Dominique

Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques

Queen longe do Oscar. Aquele que tocou em São Paulo em 1981

Queen e seu filme Bohemian Rapsody foram a indicação da Elzinha recentemente. Ainda não tinha assistido.

Sei lá. Tenho destas coisas. Não gosto de ver histórias sobre coisas que vivi. Bobagem, prepotência ou até mesmo uma certa dose de lirismo eu acho. Mas depois de ler a resenha de minha amiga, fiquei com uma certa inquietação.

Aconteceu de semana passada eu pegar um avião para uma viagem mais longa e no entretenimento a bordo adivinha?? Bohemian Rhapsody.

Sem desculpas, mas ainda com aquela sensação desagradável da provável frustração, dei um play.

Menina, no que se refere a música eu muitas vezes pareço uma louca. Tenho algo em meu sangue que me obriga a acompanhar alguns ritmos. Seja andando, no carro, no super mercado. Uma determinada música sopra em meus ouvidos e é como se eu fosse enfeitiçada. Começo a acompanhar o ritmo tentando ser discreta. Portanto, como você deve imaginar, passei todo o vôo, com os fones de ouvido, estalando os dedos, balançando a cabeça e provavelmente cantando um tantinho mais alto do que o que imaginei ser um sussurro.

Se gostei do filme? Sinceramente? Tanto faz. O que eu gostei mesmo foi de ouvir as músicas de minha vida. O delicioso do filme são as músicas originais, tocadas em sequência. Porque vamos combinar, uma é melhor que a outra né? O filme é apenas “música de fundo” para a espetacular trilha sonora.

Agora, me parece que cometeram um erro crasso, ou uma licença poética desgraçada, trocando o show do Queen no Morumbi em 1981 pelo Rock in Rio em 85.

Gente, a primeira vez que o Queen tocou no Brasil foi em São Paulo, no estádio do Morumbi numa sexta feira, dia 20 de março de 1981!!

Imagem Estado de SP, de 1981. Matéria sobre show

Eu sei! Sei porque eu estava lá! Eu e mais 199.999 pessoas. Yessss. E essa foi a primeira vez que tivemos um GRANDE show de rock no país.

E eu fui!! Eu fui e não foi qualquer coisa para mim. Foi um evento que marcou minha vida.

Tá bom, o show do Genesis também marcou em 77. O do Tom Jobim em 88. Tá… tá… Um monte de shows de música marcaram minha vida. Mas eu já falei pra você. Não conto minha vida por anos ou fatos, mas por músicas.

Apesar de minha memória estar se desintegrando, lembro-me de muitos detalhes deste dia.

Um paquerinha – crush como se fala hoje, foi me pegar na porta da escola dia 20 de Março de 1981 as 17h00.

Sim. Porta da escola porque deveria estar no terceiro colegial. Agora imagina minha moral: Um Reco (lembra dessa palavra?) lindoooo de olhos verdes, parando na frente do colégio com sua Brasília azul ou branca. Isso era o máximo para uma garota. Menino mais velho, CPOR, motorizado, passando me pegar para me levar a um show??? Wowwwwww.

Mas o que meus amigos de escola viram foi a possibilidade de uma carona porque ir da Avenida Paulista até o Morumbi era longe pra caramba. Moral da história: um monte de imberbes coleguinhas que também iam ao show entraram na Brasilia que não era amarela. E tenho a impressão, que meu amigo do exército não gostou muito de minha tropa.

Depois que chegamos tudo passou porque nos perdemos. Sobramos eu e o reco. Portanto todo mundo feliz.

Foi único e inesquecível. A cena dos isqueiros realmente aconteceu. E foi a primeira vez que vi. Não existiam celulares. Não existiam neons. Apenas isqueiros porque fumávamos todos. Ai que saudades.

O que eu não sabia, é que também foi inesquecível para o próprio QUEEN.

Não sabia que toda aquela emoção também foi única para eles . Isso está no filme. Acho até que eu estou no filme naquela cena antológica que na verdade não foi uma cena mas parte do show do Queen que aconteceu no ano de 1981 em São Paulo em que eu acendi meu isqueiro e cantei Love of my Life.

Mas se você não está acreditando muito na histórinha que contei, veja aqui alguns vídeos originais daquele show do Queen de 1981 que algum gênio gravou e disponibilizou para nosso deleite.


Leia Também :

Genesis – Um dos shows que marcou minha vida

Astor Piazzolla – O show que faltou

Charles Aznavour, vovó e eu.


Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

24 Comentários
  1. Eu, meu irmão e amigos tivemos este privilégio em estar neste mega show do Queen no Morumbi.
    Foi um maravilhoso show.
    Morumbi não cabia mais gente.
    Lotado a até a tampa e todo mundo cantando junto com a banda.
    Só de lembrar eu fico emocionado.
    Maravilhoso, Maravilhoso.

