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Qual é a sua relação com a sua cozinha? De amor? De afeto? Amigável? De aparências? De indiferença?
A ideia de cozinha traz consigo uma carga afetiva em nosso imaginário. É muito comum ser o ambiente preferido da família. Remete a cheiro de café recém-passado, de bolo saindo do forno, de mesa do café da manhã com a família reunida (tipo comercial de margarina). Em contrapartida, a vida agitada reserva muito pouco tempo para dedicação na arte de cozinhar. Mesmo assim, quem não quer uma cozinha de sonhos?
Hoje a cozinha é o ambiente mais caro da casa, na hora de montá-la ou de modernizá-la. Eu percebo que muitas pessoas se dispõe a gastar fortunas numa cozinha, não importando se gostam ou não de cozinhar.
A história da evolução da cozinha, no contexto dos lares brasileiros, é interessantíssima! A sua importância e sua localização, na habitação, foi mudando ao longo do tempo. Antes do surgimento da água encanada, em meados do século XIX, as cozinhas eram um lugar de muita sujeira, ficavam no fundo do quintal e de onde as donas de casa se mantinham longe. Imaginem a trabalheira que era preparar os alimentos sem água encanada, sem eletricidade, sem eletrodomésticos e sem supermercados!
Tempos depois, com água corrente em pias e fogões a lenha com chaminés, a cozinha foi trazida para dentro da casa burguesa. Eram espaçosas e acolhedoras, acompanhadas de uma copa, onde as famílias se reuniam para as refeições informais do dia a dia.
Com a urbanização do país, a vida se tornou mais agitada e com a chegada do fogão a gás e da geladeira, na década de 30, preparar alimentos se tornou mais prático. As cozinhas passaram a ficar menores, perdendo a importância para o convívio familiar e pouca atenção recebiam quanto à decoração.
Após a segunda guerra mundial, houve uma proliferação de eletrodomésticos. Além da geladeira, do fogão a gás, da batedeira e do liquidificador, foram surgindo o freezer, o micro-ondas, a máquina de lavar louça, os fornos de coluna e mais uma infinidade de equipamentos que exigiam maior espaço na cozinha. A indústria de eletrodomésticos bombardeava as donas de casa com comerciais na TV e nas revistas. Nesses comerciais, as donas de casa apareciam sempre felizes, bem arrumadas e de salto alto. Desde então, a cozinha vem se tornado cada vez mais o ambiente protagonista da casa, voltando a ser ambiente de reunião familiar e merecedora de atenção quanto à sua decoração.
A partir dos anos 90, começam a aparecer as cozinhas integradas com o estar, moda inspirada nas cozinhas americanas. Hoje é uma febre. Cozinha tem que estar na sala ou a sala na cozinha. Tem que ter ilha, mesmo que essa, em alguns layouts, mais atrapalhe do que ajude.
Eu adoro cozinha integrada! É aconchegante. A pessoa que está cozinhando (a dona ou o dono da casa) não fica isolada dos demais, participa das reuniões nos finais de semana com os amigos, da gritaria das crianças, da TV ligada na novela… Sem falar de como a cozinha está linda, com acabamentos que se harmonizam com os do living e com todos aqueles equipamentos top de linha que custaram os olhos da cara.
E durante a semana? Feijão no fogo, fritura de bifes e batatas fritas… Mesmo com o exaustor ligado no máximo, não há como impedir que a gordura vá, pouco a pouco, pousando sobre os equipamentos e estofados do living e que o cheiro se espalhe pela casa toda.
Mas há soluções para o problema: ou você muda seus hábitos alimentares, cortando definitivamente frituras ou você pode apelar para soluções arquitetônicas que acredito serem mais eficazes e seguras.
A cozinha também pode ficar isolada do living por portas de correr (em geral de vidro leitoso) que se recolhem, quando a integração é desejável. E outra solução, para quem tem espaço suficiente, é ter uma área separada, para preparar frituras.
Cozinhas podem ser aconchegantes ou com jeito de cozinha da família Jetsons. Ambas têm seus encantos. Mas independente do estilo, cozinhas têm que ser funcionais, com um bom aproveitamento do espaço. E ficam lindas com uma composição equilibrada de texturas e cores.
Escolhi algumas imagens que conceituam cozinhas moderníssimas e cleans ou aconchegantes como cozinha de casa de campo e que servem de inspiração.
Que tal apostar nas cores na hora de renovar sua casa?
Jogar fora? Nem Pensar! Renove seus móveis
Definitivamente a publicidade não fala conosco, Dominiques!
Ahhh… Claro que fala! Tem aquela publicidade do creme contra rugas.
A diversidade que eles tanto pregam, LGBT, diversidade racial, igualdade de gêneros e outras,
Mas já que é para falar de cremes e rejuvenescimento, falemos. Sobre eles. Prometo que não vou ser panfletária. Vou fazer gracinha, tá?
