Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques
Biquíni… Usar ou não usar?
Montones de amigas minhas já não usam mais.
Optaram pelo maiô. Acham que não tem mais o que mostrar.
Well, na verdade talvez poucas mulheres no mundo tenham, se considerarmos os padrões de beleza atual.
No nosso mundo real, todo mundo tem barriguinha, marquinha, etc…
Na minha idade então, se pudesse, só tiraria a roupa a meia luz. Existe 1/4 de luz?
Tenho espelho… E sei como as coisas estão.
Mas não consigo ficar com a barriga branca.!!
Não consigo!!!
Marca de biquíni grande até aguento… Mas barrigona branca?
Me sinto como aqueles mamíferos que nadam, que tem a parte inferior branca. Soltam água por um buraquinho e são geralmente pretas na parte de cima..
Isso… acertou… você pensou naquele animal que me recuso falar o nome e me comparar a um deles.
E de mais a mais, tudo melhora com uma corzinha, né?
Um bronze as vezes é melhor que uma plástica. Sério.
Por isso, uso biquíni sim. Doa a quem doer.
Mas péra… péra… péra…
Não é sempre… na-na-ni-na-não.
Biquinão eu uso “cazamigas”.
“Tamu” tudo parecida, apesar de algumas raras não estarem e outras não acharem que estão.
Agora, tem ocasiões que o biquíni deveria ser proibido por lei como diz a Suzy.
Reunião de amigos de escola no sitio do Zezão…
Catzo… Quem deu a ideia de fazer em volta da piscina? De dia? Sol a pino? E pra levarmos a tal “roupa de banho”. Afff…
Convidada na casa de praia da família do genrinho…
Maresias em feriado de 25 de janeiro… Nãooo… Ai passa longe!!! Vai pra Campos!
Mas voltando… Nestas ocasiões… Maiô… Mas “prestenção”… Não é qualquer maiô…
Tem que ser aquele decotado, que valoriza seu colo, que ainda está bem legal.
Obviamente liso… De cor escura, porque aqui ninguém é bobinha, né?
E ai, um paninho bem fininho, jogado displicentemente para cobrir aquilo que você tem certeza que é melhor ninguém ver.
Seja lá o que for.
Ahhh… Tipão gata… Linda e poderosa…
Vai até parecer que você usou o maiô, só porque achou lindo e confortável!
Hahahahaha… se não for assim, só mesmo com a burca!!!!!
Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.
aos 53 anos, depois de um casamento de 33 anos, um divórcio litigioso, eu redescobri a mim e ao meu corpo. eu decidi que mesmo que meu corpo não esteja igua aos 20 anos, ele é o meu corpo. descobri novamente meu corpo, em todos os aspectos, com um homem maravilhoso que me desejou como eu era. desta maneira, hoje, aos 57 anos, curto meu corpo. moro na praia, uso biquini, e bem pequeno. muitas vezes não uso nada. vou para a praia de naturismo e fico nua. isto sim, é um grande exercicio para olhar seu próprio corpo, e entender que a vida é muito mais do que um corpo perfeito.
Amei o texto e as dicas, fico muito sem graça quando convidam para piscina dos colegas dos filhos com família agora DOMINIQUE que me tornei não terei mais problemas.
Sabe aquele dia que você está está tristinha? Precisando de um carinho? De uma palavra amiga? De alguém dizendo que você é especial?
Pois é, temos estes dias, né? E acontece também de não ter ninguém do lado para um mísero cafuné… Ué, acontece, fazer o que? Chamar um Gogo Boy? Não, nestas horas nem sempre é a solução, em outras, quem sabe!
Nessa hora vem a comfort food na cabeça…
Ai, você lembra da canja que sua mãe fazia quando estava doente. E pede para ela fazer se tiver a sorte dela estar por perto.
Ou lembra do bolinho de chuva que comia com os primos nas férias.
No meu caso, quando estou muito, muito triste, preciso comer um beirute. Mas tem que ser do Frevo.