  2. Pessoal? Passei por aqui e vi todos esses comentários, realmente me remeteu a uma série de lembranças daquele dia! Eu me lembro de tudo do Queen, mas se eu não estou enganado (era muito jovem na época), foi o Net Matogrosso que abriu o show do Queen? Eu fui no sábado e algo que me marcou foi o Ney cantando Rosa de Hiroshima naquele Morumbi lotado!!!

  3. Há exatamente 40 anos, o Queen, uma das maiores bandas da história se apresentava no Brasil pela primeira vez, e no Estádio do Morumbi!

    Em uma época que grandes shows eram raros no país, a banda se apresentou nos dias 20 e 21 de março de 1981, levando um total de quase 200 mil pessoas ao Morumbi.

    Diferente do que foi retratado no filme Bohemian Rhapsody, que conta a história do Queen, o primeiro show deles no Brasil foi em São Paulo, e a banda se surpreendeu dporque não esperavam ver em um país tão distante, onde não se fala inglês, as pessoas conhecendo as letras e pulando sem parar durante as músicas. (Aquela história no filme que foi no Rock in Rio não está bem contada. Foi, isto sim, no Morumbi em 1981.

    É preciso lembrar que não existia internet, celular e não era um mundo tão globalizado e conectado naqueles tempos. Logo, receber novidades ou informações de outros países, era algo que dependia muito de jornais, revistas ou do que as TVs e rádios escolhiam trazer.
    Ainda não havia completado 16 anos. e ainda assim lembro-me como se fosse hoje, de tudo o que cercou o Evento. Ee e meus colegas fizemos até uma “radio” e Cine Clube no meu Coégio (Oswaldo Aranha)que fica no Brooklin (Rádio e Cine Clube Humberto Mauro) onde tocávamos nos intervalos das aulas, a BAnda Queen direto. Quem não gosta do: A night on the Opera (album do Queen)? Jamais esquecerei esse Grande Show e àqueles tempos de mocidade…

  4. Boa tarde!
    Hoje os algorítimos do Youtube me carregaram – sabe-lá por que – para vídeos do Queen… Provavelmente por anos e anos de buscas do material… O que não faço mais com frequência por falta de tempo, mas não de vontade.
    De repente, me vi aqui e esse belo relato me remeteu novamente àquele ano onde menor de idade, sem dinheiro, sem carro e de família humilde, assistir o Queen era um sonho distante.
    Desde os dez anos de idade era TOTALMENTE apaixonado pelo Queen e também por Elvis, Tom Jones e tudo que pudesse consumir do repertório italiano, desde Peppino até Claudio Baglioni…
    Garanti a carona para o show com o irmão de um amigo que também iria e o mesmo comprou os ingressos com o dinheiro que consegui vendendo ioiôs, fazendo carretos na feira e vergonhosamente, com alguns trocados que furtei da bolsa de minha irmã… ERA O QUEEN!!! NÃO ME CONDENEM.
    Alguém lembra das grades arrancadas na hora da entrada? Compramos para a geral mas, o tumulto na abertura e a falta de policiamento proporcionou uma cena triste de selvageria, onde nos prensaram no alambrado e derrubaram uma parte e nós (estávamos em doze pessoas), sem ter para onde fugir, tivemos que correr em direção ao gramado, para não sermos pisoteados.
    FIQUEI NO GARGALO! Segunda fileira, logo embaixo do Fred… Era um sonho…
    Muitos outros shows vieram e assisti depois desse, também antológicos (Barry White, Air Supply, Raíces de América) mas, sempre em meus momento saudosistas, é desse Show que resgato o melhor de minha vida, por me sentir privilegiado em fazer parte de tão seleto Grupo e sabendo que as novas gerações, mesmo do Rock in Rio, JAMAIS terão a magia que vivenciamos naquele ano de 1981, tendo em nossa frente DEUSES DA MÚSICA, que engrandeceram nossos corpos, mentes e espíritos.
    Com os anos, somos mais sucintos em nossas conclusões porém, percebi que me tornei prolixo em minhas explanações… Perdoem a verborragia, mas me senti impelido em saborear vossos relatos e dividir um pouco de meus momentos com pessoas tão especiais, que partilham de um mundo e de uma realidade que hoje, existe apenas em nossas memórias, infelizmente!
    Um grande PRAZER me deliciar com seu texto, minha Cara!
    Muita luz e paz à todos!

  5. Na realidade, eles usaram duas ENORMES licenças poéticas naquela mesma cena, caso não tenham sido erros crassos mesmo. Primeiro por que colocaram o público do Rock in Rio 85 como se fosse no primeiro show do Brasil em 81 que foi em Sampa no Morumbi, nesse público do Rock in Rio eu estava e reconheci de cara na cena do filme, e depois por que ele mostra essa cena para a Mary Austin no filme, mas ainda com os cabelos mais compridos e sem o bigode ainda como usava só antes disso, quando na realidade nessa temporada na América do Sul de 81 ele já usava os cabelos curtos e sempre aquele bigode pra harmonizar melhor com os dentes mais pra fora.