Nada contra. Nada contra quem usa. Nada contra quem não usa.
O que sempre me incomodou é o tal “rejuvenescimento”. Eu NÃO quero REJUVENESCER!
Quero saber envelhecer . Aliás, envelheço desde o dia que nasci. Você também. Sério.
Tem pessoas que já me confessaram não estão encarando bem o espelho e o envelhecimento.
Morro de pena. De verdade. Porque não há muito o que fazer.
Quem sabe, talvez, tratamentos cosméticos e plásticas.
Mas estes são apenas paliativos para a imagem e o reflexo. E temporários. Efêmeros. Com um custo altíssimo.
Não. Não estou falando de dinheiro.
É duro ver no espelho minha coxa em babados?? PQP, claro que é!
Vou pra musculação xingando e com a certeza que no máximo estarei com a consciência tranquila quando usar maiô na praia. Fiz meu melhor! A perna continuará em babados. E a da maioria das minhas amigas também.
Mas garanto!
Ninguém discute um texto de Julio Cortázar como eu.
Ninguém faz um moqueca como minha amiga da casa ao lado.
Ninguém tem um papo tão delicioso como a amiga da casa da frente.
E tomar caipirinha comendo um petisquinho (frito de preferência) com elas na praia, tomando um solzinho, falando quilos de bobagens, não tem preço.
De vez em quando até passa na nossa frente uma daquelas mulheres lá de cima que falei. Num biquíni pequenino. Com um chapéu maior que nosso guarda-sol. Corpaço. Inveja? Talvez. Por segundos.
Mas aí eu penso no que ela fez, ou pior, no que ela deixou de fazer em nome do corpaço e do espelho.
Bom, a inveja continua.
Mas como o bolinho de arroz muito mais aliviada e ainda coloco um tabasquinho.
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Melhor conhecer o Dr. Uronal Zancan. E assistir tb o Nutritions Facts.org .
Muito bom o seu Blog .
O que você imagina quando escuta a palavra anti-idade? Eu penso em uma batalha de trincheira que se torna cada vez mais sangrenta com o passar dos anos. Falou anti, vem coisa ruim – antivírus, antidemocrático, antiterrorismo. Parece que o termo aciona uma resposta defensiva no inconsciente.
Espertamente, a medicina adotou a rodo o termo para dar a ideia de combate, como antigripal, anticoncepcional, anti-ansiolítico, antistress. Agora, me digam, desde quando idade é uma doença ou uma ameaça à saúde que precisa ser combatida? Pois é o tratamento que o envelhecimento recebeu da área médica e, pior, da indústria de cosméticos. Daí a demonizar o avançar da idade foi um pulo.
Comecei a prestar atenção no termo anti-aging ou anti-idade há uns 20 anos. Era a promessa divulgada nos anúncios dos cremes faciais turbinados. Quem não viu e ficou tentada?
Veiculados por marcas multinacionais em página dupla nas revistas femininas, tinham (e têm até hoje) fotos de modelos ou atrizes maravilhosas. Pele aveludada, textura uniforme, contornos firmes, photoshop de última geração… ops! O clima de sedução se completava com dados de pesquisa que conferiam um ar de ciência ao produto. No texto, se oferecia com a maior desfaçatez o “fim da passagem do tempo”.
O milagre prometido custava caro, coisa de mais de 100 dólares. Atualmente, tem creme de 500 dólares. A ideia era não apenas vender produtos para mulheres maduras, mas estabelecer o medo entre as mais novas para começar cedo a usá-los. O envelhecimento das mulheres foi declarado um inimigo mortal. Com isso, criou-se um segmento bilionário na indústria da beleza movido à ilusão.
Embora eu estivesse na faixa etária preferencial das marcas, sentia um mal estar quando lia aquilo. Hoje, finalmente, compreendi porque me ofendia com as propagandas. A revista americana Allure, uma das mais influentes no consumo de cosméticos no mundo, publicou este mês (agosto de 2017) uma espécie de manifesto anunciando que havia banido o termo anti-aging no seu espaço editorial.
A diretora da revista definiu com precisão a causa do meu desconforto. “Sabendo ou não, estamos sutilmente reforçando a mensagem de que o envelhecimento é uma condição contra a qual precisamos entrar em guerra.” Na capa, uma sensacional Helen Mirren, a atriz que menos têm se preocupado com o avançar da idade, deu o que falar na internet.
Em defesa de sua posição, a jornalista lembra que envelhecer é o fato mais inevitável da vida. Acontece a cada segundo e deveria ser um motivo de comemoração. Quantas pessoas perdem essa chance! “Envelhecer é maravilhoso porque significa que temos a chance de ter um novo dia para viver uma vida completa e feliz”. Por trás da decisão, ela diz, está o reconhecimento de que a beleza não é exclusividade dos jovens. Ufa! Demorou, hein!
