa enorme que acolheu tantos momentos mágicos e entrar com o pé direito na vida nova, com a leveza de quem só leva o que é essencial.

Ter um tempo pra si onde se demande menos despesas, compromissos e sobre mais tempo e grana para se fazer o que não se tinha tempo de fazer antes, para pisar em outras areias, sentir outros odores, conhecer outros amores, fazer novos melhores amigos.

Planeje-se financeiramente e cuide-se emocionalmente para que essas travessias aconteçam da maneira mais tranquila quanto o possível.

Estava com saudades, mudei de casa, mais uma transição… só agora tive tempo e coragem de compartilhar essas emoções e de aparecer por aqui

Beijões,

Até a próxima! Paula Sauer

 

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Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

4 Comentários
  1. Fantástico esse texto!!!

    Muito bom, alegre, produtivo, quase romântico e íntegro…

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Mil dicas para não viajar na maionese e fazer a viagem dos seus sonhos!

Dominique - Viagem
Tentei escrever sobre viagem, viajando… achei que seria perfeito. Estava dentro de um trem a caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Juro que tentei, mas me perdi nas paisagens, nas casinhas antigas, riachos, oliveiras e confesso, naquele cochilo de quem não está devendo nada a ninguém.

Ao contrário do que costumo fazer, dessa vez só me programei para os compromissos profissionais, os outros lugares foram me seduzindo ao longo da viagem.

Uma parte de mim estava de férias, a outra trabalhando. De férias, a gente dá férias também para o nosso cérebro, ficamos mais relaxados com a comida, horários e até mesmo com o dinheiro… são nossos vieses comportamentais tomando conta dos nossos atos enquanto damos uma folga à nossa racionalidade, aprendemos isso na economia comportamental. Pensar cansa mesmo. Viajando, a gente só quer cansar de ver coisas novas, diferentes, experimentar cores, sabores, cheiros e idiomas diferentes. Sabendo disso, planeje-se antes.

Me planejei financeiramente, saí do Brasil sabendo o quanto poderia gastar e que teria que fazer escolhas!

Pesquisei preços, mudei a data da viagem, transformei pontos de cartão de crédito em milhas, não gastei um real com a passagem. A ideia principal era passar uns dias na casa de uma amiga querida no sul de Portugal, visitar algumas universidades e como ela atua, assim como eu, em educação financeira, trabalharmos juntas por lá. Ah tá!

Viaje com amigos, é divertido; é gostoso ter com quem interpretar mapas, compartilhar experiências, lugares, risadas, uma comida com cara esquisita e vocês ainda dividem a hospedagem! Viajei com uma amiga brasileira, economizamos em tudo e gastamos tudo em passagem de trem. Viajamos à beça. Andamos igual a um camelo…

Se você tiver tempo para se planejar, veja com antecedência não só a passagem, mas também hospedagem, os descontos são bons, principalmente se for fora da alta temporada. Verifique a possibilidade de transformar seus pontos do cartão em milhagem, hospedagem e aluguel de carro. Dependendo da época do ano, vale a pena. OUTRAS NÃO!

Sabe aquela pergunta que sempre ouvimos na boca do caixa: crédito ou débito? Concentrar as compras no cartão de crédito já é uma forma de planejamento financeiro. É mais fácil para organizar, assim, tem-se uma data única que reúne a maioria das contas. Na fatura sabe-se onde, o que, quando e quanto custou cada coisa comprada ou serviço pago. O cartão nem sempre é o vilão, desde que não se perca de vista que a fatura chega e os juros são absurdos, caso você não pague o que deve na data de vencimento.

Se você for estudante, professor ou maior de 60 anos, identifique-se, isso pode te garantir abatimento nos preços. Em alguns países, estudantes tem limitação de idade, mas na maioria dos lugares, a carteirinha te abre portas com 50% de desconto. Transportes principalmente. Para professores, a carteirinha internacional tem peso de identidade internacional. Só soube quando retornei ao Brasil e já vou fazer a minha. Para comprovar a idade, mostre seu passaporte.

Ainda falando de documentos, tire uma cópia do seu passaporte e mantenha em lugar seguro junto com o endereço do consulado do Brasil. Caso você perca o original, a cópia vai te ajudar bastante na hora de providenciar outro documento.

Se você faz uso de medicamentos de uso contínuo, leve a receita médica com o nome genérico do medicamento. Em tempos de doenças endêmicas, verifique a necessidade de se vacinar antes de viajar.