  6. Também estive lá, eu e meus quatro melhores amigos. Estudávamos no Bandeirantes e saímos fa aula direto pro estádio, onde chegamos às 14h30. Com ingresso de pista, queríamos ficar colados no palco. Nosso menor amigo o japa Oswaldo Koiti salvou a vida de uma moça, as pessoas começaram a pressionar quem estava próximo ao portão, ela era bem baixinha e não estava conseguindo respirar, meu amigo conseguiu abaixar e subir com ela nos ombros quase desacordada. Quando entramos, o namorado da garota deu uma camiseta do show de presente pra ele. O japa foi o herói da noite do melhor show de nossas vidas!

  7. Incrível! Eu não sabia que o Queem estivera no Brasil antes do show no Rock in Rio em 1985. Infelizmente eu não tinha idade nem tampouco conhecia a banda na época. Mas imagino que deva ter um show semsacional.

  8. Parabéns por sua narrativa, o show foi tudo isso e muito mais, a expectativa de ver o Queen, o caminho do bom retiri ao morumbi, um trânsito infernal, a ansiedade, a demora, parecia que não chegaria nunca.
    Ah! Como eu sei disso tudo?
    Hé, hé, hé, eu tbm estsva lá.

      1. Acho que foram duas apresentações, só não me recordo se fui garçom tanto na 1ª noite da apresentação deles quanto na 2ª noite.
        Foi memorável. Se tivesse ideia da importância, teria guardado o crachá

  9. Eu também fui ao show e, como você, relembro minha vida através de músicas e shows de Rock. Depois fui ao Rock in Rio 1 o primeiro e único Rock in Rio verdadeiro (em minha opinião). Fui no show do Kiss da Tournê Creatures of the night NO mORUMBI ANOS MAIS TARDE (ACHO QUE ERA 1983)e depois disso fui em mais alguns de Bandas , é claro de heavy metal e hard Rock clássicas. Ainda no ano retrasado fui o show do Guns and Roses no Alliance Park e no Deep Purple lá também. Nunca esquecerei o Primeiro Grande Show de Rock do Brasil e de minha vida. Em 1982 conheci uma garota chamda DENISE kUHNE gUEDES PAIVA (LEMBRO QUE SEU SEU IRMÃO SE CHAMAVA FERNANDO). hOJE ACREDITO QUE ELA ESTEJA CASADA E COM FILHOS MAS SEMPRE SERÁ O MAIOR AMOR DE MINHA VIDA.Saudades, saudades, saudades.

  10. Li só agora seu post é me emocionei. Eu também fui nesse show memorável, fui com meu irmão que me apresentou o Queen. Lembro até hoje da primeira vez que ouvi a música Bohemian. Meu irmão comprou o disco e colocou pra ouvirmos… Fui a esse show e tantos outros , como o do Gênesis, Rick Wakeman, Rock in Rio, Yes, etc. Ah, e o filme: chorei o tempo todo…

  11. Estou atrasada para comentar, mas Amei!!!! Vc nos remeteu a um tempo fantástico, onde curtição era escutar um som gostoso, sair com a galera e estar ao lado de um vou bonitão. Hj não consigo imaginar ou não quero, o que seja curtição.
    Valeu Eliane!

  12. Dominique, sweetheart! bem provável que sim, que estivéssemos pertinho. Viu alguma louca lá se descabelando, chorando e cantando muito alto? Era eu…Esqueci de dizer que choro com as músicas. Já chorei feito doida cantando Daniel (do Elton John), Has anybody here seen my old friend Abraham (não deve se chamar assim, mas vc vai se lembrar desse refrao, choro com a letra do Hino dos Estados Unidos (para desgosto do meu filho, totalmente nacionalista) e chorei neste fds ouvindo José Feliciano (é mole?) cantando Che Sará. Agora, amiga, dançar empurrando carrinho de supermercado, essa é nova para mim…acho que vc só vai naquele supermerdado de Gente Feliz, não é não?

  13. Marcia!! Será que estávamos perto uma da outra naquele show histórico? Bem, não importa, pois pelo que falou, te reconhecerei a distância sem mesmo te conhecer. Afinidade é afinidade não é? Sem falar que não é muita gente que dança empurrando carrinho de super mercado..

