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Me Chame Pelo Seu Nome – Um sensual despertar para a sexualidade

Dominique - Me chame pelo seu nome
Indicado ao Oscar® nas categorias: Roteiro Adaptado, Melhor Filme, Canção Original (Mistery of Love) e Melhor Ator (Timothée Chalamet), o belíssimo Me Chame Pelo Seu Nome conta com uma estética primorosa e direção habilidosa assinada pelo cineasta italiano Luca Guadagnino.

Baseado no livro de André Aciman, tem roteiro adaptado pelo veterano James Ivory de Vestígios do Dia e Uma Janela para o Amor, esses dois lindos também.

O longa apresenta o sensível Elio (Timothée Chalamet). Um jovem de 17 anos com ascendência italiana e francesa, no auge de sua puberdade. Passando um verão preguiçoso na casa de seus pais, liberais e intelectualizados, na bela e lânguida Itália, em 1983.

O pai vivido por Michael Stuhlbarg (A Forma da Água). Professor de História da Antiguidade, convida um antigo aluno para passar alguns dias em sua bela e charmosa casa. Oliver, um “bon vivant”, papel de Armie Hammer, chega para despertar em Elio sentimentos ainda desconhecidos.

Definir o longa como uma belíssima história gay, a mais sensível narrada no cinema nos últimos anos, o que não deixa de ser verdade, seria muito pouco e injusto.

Me Chame Pelo Seu Nome é uma bela história do primeiro amor. Mesclando momentos delicados, outros emocionalmente devastadores com cenas tórridas e intensas que prometem afastar o público mais conservador.

Dominique - Me chame pelo seu nome

Timothée (Elio), em tom perfeito, acerta diante o balanço que faz entre a insegurança, a impetuosidade e a certeza do que deseja buscar. Entrega a performance de uma carreira: corajosa, desenfreada e carismática. Ele se joga com tudo!

O promissor ator compartilha com um discreto Stuhlbarg (pai) a cena mais emocionante perto de seus momentos finais. O domínio é seu na maior parte da projeção.

Já Armie Hammer (Oliver) dá forma ao objeto de afeto e o faz com competência.

O maior pecado do longa é o excesso de duração com momentos que poderiam ser um pouco mais enxutos, mas nada que possa comprometer.

Cercado de profissionais grandiosos, Guadagnino extrai o máximo de seu filme. Não apenas do aflorar entre Elio e Oliver, mas também na iluminação solar com esplêndida fotografia que rodeia os personagens com uma ambientação acalorada.

A ambientação na Itália funciona muito bem, com destaque para algumas cenas de almoço em família. Onde chegamos a ter três idiomas falados em uma mesma sequência de diálogo. Incrível!

Me Chame Pelo Seu Nome é uma investigação suntuosa, vibrante e pontual sobre o amadurecimento através do não questionamento sobre a sexualidade, mas da entrega ao desejo, do encantamento para além do que é superficial e da permanência dos efeitos de uma nova descoberta.

O longa traz definitivamente uma história sobre o amor e autodescobrimento, passando pela arte e sexualidade. Quebrando essa expectativa de forma que nos faz refletir a maneira como encaramos algumas questões bastante debatidas na sociedade. E, percebemos que ainda temos muito que aprender por mais desconstruídos que tentemos ser.

Me Chame Pelo Seu Nome é belo para muito além do que se imagina!

[fve]https://www.youtube.com/watch?v=7yCwv8FjidU[/fve]

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3 Comentários

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Amor em mechas – Um ato de solidariedade entre as mulheres

Dominique - Amor em Mechas
Como toda a semana, estava eu no cabeleireiro fazendo a mão, quando vi uma moça sentada na cadeira em frente raspando a cabeça. Era uma Dominique. Cena forte.

Minha manicure contou que ela estava começando a se submeter a quimioterapia para combater um câncer que surgiu do nada e, antes que começasse a cair, resolveu raspar. A decisão, porém, só foi tomada, porque ganhou uma peruca feita com cabelos naturais pelo Projeto Amor em Mechas.

Quase cai da cadeira quando soube quanto custa uma uma peruca de cabelo natural? Você tem noção? Cerca de R$ 3.000,00!