Não importa se o seu cartão é internacional, antes de viajar, verifique na emissora se você precisa desbloquear o cartão para fazer compras em outros países. Aproveite também para perguntar se tem direito a salas VIP dos aeroportos. Em caso de conexões muito longas, pode ser uma boa pedida.

Se você tem planos de alugar um carro durante a viagem, busque informações antes de tirar a carteira internacional de motorista no Detran. Em alguns países, o turista pode usar a carta do país de origem por um prazo de até seis meses.

Para quem não viaja com frequência ao exterior ou é uma primeira vez, os aeroportos, principalmente os que tiveram reformas recentes, são enormes e os free-shops idem!

Alguns voos com conexão dão a impressão de que se vai “mofar” no aeroporto. Em alguns voos o tempo é “contadinho” para desembarcar e embarcar em outro voo.

Se você está se preparando para a viagem dos sonhos, compre uma mala com o maior número de rodinhas que couber no seu bolso. Faz uma diferença danada. Ah! Sim, compare preços, se for o caso, vá com sua mala antiga e compre outra na viagem, dependendo do destino, pode ser mais em conta comprar fora do Brasil.

O que mais? Por mais vaidade que você tenha, leve o mínimo de roupas possível e consulte a previsão de tempo. Ela é honesta! Não se preocupe: o astral muda, a pele fica boa, use o seu melhor sorriso e como diz uma amiga, “mudou de cachecol, mudou de roupa”… As fotos sairão lindas, não leve um caminhão de roupas, no fim, você usará as mais confortáveis; a dica vale para sapatos também.

Se a viagem for para o exterior e o planejamento for de longo prazo, vá comprando a moeda local ou aplicando mensalmente seus recursos em algum fundo de investimentos cambial. Ao longo do tempo, terá comprado a moeda por um preço médio. Deixar para fazer câmbio na semana da viagem pode ser um risco enorme da moeda estar cotada em um valor alto e comprometer seus planos.

Não gaste mais do que o planejado, a menos que haja uma emergência – Ah! se você comprar a passagem com cartão de crédito, verifique se está pagando também por um seguro viagem, em alguns países o comprovante do seguro é solicitado na alfândega.

Coloque antes de viajar um teto para seus gastos e mantenha-se nele. A sensação de autocontrole é boa e o bolso agradece.

Durante a viagem, hidrate-se bem! Use sapatos confortáveis, não deixe de experimentar algum prato típico, apaixone-se, tire muitas fotos e pese a mala antes de embarcar de volta.

Cuide de tudo com antecedência para não viajar na maionese!

Beijão, boa viagem! Ao retornar, conta tudo pra gente aqui!

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Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

4 Comentários
  1. Depois dessa. Fiquei sem palavras. Obrigada pelos dias incríveis amiga! Muitas saudades. Mil beijos em todos aí!

  2. Boas dicas amiga Paula. Foi com enorme gosto que te recebi na minha casa, na minha família, nos meus amigos.
    Foi uma decisão inteligente viajar por todo o país de comboio. O país é pequeno, é económico e as paisagens agradecem serem conhecidas pelos sentimentos dos forasteiros.
    É bom viajar, conhecer novos ambientes e culturas diferentes. Da gastronomia ao clima tudo é uma questão de hábito mesmo. O planejamento da viagem é importante mas há sempre lugar para que os locais nos surpreendam com algo que se fossemos apenas como turistas nunca encontraríamos.
    Um obrigada gigante à forma como me recebeste em S. Paulo numas férias inesquecíveis.

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Quando vale a pena fazer seguro? Do que e por quê?

Dominique - Seguro
Não é à toa que são sábios os ditados populares “o seguro morreu de velho” e “quem tem cuida”.

Você sabia que o seguro deve ser considerado um investimento?

A maioria das pessoas não abre mão do seguro, por puro medo, coisa de pai. Muita gente não dirige o carro de alguém se souber que não é segurado.

A teoria diz que quanto mais nova for a pessoa, mais alto deve ser o seguro de vida. Mas que teoria é essa? Quanto mais jovem o ser, mais longe de morrer, certo? Se perder o carro, mais tempo para adquirir o outro, não?

Errado! Morrer é certo e se tem alguém que sabe isso é a seguradora. O risco é perder algo enquanto se está vivo.