    1. Olá Dominique!
      Nossa d+ seu relato daquele dia…e eu tbm estava lá…e m identifiquei em muitos detalhes q vc mencionou…dsd conseguir o ingresso, o amigo (q chegou a ser namorado) e q tinha um chevete e + um casal d amigos …chegando correndo…o show começando…e os desencontros por conta da multidão…e os isqueiros q faziam parecer uma nave espacial…foi o máximo…inesquecível…

  14. Dominique, olá! ler esse texto me proporcionou um delicioso revival daquela época. Se eu sei o que é Reco? claro! CPOR? claro! E Dominique, assim como voce, amo música e tenho uma cabeça musical. Explico: meu cérebro associa uma música a uma fala ou a uma situação. Agora é minha vez de te perguntar: você se lembra do Qual é a Música? então, assim é o meu cérebro. E ele quase sempre associa com músicas na língua inglesa. Talvez porque desde cedo ouvi e aprendi inglês com elas. E amo cantar e cantarolar músicas como as do Queen, Beatles, Sinatra e muitos outros cantores.Eu tb cantarolaria no avião, se estivesse no seu lugar, me policiando para nao cantar em altos brados (como seria minha vontade). Quando tem um bardo cantando nas estações de metrô, eu paro e canto junto. Uma vez cantei Hey Jude em Londres, a estação quase fechando e eu lá! não é uma recordação incrível? outra vez, tinha um meninote cantando Scarborough Fair (lembra de que é?), uma música muito anterior ao nascimento dele. Achei o máximo e fui cantar com ele. E o show no Morumbi! tudo de bom, né? arrebentei meus pulmões de tanto cantar! então vc me proporcionou um delicioso revival daquela noite. Obrigada, Dominique. beijao

    1. Marcia!! Será que estávamos perto uma da outra naquele show histórico? Bem, não importa, pois pelo que falou, te reconhecerei a distância sem mesmo te conhecer. Afinidade é afinidade não é? Sem falar que não é muita gente que dança empurrando carrinho de super mercado..

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

As músicas de 2018 da minha trilha sonora

E vamos para mais um dia 31. 31 de dezembro. Engraçado como de repente os  últimos dias não tem mais aquela conotação “trágica” de final que já tiveram. Nem tampouco trazem a renovação. Pelo menos não para mim.

Dia 31 hoje, é apenas o dia que estou na praia, com algumas pessoas muito queridas, amigas de outras vidas. É o dia também que sento para escrever o texto sobre a música que representará o ano em minha trilha sonora.

Pode parecer estranho eu ter uma trilha sonora, né? Gosto de pensar que posso contar minha vida através de músicas. Claro que nem todos entenderão. Mas basta que um entenda.

Geralmente a música do ano, “aparece” lá por novembro. E não deixa de ser meio óbvio que isso aconteça, pois é quando começo a amarrar o ano e inconscientemente minhas reflexões voltam-se para as conclusões e esbarram nas músicas.

Um ano ímpar este 2018, hein?

E foi em junho que apareceu a primeira música de minha trilha deste ano.

É colega… Este ano foi diferente dos outros. Tenho três músicas para compor minha trilha. Uma só musica não definiria meu ano.

Não… Não foi um ano difícil. Ahh… foi sim. Mas não foi difícil como os outros que já tive. Foi um difícil diferente. E aí escuto a grave voz já madura de Dori Caymmi cantando o Bloco do Eu Sozinho

E comecei a chorar. Chorei porque entendi. E fui adiante. E comecei a sambar. Sambando pra não chorar.  Música linda. Linda e triste. Linda e cheia de motivações.

Vale contar aqui, apenas para registro, que o país inteiro viveu momentos muito emocionais com uma certa sensação de abandono. Cada um por si.

Bem… semanas se passaram… meses…

Pensei em construir um “palácio”. Pensei em desistir.

Contentei-me com uma “choupana”.

E eu na minha luta diária para não desistir, para continuar porque um dia algo iria mudar.

Afinidades explícitas

E foi aí que apareceu a segunda música. Meio que sem querer. Ou totalmente. Não foi bem uma música. Foi toda uma obra.

Descobri o Danças Ocultas.

Tive a “sorte” de descobri-los pela manhã e poder vê-los ao vivo 12 horas depois.

Não senti aqueles 80 minutos de show passarem. Música boa me arrepia. Estatela meus olhos. E me deixa num estado meio que atônito.

É estranho dizer isso. Mas foi transformador. Não gostaria que você pensasse que sou dramática ou exagerada. Mas novamente entendi. E chorei.

O momento era outro. Já em novembro. Parecia que tinha atravessado um túnel subterrâneo e naquele momento emergia.

Aqueles quatro homens tocavam como se fossem um. Mas eram 4.

O tempo inteiro 4. Afinidades e complementaridades.

E aí veio o todo com suas alianças e parcerias.

E foi por causa do todo que saí inteira ao final do ano.

Outras construções

E quando achei que o meu ano musical tinha terminado com todos os seus porquês, ouvi uma música que novamente me arrepiou.

Tive a impressão que conhecia. Mas nunca tinha ouvido.

Música doce. Sensível. Não… Não conhecia a cantora Cristina Branco. Mas a música… A música…

A música outrora cantada por Mercedes Sosa, era outra.