Lá mesmo tive a oportunidade de conhecer a Debora Pieretti, idealizadora do projeto que começou em março de 2017 e que até agora já conseguiu doar 349 perucas.

Aos 45 anos, ela descobriu um câncer e iniciou seu tratamento. Logo nas primeiras sessões, perdeu seu cabelo, mas na época, sua empresa não estava bem e arcar com uma despesa de R$ 3.000,00 para adquirir uma peruca não era viável.

Então, como uma boa Dominique, bola pra frente que atrás vem gente! Até que um amigo a presenteou com uma peruca.

Debora comentou que não tinha noção de quão baixa estava sua autoestima. Ao se enxergar com cabelos, em frente ao espelho, abriu um sorriso há tempos adormecido e, a partir daquele momento, sua energia mudou completamente.

Depois de viver este drama na própria pele, ela lançou o projeto Amor em Mechas com o  objetivo de promover a solidariedade entre mulheres, incentivando as que estejam dispostas a doar suas mechas para a confecção de perucas a serem fornecidas para pacientes em tratamento quimioterápico ou com alopecia.

Para fazer uma peruca são necessários 8 metros de cabelo e para doar uma mecha é muito mais simples do que eu imaginava. Qualquer um pode, desde que tenha no mínimo 15 cm de comprimento, inclusive quem tem química.

Dominique - Amor em Mechas

Como fazer:

1 – Os cabelos precisam estar limpos e secos.

2 – O cabelo deve medir no mínimo 15 cm.

Separe o cabelo de forma que a mecha possa ser retirada do meio da cabeça (ninguém vai perceber e não afeta o corte).

3 – Amarre firme com um elástico os cabelos.

4 – Corte em cima do elástico, deixando um espaço de 1 cm entre o elástico e o corte.

5 – Coloque os cabelos em um saco plástico.

Como entregar a mecha:

1 – Envie para a Caixa Postal 78.953, CEP: 05412-972

2 – Deposite em uma urna mais próxima. Veja aqui os pontos de coleta.

A gente pode mudar a vida de alguém, principalmente de quem está passando por um desafio desta magnitude. Que tal? Eu doei uma mecha!

[fve]https://youtu.be/oX6bDz7VgQs[/fve]

Se você tiver perucas ou lenços que possa doar, entre em contato com alguma dessas instituições:

Pérola Byngton e Instituto do Câncer de SP
Grupo Rosa e Amor
Banco de Lenços
Lenços que Unem

Se você precisar receber uma peruca, conheça outras instituições que também prestam este serviço:

ONG Cabelegria
Laço Rosa

Gostou da iniciativa da Debora? Conheça mais sobre o projeto Amor em Mechas aqui.

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Surpreendente! A minha filha de 15 anos também é uma Dominique!
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5 Comentários
  1. Oi quero agradecer. muito obrigado, Deus abencoe por vcs te-lo eviado pra mim um kit fiquei muito feliz…

  2. Eu quero o endereco do Amor em Mechas,moro em Osasco, estou em tratamento,Câncer de mama, quero doa meu cabelo é quero uma peruca

  3. BOM dia eu gostaria muito de ganhar uma peruca pois estou careca,frequento o perseverança e lá encontrei a Vânia e ela mim pergonte vc quer uma peruca eu disse claro sou muito vaidosa e estou enfrentando uma fase da vida muito difícil pela segunda vez estou fazendo quimioterapia já são três anos de muito sofrimento, tinha cabelos lindos e pela segunda vez estou sem não é fácil.entao a Vânia disse procure minha amiga Débora que ela vai te ajudar.eu fiquei muito feliz .

    1. Eu quero agradecer a todos vocês pelo o que fizeram por mim estou muito feliz por ter ganhado o kit do amor e mechas não tenho palavras para lhe agradecer a todos vocês do amor e mechas que Deus abençoe muito vocês e que Deus continue trabalhando na vida de cada um de vocês e que sempre devemos manter sempre a esperança que Deus colocar pessoas boas em nossos caminhos para nós ajudar na hora de nossas dificuldades e aprovações que Deus continue abençoando vocês para levar sempre essa alegria que eu estou sentindo agora para outras pessoas Deus abençoe a todos

  4. Ótima idéia! Parabéns! Sempre fui vaidosa e os cabelos sempre foram a grande preocupação pq eles eram muito rebeldes Ja cheguei a usar peruca por vaidade. Na época das Perucas Kanekalon.Muito bonitinha, porem sintética, curtinha. Me arrumava rapididinho. Concordo plenamente com a idéia. Tenho certeza q toda Dominique ficará muito feliz. Pretendo doar. Vou medir meu cabelo para ver se ja atinge os 15cm. Ficarei muito feliz em poder participar do AMOR EM MECHAS. PARABÉNS mais uma vez!