Quando estou com saudade de meu pai, cozinho uma batata, dois ovos, amasso com o garfo, regados com muito azeite, sal e outros temperinhos. Comíamos isso escondido da mamãe. Ela achava um absurdo calórico sem propósito. Mas tem coisa melhor? E ainda escondido?
Na maioria das vezes, estas comidas são abraços que vem de nosso passado. De situações que nos trazem algum tipo de segurança.
Não são comidas sofisticadas, nem são encontradas em qualquer lugar. Mas são gostos registrados na memória. Impressionante, por exemplo, como tenho registrado o gosto da bala Sonksen de cevada. Nunca mais achei em 40 anos, mas seria perfeita para um dia de pânico.
Se você é da minha geração, comeu o famoso risoto. Não, moçada, não é o risoto de hoje, com arroz arbóreo, quilos de manteiga e especiarias. Nada mais era que um arroz de forno com frango desfiado e um rapa na geladeira antes do dia da feira.
Nestes dias isso é o que me acalenta, sem me importar com a dieta. Sabe por que? Porque a dieta não se preocupa com meu estado de espirito.
A roupa bonita que quero entrar depois que perder aqueles 5 quilos de nada servirá em dias melancólicos e solitários como estes.
Agora, um beirute do Frevo, com uma Coca Zero e um bombom Cherry Brand da Kopenhagen podem me fazer passar no mercado para comprar batatas e ovos para um animadíssimo jantar com lembranças de conselhos e de conversas que tive um dia. Salve Salve!
Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
Eu não tenho uma só, mas várias comfort foods. São comidinhas deliciosas que me fazem recordar da infância e adolescência: o doce de abóbora da minha vó, a feijoada da minha mae e o bolo de chocolate da minha tia (que eu ajudava a decorar). Hoje eu compro ou tento fazer essas delícias, mas nada como aquele gostinho especial de comida feita com amor.
Nossa, Hilda..Vc me fez lembrar dos domingos com minha avó..E das comidinhas que ela fazia especialmente para a neta mais velha e todos os nossos rituais. Vou escrever sobre isso. Obrigada por me trazer mais esta lembrança..
Você assistiu a noviça rebelde! Isso é uma afirmação. A pergunta é: quantas vezes? Bom, acho que vi milhares.
E como já contei aqui até casei com uma música do filme. Mas hoje vou falar de outra:
– My favorite Things (Minhas coisas favoritas).
Maria (Julie Andrews) desenvolveu uma técnica para quando se sentisse triste.
Ela pensava em coisas bonitas e coisas que gostava. Mas só lembranças boas.
Hoje estou desesperadamente tentando fazer isso. Mas cada lembrança, cada pensamento só me trazem lágrimas.
Porque, às vezes, a tristeza é tão profunda que até a mais bela imagem fica distorcida de tão longo que é o caminho ao âmago.
Ai pergunto: Luto contra isso? Tento achar motivos e coisas bonitas? Ou deixo a tristeza tomar conta até a última gota de energia vital se esvair?
A crueldade alheia não tem limite. Ou não. Mas o outro é problema do outro. Minha dor é problema meu. Portanto…Vamos as coisas boas!
– Beirute do Frevinho
– Sorvete de Limão bem azedo.
– Aquela cena do filme Mensageiro do Jerry Lewis com música do Count Basie.
– Música. Muita música.
– Dia de sol.
– Praia. aquela praia.
– Estourar a gema mole do ovo frito.
– Lembrar de momentos que guardei no coração.
– Ouvir American Pie.
– Lembrar de uma surpresa.
– Lembrar de uma gargalhada. Não preciso do motivo. só do som da gargalhada.
Aliás, vou te contar uma coisa aqui. O que mais gosto no outro não são os olhos, o cabelo, a mão. Adorooo ouvir a gargalhada do outro.