Alfonsina y El Mar quando cantadas por Mercedes e por Cristina são duas músicas completamente diferentes, apesar de idênticas, .

https://www.youtube.com/watch?v=Q-eJ71hkQwI

E estou num momento Cristina. Entro em 2019 menos panfletária e reivindicativa e mais construtiva e agregadora.

Para ser Cristina não posso sambar sozinha.

Na foto Cynthia, Sandra e Carla e eu. Fora da foto, Nanny Fry capturando o momento também. Todas sambando juntas.


Veja também: as músicas de minha trilha 2017  e de 2016

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

1 Comentário

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

E aí? 2019 será seu ano de sorte? Ou você é apenas uma otimista?

Sou uma otimista. Sou uma otimista porque quero ser e não por natureza. Sabe aquela coisa de você querer muito uma coisa e tentar mudar um padrão a todo custo? Mesmo parecendo impossível?
Pois é. Consegui. Verdade. E mais de uma vez!
Exemplo: Duvido que era para eu calçar “só” 39.
Agora imagina em 1977, eu, com 13 anos e já com 1m75, entrando numa loja de sapatos e pedindo 40??? Never!! Nem existia essa aberração.  
Tanto fiz, que até hoje uso “apenas 39”. E pasme!!! Para minha surpresa e de muitos, meu pé não é deformado nem feio!! Só é grande. Consigo comprar todos os meus sapatos pela internet. Você que calça 35, pezinho de anjo,consegue?

Voltando..Afff, que volta que eu dei.
Tudo na minha vida poderia ter me levado a um pensamento e uma atitude pessimista.
Não que eu tenha vivido grandes tragédias -nada disso. Mas, é uma questão familiar. A way of life, sabe como é?


E ainda, carregando uma culpa cristã misturada a isso: o pecado velado de ser feliz.

Aquela frase clichê impregnada no imaginário de muitos, era a nuvem preta que morava na minha casa: “Espere pelo pior. O que vier de bom é lucro”. Nem sempre dita, mas sempre presente, era essa a atitude.
Não crie expectativas. Não sonhe. E, se por um acaso, conseguir seu objetivo, nunca, jamais em tempo algum, divulgue!! Porque isto  pode ser o começo do fim.

Sorryyyyy. Não consigo viver assim.
Mas quando foi que percebi que isso não me pertencia?
Foi lendo Pollyana?
Noopp..Absolutamente não!.
Mesmo muito novinha, e apesar de ter chorado as pampas, achei a menina surreal e o tal jogo do contente pior ainda.
Porque vamos combinar: o que é ruim é ruim!!! E se é ruim mesmo, por que fingir que é bom?
O realismo é essencial na vida da gente.

E aí é que está!!
Acho que se tivermos o discernimento do que é ruim de verdade, talvez consigamos saber o que é bom.
Será?
Não necessariamente…Mas acho que não foi isso que me fez escapar da sina do copo meio vazio.

Tem uma coisa importante dentre minhas crenças:

Não acredito muito em sorte. Acho que ela tem um peso mínimo nos acontecimentos da nossa vida. Bem, consequentemente, também não acredito muito em azar.

Isto posto, não terceirizo a responsabilidade de minha vida simplesmente porque não tenho a tal sorte do meu lado. Nem o tal azar. O que eu tenho é minha vontade. Vontade de fazer, mudar e acontecer. E como sou otimista, acredito que vai dar certo.
E dá!!
Mas, claro que nem tudo.

Eu divido esse “claro que nem tudo”em duas categorias:

1. Algumas coisas simplesmente não dão certo. E é preciso ser realista para saber que não deu certo e por quê. Erros, timing, mercado, ciúmes.  Seja lá o que for, identifique e desapegue.

2. A outra categoria do “claro que nem tudo” são das coisas que são ruins mesmo. Ruins de verdade. E aí colega, bora abraçar o copão de vinho e/ou a melhor amiga.

Mas em todos os casos, chorando nos ombros da amiga, se afogando no vinho ou tentando desapegar, tem uma hora que chega. Tem uma hora que a vida cobra solução nem que ela seja apenas um par de óculos escuros para esconder os olhos vermelhos.  Então minha nêga , é aquela história: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. 

(** não estou falando das tristezas profundas ou de alma, tá? Relativiza colega, relativiza.)

Outro exemplo. Você sabia que o povo português é mais pessimista que a minha família!!!!!! Como é possível?? Odeio generalizar, ainda mais toda uma nação mas, neste caso, eles mesmos concordam.

Um povo que passou pelas mais diversas crises, sendo que a de 2008 foi um Tsunami. Talvez sempre tenham tido motivos para serem pessimistas.