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Sobre vínculos, o que entendemos que seja o amor ao longo do tempo

Dominique - Amor
Quando estamos apaixonados, vivemos um período de muitos sentimentos deliciosos, frio na barriga, vontade de ficar junto, fazer planos e curtir a pessoa amada. E como um movimento natural, nos casamos. E pode ter vários formatos, morar junto, morar separado, ter filho, ter cachorro. Não precisa ser aquele casamento de vestido de noiva, igreja, festa. Sim aquele comprometimento significativo com alguém com quem queremos compartilhar a vida e aprofundar a intimidade.

Mesmo com sentimentos intensos, diante do cotidiano e da convivência, os relacionamentos mais longos são postos à prova. As paixões se tornam mais amenas com a convivência. Passamos então a desenvolver um sentimento mais tranquilo de afinidade e parceira, que ao meu entender é o amor. E do mesmo jeito que as pessoas mudam, os relacionamentos também mudam. Até porque refazemos nossos projetos, mudamos nossos pontos de vista e isso inevitavelmente irá refletir nas relações que estabelecemos.

Naturalmente, as relações passam por fases boas, ruins, enfrentam desafios desgastantes que muitas vezes não dependem do casal Como perdas, mortes, mudanças repentinas e involuntárias. Tudo isso é vivido pelas pessoas com efeitos diferentes; cada um vive e sente o relacionamento à sua maneira, de acordo com sua história de vida e seus recursos.

As pessoas podem desanimar quando percebem que o relacionamento já não tem aquela magia de tempos atrás. Quando a expectativa é de ter frio na barriga e coração disparado ao ver o(a) nosso(a) parceiro(a), nos frustramos. Essas sensações são próprias da paixão ou da saudade. Não fazem parte do cotidiano de um relacionamento mais longo, com pessoas que trabalham, pagam contas, dividem as tarefas domésticas, se cansam, discutem, fazem as pazes, enfim, levam uma vida real.

O amor tem várias formas. Não só manifestações mais evidentes como flores, jantares e presentes. Atitudes do dia-a-dia são formas de demonstrar o amor e o cuidado…. E há de se ter olhos para ver e valorizar os pequenos gestos amorosos. Podem passar despercebidos quando temos um protocolo exato de como ele deve ser demonstrado. Esperamos o buquê de rosas e nem percebemos que as flores do nosso pequeno jardim da varanda estão sendo regadas todos dos dias pelo(a) companheiro(a)! Quanto deixamos de perceber por conta das exigências!

Se as pessoas conseguem ressignificar expectativas, tornando-as mais reais, entendendo o que esperar do outro e em quais situações, tudo se torna menos desgastante. Relacionar-se envolve perceber a si mesmo, os próprios comportamentos, o que eu causo no outro e o que o outro me causa. Saber ouvir e ampliar o canal da comunicação entre duas pessoas ajuda a diminuir significativamente os conflitos e abre caminhos para que as pessoas se respeitem e se unam.

Com o passar do tempo, o amor pode se tornar menos intenso, mas se torna também mais profundo. Algumas coisas mudam, porém mudanças não são ruins. Só tornam as coisas diferentes, mas não piores.

É preciso conciliar constantemente as divergências, respeitar as opiniões e pensamentos e debater as escolhas, o que em muitos momentos pode revelar impossibilidades de continuarem juntos. Mas quando o casal decide ficar junto e enfrentar tais mudanças juntos, o relacionamento se fortalece. Quando se aprofunda, o amor cria importantes raízes como lealdade, confiança, companheirismo, carinho e cuidado. Elementos valiosos da convivência entre as pessoas que são construídos com dedicação e respeito.