Ela chama a atenção para o poder das palavras, pois interferem no entendimento das coisas. Para mostrar como o termo idade foi afetado negativamente, cita um fato que repetimos cotidianamente sem nos darmos conta de que tem uma carga ofensiva. Sabe aquele costume de encontrar alguém entre, digamos 40 e 60 anos, e não disfarçar o espanto diante da boa aparência? “Nossa, como você está bem pra sua idade!”. Ou se referir à uma figura pública: “Como ela está bonita pra uma mulher nessa idade”.
Quem ouve nunca sabe se recebe como um elogio ou uma crítica velada. Afinal, há um peso tão grande na questão da idade que desmerece a boa intenção. A diretora da Allure aconselha: “Diga simplesmente: como você está bem!”
O movimento da revista americana, na verdade, responde a uma crescente pressão de blogueiras, ativistas, mulheres famosas e autoridades para expurgar o preconceito sexista e as inverdades por trás do segmento anti-aging. Você já deve ter notado que algumas marcas adotaram outros termos para classificar seus produtos, como antissinais, rejuvenescedor, reparador, pro-age, age-defyng, age perfect, slow age.
Ok, são eufemismos, mas a lerda indústria da beleza começa a entender o recado. Como já disse Helen Mirren em entrevistas, “as mulheres não querem parecer mais jovens, querem parecer bem na idade em que estão”. Coisa parecida foi dita por Diane Lane (um espelho para Dominique).
Embora possa parecer hipócrita e meio atrasada, a atitude da Allure não é pouca coisa se tratando do reino das revistas femininas, no mundo e no Brasil. Há décadas, elas só costumam publicar imagens de it girls de até 20 anos para representar o universo feminino. (Como se o mercado fosse movido por garotas que compram cosméticos com a mesada recebida de papai e mamãe.)
A revista fecha seu manifesto com uma exortação: “Estamos convocando todos para essa transformação. Sabemos que não é fácil mudar conceitos e mercados da noite para o dia. Mas juntos podemos começar a mudar a conversa e celebrar a beleza em todas as idades.” Esperemos que o recado seja plenamente entendido pelo mercado editorial e pela indústria da beleza.
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A dica de hoje é “Como Nossos Pais”.
Hoje não posso deixar de comentar esse incrível filme brasileiro.
Vencedor de seis Kikitos no Festival de Cinema de Gramado, o quarto longa de Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças, As Melhores Coisas do Mundo) é bem mais que a história de uma mãe multitarefa e as diferenças entre gerações.
O longa tem como referência a peça de A Casa das Bonecas, de Henrik Ibsen, que fala de mulheres que atravessam processos de desestabilização.
Na trama, conhecemos Rosa (Maria Ribeiro), 38 anos, uma mulher guerreira que está em crise no seu casamento com seu marido Dado (Paulo Vilhena), infeliz no emprego que tem e ainda é pega de surpresa com uma atordoante notícia de sua mãe, Clarisse (Clarisse Abujamra), com quem possui uma relação cheia de conflitos.
A notícia mexe bastante com a protagonista que passa por uma grande transformação ao longo dos 102 minutos de projeção.
Como Nossos Pais é um belo retrato de geração dos 30/40 anos, perdida em ideias progressistas e valores atrasados.
Machismo, monogamia e liberdade sexual são discutidos de forma sensível e madura. A desigualdade de gênero, tema central da história, é retratada sem fúria. Só isso já faria o filme valer a pena.
Uma super-heroína dos nossos tempos, Rosa, precisa conciliar seu tempo com a educação de suas filhas pequenas, tentar ajustes em seu casamento recheado de desconfiança e crise financeira. Rosa é o reflexo da força feminina nos dias de hoje.
A raiva e o ressentimento quase sempre presente nas relações familiares e a transmissão de valores conservadores de gêneros entre pais e filhos – mesmo os mais liberais – também são traduzidos na tela.
A narrativa central sobre as pressões que geram culpa nas mulheres é uma discussão oportuna e necessária.
Como Nossos Pais equilibra com virtuosismo – ao menos na maior parte do tempo – seu peso dramático com alívios cômicos e suas cenas de embates violentos com diálogos mais leves, mas nunca despretensiosos ou menos reflexivos por causa disso.
Não podemos deixar de falar das excelentes interpretações de Maria Ribeiro – que dá não só a vida à personagem, mas a torna extremamente real e de Clarisse Abujamra, afiada na pele de uma mulher que diz o que sente de uma maneira fria, direta, determinantes para o bom resultado do longa.
Os conflitos entre mãe e filha no decorrer do filme são marcantes e a atuação de Jorge Mautner, em cenas que viram cômicas, merece destaque.
Não por acaso a produção foi consagrada com seis Kikitos – melhor filme, direção, atriz, ator, atriz coadjuvante e montagem.
[fve]https://youtu.be/-_8t-3PG8Qk[/fve]
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