Conversamos com o Heney Fernandez, corretor de seguros, que deu exemplos bem esclarecedores sobre o tema e abriu uma nova janela para entender o assunto.

Tome como exemplo um jovem de 24 anos que está começando sua vida profissional. Está dando os primeiros passos para não depender dos pais, mas ainda não tem nada de concreto na vida. Precisará investir num financiamento para adquirir um carro, uma casa, casar e ter filhos. Enfim, está na idade certa para assumir uma penca de dívidas.

Nesta fase, o ideal é fazer um planejamento financeiro, investindo em um seguro de vida de valor alto e também em uma previdência privada, neste caso, com valor menor. Ele tem muito a perder, levando-se em consideração o volume de dívidas assumido.

Aos 40 anos, seus compromissos financeiros começam a diminuir, filhos já estão indo para a faculdade, a casa está quitada, os carros da família comprados. Neste momento, o ideal é inverter posições, diminuir o valor do seguro e aumentar o investimento na previdência privada que vai propiciar um rendimento para viver a terceira idade, que nos últimos tempos, todos sabemos, vai durar bastante, pois a longevidade aumentou e muito.

Ter ou não seguro de vida, Dominiques? Ó dúvida cruel!

Muitos pensam que seguro de vida é para deixar um patrimônio para os herdeiros, mas este não é o único jeito de avaliar se deve ou não investir em um seguro.

Se você tem bens imóveis para deixar como herança, mas não tem dinheiro, não há liquidez. Como seus herdeiros vão se virar?

Há quem venda os imóveis e invista em seguro, diga-se de passagem, é um seguro alto, levando-se em consideração transformar seu patrimônio no prêmio da apólice. Mas neste caso, o valor não entra em inventário, não paga imposto e em 30 dias os herdeiros recebem o dinheiro. Não tem briga, nem anos de trâmite na justiça.

Nunca tinha pensado nisso. Você há de concordar que é preciso muita disciplina para não esquecer de pagar o seguro, sem falar em investir o valor da venda do imóvel (e esquecer do investimento) para não correr o risco de ficar sem ele e não pagar a apólice.

Segundo Heney, deve-se investir menos em seguro de vida a partir dos 60 anos e aumentar a contribuição na previdência privada.

Seguro de casa ou carro, por exemplo. O valor anual da apólice de seguro de uma casa é pequeno, R$ 500 a R$ 600. Para o corretor de seguros, o que é necessário analisar é o custo do valor fixo contra a necessidade de desembolsar um volume de dinheiro muito alto no momento do sinistro. A chance de pegar fogo é pequena, mas e se pegar? Como levantar de uma hora para a outra o montante para reconstruir sua casa ou apartamento?
Este “E SE” é que pega.

Um seguro de carro que custe R$ 250,00 por mês para se transformar no valor de um carro de R$ 50.000,00 são necessários 15 anos. Se você não rasga dinheiro ainda, há de convir que não é fácil conseguir R$ 50.000,00 para repor um carro, seja por causa de um roubo ou acidente.

Aqui, a melhor notícia de todas é que mulheres pagam um valor menor de seguro em relação aos homens. E, quanto mais maduras as mulheres, menor é o valor do seguro. As seguradoras descobriram que nós somos o máximo, Dominiques.

E seguro saúde então, nem se fala!

Não ter seguro saúde hoje é ter uma roleta russa apontada na sua testa 24 horas por dia. O ideal era aquele seguro antigo que cobria despesas hospitalares e exames e que não existe mais. Quem tem, pelo amor de Deus, não se desfaça.

Infelizmente, nossa saúde pública é precária e depender dela é assinar o atestado de óbito com antecedência.

Não é possível mais ter o plano top? Tenha o sênior. Não dá o sênior, tenha o plus. Nem o plus, vá para o plano enfermaria, mas na hora do vamos ver, o seguro saúde ajuda muito, mesmo que você seja uma Highlander.

Dominiques empreendedoras, existe o seguro sucessão empresarial. Imagine que você tem um negócio e que, no seu contrato social, os dependentes não podem assumir a empresa. Seu sócio morre e você precisa comprar a parte dele. Se não tem um dinheiro guardado, como fica?

E, para as Dominiques que são profissionais liberais, há ainda o seguro de responsabilidade civil. Médicas, advogadas, contadoras, engenheiras…

Imagine a seguinte situação. Uma médica comete um erro em um procedimento. Como arca com a indenização? Concorda que isso pode acontecer com qualquer uma de nós, levando-se em consideração que somos humanas?