E se perguntar, o que sustenta esse amor? Mesmo sem tanto brilho como nos primeiros anos de relacionamento, o que faz com que eu queira caminhar ao lado dessa pessoa? As respostas para essas questões indicam a qualidade do vínculo amoroso. Servem como um termômetro do compromisso e do desejo de permanecerem juntas.

Estou falando de relacionamentos que não são perfeitos e nem o tempo todo felizes, mas que simbolizam uma gratificante parceria de pessoas imperfeitas….. Que quando comparam prós e contras, percebem que valeu a pena persistir.

E para você? O que é o amor e como ele é demonstrado?

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Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: alcioneam@hotmail.com

10 Comentários
  1. Amor e paixão são sentimentos diferentes.Paixao tem pavio curto,apaga logo ou se transforma em amor!
    As prioridades mudam,as alegrias e preocupações com filhos e netos,o respeito a admiração e o cuidado diário substituem as borboletas no estômago!

    1. Neusa, concordo com você! A convivência, os altos e baixos, podem fortalecer os laços e aprimorar mais ainda o amor. A paixão é uma coisa, amor é outra. Como a Rita Lee interpreta tão bem em sua canção!

  2. Depois de 25 anos casada eu ainda sentia ilusão, amor, é muita dedicação e companherismo.Um mês após as bodas de prata ele teve um avc e faleceu.
    Perdi o chão.
    Mas tivemos cinco filhos maravilhosos. Eles me ajudam até hoje ter uma vida mais confortável.

  3. Amor para mim após 40 anos, é um respeitar o outro, ter cuidados especiais no dia a dia,conversar sempre, dizer diariamente estamos juntos.e nos abraçamos todas as manhã e dizer bom dia!!!!

  4. Amor pra mim depois de 39 anos juntos, é sentir a ausência do outro sentir-se triste quando ele não está perto.O carinho o cuidado.

  5. O amor com o passar do tempo é companheirismo, parceria, compreender e aceitar que as mudanças ocorreram nos parceiros, mas também em nós,mudança física e emocional! A relação se sustenta com respeito pelo outro!

  6. Amor para mim entre um casal é parceria e respeito um pelo o outro.
    Depois de um casamento de 38 anos fracassado , fiquei por 6 anos sozinha com medo de amar novamente.
    Hoje conheci um amor ;parceiro , amigo e que me respeita.
    Um amigo Amor.

  7. O Amor sem dúvida é sensato, é cheio de significados duradouros, cheio de maturidade, de tal forma que mesmo em momentos turbulentos as prioridades permanecem.

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Mil dicas para não viajar na maionese e fazer a viagem dos seus sonhos!

Dominique - Viagem
Tentei escrever sobre viagem, viajando… achei que seria perfeito. Estava dentro de um trem a caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Juro que tentei, mas me perdi nas paisagens, nas casinhas antigas, riachos, oliveiras e confesso, naquele cochilo de quem não está devendo nada a ninguém.

Ao contrário do que costumo fazer, dessa vez só me programei para os compromissos profissionais, os outros lugares foram me seduzindo ao longo da viagem.

Uma parte de mim estava de férias, a outra trabalhando. De férias, a gente dá férias também para o nosso cérebro, ficamos mais relaxados com a comida, horários e até mesmo com o dinheiro… são nossos vieses comportamentais tomando conta dos nossos atos enquanto damos uma folga à nossa racionalidade, aprendemos isso na economia comportamental. Pensar cansa mesmo. Viajando, a gente só quer cansar de ver coisas novas, diferentes, experimentar cores, sabores, cheiros e idiomas diferentes. Sabendo disso, planeje-se antes.

Me planejei financeiramente, saí do Brasil sabendo o quanto poderia gastar e que teria que fazer escolhas!

Pesquisei preços, mudei a data da viagem, transformei pontos de cartão de crédito em milhas, não gastei um real com a passagem. A ideia principal era passar uns dias na casa de uma amiga querida no sul de Portugal, visitar algumas universidades e como ela atua, assim como eu, em educação financeira, trabalharmos juntas por lá. Ah tá!