Mas aí, de repente, de uma hora pra outra o país se encheu de estrangeiros comprando imóveis. De uma hora pra outra, Portugal ganhou a Eurocopa. Mais de repente ainda, Portugal com Salvador Sobral, ganhou o festival da Canção pela primeira vez na história. Lá o festival da Canção faz tanto sucesso quanto copa do mundo.
E mais surpreendentemente ainda, o turismo estoura nesse pequeno país movimentando toda uma economia.
Passam a ser a bola da vez mundial.

Foi  tudo rápido demais!

Rápido? Como assim? Eles passaram pelo diabo por mais de 6 anos enquanto arrumavam a casa. Nada foi por acaso. Foi pensado, planejado e programado. A população voluntariamente ou não cooperou para a recuperação econômica. Trabalharam como loucos. Como assim? Muito rápido? Como assim sorte?
Todas aquelas vitórias são meras conseqüências de um país em alta.


Bem, como tudo muda, os portugueses estão bem menos pessimistas, apesar de alguns ainda sairem com guarda chuva todos os dias.
Sobreviveram ao pesadelo da recessão trabalhando, se virando, e inventando muito para minimamente ver um pouco de água no copo, não se importando se um estava pouco cheio ou pouco vazio.

E por isto que trago a experiência portuguesa para cá!!

Acredito que oportunidades existem o tempo inteiro e em todas as searas de nossas vida. E é preciso desejar. E em desejando, corre-se atrás. Aí é bem capaz que a oportunidade apareça!!
Sim, eu sou daquelas que vive desejando. E você acha que eu consigo tudo que desejo?
Afff, claro que não.
Ultimo exemplo de hoje: Nunca usei nem usarei uma calça 38. Por mais que eu tente e olha que já tentei muito. E aí? Vou continuar tentando pro resto da vida?
Claro que não. Isso se chama realismo.    Meu objetivo passou a ser achar a calça 44 que me deixe com um look de 42. Isso se chama otimismo!
Ahh e isso eu tenho conseguido.

Vai lá! Seja otimista em 2019. Deseje. Corra atrás. Vai que você tem sorte, né?

Sou uma otimista bobinha
Leia também:

Frases de Marta Medeiros

Otimista, pessimista
Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

Seja a primeira a comentar

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

O Universo Conspira – Parte 2

Querida Dominique. Esta é a segunda parte do Texto O Universo Conspira Contra ou a Favor. Você pode ler este aqui somente somente. Mas para melhor compreensão, recomendo que leia o primeiro.

E no domingo, lá vou ao Super Mercado, resgatar meu cartão esquecido.  Até agora não acredito nas coincidências.

E como eu tenho que maximizar meu tempo sempre, já que estava no super, claro que  aproveitei e fiz umas comprinhas para semana.

Aí então, procuro a responsável pelo achados e perdidos. Agradecendo muito acabei contando toooodaaa a história pra simpática mocinha que o guardava. Quando terminei ela me mostrou uma foto.

– É este o senhor?

–  Sim sim!!!

– Nossa. Que sorte a senhora teve. Ele é um conhecido bandido da região. As câmeras de segurança já o filmaram assaltando a mão armada e furtando dezenas de vezes. Mas é simplesmente impossível pegá-lo. Ele é um gato. Some pelas sombras.

Saí de lá ainda atordoada com aquelas informações. Muitas fichas caíram simultaneamente.

Ao me aproximar de meu carro, vi um papel no para-brisa.

Peguei e era um bilhete endereçado a mim!

Dominique.

A essa altura já sabe quem eu sou. E provavelmente também já descobriu que o “Dr” e a “esposa” trabalham comigo. 

Naquele memento que me encontrou atrás da árvore, você percebeu quantas viaturas de polícia passavam pelo local? 

Sim, eu tremia. Tremia de excitação e nervoso após um roubo espetacular (desculpe a falta de modéstia). Esperava o momento certo para entrar naquela casa abandonada e desaparecer com meus colegas que me esperavam.
Aí você apareceu. A “boa samaritana” não pode deixar um homem passando mal. Não.. Que coisa!!!

Tivemos que improvisar muito. E improviso não é para amadores. Até que uma hora você finalmente foi embora.

E deu tudo certo. Só que não, né? Você tinha que voltar aqui hoje?

Ahh Dominique, Dominique. Que cabecinha, hein? Pegou seu cartão? 

Quando te vi chegando e conversando com a funcionária do super mercado, logo percebi que entenderia tudo. Já sabe até como faço para desaparecer na fumaça.

Mas não vou me alongar. Vou ser direto.

Não vá a polícia. Sim, isto é uma ameaça!

Querida, sei muito a seu respeito. Muito mais que nome apenas. 
Como? A pasta. A pasta que você esqueceu no bar. Lembra o que tinha dentro

Gelei nesse momento. A pasta.
Olhei na direção do bar. Os 2 balconistas me encaravam  com um sorriso no canto da boca. Fiquei paralisada. Eles também estavam no esquema. Voltei para o bilhete.