Você já reparou que a gargalhada geralmente não combina muito com a pessoa? Grandalhões tem gargalhadas fina, meninas delicadas tem gargalhadas fortes. Tem gente que pede o fôlego, tem gente que se curva. A maioria fecha o olho. Acho que uma bela gargalhada é mais espontânea que um espirro. E mais sem controle, vem da alma. É autêntica.
Não estou falando de sorrisos ou de risos com barulhos. Estou falando de gargalhadas. Incontroláveis gargalhadas.
Há quanto tempo você não dá uma risada assim?
Não consigo lembrar quando foi minha última.
Vou anotar a próxima. Só pra poder lembrar como sendo uma das minhas coisas favoritas!
Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
Tomei uma séria decisão. A partir de agora, vou sorrir sempre!
[fve]https://youtu.be/OeTHUCxv4o8[/fve]
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Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
Não vou mais falar que sou louca por música. Esta é a última vez. Ou penúltima. Mas hoje é aniversário dele!!
Cigarro foi meu único vício. Foi. Abandonei há 4 anos. Digo isso porque não se pode considerar algumas outras coisas como vícios. Talvez obsessão. E shows ao vivo sempre foram uma de minhas maiores obsessões.
Caçava shows pela cidade e fora dela. Fui ver artistas que queria muito! Outros porque precisava ver uma vez na vida. Outros porque gentilmente fui convidada e impossibilitada de recusar. Acho que realizei todos os meus desejos menos um.
Por imaturidade ou pura ignorância conheci tardiamente um compositor e músico através de uma música que me encantou. Encantou no sentido literal de enfeitiçar.
Grávida de meu primeiro filho, aos 24 anos, numa certa noite, lembro de estar sentada no chão fazendo qualquer atividade com o rádio ligado. Acho que a meninada de hoje nunca vai entender que ouvíamos rádio em casa, né? Ou era só eu?
Bom, me lembro de estar no chão, entretida com minha atividade, quando começaram os primeiros acordes. Na verdade sons de um saxofone. Um lindo sax que foi num angustiante crescente até o momento que aconteceu um instrumento que não conhecia.
Sim aconteceu! Foi daquelas sensações que você tem uma vez na vida, sabe?
Arrepiei dos pés a cabeça. Fui às lágrimas. Pode parecer exagerado ou pode ser que tenham sido os hormônios.
Mas agora também? Estou escutando a dita música para escrever este texto e não consigo não me emocionar.
Voltando… Aguardei ansiosa o locutor anunciar o nome da música e seu autor. Entra o comercial. Aguardo ainda mais ansiosa. Volta outra música e nada do locutor.
Era uma rádio FM. E naquela estação específica, os locutores, às vezes, diziam os nomes das músicas, às vezes não. Imagino que naquele horário nem tinha locutor.
Desesperada peguei a lista telefônica.
Gente, 1988! Não tinha Internet, Google, muito menos Shazan e SoundHound. Você lembra das Páginas Amarelas? Não sei exatamente qual foi minha busca, se foi “rádio”, “FM”ou o quê. Mas achei a tal rádio Eldorado.
Well… De achar o telefone de uma rádio até descobrir o nome de uma música já tocada, vai um longo caminho. Pois eu o percorri por completo.
Meu marido entrava e saía da sala atônito sem entender para quem eu ligava e com quem eu conversava às 23 horas daquele quente mês de novembro.
Quando digo que sou obcecada, sou mesmo.
Consegui chegar no programador ou algo parecido.
– Moço, por favor, qual o nome da música que tocou há uns 15 minutos?
– Qual delas menina?
– Não sei dizer. Não sei de quem é. Tocou antes do comercial.
– Deixa eu ver aqui…
E me falou uma série de nomes de músicas que apesar de não conhecê-las, tinha certeza que não podiam ser.
Comecei a ficar agoniada e ele irritado.
Até que eu disse:
– Moço, começa com um saxofone lindo.
– Ahhh, mas essa música tocou há uma hora!