Viaje com amigos, é divertido; é gostoso ter com quem interpretar mapas, compartilhar experiências, lugares, risadas, uma comida com cara esquisita e vocês ainda dividem a hospedagem! Viajei com uma amiga brasileira, economizamos em tudo e gastamos tudo em passagem de trem. Viajamos à beça. Andamos igual a um camelo…

Se você tiver tempo para se planejar, veja com antecedência não só a passagem, mas também hospedagem, os descontos são bons, principalmente se for fora da alta temporada. Verifique a possibilidade de transformar seus pontos do cartão em milhagem, hospedagem e aluguel de carro. Dependendo da época do ano, vale a pena. OUTRAS NÃO!

Sabe aquela pergunta que sempre ouvimos na boca do caixa: crédito ou débito? Concentrar as compras no cartão de crédito já é uma forma de planejamento financeiro. É mais fácil para organizar, assim, tem-se uma data única que reúne a maioria das contas. Na fatura sabe-se onde, o que, quando e quanto custou cada coisa comprada ou serviço pago. O cartão nem sempre é o vilão, desde que não se perca de vista que a fatura chega e os juros são absurdos, caso você não pague o que deve na data de vencimento.

Se você for estudante, professor ou maior de 60 anos, identifique-se, isso pode te garantir abatimento nos preços. Em alguns países, estudantes tem limitação de idade, mas na maioria dos lugares, a carteirinha te abre portas com 50% de desconto. Transportes principalmente. Para professores, a carteirinha internacional tem peso de identidade internacional. Só soube quando retornei ao Brasil e já vou fazer a minha. Para comprovar a idade, mostre seu passaporte.

Ainda falando de documentos, tire uma cópia do seu passaporte e mantenha em lugar seguro junto com o endereço do consulado do Brasil. Caso você perca o original, a cópia vai te ajudar bastante na hora de providenciar outro documento.

Se você faz uso de medicamentos de uso contínuo, leve a receita médica com o nome genérico do medicamento. Em tempos de doenças endêmicas, verifique a necessidade de se vacinar antes de viajar.

Não importa se o seu cartão é internacional, antes de viajar, verifique na emissora se você precisa desbloquear o cartão para fazer compras em outros países. Aproveite também para perguntar se tem direito a salas VIP dos aeroportos. Em caso de conexões muito longas, pode ser uma boa pedida.

Se você tem planos de alugar um carro durante a viagem, busque informações antes de tirar a carteira internacional de motorista no Detran. Em alguns países, o turista pode usar a carta do país de origem por um prazo de até seis meses.

Para quem não viaja com frequência ao exterior ou é uma primeira vez, os aeroportos, principalmente os que tiveram reformas recentes, são enormes e os free-shops idem!

Alguns voos com conexão dão a impressão de que se vai “mofar” no aeroporto. Em alguns voos o tempo é “contadinho” para desembarcar e embarcar em outro voo.

Se você está se preparando para a viagem dos sonhos, compre uma mala com o maior número de rodinhas que couber no seu bolso. Faz uma diferença danada. Ah! Sim, compare preços, se for o caso, vá com sua mala antiga e compre outra na viagem, dependendo do destino, pode ser mais em conta comprar fora do Brasil.

O que mais? Por mais vaidade que você tenha, leve o mínimo de roupas possível e consulte a previsão de tempo. Ela é honesta! Não se preocupe: o astral muda, a pele fica boa, use o seu melhor sorriso e como diz uma amiga, “mudou de cachecol, mudou de roupa”… As fotos sairão lindas, não leve um caminhão de roupas, no fim, você usará as mais confortáveis; a dica vale para sapatos também.

Se a viagem for para o exterior e o planejamento for de longo prazo, vá comprando a moeda local ou aplicando mensalmente seus recursos em algum fundo de investimentos cambial. Ao longo do tempo, terá comprado a moeda por um preço médio. Deixar para fazer câmbio na semana da viagem pode ser um risco enorme da moeda estar cotada em um valor alto e comprometer seus planos.

Não gaste mais do que o planejado, a menos que haja uma emergência – Ah! se você comprar a passagem com cartão de crédito, verifique se está pagando também por um seguro viagem, em alguns países o comprovante do seguro é solicitado na alfândega.