Tenho certeza que chegou a pensar que o  universo conspira pra quem faz o bem, né? Típico!
Querida. Me esqueça que te esquecerei, ok?

Beijos carinhosos nos filhotes,  Clarinha e João.

Ah,  não compre mais maçãs nesse lugar pois não são de  boa procedência.

De seu sempre bandido,

Arimateia.

Bem querida amiga Dominique. O que dizer disso?
O que dizer de uma história como essa?
Ela acaba aqui?

Não fique brava comigo, mas a minha história acabou no episódio anterior. Sim, sério.
Acabou a hora que soube que tinham achado meu cartão. Todo esse capítulo eu inventei.
Inventei e num primeiro momento era tudo um texto só.

Esse texto, está escrito há mais de três semanas. Mas eu simplesmente não conseguia publicá-lo.
Algo estava me incomodando.

Mas vamos por partes.

Por que mudei o final?

Primeiro eu acho  que fazer o bem não merece recompensa.

Calma, calma. Deixe-me explicar:
Foi incrível realmente terem me devolvido minha pasta e meu cartão. Mas no fundo no fundo, eu não queria ter sido recompensada por fazer algo que era minha obrigação, entende?
E quando me vi escrevendo, simplesmente minha consciência não me deixou parar no fim da história.

Depois que finalizei com a parte inventada, sorri para mim mesma.  Ahhhh, o texto ficou tão melhor com a parte malvada, não é mesmo? 

Texto pronto, história boa e era só publicar. Mas não o fiz.

Mas por que não publiquei de prima? O que me incomodou?

Bem, como é que eu poderia publicar algo mentiroso desse jeito?
Na versão malvada de  meu texto, eu acabei sendo prejudicada e muito, apesar de ter feito o bem.
Mas na minha vida de verdade eu não fui prejudicada. Muito pelo contrário.

Apesar de não ter feito mais que minha obrigação,  eu fui muito ajudada. Então por que passar a ideia de que o mundo é ruim? Por que passar a ideia que nada vale a pena?

O mundo já tem maldade suficiente e gente ruim demais para eu transformar um homem passando mal em um bandido, um casal bondoso  e um mocinho atencioso de um bar em cúmplices criminosos.

Não. Não consegui.

Espero sinceramente que consiga entender a mim e o caminho tortuoso de minha cabecinha complicada.  Mas fica aqui a mensagem. Faça o bem. O universo conspira sim.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

Seja a primeira a comentar

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

O universo conspira sempre. Contra ou a favor

                                                        “A vida é cheia de  infinitos absurdos que nem sequer precisam de parecer verossímeis, porque são verdadeiros.“
                                                                   Luigi Pirandello

Não sei nem por onde começar.  E  acho que você é capaz de nem acreditar. Não sei se EU acreditaria se alguém me contasse mas aconteceu de verdade e foi comigo.

Bom…Vamos lá..Que o universo me ajude.

As manhãs de sábado são minhas. Só minhas. São as horinhas que faço tudo aquilo que não tive tempo de fazer durante a semana: Pintar o cabelo, caminhar no parque, comprar os presentes que geralmente estou um mês atrasada, ir tomar café com uma amiga, arrumar algo da casa. Você pode substituir essa vírgula por um enorme OU, pois nunca consigo fazer mais que uma dessas coisas por sábado. Mas vou me virando e me divertindo.
Sempre que possível evito lugares fechados, shoppings etc.. Adooooooro comércio de rua.
Aos sábados então…

Estacionei na rua. Milagreeee, achei uma vaga!! Não era tão perto dos lugares que precisava passar mas e daí?

E olhando vitrine, sem pressa nenhuma, começo a executar minha lista de tarefas, uma a uma. Quase tudo que precisava fazer estava por ali.

Tarefa 1. OK
Tarefa 2. Ok
Tarefa 3 OK

E com que prazer ticava minha listinha!

Até que, andando rumo à tarefa 4, vejo um homem apoiado numa árvore, tremendo, respirando ofegante.

– O senhor está passando mal? Posso ajudá-lo?
E ele falando com muita dificuldade, disse que a pressão deveria ter caído. Nesse momento achei que ele ia desmaiar.

– O senhor aguente aí que eu vou buscar socorro.
– Eu já estou melhor – mentiu ele tentando se escorar na árvore.

Olhei em volta e o alto portão da casa que era dona daquela árvore estava entre aberto. Espiei pela fresta e lá dentro em pé estava um casal.
– Por favor, vocês teriam um copo d’água para uma pessoa que está aqui fora passando mal?

O homem saiu, e ao ver a cena, imediatamente começou a conversar com Sr Arimateia. Sim, Arimateia.
Mediu o pulso, puxou o olho pra baixo, sempre conversando com o Sr Arimateia.