Sério? Eu estava na minha insana busca há uma hora?
– Pode ser “Years of Solitude”?
Tive certeza que era esta música. Com esse nome. Isso. Só poderia ser.
No dia seguinte, meu marido trouxe de presente o LP. Escutei o disco o resto de minha gravidez inteira. E fui conhecendo mais Piazzolla.
Descobri que aquele instrumento que aconteceu em minha vida se chama bandoneon. E fui amando Astor. Que nem por isso veio para o Brasil depois que eu o descobri.
Este foi o preço de ter tido uma tardia descoberta, porque sei que muitas turnês ele fez por terras nostras antes disso. Piazzolla foi o show que faltou em minha vida. Mas quem sou eu para reclamar?
Meu filho nasceu em março de 1989. Menino lindo. Sensível. Mais sensível, talvez, que esta que vos escreve.
E ainda pequeno, por volta de seus 7 ou 8 anos, me pediu para aprender um instrumento.
Disse que queria aprender a tocar saxofone.
– Como assim sax, meu filho? É muito difícil.
Tanto ele fez que foi aprender a tocar sax.
Quase morri em seu primeiro showzinho da escola de música. Quase morri quando de alguma maneira, anos atrás, ele de seu jeito tão peculiar, me fez entender que Take Five do David Brubeck seria a nossa música.
O show que faltou não faltou, porque trouxe a possibilidade de outros. Com outros artistas, outros instrumentos, outros amores.
Obrigada meu filho, por todos os shows que tem me proporcionado ao longo da vida. Admiro muito os instrumentos que escolheu para tocar a sua vida.
Espero ter tempo de contar os shows que marcaram minha vida, dos músicos, das músicas. Até porque, se um dia eu for contar a minha história, os capítulos serão todos nomes de música.
Mais uma versão desta música, Years of Solitude, agora a gravada em estúdio, aquela que ouvi incontáveis vezes!!
Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.
Além de um texto leve e gostoso como é o natural de sua forma de viver …confesso a oportunidade de ter acesso a essa música de novo foi maravilhosa…ela te derruba pra te resgatar e te levar ao topo…grande viagem. Assisti ao último show de Piazzola no Rio ainda Cabeção…inesquecível. sem mais o que argumentar..valeu
Adorei o texto! Sensível e intimista. Muito bem escrito. Capta a atenção do leitor com maestria. É como se estivéssemos na sala, falando ao telefone…
Muito envolvente,
Oi Eli! Linda sua crônica! Ouço a Eldorado todos os dias no carro, e ano passado ela ganhou como a música mais tocada na radio! Amo também esta música! E a primeira da minha playlist…
Adorei a cronica.tambem adoro esta musica.me apaixobei por piazzola quando tinha 24 snos e ouvi em um show de tango balada por un loco e fiquei alucinada pelo som do bandoneon. Ate hoje piazzola me arrebata…
aos 53 anos, depois de um casamento de 33 anos, um divórcio litigioso, eu redescobri a mim e ao meu corpo. eu decidi que mesmo que meu corpo não esteja igua aos 20 anos, ele é o meu corpo. descobri novamente meu corpo, em todos os aspectos, com um homem maravilhoso que me desejou como eu era. desta maneira, hoje, aos 57 anos, curto meu corpo. moro na praia, uso biquini, e bem pequeno. muitas vezes não uso nada. vou para a praia de naturismo e fico nua. isto sim, é um grande exercicio para olhar seu próprio corpo, e entender que a vida é muito mais do que um corpo perfeito.
Amei tudo neste espaço Dominique!!!!
Como não encontrei antes? Bjus
Amei o texto e as dicas, fico muito sem graça quando convidam para piscina dos colegas dos filhos com família agora DOMINIQUE que me tornei não terei mais problemas.
Adorei o texto….. pq podemos tudo, desde que esse “tudo” venha acompanhado sempre pela bom senso.
Bom senso e bem estar, aquilo que te faz bem, né, Roberta?