Coloque antes de viajar um teto para seus gastos e mantenha-se nele. A sensação de autocontrole é boa e o bolso agradece.

Durante a viagem, hidrate-se bem! Use sapatos confortáveis, não deixe de experimentar algum prato típico, apaixone-se, tire muitas fotos e pese a mala antes de embarcar de volta.

Cuide de tudo com antecedência para não viajar na maionese!

Beijão, boa viagem! Ao retornar, conta tudo pra gente aqui!

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Amiga pra valer é tão gostoso quanto café com leite
O que uma Dominique faz no Carnaval? Bom eu já fiz um monte de coisa!

Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

4 Comentários
  1. Depois dessa. Fiquei sem palavras. Obrigada pelos dias incríveis amiga! Muitas saudades. Mil beijos em todos aí!

  2. Boas dicas amiga Paula. Foi com enorme gosto que te recebi na minha casa, na minha família, nos meus amigos.
    Foi uma decisão inteligente viajar por todo o país de comboio. O país é pequeno, é económico e as paisagens agradecem serem conhecidas pelos sentimentos dos forasteiros.
    É bom viajar, conhecer novos ambientes e culturas diferentes. Da gastronomia ao clima tudo é uma questão de hábito mesmo. O planejamento da viagem é importante mas há sempre lugar para que os locais nos surpreendam com algo que se fossemos apenas como turistas nunca encontraríamos.
    Um obrigada gigante à forma como me recebeste em S. Paulo numas férias inesquecíveis.

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Amiga pra valer é tão gostoso quanto café com leite

Dominique - Café
Nasci virada para lua. Faço parte de uma família com F maiúsculo, formada por pessoas muito queridas que são pau pra toda obra, faça chuva ou faça sol.

Minha sorte não acaba por aí. Tenho uma irmã que não é de sangue. Que grande asneira este lance de sangue. Tipo A, O, B, AB tanto faz. Tem gente que eu tenho certeza que nem sangue tem.

Aos 6 anos, a senhora que trabalhava na minha casa precisou sair. Mandou a filha dela em seu lugar. A garota tinha apenas 12 anos. Minha mãe matriculou-a na escola e crescemos juntas. Nunca mais nos separamos, nem com os caminhos tortuosos que a vida nos surpreendeu.

Minha infância foi divertidíssima com esta criatura. Aprontávamos todas e mais algumas. Confiava a ela os meus mais picantes segredos, se é que aos 10 anos temos segredos tão picantes assim.

Ela esteve presente em todas as fases da minha vida. Absolutamente todas.

Quando engravidei, solteira, aos 17 anos, ela soube em primeiro lugar.

No dia em que os amigos da minha irmã chegaram para dar a notícia que ela havia morrido, foi para ela que olhei aterrorizada primeiro. Dormiu comigo naquela noite e não desgrudou um só segundo.

Soube de todos meus namorados e paixões não correspondidas, das correspondidas também. Cedeu seu colo e ombro tantas e tantas vezes que é impossível enumerar. Perdi a conta faz tempo.

A morte bateu mais uma vez à minha porta. Em plena festa de 60 anos do meu tio, minha mãe morreu dançando, do jeitinho que merecia, se divertindo à beça. Quem chegou algumas horas depois mesmo não tendo carro na época? Ela. Novamente dormiu comigo, se é que conseguimos pegar no sono. Não arredou o pé até o final. Sempre ao meu lado.

Minha filha nasceu. Ela curtiu cada segundo. O amor que nutre por meus filhos é incondicional, é madrinha, tia, mãe também. O que o sangue tem a ver com isso? Eu afirmo, nada.

De novo, a morte chega perto. Desta vez leva meu pai. Ele ficou doente por alguns meses. Além de outros entes queridíssimos que me ajudaram muito, quem revezava comigo no hospital e depois em casa? Ela. Meu pai se foi. Antes de partir pediu para ser enterrado junto da minha mãe em Piracicaba. Quem estava comigo o tempo todo, a noite inteira e foi comigo para o interior? Ela.

Figurinha carimbada esta doce criatura. Não pode ver um enterro que já fica saltitante. Papa defunto!