– Como assim? Veio a pé de Cotia até aqui?? E está indo até a rodoviária? O senhor já andou mais de 12 km e vai andar pelo menos mais 10km. Eu sou médico e lhe digo, o senhor abusou.

Não acredito!! O homem era médico. Isso que eu chamo de sorte.

A esposa acudiu com uma garrafa de água que tinha no carro. Pediu desculpas, mas não moravam lá. A casa estava vazia pois eles tinham se mudado havia alguns meses para um apartamento. Então, perguntei ao casal  se eles esperariam eu comprar algo para a pessoa comer.

Saí em direção a um bar que  lembrava ter visto. E andei. Andei.  Nessas horas não aparece um boteco na frente da gente.

Ufa, achei. Comprei  e comecei meu caminho de volta daquele jeitinho afobado. Foram umas boas 4 ou 5 quadras.

Quando estava quase chegando escutei alguém berrando.
– Dona, Dona… A senhora esqueceu isso.
Era o mocinho que tinha me atendido no bar, correndo atrás de mim para entregar minha pasta com muiiiitos papéis, papéis importantes e documentos que deixei em cima do balcão!  Afffffff Dominique, Dominique.
Mas que fofo o rapaz.
Agradeci rapidamente, porque também eu estava numa missão.

Quando cheguei o trio já estava do lado de dentro da casa, no jardim.
Enquanto seu Arimateia comia seu lanche, foi contando sua história. Sua triste história.
Não vem ao caso contá-la aqui. Mas ele estava tentando chegar na cidade de Formiga em MG. Sem um tostão. Só com a passagem para BH.
Fiquei comovida.
A senhora do médico também ficou e falou que ele não se preocupasse, pois chegaria até a rodoviária de Uber.
Ele não aceitou. Relutou. Fez que ia embora.

O Dr me chamou de lado. Disse que aquele cidadão realmente tinha passado mal. Mas que talvez não devêssemos insistir porque aquilo tudo parecia mais alguma fantasia.  E que ele , como médico, veria o que fazer. Se preciso, levaria pessoalmente.
– Bem, se é assim. Acho que vou indo.

Meu carro estava estacionado pertinho do bar. E lá vou eu novamente caminhando de volta. Aiiii meus sais.

Lembrei-me do moço que veio correndo devolver minha pasta. Ahhh, que bonitinho.
Estava tão atrapalhada que nem agradeci direito. Então resolvi passar lá e dar uma caixinha simbólica junto com minha gratidão. Claro que estava sem um centavo na carteira, como sempre. Opa! Mas no supermercado em frente tem caixa. Quer saber? Vou lá tirar dinheiro, aproveito e compro um pacote de maçãs e levo para o Sr Arimateia.

Affffff… Entro no super mercado, tiro dinheiro do caixa eletrônico. A porra da história da biometria da mão nunca funciona de primeira. Pego a graninha. Compro o saquinho de maçãs. Pago. Passo no boteco.

Ufa… Quero meu carrooooooooo.
E fui motorizada para a casa daquela árvore. Quando cheguei tudo estava fechado e sem sinal de vivalma.

Peguei uma das maçãs que não tinham mais dono. Estava com fome, afinal já eram 14h.

Aiiiiii… O aniversário da minha sobrinha!!!!!
Saí correndo.
Cheguei esbaforida como sempre.
Família inteirinha reunida, menos meu filho e meu sobrinho que viajaram para um casamento no interior.

Sabe aqueles almoços gostosos e alegres?
Então… Estava assim. Conversa animada, sorrisos bonitos.

Só percebi no meio do almoço que aquele meu sobrinho ausente, tinha me mandado uma mensagem.

Não acreditei quando li.

Eu ainda não tinha nem percebido que estava sem o cartão.

Mas quem? Como? Onde? Como assim? Coisa mais louca, né?

Que sorte. Já pensou justamente em dezembro ter que cancelar meu cartão, pedir outro, esperar chegar, decorar senha nova, etc.. Ou pior, alguém mal intencionado tê-lo achado.

Buscaria o cartão no dia seguinte sem falta.

Agora, que coisa, né?  Meus documentos e meu cartão foram perdidos, achados e DEVOLVIDOS.

Isso é realmente incrível. E mais incrível ainda as circunstâncias em que o foram. Alguém arrisca algum palpite?

Então…Deve ter sido o tal Universo Retribuindo.

Esse texto poderia acabar aqui. O que você diria se acabasse aqui?

– Poxa.. Que coisa! É realmente o universo….

Mas  acontece que o texto não acaba aqui.

Agora,  se você está satisfeita com esse final, não clique no link abaixo.

Este link leva para a continuação dessa história.

Mas repito, se está satisfeita e acredita que o Universo realmente retribuiu a uma gentileza, fique por aqui.

Bem, parece que você é realmente curiosa, hein?

Então clique AQUI NA CONTINUAÇÃO do texto Universo conspira parte 2.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

Seja a primeira a comentar

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.