Uma engenheira responsável por uma obra que cai, uma contadora que esquece de recolher impostos de um cliente. Mas advogada, como assim? Ela não é obrigada a ganhar uma causa, claro que não! Mas se esquecer de anexar um documento ou perder um prazo, a casa cai.

E também, para esta categoria, tem o seguro de lucros cessantes. Tanto para empresa, quanto para pessoas físicas. Imagine uma dentista que quebra o braço e fica 5 meses sem trabalhar. Como ela paga suas contas? Esta modalidade garante uma renda em decorrência do acidente ou doença temporariamente.

Diante de tudo isso, é bom avaliar direitinho e cuidadosamente quando vale a pena colocar no seguro aquilo que é importante para você. Tudo depende do perfil de cada um, o que pesa mais, investir na tranquilidade ou bancar o risco?

Qual é o seu perfil de seguro?

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5 motivos que atrapalham nossa estabilidade financeira

Cinco atitudes em especial explicam porque tantas mulheres da nossa geração enfrentam queda no padrão de vida quando chegam à maturidade. São as nossas diferenças com os homens.

Mulheres gastam mais – Epa! Não tem nada a ver com nossa fama de gastonas. Olha só: tomamos quase todas as decisões de compra doméstica. Somos responsáveis por 70% delas, o que inclui a comida da casa, cuecas para os homens da família, coisas para os pais, presentes e até o carro. Também não dá para esquecer a quantidade de mulheres que chefiam a família, mais de um terço do total de famílias, segundo o IBGE. Grande parte da renda feminina se dissipa nessas obrigações de consumo, daí a dificuldade de poupar.

Mulheres terceirizam a vida financeira – Por comodismo ou submissão, quantas de nós não delegam a gestão do próprio dinheiro ao marido, ao pai ou a um parente? Às vezes, nem as senhas dos cartões  nos  preocupamos em saber.  Até mesmo executivas com altos salários, empreendedoras bem sucedidas ou herdeiras transferem a terceiros as decisões sobre seus gastos e investimentos. Há quem se orgulhe de não ter o menor conhecimento de economia. Ignorar as próprias finanças pode ser uma temeridade. Ninguém sabe o dia de amanhã.

Mulheres são generosas –  Ajudar financeiramente outras pessoas – como filhos, maridos ou namorados e pais – está entre os maiores motivos de “quebra” das mulheres maduras. Raramente vemos o dinheiro que ganhamos como só nosso. Sucumbimos a um pedido do filho ou da filha ou não conseguimos dizer não ao marido desempregado sem ficar com a consciência pesada. Como nos preocupar com o futuro se damos mais importância às necessidades dos outros?

Mulheres investem menos – A mistura de insegurança com falta de informação e de visão de longo prazo está por trás da menor presença feminina no mercado de investimento. Pesquisas já constataram que isso se deve a fatores culturais. A educação financeira nas famílias, por exemplo, era quase toda dirigida aos meninos. A maioria não tem ideia, por exemplo, do que significa taxa de juros, embora esta entidade seja tão parte de nossas vidas como o cabeleireiro no sábado. E quem precisava pensar no longo prazo se era criada para casar?

Mulheres têm mais aversão ao risco – Mesmo as que se tornam investidoras tendem a aceitar ganhar menos para preservar o capital. Segundo o consenso reinante no mercado, temos um medo danado de faltar dinheiro para a família e os filhos, de baixar o padrão de vida, de ficar doente e não ter dinheiro para o tratamento, de o banco quebrar. Se a vida é um risco permanente, pensamos, por que arriscar um patrimônio tão duramente conquistado?

Você se reconhece em algumas dessas características? Elas nos atrapalham na hora de guardar dinheiro e estar preparada para o futuro. Você pode até dizer que não temos controle sobre o futuro para justificar tanta privação. Ok, aceito. Mas não se trata de futurologia.

Algumas coisas são perfeitamente previsíveis daqui a 10 ou 30 anos. Vamos trabalhar menos e gastar mais com saúde, por exemplo.

O bom é que algumas dessas características femininas podem trabalhar a nosso favor para conquistar a independência financeira.

Em outro post, continuamos essa conversa.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

1 Comentário
  1. Concordo em numero, genero e grau. Sempre estamos abertas a ajudar e temos medo do risco.

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