Muitos devem pensar que esta mulher tem tempo livre e vida fácil para estar à minha disposição sempre. Exatamente o oposto. Mora onde Judas perdeu os ossos. As botas, as meias, as unhas e a pele ele perdeu quilômetros antes. Leva duas horas e meia para chegar à minha casa. Acorda todos os dias às 4h30 para chegar antes das 8h no trabalho. Na volta é a mesma via crucis.

Descanso no final de semana? Nem por sonho. Há anos adotou uma senhora, ex-moradora de rua, que não tem ninguém, absolutamente sem eira nem beira. É difícil definir a idade da velhinha, um bom chute é por volta de 95 a 100 anos. O amor entre as duas é uma lição de vida como nunca vi na minha longa existência. Não dá para explicar, só para sentir.

Passamos por um estresse uma única vez nestes 46 anos. Minha cachorra, Lollypop Tereza, vinha enlouquecendo meu ex-marido. Como homem decente estava pela hora da morte, era a cachorra ou ele. Quem se ofereceu para ficar com a maluca? Ela.

A cachorra também causou na sua casa. Trucidou a porta do carro, comeu o pneu e as correias da moto do filho, não uma vez, mas duas. Roeu o cimento da parede do quintal. Completamente insana.

Uma bela tarde, ela chega em casa com a alucinada de 4 patas a tiracolo e diz – Toma que o filho é teu. Quem pariu Mateus que crie! Brigamos, mas foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Meu anjo canino voltou para o lar de onde nunca deveria ter saído e hoje vive pacificamente no seio da família. Tudo bem rouba um franguinho ali, outro aqui, mas vamos levando.

Dominique - Café

Já rodei a baiana profissionalmente algumas vezes por causa dela. Esta minha irmã é uma negra linda. Eu morava num prédio metido à besta. Um dia ela chegou para me visitar, o porteiro avisou pelo interfone e de repente a campainha da porta de serviço tocou. Abri e me deparei com ela. Achei estranho e perguntei – O elevador social quebrou? Ela disse – Não. O porteiro me mandou subir por aqui. Surtei. Surtei de verdade. Desci numa velocidade tal que em apenas 30 segundos estava na frente do infeliz. Eu que sempre fui tão gentil e educada com todos no edifício, falei tanto na orelha daquele ser inescrupuloso e finalizei deixando claro que isso dá cadeia, é preconceito. Na minha casa ninguém decide por onde as pessoas entram.

No bota fora do meu filho, ela estava presente, claro. Uma das pessoas convidadas cumprimentou todo mundo e pulou a vez dela. Não era a primeira vez que fazia isso. Ignorei, cheguei à conclusão que a melhor tática para lidar com gente assim é abstrair e fingir demência. Apesar de não ser rancorosa, nunca perdoei. Ela magoou a minha irmã.

A única pessoa com quem posso conversar sobre as minhas lembranças de infância, das rotinas da minha casa, do dia a dia com meus pais, é com a minha irmã de não sangue.

Temos um combinado. Vamos envelhecer juntas. Uma vai cuidar da outra. Este acordo que não será quebrado sob nenhuma hipótese me faz encarar o futuro com alegria. Temos planos e vamos nos divertir uma barbaridade na terceira, quarta, quinta idade.

Quando eu crescer quero ser igualzinha a ela. Levando em consideração que já estou com mais de meio século, pelo andar da carruagem, terei que deixar este desafio para a próxima vida.

Se isso não é amor, então o que é? O que o sangue tem a ver com este relacionamento? Que diferença faz se eu sou branca e ela é negra? Quer mistura melhor do que um delicioso e quentinho café com leite?

É isso. Somos café com leite. Leite integral tipo A e café torrado e moído na hora. Servido nas melhores cafeterias da cidade. Você tem alguma amizade assim?

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Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

3 Comentários
  1. Amei, chorei com o texto ah! Como é bom saber que ainda existe esse amor despretensioso e abençoado. Já amo vocês também!!

  2. Meu Deus que texto maravilhoso, que história linda!
    Olha me senti parte da família, vocês têm espaço para adotar mais um?
    Parabéns amei de verdade!

  3. Que linda amizade! Irmãs de verdade seguram a onda, riem,choram e estão sempre prontas para batalhas de lágrimas e risos!!!

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